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Primeiros Socorros

crianças e jovens

25H

Formadora: Ana Rita Grave


Primeiros socorros – Infância
IEFP
Infância

– Sistema Integrado de Emergência Médica

Primeiros socorros geriátricos IEFP


Infância

– Sistema Integrado de Emergência Médica

O «Sistema Integrado de Emergência Médica» (SIEM)


é um conjunto de meios e acções pré-hospitalares e
intra-hospitalares, com a intervenção activa dos
vários componentes de uma comunidade, que visa
uma resposta atempada a qualquer ocorrência em
que exista risco de vida (e doença súbita, acidentes,
catástrofes).

Número Europeu do Socorro: 112 (CODU – supervisão


médica)
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Infância
Alerta - Chamada 112
Manter a calma;

Informar correctamente o local onde se encontra;

Indicar o número de telefone a partir do qual se está a ligar, para que se


possa ser contactado em caso de dúvida;

Descrever correctamente qual a situação e responder às perguntas que a


central de emergência faz (mesmo que isso possa parecer perda de tempo);

Respeitar as indicações dadas;

Desligar o telefone somente quando a central de emergência indicar.

A T E N Ç Ã O: Peça socorro somente quando


realmente necessita. A ocupação indevida
deste meio pode custar a vida a alguém!
Primeiros socorros geriátricos
IEFP
Infância

Asfixia Fraturas

Afogamento Eletrocussão

Hemorragia Queimaduras

Traumatismos Reanimação
Cardiorespiratória

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Infância

MATERIAL DA CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

▪ 1 caixa de pensos rápidos de diferentes tamanhos ▪ 1 termómetro Paracetamol rectal e oral e seringa para
▪ 3 pensos de outros tamanhos administração
▪ Adesivo antialérgico de diferentes tamanhos ▪ Repelente de insetos (para bebés com >6 meses de idade)
▪ Fitas adesivas para suturas 10 compressas esterilizadas de ▪ Solução de re-hidratação oral para desidratações
diferentes tamanhos (15 x 15 cm, 10 x 10 cm, 7,5 x 7,5 cm) ▪ Pomada anti-histamínica
▪ 2 ligaduras de gaze de diferentes tamanhos ▪ Pomada para equimoses
▪ 2 ligaduras elásticas de diferentes tamanhos ▪ Pomada para pequenas queimaduras
▪ Luvas de proteção ▪ Creme emoliente tipo vaselina
▪ 1 desinfetante de mãos ▪ 2 sacos de plástico para sujos
▪ Solução antisséptica/ Frasco de álcool
▪ 1 frasco de solução dérmica iodada
▪ 1 frasco de soro fisiológico
▪ 1 tesoura com pontas redondas
▪ 1 pinça
Infância

Exame Primário

Observar:
– Perigos para os socorristas e para a(s) vítima(s);
– Localização dos doentes e sua posição;
– Estado do(s) doente(s): se estão conscientes, se existem hemorragias ou
outro tipo de lesões graves;
– No caso de um acidente, em que estado estão o(s) veículos(s), qual o grau
de destruição e posição;
– Se foi uma queda, de que altura ocorreu;
– Etc.

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Infância

Exame Primário
Ouvir: Pensar e decidir:
– Ruídos que indiquem perigo, como – Se foi tudo verificado;
barulhos de motor, escape, etc.;
– Se foram definidas prioridades;
– Se existem ruídos respiratórios;
– Que mais pode ser feito.
– Que queixas a(s) vítima(s)
apresenta(m);

– Informações e instruções de outros


elementos no local.

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Infância

Exame Primário
Actuar:
– Se for um acidente de viação, sinalizar o local com recurso ao triângulo do
veículo e usar o colete reflector;

– Solicitar ajuda ligando 112;

– Aplicar os cuidados de emergência adequados à situação clínica dos doentes;

– Caso já existam equipas de socorro no local, respeitar as indicações que são


dadas;

– Actuar com calma e serenidade, pois o doente depende


de si!!!
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Exame Primário

Ver – se existem movimentos torácicos ou outros


movimentos naturais;
Ouvir – o ar a passar na via aérea do doente;
Sentir – o ar que sai do doente a bater na face e, se possível,
se existe ou não pulso carotídeo (somente para os técnicos
de saúde ou de emergência).
Em
trauma
ABCDE
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Exame Secundário - Primeira fase – Recolha de informação

C• Procurar saber o que aconteceu

Fontes de H• Identificar a principal queixa do


informação doente

A• Identificar os antecedentes pessoais


Abordagem do do doente
doente
M• Saber se o doente é alérgico a
alguma substância - medicação

U• Última refeição

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Exame Secundário - Segunda fase – Observação

• Observação geral:
- Posição em que se encontra a vítima e causa
- Resposta a estímulos (verbais, físicos e dolorosos)
- Verificação das expressões faciais (sofrimento, lesões –desvio
da comissura labial)
- Existência de feridas
- Coloração e humidade da pele

• Avaliação dos parâmetros vitais:


- Ventilação
- Pulso
- Pressão arterial
- Temperatura

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Infância

Exame Secundário - Segunda fase – Observação

Ventilação – Uma inspiração + uma expiração

Frequência (por Amplitude Ritmo


minuto)
Prematuro - 50 Normal Regular
Lactente -30-40 Superficial Irregular
1 ano – 25-30 Difícil
Pré-escolar – 20-25
10 anos - +20

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Exame Secundário - Segunda fase – Observação

Pulso
Frequência (batimentos Amplitude Ritmo
/minuto)
Recém nascido – 70/170
11 meses – 80-160
2anos – 80-130 Cheio Regular
4anos – 80-120 Fino Irregular
6anos – 75-115
8anos – 70-110
10anos – 70-110
Adolescentes – 60-110

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Infância

Exame Secundário - Segunda fase – Observação

PA (pressão arterial)
Local e modo de
avaliação

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Infância

Exame Secundário - Segunda fase – Observação

Temperatura

CHAMU
C – o que aconteceu
H – historial clínico
A – Atecedentes
M – medicação
U – última refeição
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Exame Secundário - Segunda fase – Observação

• Observação sistematizada ou também denominado exame físico

* Cabeça – saída de fluídos, avaliação das pupilas, pescoço, ombro,


tórax, abdómen, região dorso - lombar, cintura pélvica, M.I, M.S.)

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Infância

Exame Secundário - Segunda fase – Observação

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Infância

Quanto ao vaso Quanto à localização


Arterial (vermelho
vivo) Interna
Classificação
Venosa (vermelho Externa
escuro)

Capilar

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Infância

Interna Externa
Não efetuar qualquer Compressão manual direta
movimento
Se saída de sangue por algum Compressão manual Indireta
orifício colocar compressa para
embeber
Aplicação de frio na zona da Garrote
lesão
Manter o doente quente Aplicação de frio
Avaliar os parâmentros vitais Elevação do membro

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Infância

Internas Externas
Evitar mobilizações Estancar a Hemorragia
Avaliação dos parâmetros vitais - Constante

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Infância

* Alteração estado de consciência


(confuso, desorientado,
inconsciente)

* Ventilação: Superficial, rápida

* Pulso: Rápido e fino

* PA baixa

* Pele: pálida e suada

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Infância

Choque hipovolémico

Sistema cárdio-circulatório
torna-se incapaz de
Vómitos
Hemorragias garantir o fornecimento
repetitivos
de oxigénio e nutrientes
aos órgãos vitais.

Diarreias

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Infância

Choque hipovolémico – sinais

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Infância

Choque hipovolémico – sinais


• o doente pode apresentar-se ansioso, confuso, agitado ou mesmo
inconsciente;

• Ventilação: apresenta-se rápida e superficial;

• Pulso: rápido, fino e irregular;

• Alterações da coloração e humidade da pele: apresenta-se pálida,


suada e numa situação mais grave surge a cianose;

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Infância

Choque hipovolémico – sinais


• Pressão Arterial: vai aparecer uma pressão arterial baixa
(hipotensão), com valores abaixo dos 90mmHg, no entanto, quando
esta situação ocorre já se está perante uma situação grave;

• Aparecimento de náuseas (sensação de vomitar) ou vómitos;

• Sede;

• Pupilas dilatadas e olhos sem brilho.

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Infância

Choque hipovolémico – Atuação

• Combater a causa e controlar possíveis hemorragias ou outras


situações;
• Manter a via aérea permeável ter em atenção um possível
vómito;
• Elevar os membros inferiores a cerca de 30/45º (se possível);
• Manter o doente quente;
• Avaliar e registar os parâmetros vitais e repetir a avaliação;
• Ligar 112;
• Aguardar pelo socorro, mantendo a vigilância do doente.

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Infância

Convulsão

❑ A convulsão deve-se a uma alteração neurológica que pode ter várias causas. As
mais frequentes estão associadas a epilepsia ou a febre, no caso das crianças;

❑ A convulsão deve-se a uma alteração neurológica que pode ter várias causas. As
mais frequentes estão associadas a epilepsia ou a febre, no caso das crianças;

❑ As crises convulsivas normalmente são de curta duração (1 ou 2 minutos) e,


devido ao facto de serem em alguns casos violentas, podem provocar ferimentos
no doente já que este pode embater descontroladamente em objetos existentes
em seu redor.
Infância

Convulsão
Os sinais e sintomas que podem ajudar a identificar uma convulsão podem ser
organizados em três fases:

➢ 1.º Antes da convulsão o doente pode ficar parado, como ausente, começando a
ranger os dentes. Muitos doentes referem sentir um cheiro ou ver luzes
coloridas;

➢ 2º Normalmente o doente grita e cai subitamente, começando a cerrar com


força os dentes e mexendo-se descontroladamente. Neste caso, o doente poderá
ficar cianosado (cor azulada/cinzenta da pele) devido ao facto de ocorrerem
períodos curtos em que ocorre a suspensão da respiração e poderá salivar
abundantemente, o que pode ser identificado pelo «espumar pela boca»;
Infância

Convulsão
Os sinais e sintomas que podem ajudar a identificar uma convulsão podem ser
organizados em três fases:

➢ 3º A crise termina e o doente apresenta-se inconsciente, recuperando


lentamente a consciência. Normalmente apresenta-se confuso e agitado e não
se lembra do que aconteceu. É normal ocorrer mordedura da língua, mas na
generalidade sem gravidade.
Infância

Convulsão
A atuação para estas situações deve passar pelas seguintes fases:

1.º Fase de pré-crise:


• Deitar o doente;
• Afastar os objetos em redor do doente.

2.º Fase - durante a crise convulsiva:


• Manter a calma;
• Não segurar o doente nem tentar prender os seus movimentos;
• Não colocar nada na boca do doente;
• Proteger a cabeça do doente e afastar possíveis objetos a fim de evitar o contacto;
• Esperar que a crise passe.
Infância

Convulsão
A atuação para estas situações deve passar pelas seguintes fases:

3.º Após a crise convulsiva:


• Colocar o doente deitado de lado;
• Ligar 112 e transmitir a informação recolhida:
– Informar:
- Local;
- Número de telefone de contacto;
- Descrever a situação;
- Seguir as instruções dadas pelo operador de central.
• Aguardar pelo socorro.
Infância

Dificuldade Respiratória – Dispneia

Causas:

• Asma;

• Agravamento da bronquite crónica (por acumulação de secreções);

• Edema pulmonar (por problemas cardíacos);

• Angina de peito ou enfarte agudo do miocárdio;

• Intoxicações (as mais frequentes por inalação de fumos ou gases).

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Infância

Dificuldade Respiratória – Dispneia

Atuação
• Manter um ambiente calmo em redor do doente;

• Acalmar o doente;

• Manter o doente sentado sem que este faça qualquer esforço;

• Ajudar o doente a respirar, pedindo a este que expire devagar pela boca e inspire pelo
nariz (como se estivesse a cheirar uma flor e a apagar uma vela);

• Se possível, administrar oxigénio, após avaliação dos parâmetros vitais e oxímetro.

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Infância

Intoxicações

Via Respiratória Administrar oxigénio


Via digestiva Indução do vómito (dependo
do tempo passado)
Via cutânea Remover vestuário em
contacto e lavar a pele
durante 15 minutos
Via ocular Lavar com água ou soro
fisiológico, do canto interno
para o externo
EM TODOS OS CASOS CONTACTAR O CIAV (centro de
informação anti venenos

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Infância

Intoxicações

Picada de animal – escorpião, Devido a sua especificidade,


alguns insetos, víboras e poderão apenas ser
peixes; socorridos com intervenção
Via rectal ou vaginal médica. Assim, devem ser
acionados os meios
de socorro o mais
precocemente possível.
EM TODOS OS CASOS CONTACTAR O CIAV (centro de
informação anti venenos
808 250 143

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Infância

Diabetes

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Infância

Diabetes

Em caso de hipoglicémia
➢ Administrar papa de açúcar (se inconsciente)
➢ Dar de beber água com açúcar (se consciente)

Em caso de hiperglicémia
➢ Ligar 112

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Infância

Queimaduras

O que
Profundidade Extensão
1º Grau avaliar
2º Grau
3º Grau

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Infância

Queimaduras

1.º Grau – Trata-se de uma queimadura sem gravidade em que apenas foi atingida
a primeira camada da pele. Trata-se de uma queimadura em que a pele apresenta-
se vermelha, sensível e dolorosa

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Infância

Queimaduras

2.º Grau – Trata-se de uma queimadura em que já é atingida a primeira (epiderme)


e segunda (derme) camadas da pele. Caracteriza-se por ser dolorosa e apresenta
flictenas (bolhas)

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Queimaduras

3.º Grau – Trata-se de uma queimadura em que existe a destruição da pele e


de outros tecidos subjacentes. Caracteriza-se por se apresentar com uma cor
castanha ou preta (tipo carvão). O doente, na maioria dos casos, não refere
dor devido ao facto de existir destruição dos terminais nervosos existentes na
pele, responsáveis pela transmissão de informação de dor ao cérebro.

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Infância

Queimaduras

• Acalmar o doente;
• Ter em atenção a via aérea;
• Limpar a zona queimada, retirando a roupa existente. A Infeção e
roupa que se encontrar agarrada deve ficar; Dor
• Lavar a zona queimada com soro fisiológico ou água;
• Tapar a zona com um penso humedecido e esterilizado;
• Nas zonas articulares (mãos, pés, etc.) proteger as zonas de
contacto.

Utilizar somente material esterilizado

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Infância

Trauma
Algoritmo de abordagem à vítima - Protocolo

X – Hemorragias Graves
Efetuar SEMPRE que
A – Airways (vias aéreas) estejamos perante
B – Breathing (ventilação) uma situação de
queda/
C – Circulation (circulação) atropelamento

D – Disability (exame neurológico)


E – Exposition (exposição ao frio)

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Geriatria

Trauma - TCE

Sinais e sintomas

• Vão surgir alterações do estado de consciência tais como:


– Sonolência;
– Irritabilidade;
– Confusão mental (desorientação no tempo e no espaço);
– Agitação.
• Tonturas;
• Náuseas (sensação de vómito) ou mesmo vómitos;
• Perturbação da visão (turva ou desfocada);
• Alteração dos movimentos e da sensibilidade;
• Saída de sangue ou líquido céfalo-raquidiano pelos ouvidos e nariz.

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Infância

Trauma - TCE

Atuação

• Manter o doente em repouso;


• Caso o doente tenha capacete, este apenas deve ser retirado se existir
compromisso da via aérea e da respiração ou se o socorrista possuir formação e
condições para a sua extração controlada;
• Não mover o doente;
• Controlar possíveis hemorragias excepto se o sangue sair dos ouvidos. Nesse
caso, deixá-lo sair e colocar apenas uma compressa para embeber;
• Manter a via aérea livre. Ter em atenção um possível vómito;
• Administrar oxigénio, se possível;
• Avaliar e registar os parâmetros vitais;
• Imobilizar o doente
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Infância

Trauma - TCV
Sinais e sintomas

• Alteração da mobilidade e da sensibilidade – o doente pode deixar de sentir dor ou


referir formigueiros nas extremidades, no corpo ou deixar de mexer os membros;

• Deformação – a zona onde se deu o traumatismo encontra-se deformada, não deixando


desta forma dúvidas em relação à existência da lesão;

• Dificuldade respiratória – os nervos que fazem os músculos auxiliares da ventilação podem


ter sido atingidos, deixando de funcionar. Assim, o doente é obrigado a ventilar com
dificuldade, uma vez que a respiração só vai poder contar com o diafragma;

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Trauma - TCV
Sinais e sintomas – cont.

• Perda de urina ou fezes – os nervos que controlam a urina e as fezes foram atingidos,
permitindo que o doente urine ou defeque sem vontade;

• Alteração dos sinais vitais – a alteração dos sinais vitais vai depender do nível a que se deu
a lesão, podendo surgir diferenças de temperatura acima e abaixo da lesão.

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Infância

Trauma - TCV

Atuação
Protocolo de trauma…:
- XABCDE
- Imobilização
- Avaliação dos parâmetros vitais
- Administrar Oxigénio
- CHAMU
(C – O que aconteceu
H – historial clínico
A – Antecedentes
M – medicação
U – última refeição)
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Infância

Suporte Básico de Vida

Cadeia de Sobrevivência pediátrica

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Suporte Básico de Vida

Cadeia de Sobrevivência pediátrica


• Reconhecimento precoce da gravidade da situação e pedido de ajuda: para prevenir a PCR

• Suporte Básico de Vida (SBV): para otimizar a oxigenação.

• Ligar 112: para pedir ajuda diferenciada.

• Suporte Avançado de Vida/Desfibrilhação/ Cuidados pós-reanimação: para restaurar a qualidade


de vida (estabilizar)
Infância

Suporte Básico de Vida

O Suporte Básico de Vida é a


execução de um conjunto de
manobras que visam a manutenção
da vida sem recurso a
equipamento específico, manobras
essas que terão maior eficácia
quanto mais precocemente forem
iniciadas.

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Infância

Suporte Básico de Vida


Infância

Suporte Básico de Vida

1 - AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA – REANIMADOR, VÍTIMA E TERCEIROS

Como em qualquer outra situação, deve começar por:


• Avaliar as condições de segurança para o reanimador, para a vítima e para terceiros, antes de abordar a criança.
Ao aproximar-se da criança deve igualmente procurar pistas sobre o que potencialmente possa ter causado a
emergência. Estes aspetos podem modificar a abordagem (ex. situação de trauma) ou ajudar na definição da
etiologia da PCR.

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Suporte Básico de Vida

2 - AVALIAÇÃO INICIAL / ESTIMULAÇÃO

Depois de assegurar que estão garantidas as condições de segurança, é importante:


• Avaliar a reatividade da criança. Para isso aproxime-se da criança e avalie se esta responde, perguntando em
voz alta “Estás bem, sentes-te bem? “, enquanto a estimula batendo suavemente nos ombros. Tratando-se de
uma criança pequena não a deve abanar, estimule-a mexendo nas mãos e/ou nos pés ao mesmo tempo que
chama em voz alta. Se a criança responder, mexendo-se, falando ou chorando, deve avaliar a situação em causa e
potenciais riscos e, se necessário, deixála na posição em que está, ou na que ela pretender adotar e ligar 112,
reavaliando-a frequentemente. Se a criança não responder, passe ao “Pedido de Ajuda”.

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Suporte Básico de Vida


3 - PEDIDO DE AJUDA

• Se estiver sozinho, peça ajuda gritando em voz alta “Preciso de ajuda! Está aqui uma criança desmaiada!” No
entanto, não abandone a criança para ir pedir ajuda nem atrase o início do SBV e avance para o passo seguinte. Se
houver uma segunda pessoa presente, peça-lhe que ative o SIEM, ligando 112, enquanto prossegue com o algoritmo.

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4 - SEQUÊNCIA ABC
A - Via Aérea (Airways) – Permeabilizar a via aérea
Numa criança inconsciente, o relaxamento do palato mole e da epiglote, bem como a própria língua, podem causar
obstrução da via aérea. Assim, é importante: Proceder à permeabilização da via aérea.
Existem 2 técnicas: Extensão da cabeça – elevação do queixo É uma manobra simples e eficaz. Deve colocar-se ao
lado da criança, estando esta em decúbito dorsal, isto é, deitada de costas.
• Coloque a palma de uma mão na testa da criança e incline cuidadosamente a cabeça para trás;
• Com a outra mão faça a elevação do queixo, colocando os dedos indicador e médio no bordo do maxilar inferior
(mento ou queixo). Deve ter cuidado para não pressionar os tecidos moles abaixo do queixo, pois pode causar
obstrução da via aérea.

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Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC
No lactente em decúbito dorsal, a cabeça fica habitualmente fletida em relação ao pescoço. A extensão da cabeça
deve ser efetuada de forma a obter uma “posição neutra”, isto é, a face do lactente ficar paralela ao plano onde está
deitado (a orelha alinhada com o eixo do tronco). Pode ser útil, nesta situação, colocar uma elevação (toalha ou
lençol) ao nível dos ombros/costas do bebé, para conseguir esta posição. Nas crianças maiores, é necessário,
habitualmente, uma maior extensão da cabeça.

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4 - SEQUÊNCIA ABC
Subluxação da mandíbula
Esta manobra é a mais eficaz para abertura da via aérea e é a indicada nas situações em que há necessidade de
imobilizar a coluna cervical por suspeita de trauma, ou se não estamos a ser eficazes com a técnica da extensão da
cabeça e elevação do queixo. Posicionando-se atrás da cabeça da criança, esta manobra é conseguida colocando dois
ou três dedos de cada mão debaixo dos ângulos da mandibula, elevando-a (empurrando para a frente), com os
polegares apoiados nos malares. Para dar maior estabilidade, os cotovelos do reanimador devem estar apoiados na
superfície em que a criança está deitada.

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Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC
B - Ventilação (Breathing)
Após ter efetuado a permeabilização da via aérea deve:
• Avaliar se respira normalmente. Para verificar este aspeto a melhor técnica é “ver, ouvir e sentir” (VOS),
efetuada durante, no máximo, 10 segundos.
O reanimador deve manter a permeabilidade da via aérea e aproximar a sua face da face da criança olhando
para o tórax e: VOS

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Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC
B - Ventilação (Breathing)
• Se a criança respira normalmente e não há evidência de trauma, coloque-a em posição de recuperação (se
existe história de trauma, a lesão da coluna cervical deve ser considerada), peça ajuda ligando 112 e reavalie
periodicamente se mantém ventilação adequada.
• Se a criança não respira normalmente mantenha a permeabilidade da via aérea, remova cuidadosamente
qualquer obstrução óbvia e inicie a ventilação com ar expirado, efetuando 5 insuflações. O objetivo é fazer
chegar aos pulmões da criança algum oxigénio.
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4 - SEQUÊNCIA ABC
B - Ventilação (Breathing)
Ao executar as ventilações verifique movimentos de deglutição ou tosse associado às insuflações. Esta
resposta ou a sua ausência farão parte da avaliação de “sinais de vida”, que será descrita mais adiante. Cada
insuflação de ar deve ser lenta e feita durante 1 segundo, com um volume de ar suficiente para causar uma
expansão torácica visível. Após cada insuflação, deve afastar a boca e manter a via aérea permeável para
permitir a expiração e repetir o procedimento, voltando a encher o peito de ar antes de cada insuflação,
para melhorar o conteúdo de oxigénio no ar expirado que irá insuflar.
Infância

Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC
B - Ventilação (Breathing)
Técnica de ventilação boca a boca-nariz
Esta é a técnica recomendada para lactentes. O reanimador deve manter a permeabilidade da via aérea,
assegurando que a cabeça está em posição neutra. Após encher o “peito de ar”, adapta a sua boca à volta
da boca e do nariz do lactente e insufla, como descrito anteriormente. Nas situações em que não consegue
efetuar uma boa adaptação da boca à volta da boca e nariz é igualmente adequado efetuar ventilação boca-
a-boca ou boca-nariz. Em qualquer dos casos, as narinas ou a boca devem ser ocluídas para evitar a fuga de
ar.
Infância

Suporte Básico de Vida


4 - SEQUÊNCIA ABC
B - Ventilação (Breathing)
Técnica de ventilação boca a boca
Na criança a técnica de ventilação deve ser boca a boca. Neste caso, o reanimador deve adaptar a sua boca
sobre a boca da criança, garantindo uma boa selagem. Com os dedos da mão que faz a extensão da cabeça
deve pinçar as narinas da criança para evitar a fuga do ar insuflado. Mais uma vez se reforça que não é a
idade que determina a decisão de efetuar a ventilação boca a boca-nariz ou boca a boca, mas efetivamente
o tamanho da vítima. Se tiver dificuldade em conseguir insuflações eficazes, o reanimador deve rever a via
aérea, com reposicionamento da cabeça e garantir que há boa selagem antes de tentar a próxima
insuflação. Se, apesar do correto procedimento, não conseguir adequada expansão torácica deve ser
considerada a possibilidade de obstrução da via aérea (OVA).
Infância

Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC
B - Ventilação (Breathing)
Nesse caso:
• Abra a boca da vítima e procure objetos visíveis; se existirem remova-os;
- Avalie se respira normalmente.
• Reposicione a cabeça de forma a permeabilizar adequadamente a via aérea, tentando outro método
(exemplo: subluxação da mandibula);
• Tente ventilar de novo, fazendo-o somente até cinco tentativas.
Infância

Suporte Básico de Vida


4 - SEQUÊNCIA ABC

C- Circulação (Circulation)
Após as 5 insuflações iniciais, o reanimador deve:
• Determinar se a criança tem circulação espontânea, através da pesquisa de sinais de vida (movimento,
tosse, respiração normal não agónica,) ou se necessita de compressões torácicas. A pesquisa de sinais de
vida não deve demorar mais do que 10 segundos. Se estiver bem treinado (profissional de saúde com
experiência) pode procurar palpar pulso central enquanto pesquisa os outros sinais de vida. Mas mesmo
neste caso, não se deve demorar mais do que 10 segundos nesta pesquisa. No lactente deve palpar o
pulso braquial, na parte interna do braço, e na criança o pulso carotídeo. Em qualquer dos grupos pode
palpar o pulso femoral.
Infância

Suporte Básico de Vida


4 - SEQUÊNCIA ABC

C- Circulação (Circulation)
Após as 5 insuflações iniciais, o reanimador deve:
• Determinar se a criança tem circulação espontânea, através da pesquisa de sinais de vida (movimento,
tosse, respiração normal não agónica,) ou se necessita de compressões torácicas. A pesquisa de sinais de
vida não deve demorar mais do que 10 segundos. Se estiver bem treinado (profissional de saúde com
experiência) pode procurar palpar pulso central enquanto pesquisa os outros sinais de vida. Mas mesmo
neste caso, não se deve demorar mais do que 10 segundos nesta pesquisa. No lactente deve palpar o
pulso braquial, na parte interna do braço, e na criança o pulso carotídeo. Em qualquer dos grupos pode
palpar o pulso femoral.
Infância

Suporte Básico de Vida


4 - SEQUÊNCIA ABC

C- Circulação (Circulation)

Em consequência desta avaliação:


• Se a criança apresenta alguns sinais de vida, mas não respira ou a respiração é inadequada, continue as
insuflações com ar expirado numa frequência de 12 a 20 ciclos por minuto; Se estiver sozinho, deve ligar
112, levando se possível a criança consigo, de forma a manter as insuflações. Reavalie periodicamente e
mantenha as insuflações até que a criança respire normalmente ou chegue a ajuda.
• Se a criança recuperar a respiração normal (e não houver história de trauma), coloque-a em posição de
recuperação.
• Se não houver sinais de vida deve iniciar de imediato compressões torácicas, mantendo uma alternância
de 15 compressões com 2 insuflações.
Infância

Suporte Básico de Vida


4 - SEQUÊNCIA ABC
C- Circulação (Circulation)
As compressões torácicas, tanto nos lactentes como nas crianças, devem ser efetuadas sobre a metade
inferior do esterno, um dedo acima do apêndice xifóide que, percorrendo cada uma das grelhas costais
inferiores, se localiza onde as duas se encontram. As compressões devem ser realizadas de forma a causar
uma depressão de aproximadamente um terço da altura do tórax (ou seja, pelo menos 4 cm no lactente e
5 cm na criança), a uma frequência de pelo menos 100 a 120 por minuto. Entre as compressões é
fundamental que permita a completa re-expansão torácica, aliviando totalmente a pressão exercida sobre
o tórax, sem, no entanto, retirar as mãos ou os dedos do local das compressões. A qualidade das
compressões é essencial no prognóstico da situação, pelo que devem ser feitas de forma rápida, com força
suficiente e minimizando as interrupções.
Infância

Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC

C- Circulação (Circulation)

Compressões torácicas no lactente


Técnica dos dois dedos

Técnica do Abraço
Infância

Suporte Básico de Vida

4 - SEQUÊNCIA ABC

C- Circulação (Circulation)

Compressões torácicas na criança


Infância

Suporte Básico de Vida

Manter as manobras de SBV até:


• Ser substituído por alguém que saiba executar as manobras;

• Um médico mandar suspender as manobras;

• O doente recuperar;

• Ser necessário deslocar o doente (a interrupção não deve ser superior a 30


segundos);

• Antes de entrar em exaustão.

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Infância

Suporte Básico de Vida – Chamada para o 112


5 – Ligar 112

1 –Manter a calma

Informar:
2 – Apresentar-se (Nome e que tem curso de primeiros socorros)
3 – Indicar o número de onde está a ligar;
4 – Local da ocorrência – Morada e pontos de referência;
5 – Situação (descrição pormenorizada do que está a ver e do que
aconteceu);
6 – Atuação.
Infância

Suporte Básico de Vida

6 – Reavaliação

7 - EXCEÇÕES

A única exceção em que não se realiza um minuto de SBV antes de pedir ajuda é o caso duma criança
que colapsa subitamente perante o reanimador, e este se encontra sozinho com a vítima. Neste caso
a causa provável da paragem cardiorrespiratória é uma arritmia e a criança pode necessitar de
desfibrilhação.

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Infância

Suporte Básico de Vida

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Infância

Suporte Básico de Vida

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Infância

Suporte Básico de Vida – OVA – no lactente

Pancadas interescapulares (5)

Compressões abdominais (5)

Verificação

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Infância

Suporte Básico de Vida – OVA – na criança

Encorajar tossir

Pancadas interescapulares (5)

Manobra de Heimlish (5) – Compressões abdominais

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Infância

Lesões da Pele

Lesões Fechadas Lesões Abertas

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Infância

Lesões da Pele
Lesões Fechadas
Hematoma Equimose

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Infância

Lesões da Pele
Lesões Fechadas
Os cuidados de emergência são iguais para ambos os tipos de lesão, mas é
preciso lembrar que este tipo de lesão pode estar associado a outras mais
graves.

Por isso, deve se sempre efetuado o exame do doente.


Quando da presença de uma destas lesões, proceder da seguinte forma:
• Acalmar o doente;
• Explicar o que vai ser feito;
• Suspeitar de outras lesões associadas;
• Fazer aplicação de frio sobre o local;
• Imobilizar a região afetada;
• Procurar antecedentes pessoais;
• Ligar 112
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Infância

Lesões da Pele
Lesões Abertas

• Escoriação;

• Laceração;

• Amputação;

• Ferida penetrante ou perfurante.

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Lesões da Pele
Lesões Abertas

Escoriação

A escoriação é uma lesão superficial da pele com uma pequena hemorragia (originada
pelo rompimento de vasos capilares) e dolorosa. Esta lesão, que não apresenta
gravidade, é normalmente causada por abrasão.

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Infância

Lesões da Pele
Lesões Abertas

Laceração

É uma lesão da pele originada normalmente por objetos afiados, podendo


apresentar uma forma regular ou irregular. Pode, no entanto, ser profunda e atingir
vasos sanguíneos de grande calibre

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Lesões da Pele
Lesões Abertas
Amputação

A amputação é a separação total de um membro. Este tipo de lesão é grave estando


associada a hemorragias e fraturas. Por este motivo, a atuação deve ser rápida e eficaz.

Feridas penetrantes ou perfurantes

A este tipo de lesões estão associadas outras, como hemorragias internas e lesões de
órgãos internos

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Lesões da Pele
Lesões Abertas - Atuação

No geral deve-se:
• Acalmar o doente;
• Explicar o que vai fazer;
• Suspeitar de outras lesões associadas;
• Não mover o doente mais do que o necessário;
• Controlar as hemorragias;
• Efetuar um penso esterilizado;
• Estar atento aos sinais de choque;
• Ligar 112
• Aguardar pelo socorro, mantendo a vigilância do doente

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Lesões da Pele

Lesões Abertas – Critérios para a limpeza e manipulação de uma ferida


Avaliação da ferida

A primeira atenção deverá ser dirigida para a avaliação da ferida de forma a determinar as prioridades
da atuação. Assim, independentemente das diferentes classificações das feridas, nesta unidade elas
poderão ser divididas em:
• Superficiais (envolvem a epiderme; não atingem totalmente a derme; persistem folículos
pilosos e glândulas sudoríparas);
• Profundas (estendem-se à derme e tecido subcutâneo e podem envolver
tendões, músculos e ossos).

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Lesões da Pele

Lesões Abertas – Critérios para a limpeza e manipulação de uma ferida


Proteção da ferida

A atuação nas ações de socorro a doentes com ferimentos deverá ter sempre presente que a
proteção da ferida envolve vários aspetos, entre os quais o conforto do doente, com consequente
diminuição da dor, presente na maioria das situações que envolvem ferimentos.
A escolha dos materiais que se utilizam na realização de um penso não deve ter como finalidade o
tratamento. A utilização de soluções desinfetantes nas feridas deve ser limitada. Deverá ter em
conta que as soluções desinfetantes podem resultar num novo traumatismo para a ferida,
complicando a situação da pessoa a quem prestamos socorro. Não sendo o tratamento o objetivo
da intervenção pré-hospitalar, o produto de eleição a utilizar é o soro fisiológico.

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Lesões da Pele

Lesões Abertas – Critérios para a limpeza e manipulação de uma ferida

Promover a ferida limpa

A promoção da limpeza da ferida é da inteira responsabilidade do socorrista, sendo obrigatório


que tudo o que entra em contacto com a ferida seja esterilizado.
Os movimentos de limpeza de uma ferida deverão ser dirigidos do centro para a periferia
impedindo o arrastamento de detritos dos tecidos circundantes para a ferida. Ou seja, a limpeza
da ferida deverá ser feita da zona mais limpa para a mais conspurcada. A utilização do soro
fisiológico nesta limpeza é indispensável.

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Lesões da Pele

Lesões Abertas – Critérios para a limpeza e manipulação de uma ferida


Prevenir a infeção
Um dos fatores a considerar para cumprir este critério passa pela consciencialização e pela
adoção de procedimentos que garantam o contributo na prevenção da infeção. Assim, na
realização de um penso deve ter-se em conta:
• Utilizar material descartável, sempre que possível;
• O material que entra em contacto com as feridas deve estar esterilizado;
• As embalagens devem ter prazo de validade e este deve ser respeitado;
• Utilizar embalagens individuais, sempre que possível;
• Registar no frasco de soro fisiológico a data da sua abertura;
• Utilizar material esterilizado e aberto na altura sempre que a situação assim o justifique
(ex: um grande queimado, uma factura exposta, etc.).
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Lesões da Pele

Objetos empalados

Uma lesão deste tipo tem associadas uma série de outras cuja gravidade não é possível avaliar
sem ser em ambiente hospitalar. Nestes casos não retirar o objeto e imobilizá-lo de forma a
impedir que agrave mais a lesão.
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Fratura
O esqueleto é o suporte e proteção do corpo humano. Quando submetido a uma força
energética superior à sua capacidade de absorção podem existir fraturas.
A fratura define-se quando existe toda e qualquer alteração da continuidade de um osso.
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Fratura

Fraturas abertas (expostas)


Exposição dos topos ósseos Fraturas fechadas
Risco de Infeção
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Fratura
Sinais e Sintomas

• Dor localizada na zona do foco de fratura, normalmente intensa e aliviando após a


imobilização;
• Perda da mobilidade. Pode, em alguns casos, existir alteração da sensibilidade;
• Existe normalmente deformação, podendo, em alguns tipos de fraturas, não estar todavia
presente;
• Edema (inchaço) normalmente presente, aumentando de volume conforme o tempo vai
passando.
• Exposição dos topos ósseos, no caso da fratura exposta, não deixa dúvidas em relação à
existência da mesma;
• Alteração da coloração do membro. Surge no caso de existir compromisso da circulação
sanguínea. Palpar o pulso na extremidade;
Infância

Fratura
Atuação

• Não efetuar qualquer pressão sobre o foco de fratura;


• Imobilizar a fratura, mantendo o alinhamento do membro, não forçando no caso da
fratura ser ao nível do ombro, cotovelo, mão, joelho e pés;
• No caso de fraturas abertas, lavar a zona com recurso a soro fisiológico antes de
imobilizar;
• Não efetuar movimentos desnecessários.
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Lesões da Pele

Imobilizações

Para imobilizar a fratura proceder da seguinte forma:


• Expôr o membro. Retirar o calçado e roupa;
• Se existirem feridas, limpá-las e desinfetá-las antes de imobilizar;
• Se a fratura for num osso longo, alinhar o membro;
• Imobilizar a fratura, utilizando preferencialmente talas de madeira, devendo estas estar
obrigatoriamente almofadadas;
• No caso da fratura ocorrer numa zona articular, não forçar o alinhamento. Se necessário, imobilizá-lo
na posição em que este se encontra.

Em caso de suspeita de fratura imobilizar sempre.


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Fratura

M.S. M.I.
Infância

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