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Chamando K1= KLKi e aplicando na fórmula (6), tem-se em (7) a equação da perda de
carga localizada em função da vazão, descrita por uma função parabólica.
∆ℎ𝐿 = 𝐾1 𝑄 2 (7)
1.3 Objetivos
Apresentar a expressão correta para K1, ΔH = f(Q);
Construir os gráficos da perda de carga em função da vazão;
Calcular KL para o linha reta e para o cotovelo de 90º;
Calcular o fator de atrito f a partir dos dados coletados;
Comparar o fator de atrito calculado com o obtido pelo Ábaco de Moody.
2 METODOLOGIA
2.1 Equipamentos
A bancada de medição de perda de carga utilizada no experimento está apresentada
na figura 3.
Figura 3 – Bancada da prática de perda de carga
Q Q ΔHTR ΔHTR V
3 3 J fE Re ε/D fA
dm /h m /s mmHg mcH2O m/s
4000 0,00111 6 0,07560 0,03436 0,02182 1,0619 38759 0,06
5000 0,00139 9 0,11340 0,05155 0,02095 1,32737 48449 0,06
6000 0,00167 11 0,13860 0,06300 0,01778 1,59284 58139 0,06
7000 0,00194 16 0,20160 0,09164 0,01900 1,85832 67829 0,03425 0,06
7500 0,00208 18 0,22680 0,10309 0,01862 1,99105 72673 0,06
8000 0,00222 21 0,26460 0,12027 0,01910 2,12379 77518 0,06
8500 0,00236 24 0,30240 0,13745 0,01933 2,25653 82363 0,06
3.1 Análise de Resultados
A primeira etapa da prática buscou determinar o coeficiente de perda de carga do
registro de esfera. A partir dos dados coletados na prática calculou-se K1 médio, a
saber: K1’RE = 47319,3.
Conforme o gráfico 1, a função que rege o sistema é: Δh = 134324Q2 - 263,85Q +
0,1861. Pode-se afirmar que a regressão polinomial realizada nos pontos coletados é
boa, uma vez que R~1. Contudo, através de uma comparação entre a equação gerada e a
formula (7) chega-se a conclusão que o termo que acompanha o quadrado da vazão é
K1. O K1 obtido graficamente é diferente do K1 calculado. Acredita-se que isso seja
natural, uma vez que a regressão polinomial não é perfeita, e os erros associados às
medições contribuem para esta variação. Além de tudo a equação gerada apresenta
termos que não estão previstos na fórmula (7). Por fim calculou-se o coeficiente de
perda do registro a partir dos dados experimentais: KLe = 1,02. O coeficiente calculado
é bem próximo ao obtido na tabela 1 do anexo 01 da apostila de práticas de laboratório:
KLt = 1,50. A pequena variação é facilmente explicada pelos erros associados às
medições.
O K1 médio da do cotovelo de 90º foi calculado: K1cot'=50863,6. A regressão
polinomial do gráfico 2 também é eficiente, pois R~1. Foi gerada a seguinte função: Δh
= 100204Q2 - 95,006Q + 0,0432. O K1 obtido pelo gráfico é aproximadamente o dobro
do K1 calculado. A variação encontrada entre o valor calculado e o valor obtido
graficamente é explicada pelos motivos discutidos no parágrafo anterior. A tabela 2 do
anexo 02 apresenta o valor do coeficiente de perda do cotovelo de 90º: KLt = 0,9. O
valor calculado é bem próximo do valor experimental: KLe = 1,09. A variação
encontrada é explicada pelos erros associados à coleta de dados no rotâmetro e no
manômetro, bem como às aproximações empregadas nos cálculos matemáticos.
A terceira etapa da prática de laboratório buscou determinar experimentalmente o
fator de atrito da tubulação e comparar este com o número obtido pelo Ábaco de
Moody. A tabela 4 apresenta o erro relativo entre estas grandezas (calculado a partir da
fórmula abaixo).
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒄𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐 − 𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒐𝒃𝒕𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒐 𝒂𝒃𝒂𝒄𝒐
𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐 (%) = ∗ 𝟏𝟎𝟎%
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒄𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒐
É interessante apontar que o fator de atrito do ábaco é constante e igual a 0,06 para
Re> 30000 na curva ε/D=0,034, porém isso não foi verificado experimentalmente, pois
obteve-se o seguinte fator de atrito médio: fE’= 0,02.
Tabela 4 - Erro relativo
Calculado Extraído do ábaco Erro (%)
0,022 0,06 -174,9
0,021 0,06 -186,4
0,018 0,06 -237,4
0,019 0,06 -215,7
0,019 0,06 -222,2
0,019 0,06 -214,2
0,019 0,06 -210,4
4 CONCLUSÃO
A partir do experimento foi determinado o coeficiente de perda do registro de
esfera e do cotovelo de 90º. A partir da comparação dos valores experimentais com os
modelos fornecidos pelo fabricante do componente, conclui-se que as duas primeiras
etapas da prática foram bem sucedidas.
O fator de atrito calculado a partir da vazão e da diferença de pressão entre os
terminais da tubulação é muito pequeno se comparado com o f do Ábaco de Moody. O
erro foi em muitos casos superior a -200%, o que não gera confiança no resultado
encontrado. Acredita-se que a incorreta manipulação matemática dos dados pode ter
causado essa variação.
Conclui-se, portanto, que todos os objetivos foram alcançados, pois embora o
resultado apresente baixo índice de confiabilidade, foi possível estabelecer uma
comparação entre as grandezas obtidas a partir dos dados coletados no experimento e os
valores de referência presentes na literatura consultada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS