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Secção I- Introdução

A violência Domestica é tão preocupante que a Organização Mundial de Saúde tem uma


definição própria para ela:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
acções, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz,
insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

A violência Doméstica na Lei Maria da Penha

Não é só a O.M.S. que trata da questão sobre a relação de violência emocional.

 A Lei Maria da Penha, em seu inciso II, do artigo 7º também aborda o assunto,
contribuindo como uma forma de coibir a agressão.
 Art. 7º. São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre
outras.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral

  Sobre Como a Violência Domestica pode causar danos irreversíveis;


 Explicar quais são as causas;

1.1.2 Objectivos específicos

 Explicar sobre A Violência Domestica na Província do Cuando Cubango;


 Aconselhar mais a População.

1.1.3 Justificativo

A violência Domestica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional
e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento
ou que vise degradar ou controlar suas acções, comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação.

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Secção II - A Violência Domestica na Província do Cuando Cubango

2.1 Conceitualização

A Violência Domestica parece estar cada vez mais presente nas relações, quaisquer que
elas sejam. No namoro, nas relações conjugais, familiares, de amizade e de trabalho.
Deparamo-nos com ela quando menos esperamos, ou somos nós próprios os seus
agentes, sem sequer nos apercebemos do que está na realidade a acontecer.

Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar em uma


relação violenta.

Algumas palavras e atitudes podem ferir a auto-estima de uma mulher tanto quanto.

 E isso tem nome: Violência Domestica.  Esta é a forma mais subjectiva e, por


isso, difícil de identificar.
 Para romper esse silêncio, desde 1981 o movimento feminista comemora em 25
de Novembro, o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados na última


semana, uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo. E esta violência,
de tão latente, chega a ser classificada entre: física, sexual, moral e psicológica.

Por ser subjectiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria
dos casos, é negligenciada até por quem sofre - por não conseguir perceber que ela vem
mascarada pelos ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.

Segundo definição da OMS ela é entendida como:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
acções, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz,
insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

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"Em uma briga de casal, o agressor normalmente usa essa táctica para fazer com que a
parceira se sinta actuada e insegura, sem chance de reagir. Esse tipo de violência
normalmente precede a agressão física que, uma vez praticada e tolerada, pode se tornar
constante. Na maioria das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro não
está funcionando ainda é um motivo que leva mulheres a se submeter à violência - entre
todos os tipos e não apenas a psicológica.

2.2 Como identificar

Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica. A


mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do agressor, protelando a exposição de
suas angústias até que uma situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.

2.3 Tipos de Violência Psicológica

 Violência verbal:  caracteriza-se por proferir xingamentos, obscenidades ou


palavras que desclassificam e julgam o outro incapaz.
 Indiferença:  é o comportamento neutro, a omissão ou o descaso com a vida e
as necessidades do outro, o que, por vezes, machuca mais do que o ódio
declarado.
 Intolerância ou discriminação:  despreza as características, a cultura, os
valores e a crença do outro.
 Perseguição:  disposição em causar dano ou mesmo só o escárnio a alguém de
forma sequencial, quando não basta agredir ou ridicularizar apenas uma vez.
Numa palavra mais moderna, é o famoso bullying.
 Chantagem:  condicionar o bem que se pode fazer ao outro, isentá-lo de
punição ou suprir uma de suas necessidades mediante uma retribuição ou
satisfação imoral para o agressor.
 Causar dependência do outro:  acontece quando uma pessoa identifica (ainda
que inconscientemente) a carência afectiva do outro e usa disso para oprimir,
sufocar e impor suas vontades na vida dele.
 Económica:  Sustentar o outro em necessidades básicas ou seus apegos e vícios;
em troca, tirar sua liberdade e impor condições para satisfazer a vontade própria.
 Exposição pública:  constranger, desrespeitar, causar medo ou vergonha,
divulgar fatos da intimidade de alguém, de forma que muitas outras pessoas

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possam ver ou ter acesso.  Também, denunciar em público o que deveria ser
levado a uma autoridade.
 Impor condição privilegiada:  O agressor argumenta que sua condição está
acima da vítima e, por isso, ninguém vai acreditar nele ou considerá-lo.
 Ameaça ou intimidação:  Quando o agressor impõe uma vantagem, força ou
instrumento de força (uma arma, por exemplo) apenas como forma de intimidar,
ameaçando de agressão física ou obrigando a vítima a ceder algo contra sua
vontade.

Existe também a violência psicológica institucionalizada, como é o caso do terrorismo,


dos governos ditatoriais e da acção de organizações criminosas, verdadeiros organismos
que se articulam para impor seus ideais a um povo ou localidade.

“Provavelmente, todos nós, ainda que num nível


superficial, vivenciamos algum desses tipos de violência
psicológica. Na escola, em casa, no trabalho, entre
conhecidos, na rua, fomos vítimas ou quem sabe
agressores. Daí a importância de tomarmos consciência do
mal que podemos fazer e renunciar a esse tipo de atitude.”

Num mundo que, cada vez mais, vive a violência de tantos tipos, precisamos, a partir de
nós, romper com todo tipo de agressão, desde os nossos mais simples gestos.

Secção III - A Violência Psicológica no Cuando Cubango

3.1 Noções

A Província do Cuando Cubango está em uma fase de Desenvolvimento, neste caso tem
sido basta os abuso de Violência Psicológica, sabendo disto o Governo procura a
minimizar estas situações de extrema preocupação, e será adoptada mecanismo para
acabar com Está anarquia.

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3.2 Actualizado no dia 02 Outubro de 2008 á Província do Cuando Cubango
registou os seguintes casos.

Em Menongue e outros Município, foram registadas mais de 1000 casos de


Violência Psicológica em sete meses.

O município de Menongue, capital do Cuando Cubango, registou, de Janeiro a


Setembro do corrente ano, 251 casos de Violência Psicológica, informado na quinta-
feira de 02 Outubro de 2008, a directora provincial do Ministério da Família e
Promoção da Mulher, (Florinda Alberto Cassanga). 

Em declarações à Angop, a responsável disse que dos casos mencionados, 107 foram
resolvidos e os restantes transferidos para a Direcção de Investigação Criminal e ao
Tribunal Provincial. Durante o referido período, avançou a fonte, foram ainda
resolvidos, em acordo entre as partes, 89 casos de violência no género, 21 casos que
resultaram em divórcio sobretudo na cidade de Menongue. 

Garantiu que o Departamento de Aconselhamento Familiar da Direcção local da Família


e Promoção da Mulher tem promovido várias acções de sensibilização com os casais,
encarregados familiares, jovens e pessoas interessadas, com vista a diminuição de casos
de violência doméstica, uma vez que prejudica sobremaneira a estabilidade no seio
familiar. Fernanda Cassanga fez saber que dos 107 casos resolvidos, 67 foram de
violência física, 24 de fórum económico e 16 de Violência Psicológica.  

Menongue tem duas comunas designadamente Missombo e Jamba Kueioe. Tem uma
população estimada em mais de 200 mil habitantes.

Inquérito Feito

 Problema em Estudo: Violência Psicológica


 População: Instituto Nacional de Estatística
 Amostra: Vitimas

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Nº Municípios Nº de Ocorrências Suas percentagens
1. Menongue 251 0,251
2. Cuito Cuanavale 209 0,209
3. Mavinga 204 0,204
4. Calai 25 0,25
5. Cuangar 35 0,35
6. Cuchi 39 0,39
7. Dirico 53 0,53
8. Nancova 89 0,89
9. Rivungo 58 0,58

3.3 Actualizado no dia 23 Agosto de 2016 á Província do Cuando Cubango registou


mas de 1186 casos da Violência Psicológica.

Em declarações à Angop, Maria Cambinda informou que dos 281 casos 79 destes foram
resolvidos, 17 casos resultaram em divórcios, nove encaminhados ao Serviço de
Investigação Criminal, cinco encaminhados a Procuradoria-Geral da República, quatro a
Procuradoria Militar, um caso encaminhado ao Instituto Nacional da Criança, um ao
Sobado e 164 casos pendentes.

Segundo referiu, que em relação ao ano passado houve um aumento de 46 casos,


realçando que em 2015 registou-se no primeiro semestre 235 casos de violência
doméstica a nível da província.

Fez saber que atendem diariamente mais de três casos, realçando que os mais frequentes
são os de fuga à paternidade, violência doméstica e incumprimento de mesada.

No sentido de reduzir, paulatinamente, o fenómeno social, a responsável avançou que a


direcção provincial no Cuando Cubango tem realizado várias palestras de sensibilização
em diversas instituições a nível dos municípios, principalmente no município sede
(Menongue) onde tem havido mais frequência de casos de agressão física e fuga à
paternidade.

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Para a reconciliação das famílias, Maria Cambinda fez saber a direcção da Família e
Promoção da Mulher tem notificado os pais para que criem condições adequadas de
convivência ao invés de práticas pouco abonatórias, viradas para a estruturação e
destabilização dos lares, onde os filhos são os mais prejudicados.

Neste particular, a chefe do departamento da direcção provincial da Família e Promoção


da Mulher apelou a sociedade em geral no sentido de evitar tais práticas, visto que
muitas das vezes a violência doméstica resulta em morte e destruição total das muitas
famílias.

Inquérito Feito

 Problema em Estudo: Violência Psicológica


 População: Instituto Nacional de Estatística
 Amostra: Vitimas

Nº Municípios Nº de Ocorrências Suas percentagens


10. Menongue 281 0,281
11. Cuito Cuanavale 259 0,259
12. Mavinga 254 0,254
13. Calai 45 0,45
14. Cuangar 35 0,35
15. Cuchi 67 0,67
16. Dirico 78 0,78
17. Nancova 99 0,99
18. Rivungo 68 0,68

3.4 Actualizado no dia 02 Março de 2019 á Província do Cuando Cubango registou


mais algumas ocorrências de Violência Psicológica.

O Vice-Governador defende denúncia de práticas de violência doméstica

Na ocasião, o governante alertou às mulheres que "escondem, , na intenção de preservar


o lar ou a família, as agressões físicas praticadas mais de duas vezes pelos seus maridos

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a não fazê-lo, uma vez que podem qualquer dia acabar por serem mortas na outra
pancada, facto que o governo quer, a todo o custo, evitar no Cuando Cubango".

Defendeu mais diálogo no seio das famílias para que haja paz e boa convivência nos
lares.

Para Bento Xavier, a mulher tem grande responsabilidade "dentro da casa, devendo
tornar-se mais apaziguadora por ser a gestora do lar, evitar discutir assuntos dos
cônjuges perante as crianças na rua por possível prática não adequada do marido,
porque são atitudes que afectam negativamente na educação de uma boa sociedade".

Neste processo de resgate de bons valores para a consolidação de uma sociedade que
viva em harmonia, em paz, solidária, solicitou a intervenção positiva das igrejas, dos
partidos políticos e de todos actores da própria sociedade para uma convivência sã, de
paz e educada.

Por sua vez, a directora do Gabinete provincial da Acção Social, Família e Igualdade de
Género, Maria Isabel Ferro Camué, reconheceu o registo constante no Centro de
Aconselhamento Familiar de práticas de actos de violência doméstica.

Para a responsável, é preciso que, tanto a mulher quanto o homem, devem avaliar o seu
comportamento no seio familiar para a consolidação dos lares, uma vez que este
fenómeno social apenas destrutora as famílias, "o que é reprovável na sociedade".

No Cuando Cubango, em 2018, foram registados 329 casos de violência doméstica no


Centro de aconselhamento, contra 638 de 2017, dos quais 115 foram resolvidos, 17
resultaram em separação, 26 encaminhados à Procuradoria-Geral da República, dois à
Procuradoria Militar, quatro ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), um ao
Sobado, um ao Instituto Nacional da Criança (INAC) e 163 casos pendentes.

Entre os actos mais frequentes destacam-se a fuga à paternidade, violência física e a não
prestação de alimentos.

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Secção IV - Conclusão

Após dos confrontos feitos que diversa sobre a Violência Psicológica na Província do
Cuando Cubango, é que cheguei a seguinte ilação: para acabar com está Violência
psicológica os Governante deve sobre tentar a ela na Juventude que estas pratica são
ilícitas e tentar construir um programa de rotinas para os Assistentes Sociais ou Sempre
em cada mês arranjar forma de cada pessoas terem atendimento psicológico porque este
acto é preocupante,

E a Violência Psicológica é um tipo de agressão que, em vez de machucar o corpo da


vítima, traz danos a seu psíquico e emocional, fere o equilíbrio afectivo, a capacidade de
tomar decisões e o estado de bem-estar necessário que para que o indivíduo possa viver
com dignidade.

“Esse tipo de hostilidade não deixa sinais físicos, por isso


não é tão perceptível, mas, por vezes, imprime marcas
negativas tão profundas em quem a sofre, que abalam e
traumatizam pelo resto da vida."

Um factor que está geralmente ligado à violência psicológica é a dependência afectiva


da vítima. De alguma forma, o agredido vê, na brutalidade do agressor, um tipo de
segurança para ele. A carência afectiva o faz manter uma certa cumplicidade com tais
sofrimentos, associa que o parceiro com temperamento explosivo é o protector, o ciúme
patológico como demonstração de quem quer manter o relacionamento a todo custo e as
ameaças como que gestos desesperados de amor.

Outro ponto é que a pessoa dominada, na maioria das vezes, tem baixa auto-estima, um
provável reflexo de opressões e angústias vivenciados em seu histórico.

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Bibliografia e Referência

Bibliografia

 Angop
 Uol (05 de Março de 2009).  «Tortura psicológica prejudica tanto quanto
tortura física, diz estudo» Verifique data em: |data= (ajuda)
  «Tortura, Dolor Psíquico Y Salud Mental» (PDF). Juridicas UNAM (em
espanhol). Consultado em 31 de Janeiro de 2015
  b de Almeida, Rosa; Cabral, J C; Narvaes, R. «Behavioural, hormonal and
neurobiological mechanisms of aggressive behaviour in human and nonhuman
primates». Physiology & Behavior. doi:10.1016/j.physbeh.2015.02.053.
Consultado em 2015Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Referência

 https://formacao.cancaonova.com/series/relacionamentos-abusivos-series/
violencia-emocional-voce-sabe-o-que-e/
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tortura_psicol%C3%B3gica
 https://giorgiamatos.com/blog/violencia-psicologica-o-que-e/
 http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2017-11-07-Uma-praga-
chamada-violencia-psicologica
 https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-que-e-violencia-verbal/
 https://www.huffpostbrasil.com/2014/11/25/violencia-psicologica-e-a-forma-
mais-subjetiva-de-agressao-contr_a_21676045/
 https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2008/9/40/Menongue-
regista-mais-200-casos-violencia-domestica-sete-meses,dd24c52b-b4f6-4b13-
9beb-b9e9b8986961.html
 https://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2019/2/9/Cuando-
Cubango-Governador-defende-denuncia-praticas-violencia-domestica,795f4e3f-
abb6-47b6-a292-a7c744a1f67e.html
 http://m.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2016/7/34/Cuando-
Cubango-Registados-281-casos-violencia-domestica-provincia,cce0ee3e-acbc-
48d1-b854-fbc679b756c9.html

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