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A vida humana já foi tratada de muitas formas ao longo da história: ora valorizada, ora
aviltada. A fim de que tenhamos uma ideia, Platão defendia a interrupção da gestação de
mulheres que engravidassem após os 40 anos, e, em Roma, a prática do aborto tinha por
objectivo preservar a beleza do corpo. Aristóteles, por sua vez, defendia o aborto até o
40º (para meninos) ou 90º (para meninas) dia de gestação, por conta do primeiro
movimento no útero materno, dando-nos a dimensão de que os homens seriam
superiores às mulheres.
1.1 Objectivos
1.1.3 Metodologia
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Secção II - Aborto
Em todo o mundo são realizados 56 milhões de abortos por ano, dos quais cerca de
45% são feitos de forma insegura. Entre 2003 e 2008 a prevalência de abortos manteve-
se estável, depois de nas duas décadas anteriores ter vindo a diminuir à medida que
mais famílias no mundo tinham acesso a planeamento familiar e contracepção.
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Ao longo da história, foi comum a prática de abortos com ervas medicinais,
instrumentos aguçados, por via da força ou com outros métodos tradicionais.
A legislação e as perspectivas culturais e religiosas sobre o aborto diferem conforme a
região do mundo. Em algumas regiões, o aborto só é legal em determinados casos,
como violação, doenças congénitas, pobreza, risco para a saúde da mãe ou incesto. Em
muitos locais existe debate social sobre as questões morais, éticas e legais do aborto.
Os grupos que se opõem ao aborto geralmente alegam que um embrião ou feto é um ser
humano com direito à vida e comparam o aborto a um homicídio. Os grupos
que defendem a legalização do aborto geralmente alegam que a mulher tem o direito de
decidir sobre o seu próprio corpo.
2.2 Classificação
Aborto terapêutico
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Aborto espontâneo: Um aborto espontâneo, ou interrupção involuntária da
gravidez, é a expulsão não intencional de um embrião ou feto antes das 24
semanas de idade gestacional. Uma gravidez que termine antes das 37 semanas
de gestação é denominada parto pré-termo ou prematuro. Quando o feto morre
no útero após a data de viabilidade fetal ou durante o parto, denomina-se morte
fetal. Os partos prematuros e as mortes fetais geralmente não são considerados
abortos espontâneos, embora os termos por vezes se sobreponham.
Apenas 30 a 50% das gravidezes avançam para além do primeiro trimestre. A grande
maioria dos abortos espontâneos acontece antes da mulher se aperceber da gravidez e
muitas gravidezes são perdidas antes de os médicos detectarem um embrião. Entre as
gravidezes diagnosticadas, 15 a 30% terminam em aborto espontâneo, dependendo da
idade e estado de saúde da grávida. Cerca de 80% dos abortos espontâneos acontecem
antes das primeiras doze semanas de gravidez.
Outras classificações
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2.3 Causas
As razões que levam a mulher a optar por um aborto são diversas e diferentes em todo o
mundo. Uma das razões mais comuns é o adiamento da gravidez para um momento
mais conveniente ou de forma a permitir focar energias e recursos nos filhos já
nascidos. Entre outras razões pessoais estão a incapacidade em sustentar a criança, quer
em termos de custos directos, quer em termos de custos indirectos derivados da perda de
rendimentos ao ter que tomar conta da criança, a falta de apoio do pai, a vontade em
proporcionar educação de qualidade aos filhos já nascidos, problemas de
relacionamento com o parceiro, a percepção de ser muito nova para tomar conta de uma
criança, desemprego, e não estar disposta a educar uma criança que tenha sido
concebida como resultado de uma violação, incesto ou outras causas.
Alguns abortos são praticados como resultado de pressões sociais. Entre estas pressões
estão a preferência por crianças de determinado sexo ou raça, a reprovação social
de mães solteiras ou de gravidez na adolescência, o estigma social em relação a pessoas
com deficiências, falta de apoios económicos às famílias, falta de acesso ou rejeição
de métodos contraceptivos ou resultado de controlo populacional. Estes factores podem
por vezes resultar em aborto compulsivo ou aborto selectivo.
Em alguns países, em mais de um terço dos casos a principal razão apontada é o risco
para a saúde da mãe ou do bebé. Em muitos casos, a motivação é a presença de
um cancro e o aborto é feito para proteger o feto durante o tratamento
com quimioterapia ou radioterapia.
Um estudo norte-americano de 2002 observou que cerca de metade das mulheres que
realizaram abortos tinham usado um método contraceptivo no momento da concepção.
No entanto, observou-se inconsistência de uso em cerca de metade das que tinham
usado preservativo e em três quartos das que tinham usado pílula contraceptiva. Cerca
de 42% das que tinham usado preservativos reportaram que a falha se tinha devido ao
deslizamento ou rutura.
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Abortos espontâneos podem ocorrer devido a um problema no feto (como uma doença
genética ou um defeito congénito) ou na mulher (como anomalias estruturais dos órgãos
reprodutivos, anomalias cromossômicas, infecções, uso de cocaína ou álcool, cigarro ou
uma lesão), mas a causa muitas vezes é desconhecida.
Um aborto espontâneo ocorre em até 20% das gestações reconhecidas. Uma grande
quantidade de abortos espontâneos não é reconhecida porque ocorre antes de as
mulheres descobrirem que estão grávidas. Aproximadamente 85% dos abortos
espontâneos ocorrem durante as primeiras 12 semanas de gestação e até 25% de todas as
gestações terminam em aborto durante as primeiras 12 semanas de gestação. Os
restantes 15% dos abortos espontâneos ocorrem durante a 13ª até a 20ª semana.
3.1 Causas
A crença é que a maioria dos abortos espontâneos que ocorrem durante as primeiras 10
a 11 semanas de gestação ocorre devido a uma doença genética. Às vezes, o aborto
espontâneo resulta de um defeito congénito.
Nenhuma causa é identificada em muitos dos abortos espontâneos que ocorrem entre a
13ª e a 20ª semana. O restante resulta de problemas na mulher, como por exemplo o
seguinte:
Quanto mais abortos espontâneos a mulher tenha sofrido, maior será o risco de ter outro.
O risco de ter outro aborto espontâneo também depende de qual é a causa. Algumas
causas, se não forem corrigidas ou tratadas, tendem a causar abortos espontâneos
repetidos. Quando as mulheres tiverem sofrido vários abortos espontâneos, a causa pode
ser uma anomalia em seus cromossomos ou nos do pai, ou da síndrome do anticorpo
antifosfolipídeo.
3.2 Diagnóstico
Avaliação de um médico
Ultrassonografia
Exames de sangue
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Se uma gestante tiver sangramento e cólicas durante as primeiras 20 semanas de gestação, um
médico a examina para determinar se há probabilidade de sofrer um aborto espontâneo. O
médico examina o colo do útero para determinar se ele está dilatando ou retraindo (apagando).
Se não estiver, a gestação pode ser capaz de seguir. Caso a dilatação esteja ocorrendo antes da
20ª semana de gestação, um aborto espontâneo é inevitável.
A ultrassonografia geralmente também é feita. Ela pode ser usada para determinar se um aborto
espontâneo já ocorreu ou, caso contrário, se o feto está ainda vivo. Se um aborto espontâneo
ocorreu, a ultrassonografia pode mostrar se o feto e a placenta foram expulsos.
Normalmente, os médicos fazem exames de sangue para medir um hormônio produzido pela
placenta no início da gestação denominado gonadotrofina coriônica humana (hCG). Os
resultados permitem ao médico determinar se uma mulher tem uma gravidez deslocada
(ectópica), que também pode causar sangramento. Esse exame também pode ajudar o médico a
determinar se as partes do feto ou da placenta permanecem no útero após um aborto espontâneo.
Se as mulheres sofreram vários abortos espontâneos, elas podem querer consultar um médico
antes de tentar engravidar novamente. O médico pode examiná-las à busca de anomalias
genéticas ou estruturais e outros distúrbios que aumentam o risco de ter um aborto espontâneo.
Por exemplo, o médico pode fazer:
3.3 Tratamento
Se o feto estiver vivo e o colo do útero não se abriu (ameaça de aborto), não há um tratamento
específico que pode ajudar, mas o médico avalia periodicamente os sintomas da mulher ou faz
uma ultrassonografia.
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Alguns médicos aconselham a mulher a evitar atividades pesadas e, se possível, descansar. No
entanto, não há nenhuma evidência clara de que essas limitações sejam úteis. Também não há
evidências de que se abster de relações sexuais ajude.
Depois de um aborto espontâneo, as mulheres podem sentir luto, tristeza, raiva, culpa ou
ansiedade sobre gestações subsequentes.
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Luto: O luto por uma perda é uma resposta natural e não deve ser suprimida ou negada.
Falar sobre os seus sentimentos com outra pessoa pode ajudar as mulheres a lidarem
com seus sentimentos e a terem uma perspectiva melhor.
Culpa: As mulheres podem pensar que elas fizeram algo para causar o aborto
espontâneo. Normalmente, elas não fizeram. As mulheres podem lembrar-se de ter
ingerido um medicamento comum sem prescrição médica no início da gravidez, ter
bebido um copo de vinho antes de saber que estavam grávidas, ou fazer outra coisa
rotineira. Essas coisas quase nunca são a causa de um aborto espontâneo, pelo que elas
não devem sentir-se culpadas.
Ansiedade: As mulheres que tiveram um aborto espontâneo podem querer conversar
com seu médico sobre a possibilidade de um aborto em gestações subsequentes e serem
examinadas, se necessário. Embora sofrer um aborto espontâneo aumenta o risco de ter
outro, a maioria dessas mulheres pode engravidar novamente e ter um bebé saudável.
A gestação deve ser confirmada antes de o aborto ser induzido. Muitas vezes, a idade
gestacional é estabelecida por ultrassonografia, mas às vezes histórico e exame físico
podem confirmar com precisão a idade gestacional durante o primeiro trimestre.
Ultrassonografia com Doppler deve ser considerada se uma mulher está no segundo
trimestre e tem placenta prévia ou placenta anterior mais histórico de uma cicatriz
uterina.
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confirmada medindo os níveis séricos quantitativos de gonadotropina coriônica β-
humana (β-hCG) antes e depois do procedimento; uma redução de > 50% após 1
semana confirma a interrupção.
Esvaziamento instrumental
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dilatador ou além de dilatadores afunilados para minimizar os danos cervicais que os
dilatadores afunilados podem causar. As escolhas incluem análogos da prostaglandina
E1 (misoprostol) e dilatadores osmóticos como laminaria (hastes de algas secas).
Dilatadores osmóticos podem ser inseridos na cérvice e mantidos por 4 h ≥ (muitas
vezes durante a noite se a gestação é > 18 semanas). Misoprostol dilata a cérvice
estimulando a liberação de prostaglandina; dilatadores osmóticos dilatam a cérvice por
meio de expansão. Dilatadores osmóticos são geralmente utilizados em > 16
semanas. Misoprostol é geralmente administrado por via bucal 2 a 4 horas antes do
procedimento.
3.4 Complicações
As complicações graves precoces são: perfuração uterina (0,1%) ou, com menos frequência,
perfuração intestinal ou de outro órgão causada por instrumentos. Hemorragia grave (0,06%)
pode resultar de trauma ou de atonia uterina. A laceração da cérvice (0,1 a 1%) varia desde uma
lesão superficial até lesões cervicovaginais, raramente com fístulas. A anestesia geral ou local
raramente causa complicações graves.
As complicações tardias mais comuns incluem sangramento e infecção significativa (0,1 a 2%),
que em geral ocorrem em razão da retenção de fragmentos placentários. Com a ocorrência de
um sangramento ou a suspeita de uma infecção, uma ultrassonografia pélvica deve ser feita;
fragmentos placentários retidos podem ser vistos em um exame de ultrassom. Inflamação leve é
esperada, mas, se a infecção for moderada ou grave, pode ocorrer peritonite ou sepse. A
esterilidade pode resultar de uma sinéquia na cavidade endometrial ou de fibrose tubária por
infecção. A dilatação forçada da cérvice em gestações mais avançadas pode contribuir para
incompetência cervical. Mas aborto electivo provavelmente não aumenta os riscos para o feto
ou para a mãe em gestações subsequentes.
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Normalmente, não há complicações psicológicas, mas podem ocorrer em mulheres que
Tiveram sintomas psicológicos antes da gestação
Tiveram envolvimento emocional significativo com a gestação (p. ex., interromperam
gestação desejada por causa de uma indicação médica materna ou fetal)
Têm uma visão política conservadora sobre aborto
Têm suporte social limitado
Observar o sangramento;
As dores são provocadas pelas metrossístoles, fulgazes, intermitentes;
Solicitar repouso relativo;
Proibição absoluta do coito, enquanto perdurar a ameaça;
Procurar tranquilizar a paciente;
Administrar substâncias antiespasmódicas e analgésicas;
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Secção IV - Considerações Finais
Após das pesquisas por nós feitas, chegamos em seguinte considerações finais, que
algumas teorias, inclusive de cunho filosófico, indicam vários momentos em que,
defendem, a vida tem início. Como mais relevantes, destacam-se as que propõe que a
vida inicia na concepção ou no nascimento. Vale destacar, outrossim, que, para
Aristóteles, como já se fez menção, a vida tinha início em momentos diferentes,
dependendo de a criança ser menino ou menina, já que aqueles recebiam o "espírito" em
seus corpos mais cedo.
Entre cinco e nove dias após a concepção, o novo indivíduo se encrava na parede do
útero em busca de segurança e alimentação. Seu sexo já pode ser determinado por meios
científicos. Por volta de quatorze dias, a criança produz um hormônio que suprime o
período menstrual da mãe. Serão mais duas semanas até que características claramente
humanas sejam discerníveis e mais três até que se tornem óbvias. Contudo, a criança é
um membro completo da raça humana.
Na concepção, o bebé não-nascido não parece humano para nós que estamos
acostumados a julgar a humanidade pela aparência. No entanto, na lógica objectiva
científica, ele é tão humano, em cada pedacinho, quanto qualquer criança mais velha ou
um adulto. Ele tem a aparência que um ser humano deve ter neste estágio de
desenvolvimento.
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Bibliografia e Referência
Bibliografia
Referência
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aborto
https://www.womenonweb.org/pt/page/483/what-is-a-successful-abortion-and-
how-do-you-know-you-ve-had-one
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/
complica%C3%A7%C3%B5es-da-gravidez/aborto-espont%C3%A2neo
https://jus.com.br/artigos/18658/aborto-causas-consequencias-e-alternativas
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/aborto-espontaneo
https://www.tuasaude.com/c/fertilidade-e-controle-de-natalidade/
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