Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MÁQUINAS
MARCO STIPKOVIC FILHO
,
6 SISTEMAS DE TRANSMISSÃO
Apresentação
Caro estudante, você sabia que são enquadrados como sistemas de transmissão os projetos
mecânicos que se utilizam de pares engrenados, transmissão por correias, por correntes e até
por atrito? A Figura 6.1 ilustra algumas dessas aplicações.
2
,
Transmissão por correias, por sua vez, são utilizadas tanto para eixos paralelos ou
reversos. Apresentam-se bem para absorção de choques e com um funcionamento
3
,
silencioso confrontado com os outros tipos de transmissão, além do que com custos
inferiores. Para a transmissão, utilizam-se correias planas, correias em V e correias
dentadas padronizadas.
As transmissões por correntes são concebidas com eixos paralelos, quando no projeto
forem necessárias maiores distâncias entre eixos, diferente do que ocorre em pares
engrenados. Como grande vantagem no seu uso em projetos é o fato de inexistência
do fenômeno de escorregamento que, normalmente, ocorre entre os flancos do
dentado de engrenagens e entre polias e correias. A Figura 6.3 ilustra a corrente de
rolo com principais dimensões e componentes.
4
,
6.1 Engrenagens
As transmissões coroa/sem fim são empregadas, para um único par, com relações de
transmissão variando de 1:10 até 1:100.
Apresentam baixo rendimento, variando de 45% até 85%. Podem transmitir potências
de até 1000 CV e com velocidades tangenciais máximas de 60 m/seg a 80 m/seg
aproximadamente.
Para que o engrenamento seja perfeito, é necessário que não haja choque entre os
dentes e que a relação de transmissão permaneça constante. A Figura 6.4 mostra uma
roda motora em contato com um dente da roda movida no ponto C’.
5
,
6
,
7
,
8
,
9
,
10
,
11
,
12
,
13
,
14
,
Observa-se pela Figura 6.11 que o esforço PN normal aplica-se ao vértice do dente,
início do engrenamento, com o propósito de determinar os maiores esforços possíveis.
A componente PH, por sua vez, aplica-se no ponto extremo da parábola de igual
resistência a uma distância (h) do engastamento de dente da coroa (seção AB),
gerando um diagrama fletor. O esforço cortante representado pela componente P H
será desprezado nessa análise.
15
,
Essa tensão máxima deverá ser menor ou igual à tensão admissível do material da
engrenagem.
b = largura da engrenagem
Com um fator de carga e = 0,8 para incidência de cargas máximas de atuação contínua,
e para pouco uso e pequena incidência de cargas máximas, e = 1,50.
Os valores correspondentes aos fatores de forma (q) para ângulo de pressão = 20o,
Esse critério leva em conta a pressão máxima determinada no contato entre os flancos
dos dentes de um par de engrenagens e, ainda, sua duração ou sua vida expressa em
horas efetivas de trabalho. Para um melhor entendimento, a Figura 6.13 ilustrará
detalhes.
16
,
Onde:
b = largura da engrenagem(cm)
dp1 = diâmetro do pinhão (cm)
Mt1 = momento torçor aplicado (Kp.cm) equivale a (Kgf.cm)
p1(2) adm. = pressão admissível do material das engrenagens (Kp/cm²) equivale a
(Kgf/cm²)
i = relação de transmissão
17
,
18
,
Nos casos mais comuns, essas transmissões apresentam-se com eixos paralelos, como
mostra a Figura 6.16.
19
,
1= ( -2 ) e = ( +2 )
20
,
maior.
21
,
= ângulo dos canais das polias onde se aloja a correia trapezoidal (36 – 40o)
n = rotação (RPM)
Sendo a força de atrito da polia sobre a correia igual a dN e a força centrífuga dFc e
relação:
22
,
Mt = (T1-T2).d/2
23
,
.
Fonte: STIPKOVIC. Anotações de construção de máquinas, 2019.
Convém também apresentar na Figura 6.20 a Norma DIN que especifica detalhes que
envolvem dados geométricos das correntes de simples de rolos.
24
,
Onde:
25
,
Zd = nº de dentes do pinhão
d= (mm)
e a velocidade V, por:
V= (m/s)
P = V.F (Nm/s)
Conclusão
26
,
Referências
27