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A (R)EVOLUÇÃO DO
DINHEIRO
O COMEÇO
Se você não lembra, ao menos já deve ter ouvido bastante gente falar sobre a
crise mundial de 2008, não é mesmo? De modo bastante resumido podemos
dizer que a crise nanceira do subprime foi desencadeada ainda em 2007, a
partir da queda do índice Dow Jones, em decorrência da concessão de
empréstimos hipotecários de alto risco. Essa prática resultou na insolvência
de vários bancos, repercutindo na bolsa de valores.
Em um efeito dominó, bancos e instituições nanceiras envolvidos nos
“swaps do subprime” foram quebrando e praticamente liquidando com as
economias das pessoas. Mas esse mesmo ano foi marcado pelo início de algo
que impactaria o mundo do sistema bancário e nanceiro: a publicação do
White Paper do Bitcoin.
Esse White Paper é um documento bastante simples que apresentou ao
mundo uma explicação de como o Bitcoin e a Blockchain, a tecnologia que
sustenta o Bitcoin, funcionam. A data exata do surgimento desse documento
é 01 de novembro de 2008 e o título “Bitcoin: A Peer-to-PeerElectronic Cash
System” (Bitcoin: Um Sistema Monetário Peer-to-Peer. Escrito por Satoshi
Nakamoto, o resumo desta apresentação dizia que o Bitcoin era uma versão
pura de dinheiro eletrônico que permitiria pagamentos online com envio
direto de uma parte para outra sem passar por uma instituição nanceira.
Tratava-se de um sistema criado em resposta ao modelo nanceiro
tradicional em que os bancos resgatavam empresas falidas e “perdoavam”
dívidas de grandes corporações que mantinham contatos privilegiados com
o alto escalão.
Ou seja, em sua concepção, o BTC sempre teve o objetivo de ser um
dinheiro virtual que não precisasse do controle de nenhuma instituição
nanceira, e que dependesse exclusiva e simplesmente das duas partes
envolvidas em uma transação nanceira, isto é, quem envia e quem vai
recebe.
Em janeiro de 2009, aconteceu a primeira transação de BTC’s entre Satoshi
Nakamoto e Hal Finney, talvez o primeiro entusiasta da moeda e que ajudou
Satoshi no melhoramento do sistema. Essa transação cou conhecida como
Bloco Genesis, a primeira formada dentro de um Blockchain. Hal Finney era
um grande programador que costumava participar de fóruns de criptogra a
e tomou conhecimento da ideia do Bitcoin publicada por Satoshi
Nakamoto.2
Mas quem é esse tal de Satoshi Nakamoto? A verdade é que ninguém sabe!
Existem inúmeras teorias, a principal é de que ele não é necessariamente
apenas uma pessoa, mas sim um grupo de desenvolvedores cyberpunks
(anarcocapitalistas) que juntos teriam desenvolvido todo o sistema. Outra
teoria dá a entender que o próprio Hal Finney poderia ser a pessoa atrás do
pseudônimo, mas ninguém sabe com certeza. O fato é que tudo foi
desenvolvido de tal forma, com estrutura tão bem desenhada e segura, que é
difícil imaginar que uma pessoa pudesse fazer tudo sozinha.
Satoshi Nakamoto? 3
Dado que nesse início o BTC não era conhecido e a sua fama se limitava
apenas aos entusiastas, o valor de mercado da moeda era de menos de
centavos de dólar. O sentimento que paira é o desejo de saber disso naquela
época para ter investido e ser hoje um bilionário. A grande maioria pensa
isso, mas o tempo não volta e, sinceramente, se alguém oferecesse esse
investimento na época, a probabilidade era altíssima que você achasse que
era só mais uma loucura de alguns nerds que cavam o dia todo no
computador.
O fato é que em maio de 2010, como já citamos anteriormente, a primeira
compra usando BTC foi realizada. Foi quando LaszloHanyecz comprou duas
pizzas por 10.000BTC. Em apenas dois anos depois de sua criação, em
novembro de 2010, o BTC atingiu a marca de um milhão de dólares de
Market Cap – Capitalização do Mercado (a multiplicação entre o preço do
ativo e a quantidade em circulação). O restante, caros leitores, é história. De
2010 para janeiro de 2020, o BTC já somou 131.850.847.000,00 bilhões de
dólares, como mostra o grá co a seguir: 4
2 Fonte: https://genesisblockhk.com/what-is-the-genesis-block
3 Fonte: https://blockmanity.com/news/bitcoin/blockstream-ceo-bitcoin-creator-satoshi-nakamoto-
an-individual-and-not-a-team/
4 Fonte: www.coinmarketcap.com
Capítulo 3
O BÁSICO DO BÁSICO
Vamos avançar e explicar como toda essa lógica funciona na prática, desde a
“mineração” até como comprar um BTC para você não car de fora dessa
inovação mundial. No entanto, antes de prosseguir, precisamos avisar que se
você está procurando um material que explique em minuciosos detalhes de
programação como todo esse sistema funciona, esse livro não é para você.
Nosso intuito é fazer com que o maior número possível de pessoas seja
inserido na evolução do dinheiro e comece a experimentar a liberdade que é
ser dono do seu próprio recurso sem ter uma instituição nanceira ditando
as regras. Além é claro de ensinar algumas maneiras de lucrar com isso – já
que a valorização do BTC em 2019 foi de 93%. Isso mesmo, se você tivesse
investido R$50.000,00 em BTC no início de 2019, ao nal você teria
R$96.500,00 de forma segura, sem essa conversa bandida de pirâmide
nanceira que usa BTC como pretexto para cometer crimes e roubar o seu
dinheiro.
Portanto, é importante frisar: Bitcoin não é pirâmide nanceira! Uma coisa
não tem nada a ver com a outra. A moda hoje é que as pirâmides nanceiras
fazem uso dos criptoativos e das moedas digitais para enganar e roubaro seu
dinheiro. Mas o investimento sério em Bitcoins é seguro e com grande
potencial de lucro. O BTC é uma moeda virtual e digital que é transferida de
forma protegida e criptografada, cuja transação é registrada e mantida em
um livro-razão, suportado por um sistema chamado “Blockchain” e
sustentado pela rede de computadores Peer-to-Peer (P2P). (BANSAL, 2018,
p. 7).
A partir daqui começamos a entender o básico!
O que é Criptografia?
É o processo de converter qualquer dado ou informação em um código
travado por uma chave única ou múltiplas chaves, usando algoritmos de
computador e prevenindo o sistema de ter as informações acessadas sem
autorização. A chave única chamamos de “Private Key”. (BANSAL, 2018, p.
8).
Atualmente a maneira mais comum de um hacker prejudicar alguém é
criptografando os dados do computador do “hackeado”. Assim, ele pode
extorquir a vítima pedindo dinheiro para que então entregue as chaves de
acesso.
A Private Key é a senha de acesso à carteira onde os seus BTC’s estão
alocados e precisa ser guardada em segurança pelo dono da carteira.
Veremos isso mais adiante, mas saiba que ao comprar Bitcoins você os
transferirá para uma carteira – que chamamos de wallet – e a Private Key é a
senha de acesso a ela.
No universo BTC, a criptogra a vai codi car a identidade das duas pessoas
que estão transacionando a(s) moeda(s), a transação propriamente dita e
também as informações das wallets envolvidas nas transações.
O que é o Livro-Razão?
Esse termo é comum na área contábil e se refere ao livro onde estão citadas e
registradas as transações e as contas de transação de um determinado
negócio ou sistema. Todas as transações são registradas nesse livro.
No caso do BTC, esse livro é digital e sustentado por um sistema
inteligentíssimo chamado Blockchain.
O que é Blockchain?
A Blockchain (rede de blocos) é o funcionamento do livro-razão mantido
por uma rede de computadores que são individualmente chamados de “nós”.
Todos eles são conectados entre si pela rede Blockchain, promovendo as
trocas Peer-to-Peer (P2P) dentro do sistema e atualizados com as mesmas
informações da rede. Pelo fato da rede ser composta por milhares de
computadores, não existe a demanda por um servidor central para o
controle de tudo, de forma que não é necessária a centralização de controle
de todas as transações. Por isso, chamamos a rede Blockchain de uma rede
descentralizada: 5
Tipos de Blockchain
Atualmente, há dois tipos de Blockchains, sendo necessário conhecer as
características de cada um para saber qual melhor se adequa às suas
necessidades.
1. Blockchain Público
Como o próprio nome sugere, o Blockchain Público ou aberto é aquele em
que todas as pessoas possuem acesso para ler, enviar transações e decidirem
participar ou não do processo de consenso. Já que não é necessário se
identi car para obter acesso ao Blockchain, todos os usuários permanecem
anônimos.
Nesse sentido, o Blockchain criado por SatoshiNakamoto con gura-se como
público e apresenta uma administração totalmente descentralizada.
Entretanto, com o passar do tempo, surgiram novas possibilidades de
Blockchains, como será mostrado a seguir.
2. Blockchain Privado
Diferentemente do Blockchain Público, o Privado ou fechado é
administrado por uma única organização, a qual determina quem pode ler,
enviar transações e participar do processo de consenso. Assim sendo, os
Blockchains Privados são caracterizados como centralizados.
Desse modo, é necessário que o responsável pelo Blockchain libere o acesso
a quem ele deseja que visualize e interaja dentro do sistema. Por conta dessa
maior privacidade, esta alternativa é a preferida entre empresas, pois esses
empreendimentos, muitas vezes, dispõem de informações estratégicas, as
quais não podem ser compartilhadas com terceiros.
1. Custódia
Atualmente, a maior parte dos títulos e ativos nanceiros são custodiados
em bancos ou corretoras com o intuito de se obter uma maior segurança na
guarda desses investimentos. Isso implica em custos, uma vez que é
necessário pagar uma taxa à instituição nanceira proporcional ao
investimento depositado, o que pode acarretar em prejuízos ao investidor.
Com a criação do Blockchain, essa realidade tende a mudar, visto que, por
meio da plataforma, é possível custodiar com total segurança títulos e ativos
sem necessitar da intermediação de uma instituição nanceira e pagar taxas
abusivas.
2. ClearingHouse
Hoje em dia, quando um investidor compra um título ou ação no mercado
nanceiro ou alguém nancia um determinado bem, por exemplo, é
necessária uma instituição para intermediar o processo. Essa intermediária é
chamada de “ClearingHouse” e responsável em proporcionar a lisura do
processo.
Por exemplo, suponhamos que uma determinada pessoa comprou um título
de um banco. Para que seja garantido que essa pessoa comprou o título e,
mais tarde, retirou-o conjuntamente com o rendimento obtido, é necessário
contar com a intermediação de uma ClearingHouse. Entretanto, como essa
instituição presta um serviço, logo, também são cobradas determinadas
taxas que, por sua vez, podem ser abusivas.
Do mesmo modo que o Blockchain elimina a necessidade de intermediação
no processo de custódia, ele também a extingue no clearing, pois, por meio
dos smartcontracts, é possível garantir de forma automática, totalmente
descentralizada, ágil e segura a transparência e o respeito ao contrato
rmado sem a mediação de uma ClearingHouse.
3. Cash Settlement
Mais uma importante operação muito realizada no mercado nanceiro é o
“cash settlement” que, ao traduzir livremente para o português, signi ca o
mesmo que liquidação, ou seja, corresponde ao processo de pagamento de
um determinado valor por parte do comprador ao vendedor.
Atualmente, muitos investidores realizam a compra ou venda de ações e
precisam aguardar uma série de dias para que seja con rmada a transação.
No primeiro dia útil após a compra ou venda de um ativo, também
conhecido como D1, os agentes nanceiros discriminam a transação. No
D2, ocorre o bloqueio do título e a entrega dele para a Companhia Brasileira
de Liquidação e Custódia (CBLC) e somente do D3, ou seja, no terceiro dia
útil após a transação é que o comprador terá o título desbloqueado para usar
e o vendedor, o dinheiro recebido.
Portanto, para que a transação seja concluída são necessários, no mínimo,
três dias e, caso esse período seja intercalado por nais de semana e feriados,
o tempo poderá ser ainda maior. No entanto, ao optar pelo Blockchain, toda
essa transação pode ser feita em apenas um dia, uma vez que a plataforma
funciona 7 dias por semana e 24 horas por dia sem a necessidade de diversos
intermediários, como agentes nanceiros e a CBLC, para con rmar a
transação – pois tudo é realizado em um único sistema.
5 Fonte: https://medium.com/@cleberw3b/bitcoin-a-internet-do-dinheiro-prova-de-trabalho-proof-
of-work-f62d5d14a0c5
Capítulo 4
OS 21 MILHÕES DE
BITCOINS
6 Fonte: https://coinmarketcap.com
Capítulo 5
COMO FUNCIONA A
MINERAÇÃO
Sistemas de governança
A partir da criação do Blockchain, surgiu a possibilidade de gerenciar
diversas atividades de forma descentralizada, ou seja, sem que a gestão
estivesse concentrada em apenas uma única pessoa ou em um grupo restrito
de pessoas, garantindo, assim, maior transparência aos processos
desempenhados.
Essa gestão descentralizada é possível graças ao conjunto de regras pré-
programadas, nas quais o sistema do Blockchain opera de forma automática.
As atividades que não podem ser desempenhadas pela plataforma
automaticamente são realizadas pelos distintos “nós” que compõem o
sistema.
Como mencionado anteriormente, esses “nós” nada mais são do que o
conjunto de computadores que realizam o processo de mineração em troca
de Bitcoins. Além disso, vale destacar que todas as informações contidas no
Blockchain são transparentes para todos participantes, não sendo possível
que um determinado usuário consiga se favorecer em detrimento dos
demais ou realizar qualquer operação sem que os outros participantes
percebam.
Desse modo, o surgimento do Blockchain abriu portas para que pudéssemos
investir em sistemas de governança completamente descentralizados,
acarretando em maior lisura dos processos, segurança aos dados dos
usuários e e ciência nas operações.
Capítulo 6
STABLECOINS
1. USDT
A USDT, também conhecida como Tether, foi criada em 2014 por Brock
Pierce, Reeve Collins e Craig Sellars e vendida em 2015 para a empresa
IFinex. A USDT foi a primeira stablecoin a surgir no mercado e é a mais
utilizada até hoje. A Tether é pareada com o dólar. Desse modo, cada
unidade de USDT equivale a um dólar.
2.USDC
Assim como a Tether, a USDC ou USD Coin é uma stablecoin pareada com
o dólar e é a segunda mais utilizada no mercado, tendo seu lançamento
ocorrido em 2018. Essa moeda virtual foi desenvolvida a partir de um
consórcio entre duas companhias norte-americanas de Blockchain, a Circle
e a Coinbase, culminando no projeto CENTRE.
3. PAX
Diferentemente dos dois primeiros casos, a PAX é uma stablecoin pareada
ao ouro. Dessa forma, cada onça de ouro (31,1 gramas) corresponde a um
PAX. Essa criptomoeda foi desenvolvida pela Paxos, empresa norte-
americana que atua no ramo de criptomoedas desde 2012.
4. DAI
Se a criação das stablecoins já facilitou e muito as operações com
criptomoedas, a DAI surgiu para viabilizar ainda mais esse processo, visto
que não é necessário contar com uma instituição nanceira nem sequer para
a emissão do token.Nesse sentido, a obtenção da DAI ocorre por meio de
um contrato inteligente (smartcontractautomatizado). Além desse
diferencial em comparação às demais stablecoins,a DAI não necessita de um
lastro para manter sua cotação estável em um dólar, pois isso é garantido
através de um sistema de engenharia nanceira em que algoritmos
negociam a quantidade de ativos em circulação, emitindo ou vendendo
tokens para a estabilização do preço.
A SUA WALLET
1. Wallet Desktop
São carteiras virtuais instaladas no seu próprio computador, ou seja, as
chaves privadas são armazenadas no disco rígido do seu computador (HD).
Esse tipo de carteira é segura pelo fato do seu computador estar
normalmente em casa ou em lugares onde só você tem acesso. Uma das
desvantagens é o fato de que, caso você perca o computador, você também
perderia o acesso aos bitcoins. Já vimos acontecer no passado. Existe uma
história famosa sobre um rapaz que perdeu 5.000 bitcoins porque
descartouseu computador, quando o bitcoin não valia praticamente nada.
2. Wallet Hardware
É uma carteira que funciona como um pendrive na qual o investidor
armazena suas chaves. Uma das vantagens desse tipo de carteira é que você
precisa ter esse dispositivo para acessar os fundos. Como esses dispositivos
normalmente são protegidos por senhas, você tem um aumento da
segurança. Mas a desvantagem é a falta de praticidade para acessar e
con gurar.
3. Wallet Mobile
Provavelmente este é o tipo de carteira preferida dos usuários que estão
começando ou que gostam de praticidade. Para quem quer ter a
possibilidade de enviar seus bitcoins a qualquer momento e em qualquer
lugar, essa wallet é perfeita.
Tratam-se de aplicativos instalados no celular nos quais você cria uma
carteira deixando as chaves privadas armazenadas dentro do aparelho. O
ideal é que as chaves também sejam anotadas fora do celular em caso de
perda ou aquisição de um novo aparelho.
Anote as palavras em um lugar seguro ou adquira um “Cryptosteel”
(mecanismo de armazenagem das suas chaves privadas). Você também pode
fazer o backup dessas palavras em seu iCloud, com a criação de uma senha
especí ca nesse arquivo.
Caso você tenha valores mais altos investidos, acima de 0.5 BTC, seria
interessante optar por uma Wallet Hardware, porque querendo ou não,
estamos falando de valores nanceiros importantes.
4. Wallet Papel
Caso você seja aquela pessoa que acredita estar sendo vigiado e que seu
computador e celular não são lugares con áveis para armazenar nada, muito
menos Bitcoins, essa wallet é feita para você. Nesse tipo de carteira, seus
Bitcoins são literalmente armazenadosem uma folha de papel.
É um documento físico, que contém as chaves privadas e públicas. Sua
grande vantagem é o fato de ser 100% o ine, ou seja, ninguém terá acesso.
O grande problema é que se você dani car ou jogar o papel fora, não existirá
meios de recuperar o Bitcoin.
COMO COMPRAR
BITCOINS
Para colocar a ordem de compra e para que ela seja executada de forma
rápida, utilize a “compra a mercado”, este é um tipo de ordem que não leva
em consideração o preço da ordem executada. Ele comprará a quantidade
que você quiser no preço em que o mercado está vendendo. Sempre usamos
esse modelo de ordem para compras pequenas. Para compras maiores
recomendamos o tipo de “ordem limite”, que se resume em uma ordem na
qual eu estipulo o valor que quero vender ou comprar o bitcoin. Assim, a
ordem só será executada quando chegar ao meu preço.Este é um tipo de
formulário de envio de ordem de compra e venda:
Uma vez con rmada a ordem, você terá o seu saldo em reais debitado e
aparecerá o valor em Bitcoin na sua conta.
Mesmo que a exchange tenha uma excelente reputação, nunca deixe seus
bitcoins dentro dela. De forma rápida, se você deixar, a corretora estará com
a posse de suas chaves privadas e lembre-se que quem possui as chaves
privadas, possui a carteira. Ou seja, nesse caso a corretora será dona da sua
carteira.
BITCOINS SÃO
INVESTIMENTO?
O Cisne Negro
Parece até loucura mencionar cisnes para falar de investimentos, mas
sinceramente, é um conceito que você precisa assimilar e que pouquíssimas
pessoas entendem.
O inventor desse termo aplicado ao mercado nanceiro foiNassim Nicholas
Taleb. Ele é escritor, lósofo e estatístico, além de ser um megainvestidor nos
EUA e participar de um fundo que performa muito bem ao longo dos anos.
O cenário que descrevemos no início do capítulo representa bem o que ele
chama de “Cisne Negro”, um evento raro, improvável e muitas vezes
catastró co, que pega de surpresa os mais desavisados e inconsequentes,
muito bem abordado em seu livro “A lógica do Cisne Negro”. Taleb usa esse
conceito para provar que é impossível prever o futuro, embora muitos no
mercado nanceiro – ou até fora dele – tentem fazê-lo. Ninguém podia
prever o 11 de setembro e suas consequências, assim como ninguém poderia
prever as consequências do novo Coronavírus. O conceito tem origem no
fato de que no século XV os ingleses acreditavam existir apenas cisnes
brancos, mas tudo mudou depois que um cisne negro foi avistado na
Austrália.
Um exemplo muito bem-humorado usado por Taleb para descrever um
“evento cisne negro” é o ciclo de vida de um peru de natal. Ao longo de todo
o ano, o peru é alimentado e cuidado para ter a maior quantidade de carne
possível. Se analisarmos o peso do animal ao longo do ano, perceberemos
que ele formará um grá co crescente, extremamente otimista. Pois é no nal
do ano que o“cisne negro” acontece. Aquilo que era um otimismo enorme,
justamente no momento que o animal estava mais confortável e com o
cenário mais otimista de sua evolução anual, ele morre! Tudo aquilo que o
peru tinha conquistado foi perdido em questão de minutos. Um evento
único determina o seu m.
Se os nossos investimentos não forem feitos de maneira correta, corremos o
mesmo risco. Um único evento pode nos levar à lona como um lutador, que
com um soco sofre o nocaute.
O Antifrágil
Já falamos de cisnes, agora vamos falar de uma palavra que nem existe no
dicionário. Também criado por NassimTaleb, o conceito de “Antifrágil”
envolve o entendimento de que se necessita fugir de qualquer tipo de
vulnerabilidade.
Pense da seguinte forma, existem objetos extremamente frágeis, não é? Um
exemplo são taças de cristal. São tão frágeis que para lavá-las precisamos ter
cuidado dobrado para não quebrar. Para o seu transporte precisamos
protegê-las com o máximo cuidado.
Quando pensamos na antítese, no contrário de “frágil”, logo pensamos em
um objeto que não quebra, concorda? Uma pedra, por exemplo. Não
importa o que você faça com uma pedra, di cilmente ela quebrará ou
sofrerá algum dano. A grande questão levantada por Taleb é que aquilo que
pensamos ser o contrário de “frágil” não está correto. A pedra, segundo o
nosso exemplo, pode ser considerada robusta, pode sofrer pancadas fortes,
mas não se abala e não perde nada.
O grande problema levantado pelo autor em seu livro “Antifrágil” é que o
robusto, embora seja melhor que frágil, permanece sempre da mesma
forma, não muda, não cresce. E isso não é exatamente o contrário de “frágil”
já que, neste caso, quando algum evento drástico acontece, o objeto se
quebra.
Pensando nisso, Taleb estabelece que o contrário exato para aquilo que
chamamos de fragilidade é a antifragilidade. Ao invés de quebrar como o
frágil, e em vez de se manter como está (robusto), ao ser exposto a um
evento prejudicial, o Antifrágil ca mais forte e cresce. Se usarmos o
exemplo da taça de cristal, é como se a cada vez que submetêssemos uma
taça a uma força que a quebraria, ela casse ainda mais forte.
Trazendo à tona o tema investimentos, NassimTaleb ensina que quando um
Antifrágil, aquela pessoa que investe levando em conta esse conceito, está
diante de um Cisne Negro negativo, como o que descrevemos no início do
capítulo, ele ganha ao invés de se manter estável ou mesmo quebrar.
Um Antifrágil prepara seus investimentos de forma que possa ganhar em
todos os cenários possíveis, especialmente nos negativos. Aliás, se existe um
momento no qual o Antifrágil realmente ganha, esse momento é durante
um evento Cisne Negro negativo. Por isso, Taleb usa uma gura muito
interessante para descrever o conceito: a Hidra de Lerna. Segundo a
mitologia grega, a Hidra era um animal com corpo de dragão e várias
cabeças de cobra que ao ser atacada e ter uma de suas cabeças arrancadas,
duas nasciam em seu lugar. Ou seja, a cada golpe que levava, a Hidra cava
mais forte.
Em resumo até aqui, queremos que você perceba que existem eventos que
estão fora do nosso controle e que podem dizimar nossos investimentos.
Isso não é exagero. Basta lembrar de 2008, na última grande crise quem
estava investindo em bolsa perdeu pelo menos 40% do seu investimento. No
caso de alguns, o evento os tirou do jogo.
Para lidar com essas adversidades e, inclusive, lucrar com elas, é preciso
estar Antifrágil, preparado para esses eventos, sem depender da sorte ou do
acaso.
Efeito Lindy
Existem alguns fatores que precisam ser considerados para “entrar
Antifrágil” no mercado. Um deles é o “efeito Lindy”, um conceito muito
simples e que pode mudar a sua forma de entender o mercado.
Esse conceito foi criado por Albert Goldman na década de 1960 e dizia que
a expectativa do futuro da carreira de um comediante na televisão
americana era proporcional à metade de sua exposição no passado. Ele
queria dizer que quanto mais tempo o comediante já estivesse trabalhando
na televisão, mais tempo ele se manteria por lá. Se estivesse há 10 anos, a
lógica era que caria mais cinco anos, pelo menos.
Apesar de Goldman ter inventado o conceito, foi Benoit Mandelbrot que o
provou matematicamente, e ainda deu um “upgrade” na ideia. Mandelbrot
concluiu que o futuro não dependia da metade da exposição ao passado,
mas sim do tempo total de exposição. Ou seja, se algo já dura 10 anos, existe
uma probabilidade altíssima de durar mais 10 anos.
Apesar de não poder ser aplicado em tudo na vida, o conceito faz muito
sentido na maioria das vezes, especialmente quando tratamos de
investimento. Por exemplo, será que usaremos garfos para comer daqui a 50
anos? Seguindo a ideia do efeito Lindy, dizemos que sim. Garfos já servem
como ferramentas para ingerir alimentos desde, pelo menos, o século XI.
Ou seja, a probabilidade é altíssima que o seu uso dure algo proporcional ao
tempo que já usamos.
Entenda isso na área de investimentos e você evitará muita dor de cabeça no
futuro. Invista naquilo que já se provou no tempo, não em invenções
mirabolantes que ainda não perduraram por um bom período de tempo.
Mas surge a pergunta: “O Bitcoin é muito novo, ele tem efeito Lindy?”.
Chegaremos lá!
Estratégia Barbell
Além de levar em conta o Efeito Lindy, ainda é necessário entender como
distribuir os seus investimentos da maneira correta e Antifrágil. A
“estratégia Barbell” – que signi ca barra de supino, em inglês – é fácil de
entender e representa muito bem a Antifragilidade.
Em resumo, assim como uma barra de supino tem peso nos seus dois lados
extremos, os nossos investimentos devem estar alocados também em dois
extremos: Alto Risco (investimentos altamente agressivos) e Baixo Risco
(investimentos extremamente seguros). Fuja de investimentos de médio
risco!
Como assim? Veja a imagem a seguir e você entenderá.
É simples, 65% a 80% do seu capital devem estar alocados no seu lado de
Baixo Risco. Destes destacamos os títulos de Renda Fixa, suas reservas de
valor (ouro e caixa) e moedas estrangeiras fortes que te protegerão da
desvalorização do Real.
No seu lado de Alto Risco, o restante do seu capital de investimento é
alocado em alguns ativos – não precisa ser em todos – como as ações, os
criptoativos, opções (derivativos) e Private Equity (participações em
empresas).Essa estratégia é segura e ajudará você a se proteger em casos de
Cisnes Negros.
Percebeu que os criptoativosdevem fazer parte dos seus investimentos e
onde eles se encaixam? Entende por que uma boa parte das pessoas que
investe em criptoativos se decepciona? Porque elas fazem errado. Colocam o
dinheiro que não é para investir e, em uma desvalorização abrupta causada
pela alta volatilidade do ativo, elas se decepcionam por perder dinheiro. A
partir disso, passam a falar que Bitcoin é uma armadilha. Garantimos, não é!
Pelo contrário, o BTC tem se mostrado um ativo muito rentável e seguro!
Poder de Compra.
O poder de compra do Bitcoin está em alta nos últimos anos. Por se tratar
de um ativo escasso e ter suas propriedades bem estabelecidas estima-se que
seu valor unitário possa chegar a USD 1 milhão em um futuro não muito
distante.
Quando comparado a qualquer moeda duciária (real, dólar, libra, euro,
etc.), todas elas experimentam em algum momento seu poder de compra.
Em contrapartida, o Bitcoin só tem valorizado com o passar dos anos e isso
não irá mudar em virtude da sua escassez.
Capítulo 10
ALTERNATIVE COINS
Altcoins
Altcoins são Tokens? Tokens são Altcoins?
Como mencionado anteriormente, as altcoins são todos os ativos digitais
que surgiram após o Bitcoin. Essas moedas alternativas podem ser criadas
tanto a partir de um Blockchain próprio, como é o caso do Ether, quanto por
meio de um Blockchain preexistente.
Quando o ativo digital é desenvolvido através de um Blockchain próprio,
cria-se uma altcoin caracterizada de fato como uma criptomoeda, pois o que
de ne uma criptomoeda é a presença de um Blockchain especí co.
Agora, se a moeda alternativa for desenvolvida a partir de um Blockchain
preexistente, não se cria uma criptomoeda propriamente dita, mas sim um
token. Portanto, por mais que o token seja uma representação digital de um
ativo físico, assim como o Bitcoin e o Ether, ele não é considerado uma
criptomoeda por não dispor de um Blockchain próprio.
Nesse sentido, dependendo do Blockchain de origem da altcoin, ela pode ser
considerada um token ou não.
Como eu posso identificar um bom projeto e
investir em uma altcoin com segurança?
Para sua proteção, procure as moedas que são mais bem classi cadas no
www.coinmarketcap.com. Ao fazer isso, vai minimizar suas chances de
investir em projetos que irão captaro seu dinheiro e sumir do mapa.
Informamos aqui uma Tabela das Moedas mais bem classi cadas: 7
Por que investir em Altcoins?
Investir em altcoins possibilita inúmeras vantagens, contudo é necessário
saber identi car quais são os melhores projetos. Atualmente, existem mais
de 8 mil altcoins no mercado de criptomoedas, as quais são provenientes
tanto de projetos consolidados quanto questionáveis.
Quando você investe em uma determinada altcoin, está na realidade
investindo em um projeto, que se for bom e reconhecido, irá lhe render um
excelente retorno nanceiro, possibilitando que você possa realizar novos
investimentos ou no mercado nanceiro ou adquirir um bem.
Como dito previamente, as altcoins são moedas alternativas ao Bitcoin.
Portanto, os projetos provenientes das altcoins se bene ciam de uma
tecnologia já criada e que já fez sucesso, buscando apenas aperfeiçoá-la. Por
exemplo, o Ethereum, o qual iremos falar de forma mais detalhada logo a
seguir, expandiu a tecnologia do Blockchain para a criação de aplicativos
descentralizados, o que se provou uma excelente ideia.
Portanto, vale investir sim em altcoins, pois isso pode lhe proporcionar um
bom retorno nanceiro. Entretanto, é necessário investir em altcoins
consolidadas, pois elas já provaram o seu valor no mercado. Além disso, é
interessante sempre diversi car sua carteira de investimentos e destinar 60%
para o Bitcoin que é a criptomoeda mais rentável do mercado atualmente.
Ethereum
O que é Ethereum?
O Ethereum foi desenvolvido por VitalikButerin em 2014 e lançado em 2015
com o intuito de ser uma plataforma de caráter independente que tem a
capacidade de criar contratos inteligentes, aplicativos descentralizados e até
mesmo outros ativos digitais a partir da tecnologia Blockchain.
Sendo assim, o Ethereum abre um leque de novas possibilidades ao difundir
a tecnologia Blockchain para além das operações nanceiras. Por exemplo,
atualmente, ao realizarmos o download de um determinado aplicativo, a
plataforma que hospeda esse app passa a ter acesso aos nossos dados, pois a
administração do so ware é centralizada em uma organização, como o
Google (Google Store) e Apple (App Store), por exemplo.
Agora, se o aplicativo que desejamos baixar está hospedado em uma
plataforma descentralizada como o Ethereum, nós dispomos de uma maior
segurança sobre os nossos dados, algo que vem sendo profundamente
debatido nos dias de hoje, ainda mais com a vigência da Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (LGPD. Lei nº 13.709, de 14 agosto de 2018).
O nome atribuído aos aplicativos desenvolvidos e hospedados na plataforma
Ethereum é “DecentralizedApplications”, também conhecidos pela sigla
DApps. Como mencionado, o método de funcionamento desses aplicativos
equivale ao processo de mineração ocorrido na Blockchain do Bitcoin, na
qual pessoas no mundo todo administram de forma descentralizada a rede
com o objetivo de receber Bitcoins como pagamento pelo “serviço prestado”.
No caso do Ethereum, as pessoas recebem como recompensa a
criptomoedaEther.
Web 3.0
Ao disponibilizar a tecnologia do Blockchain para diversos ns, o Ethereum
fomentou o desenvolvimento da Web 3.0, a nova geração de internet. A
grande novidade da Web 3.0 é que, diferentemente da internet 1.0 e 2.0, sua
gestão é totalmente descentralizada. Isso possibilita inúmeras vantagens aos
usuários da internet, como maior privacidade e até mesmo maior velocidade
de rede.
Como o Blockchain opera de forma descentralizada, seus dados poderão ser
vistos, mas ninguém poderá saber que eles são seus. Atualmente, governos e
empresas, como Google, Facebook, Instagram, dentre outras, detêm
inúmeras informações sobre seus usuários, problema que culminou na
elaboração da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a qual regulamenta
o uso e tratamento de informações pessoais tanto no meio virtual quanto
físico.
Por mais que a lei represente um avanço, ela não garante total segurança aos
usuários, uma vez que a lei pode não ser obedecida. Além disso, caso a
empresa que detenha dados de terceiros não invista em um sistema de
segurança da informação e ciente, os dados podem ser hackeados por
pessoas mal intencionadas. Com a tecnologia do Blockchain isso não ocorre,
pois assim como os ativos digitais possuem um código criptografado
altamente seguro, suas informações também terão.
OBlockchain irá proporcionar uma internet com maior velocidade de rede.
Mas como isso seria possível? Traremos um exemplo.Atualmente, se eu
enviar uma imagem pelo WhatsApp para um grupo com diversas pessoas,
cada uma delas terá que realizar o download da imagem para visualizá-la.
Isso consome muito a internet. Agora, imagine que diversas pessoas no
mundo inteiro estão fazendo isso. Certamente é um impacto considerável na
velocidade da rede. Entretanto, com o Blockchain, não será mais necessário
que todas essas pessoas façam o download de um arquivo para acessá-lo,
pois, ao ocupar o Blockchain, ele passa a ser um único arquivo disponível na
plataforma para todas as pessoas que desejarem vê-lo.
Tokenização
O que é a Tokenização?
A expressão tokenização vem da palavra “token” que, como relatado antes,
signi ca a representação digital de um ativo físico. Nesse sentido,
tokenização nada mais é do que o processo de transformar esse ativo físico
em um ativo digital, ou tecnologia de frações digitais, seja ele uma ação,
participação em empresa, fração imobiliária ou direito adquirido sobre algo.
Como a tokenização mudará o mercado financeiro
atual?
A tokenização contribuirá inicialmente de dois modos. Dizemos
inicialmente, porque conforme uma tecnologia é utilizada, ela é
aperfeiçoada. A primeira grande contribuição da tokenização para o
mercado nanceiro é o aumento da liquidez de um ativo, ou seja, mais
pessoas poderão adquirir um novo ativo. Mas como isso é possível?
Imagine que você possua 1kg de ouro e deseja vendê-lo. Para comercializá-
lo terá que encontrar uma pessoa com alto poder aquisitivo, visto que 1kg de
ouro equivale aproximadamente a 300 mil reais e di cilmente seria possível
dividi-lo em diversas partes. O mesmo ocorre com a compra de imóveis e
terrenos de alto custo. Ao tokenizar esses ativos físicos, você tem a
oportunidade de fragmentá-los e, assim, torná-los mais acessíveis para
pequenos investidores, aumentando assim a liquidez do ativo.
O uso dos tokens como instrumento nanceiro é mais e ciente, já que não
conta com a presença de intermediários para garantir que a rentabilidade
chegue até os investidores. Uma vez que determinado ativo passa a ser
tokenizado, ele é diretamente distribuído e comercializado aos possíveis
investidores.
A segunda grande contribuição da tokenização para o mercado nanceiro é
possibilitar que o mercado opere 24 horas por dia sete dias por semana.
Atualmente, o mercado tradicional de capitais funciona das dez da manhã
até às cinco da tarde, o que torna transações internacionais entre países com
distintos fusos horários mais demoradas para serem concluídas.
Assim sendo, a tokenização tem o poder de provocar grandes
transformações no mercado nanceiro, as quais o mudarão para melhor.
Os 4 pilares de tokenização
A tokenização para ser bem sucedida e segura está embasada em 4 pilares,
são eles:
Non-Fungible Token
Qual a importância dos NFTs para o mercado cripto?
O NFT é um protocolo de suma importância para o mercado das
criptomoedas, pois trouxe uma nova oportunidade para os criadores de
produtos digitais: a possibilidade dos usuários avaliarem, venderem,
comprarem e leiloarem NFTs de forma segura, tendo em vista que, ao
tokenizar o produto, sua autenticidade é garantida pelo Blockchain. Desse
modo, ao apresentar uma nova solução às pessoas que produzem e
adquirem produtos digitais, o protocolo NFT contribui para disseminação e
manutenção do mercado cripto.
Jogos digitais;
Músicas;
Filmes;
Séries;
Livros;
Fotogra as;
Ilustrações.
7 Fonte: https://coinmarketcap.com/
8 Fonte: https://www.coindesk.com/de -more-disruptive-to-banks-than-bitcoin-says-ing
9 Fonte: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/06/16/meme-doge-e-vendido-
como-n -por-us-4-milhoes-e-bate-recorde.ghtml
Capítulo 11
Assim como o BTC sobre de preço, ele também cai. Existem alguns motivos
para isso acontecer:
REGULAÇÃO E LEIS
Muito bem, agora que foi assimilado que esta moeda digital, pelo seu
aspecto revolucionário, pode ser um ativo de investimento e você efetuou a
sua compra de Bitcoins, é preciso saber como declarar à Receita Federal.O
intuito deste capítulo é fornecer as instruções atualizadas até Maio/2021,
mas a dica é que você se mantenha atualizado o máximo possível, pois pela
dinâmica deste mercado e mudanças constantes, novas regras são
implementadas com frequência.
Iremos usar muito o termo “criptoativo”, o qual aReceita através da Instrução
Normativa nº 1888/2019 de ne como: “representação digital de valor
denominada em sua própria unidade de conta, cujo preço pode ser expresso
em moeda soberana local ou estrangeira, transacionado eletronicamente
com a utilização de criptogra a e de tecnologias de registros distribuídos,
que podem ser utilizados como forma de investimento, instrumento de
transferência de valores ou acesso à serviços, e que não constitui moeda de
curso legal”. (art. 5º, inc.I,IN 1888/2019)
A Receita Federal do Brasil (‘Receita’ ou ‘RFB’), por meio dessa legislação,
instituiu a partir de agosto de 2019 a obrigação de informar operações
realizadas com criptoativos por pessoas físicas com domicílio scal no Brasil
ou por meio de exchanges de criptoativos brasileiras (‘exchanges’ ou
‘corretoras’).
Essa obrigatoriedade foi criada para averiguar o ganho de capital nas
transações com criptoativos e também para combater a lavagem de dinheiro
e corrupção. Tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas deverão,
portanto, prestarem informações conforme artigo 6º da referida instrução.
Compra e Venda;
Doação;
Transferência e retirada de criptoativo para Exchange;
Cessão temporária (Aluguel);
Emissão;
Ação em pagamento;
Outras operações que impliquem transferência de criptoativos.
Data da operação;
Tipo de operação;
Titulares da operação (envolvidos na transferência);
Quantidade negociada;
Valor da operação;
Valor de taxas de serviços.
Casos específicos:
Se você não tinha criptomoedas em 2019, preencha o campo “Situação em
31/12/2019” com valor zero e no campo “Situação em 31/12/2020” informe
o valor pago em reais pelas suas criptomoedas.
Se você já tinha e adquiriu outras, some o valor de 2019 com as compras de
2020 e informe o resultado no campo “situação em 31/12/2020”.
Se você já tinha criptomoedas em 2019 e não adquiriu mais em 2020, repita
o valor do campo “situação em 31/12/2019” no campo “situação em
31/12/2020”, independentemente de os ativos terem se valorizado ou não.
Caso você já tenha declarado criptomoedas no ano anterior e utilizou o
código “99 - outros”, atualize a cha da declaração discriminando suas
moedas digitais em conformidade com os novos códigos disponibilizados
(81, 82 ou 89).
Como você pôde perceber ao longo deste livro, compreender sobre o mundo
das criptomoedas demanda tempo, estudo e persistência. No entanto,
conforme for se apropriando do assunto, mais fácil e interessante começa a
car, não é mesmo?
Levamos muitos anos para aprender todas as informações contidas aqui e
nosso intuito ao escrever este livro era o defacilitar esse percursoa m de
que você também possa ser bem sucedidonesse tipo novo de investimento.
Durante todo esse tempo, temos visto como o mercado cripto vem
crescendo continuamente e revolucionando diversas atividades, tais como os
serviços nanceiros, transação de infoprodutos, modalidade de
investimentos, aprimoramento de sistemas de governança, entre outros
aspectos mencionados ao decorrer de todo o conteúdo.
Nesse sentido, apropriar-se do universo cripto agora pode render bons
frutos no futuro, tanto em termos nanceiros quanto de conhecimentos a
respeito de uma nova forma de executar e facilitar diversas atividades de
nosso dia a dia.
Por m, nossa expectativa é que esse livro tenha alcançado seu maior
objetivo, o de facilitar a compressão das criptomoedas e democratizar esse
conhecimento para o maior número possível de pessoas.
Até a próxima!
BIBLIOGRAFIA