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UNIDADE CURRICULAR: PSICOLOGIA DA MOTIVAÇÃO

DOCENTE: MSc. Ernesto Carlos Numa Capali,

OBJECTIVOS DA DISCIPLINA

Geral:

- Conhecer as bases conceptuais e fundamentos teóricos, assim como os


componentes do processo motivacional.
Específicos:
 Compreender a importância da motivação no comportamento humano;
 Identificar as diferentes teorias cognitivas que procuram explicar como o
sujeito planifica, persegue metas, tem expectativas, faz atribuições tanto dos
seus comportamentos como de outras pessoas e busca sempre a harmonia
ou congruência no comportamento próprio e alheio;
 Identificar as motivações biológicas e as aprendidas, e suas repercussões
recíprocas, compreendendo as consequências de alguns motivos na evolução
do ser humano.

METODOLOGIA

- Tem – se o recurso aos métodos socrático e expositivo e dirigindo a consulta


bibliográfica específica aos estudantes.

ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA

- A disciplina é organizada em lições directas, frontais, com a participação dos


estudantes;
- São previstos trabalhos de pesquisa individual ou de grupo, sobre argumentos do
curso (a cadeira é semestral ).

AVALIAÇÃO

- A avaliação é feita através de provas em sistema tradicional (escrito).


- Terá um peso na avaliação o trabalho de pesquisa, individual ou em grupo, com
critérios científicos.

Elaborado pelo Docente: MSc. Ernesto Carlos Numa Capali, MSc


Material de apoio para os estudantes do 2º Ano do Instituto Superior Politécnico Privado de Menongue
TEMA: 1- INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DA PSICOLOGIA DA
MOTIVAÇÃO

Elaborado pelo Docente: MSc. Ernesto Carlos Numa Capali, MSc


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INTRODUÇÃO

A Psicologia da Motivação é uma disciplina muito relacionada com outras matérias,


nomeadamente com a Psicologia da Aprendizagem, já quer é indubitável que se
aprende mais facilmente aquilo por que se está motivado e com a Psicologia das
Emoções, uma vez que atingir metas para as quais se está motivado produz
emoções.

O termo “motivação” vem do latim motivare, que quer dizer mover-se. O que move
as pessoas em direção a determinadas coisas e não a outras? Essa questão tem
sido estudada no campo da Psicologia da motivação.

Motivação é um conceito que diz respeito ao interesse das pessoas em relação


alguma coisa. É um processo que está presente em todas as esferas da vida: no
trabalho, no estudo, no lazer, nas relações sociais, enfim, em todas as atividades
que desenvolvemos, mesmo aquelas que nos parecem básicas e relacionadas a
necessidades.

A motivação é o conjunto de mecanismos biológicos e psicológicos que possibilitam


o desencadear da ação, de orientação (para uma meta ou, ao contrário, para se
afastar dela), e enfim, da intensidade e da persistência: quanto mais motivada a
pessoa está, mais persistente e maior é a atividade”. (Lieury & Fenouillet, 20009).

Para Gooch e McDowell citado por Bergamini, (2008), é uma força que se encontra
no interior de cada pessoa e que pode estar ligada ao desejo”

Podemos considerar a motivação como uma ação que leva o individuo mostrar um
comportamento, agir de certa maneira, tendo em vista a consecução de determinado
objectivo.

O objecto da psicologia da motivação é perceber as razões que leva o individuo


mostrar um determinado comportamento, ou seja perceber os seres humanos em
determinadas situações específicas, escolhem, iniciam e mantêm determinadas
ações.

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A BORDAGEM HISTÓRICA DA MOTIVAÇÃO

Desde os tempos de Platão e do Bhagavad-Gita, os desejos já representavam para


os filósofos uma espécie de “força motivadora” controlável pela razão. Na Teoria da
evolução de Darwin o homem era concebido como animal empenhado na luta pela
sobrevivência era o desejo visto apenas de forma mecanicista controlado pelo
organismo. Nesse contexto a intensidade do desejo era medida pelo tempo de
privação, não havendo qualquer interesse com a influência das diferenças
individuais na determinação da intensidade do motivo.

Através das pesquisas de Freud aceitou-se a ideia de que qualquer acto simples
pode ser diversamente motivado e acabou-se de vez com a ideia de que os motivos
são racionais. Com suas experiências Freud conseguiu comprovar que embora haja
diferenças culturais, a motivação provocada traz grandes resultados no sentido de
induzir à busca de um bom desempenho e realização perfeita.

Antes da Revolução Industrial a estratégia motivacional se baseava no uso de


ameaças e punições, além de lançar mão das recompensas como promessa ao
maior desempenho; o aspecto fundamental era a punição e a motivação consistia no
uso do medo e dos incentivos financeiros. Com a Revolução Industrial investiu-se
muito na eficiência dos procedimentos industriais acreditando obter retornos
compensadores, procurou-se despertar o estímulo interno através de novos planos
salariais e de benefícios, assim as ameaças e punições foram substituídas pelo
dinheiro. Nesta fase acreditava-se que a remuneração estava acima de qualquer
outra forma de incentivo, parecia perfeitamente claro que, pagando bem todos os
problemas do indivíduo estariam resolvidos.

Acreditava-se que o salário constituía fonte de motivação, o trabalho era executado


unicamente por recompensas financeiras, assim procurava motivar os funcionários
em troca de incentivos salariais relacionados à produtividade de cada um, pois a
visão que se tinha é que eram preguiçosos e ineficientes, e só poderiam ser
motivados por esses benefícios. Dai surge a concepção do homem económico.

Portanto, esta situação de aumento de produtividade por funcionário gerou


insegurança por parte dos trabalhadores que preferiram ganhar menos, mas ter o
seu emprego garantido; é a busca da segurança de não perder a sua fonte de
sustento.

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TEORIAS DA MOTIVAÇÃO

Existem várias teorias da motivação, todas contribuem para o entendimento desse


fenômeno, pois apesar de diferentes abordagens, todas defendem o mesmo ponto
de vista de que a motivação nasce de uma necessidade e perpetuará até a sua
satisfação, porém o que vai diferenciar as teorias é a valorização das necessidades
do indivíduo.

As primeiras teorias que estudaram a motivação humana tinham um ponto em


comum: encontrar um modelo único para todos os trabalhadores e qualquer
organização, cada uma dentro do seu posicionamento em relação aos seres
humanos.

De acordo com Witter (1984), os conceitos de motivação utilizados nas diferentes


abordagens psicológicas, geralmente enfatizam vários aspectos como:
determinantes ambientais; forças internas do indivíduo (necessidade, desejo,
impulso, instinto, vontade, propósito, interesse); incentivo (alvo ou objeto que atrai
ou repele o indivíduo).

Assim é que a teoria behaviorista, por exemplo, enfatiza os fatores ambientais na


determinação do comportamento, levando em conta os estímulos antecedentes,
mas, sobretudo, os estímulos consequentes (reforçadores ou punitivos).

Já a teoria psicanalítica concebe a acção humana como sendo motivada por forças
inconscientes, cujo objetivo último seria a satisfação de pulsões sexuais e/ou
agressivas.

A teoria motivacional da “hierarquia das necessidades” proposta por Maslow


(1970) partindo do referencial humanista, também enfatiza as forças internas do
indivíduo como desencadeadoras e direcionadoras da acção.

Segundo Maximiano (2000), a base da Teoria dos dois fatores é a premissa de


que, em situações de trabalho, somente os fatores intrínsecos produzem a
satisfação, os fatores extrínsecos influenciam apenas o estado de satisfação com as
condições dentro das quais o trabalho é realizado, eles reduzem a insatisfação.
Portanto, de acordo com essa teoria é a combinação de ambiente e conteúdo do
trabalho que faz funcionar o motor interno, um sem o outro tende ser ineficaz.

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O papel da motivação na aprendizagem e no desempenho parece incontestável, não
se restringindo à vida acadêmica, mas estendendo-se às diferentes habilidades e
situações da vida cotidiana. A motivação é necessária não apenas para que a
aprendizagem ocorra, mas também para que sejam colocados em acção os
comportamentos e habilidades aprendidos. O caso do hábito da leitura é um bom
exemplo do que acabamos de afirmar.

A Psicologia da Motivação teve grande influência da teoria do Hedonismo. Segundo


esta, os seres humanos são motivados especialmente pela busca do bem-estar,
prazer, através de ações positivas e da eliminação do mal-estar e de ações
negativas. Isso explicaria porque a satisfação, o prazer e à procura pela felicidade,
ao longo de toda civilização humana, sempre foi uma busca constante entre todas
as culturas.

Várias razões podem levar uma pessoa a estar trabalhado onde está. Essa é a
motivação. O que leva ela a estar ali. Um funcionário que tem como objetivo se
sentir bem no local de trabalho, de estar satisfeito com a remuneração, de estar
satisfeito com as condições de trabalho e com a forma como é tratado, é um
funcionário que trabalha melhor, se dedica mais e rende mais. Com isso, vemos que
um funcionário só se sente totalmente motivado se ele estiver satisfeito.

A distinção entre motivação e satisfação de maneira geral, podemos falar que na


motivação são incluídos os desafios que o trabalho traz e o reconhecimento que a
empresa dá ao funcionário. Já na satisfação incluem-se as condições de trabalho, a
remuneração, a existência de benefícios entre outros.

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TEMA: 2 - O PROCESSO

MOTIVACIONAL

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O PROCESSO MOTIVACIONAL

Chiavenatto (2002), realça que o processo motivacional engloba a história de vida


pessoal, com toda a carga de experiências anteriores, envolve os valores de cada
um e é influenciada pelas necessidades imediatas e futuras do indivíduo.

O processo motivacional diz respeito a um estímulo que desperta as necessidades


do ser humano. A força de um motivo é descrita como um estímulo do organismo
(Chiavenatto, 2002).

Bergamini (1986), a firma que no processo motivacional é fundamental observar e


diagnosticar aquilo que as pessoas buscam, a partir das suas necessidades e
expectativas pessoais, o passo seguinte é dar condições de supri-las. A
possibilidade de aproveitamento das habilidades, capacidades e expectativas
pessoais é, sem dúvida, um aspecto dos mais relevantes no processo motivacional.

Os seres humanos são motivados por uma grande variedade de fatores. O processo
motivacional pode ser explicado da seguinte forma: as necessidades e carências
provocam tensão e desconforto na pessoa e desencadeiam um processo que busca
reduzir ou eliminar a tensão. A pessoa escolhe um curso de ação para satisfazer
determinada necessidade ou carência. Se a pessoa consegue satisfazer a
necessidade, o processo motivacional é bem-sucedido. Essa avaliação do
desempenho determina algum tipo de recompensa ou punição à pessoa
(Chiavenato, 2005).

Componente do processo motivacional

Segundo Arnold (1991), o processo da motivação envolve três componentes


importantes:

 Direcção - o que a pessoa tenta fazer;


 Esforço - a força ou empenho com que a pessoa tenta;
 Perseverança - durante quanto tempo a pessoa tenta.

Assim sendo, é possível considerar que o processo motivação é um processo


relacionado com a persistência em realizar uma determinada tarefa ou objectivo.

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Motivar outras pessoas significa proporcionar certos benefícios ou condições, para
que a pessoa atinja um determinado estado emocional e psíquico, que lhe permita
realizar acções que, noutro estado não realizaria. Motivar-se a si próprio(a) significa
definir livremente uma direcção e escolher uma forma de acção adequada para obter
o resultado desejado.

O processo motivacional pode estar relacionado com diversos fatores. Huertas


(2001), apresenta alguns desses, como a busca pelo prazer ou a tentativa de evitar
a dor, as necessidades sociais, a curiosidade, o gosto pela exploração, obter
reconhecimento dos demais, conquistar poder e o planejamento de metas na busca
pela concretização. Este último interesse permite caracterizar quando a motivação é
intrínseca ou extrínseca.

O processo da motivação é iniciado pelo reconhecimento consciente ou inconsciente


da insatisfação de necessidades. As necessidades criam desejos ou vontades de
atingir ou obter algo. Uma pessoa identifica a necessidade e define o "resultado
final" que irá satisfazer essa necessidade (Projecto n.º 264, 2004).

A seguir estabelece a escolha de um certo caminho para acção que irá levá-la até
aos objectivos.

Se os objectivos forem atingidos, a necessidade fica satisfeita e o comportamento


vai ser provavelmente o mesmo da próxima vez que essa necessidade surja
novamente.

Se o objectivo não for atingido, a pessoa volta a ajustar os seus desejos e a fazer
novas escolhas até conseguir ou desiste.

Ciclo motivacional

Para entender o Ciclo Motivacional primeiramente deve ser feita a diferenciação


entre algo motivador e um factor de satisfação.

Para Ribeiro, (2011), a motivação, portanto, nasce somente das necessidades


humanas e não de coisas que satisfazem estas necessidades.

Transferindo isto para o ambiente das organizações, é possível oferecer fatores de


satisfação como dinheiro, reconhecimento ou promoção, mas não é possível motivar
as pessoas (Ribeiro, 2011).

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As necessidades de auto - realização dos indivíduos são as necessidades mais
elevadas, consequência da educação e cultura. São raramente satisfeitas em sua
plenitude. A necessidade de auto - realização é a síntese de todas as outras
necessidades. É o impulso de realizar o próprio potencial, de estar em contínuo auto
- desenvolvimento no sentido mais elevado do termo. O homem sempre terá a sua
frente uma nova etapa a ser atingida rumo ao desenvolvimento completo de si
mesmo.

Para Neto (2009), o comportamento humano pode ser explicado através do ciclo
motivacional, isto é, o processo pelo qual as necessidades condicionam o nosso
comportamento a algum estado de resolução.

Esse ciclo se divide em seis etapas:

1. O organismo humano permanece em estado de equilíbrio;

2. Um estímulo rompe este equilíbrio;

3. Cria-se uma necessidade;

4. Essa provoca um estado de tensão, insatisfação, desconforto em substituição ao


anterior estado de equilíbrio;

5. A tensão conduz a um comportamento ou ação capaz de satisfazer aquela


necessidade;

6. Satisfeita a necessidade, o organismo retorna ao seu estado de equilíbrio inicial,


até que outro estímulo sobrevenha.

A satisfação é basicamente uma liberação de tensão que permite o retorno ao


equilíbrio anterior.

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As necessidades não são estáticas, ao contrário, são forças dinâmicas e
persistentes que provocam comportamentos. Se o comportamento for eficaz, o
indivíduo encontrará satisfação da necessidade e descarregará a tensão que ela
provoca, livrando-o do desconfortável desequilíbrio. Satisfeita a carência, o
organismo volta ao estado normal de ajustamento ao meio ambiente, onde
provavelmente outro estímulo gerará outra necessidade e o processo se reinicia
(Ribeiro, 2011).

Segundo Neto (2009), os ciclos se repetem indefinidamente na busca da satisfação


das necessidades. Portanto, a satisfação de necessidades passadas não torna o
homem acomodado, ao contrário, ela incentiva a iniciativas mais ousadas rumo à
auto - realização.

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TEMA - 3: ASPECTOS MOTIVACIONAIS NA
APARIÇÃO E MANUTENÇÃO DO
COMPORTAMENTO

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ASPECTOS MOTIVACIONAIS NA APARIÇÃO E MANUTENÇÃO DO
COMPORTAMENTO

Especialmente até a década de 70, os estudos eram conduzidos sob a perspectiva


behaviorista, que enfatizava o uso de recompensas como meio de controle do
comportamento. Alguns estudos, entretanto, realizados em laboratório, permitiram
descobrir que a motivação das pessoas por uma determinada atividade diminuía
após a oferta de recompensas pela realização dessa atividade (Lepper; Hederlong;
Grincas, 1999; Lepper; Hederlong, 2000).

De acordo com as considerações de Katzel e Thompson (1990), existe uma relação


entre motivação, comportamento e desempenho, onde o comportamento é o relato
das metas de cada indivíduo, que realiza um determinado esforço para alcançá-las.

Uma das teorias sobre motivação mais conhecidas até os dias de hoje é a teoria de
Maslow, escrita pelo psicólogo Abraham H. Maslow, de acordo com o autor a
motivação do indivíduo está relacionada com a satisfação de certas necessidades
ordenadas segundo uma hierarquia, que começa das necessidades mais simples e
vai até as mais complexas, são elas:

Motivações de acordo com a pirâmide de necessidades de Maslow

- Necessidades fisiológicas, que são as necessidades básicas e biológicas do ser


humano;

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- Necessidades de segurança, que constitui o segundo nível das necessidades e
tem a ver com a necessidade de proteção de qualquer perigo real ou imaginário;

- Necessidades sociais, que estão relacionadas com uma vida participativa com
troca de amor e afeto;

- Necessidades de estima, que está relacionada com a maneira que a pessoa se vê


e se avalia;

- Necessidades de auto - realização, esta fica no topo da pirâmide e portanto a mais


importante para o indivíduo para motivá-lo à alcançar resultados, pois leva o
indivíduo a reciclar e renovar seu potencial e se desenvolver pessoalmente e
profissionalmente.

O comportamento relaccionado as necessidades

O comportamento motivado: Segundo a psicologia moderna o comportamento


normal tem certas causas que podem estar relacionados às necessidades ou às
consequências de suas acções. As pessoas não se motivam por aquilo que se
pensa que elas desejariam ter, mas por aquilo que elas mesmas querem.

O comportamento humano é geralmente motivado por um desejo de atingir algum


objectivo e esses nem sempre são conscientemente conhecidos pelo indivíduo. Os
impulsos que motivam padrões distintos de comportamento são, em grande parte,
inconscientes e portanto não facilmente suscetíveis de exame e avaliação. Sigimund
Freud foi um dos primeiros a reconhecer a importância da motivação inconsciente,
(Hersey e Blanchard 1977):

As pessoas diferem não apenas em sua capacidade, mas também em sua


“vontade”, ou “motivação”. A motivação de uma pessoa depende da força
de seus motivos. Os motivos são às vezes definidos como necessidades,
desejos ou impulsos no interior do indivíduo. Os motivos são dirigidos para
objetivos, e estes podem ser conscientes ou inconscientes.
Fundamentalmente, os motivos, ou necessidades, são as molas da ação.
Os indivíduos têm centenas de necessidades que competem pelo seu
comportamento, aquela com maior força é a determinante. Existe a tendência para
redução da força de um motivo se este for satisfeito ou sua satisfação for bloqueada,
pois, segundo Abraham Maslow, quando uma necessidade é satisfeita, já não é o
motivo do comportamento.

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Quando ocorre o bloqueio de uma necessidade há a tendência do indivíduo vencer
esse obstáculo e parte para diversas outras tentativas de satisfação da mesma, caso
não tenha resultado positivo, pode encontrar objetivos substitutos que satisfaçam a
necessidade. Não conseguindo objetivo alternativo que reduza a força da
necessidade, continua o bloqueio da realização do objetivo, onde gera a frustração
que pode levar ao comportamento destrutivo.

Segundo Pinder citado por Bergamini (2008), não se pode associar o problema de
desempenho unicamente como falta de motivação, pois deve-se levar em conta as
habilidades pessoais de cada indivíduo. A motivação tem como principal
característica ser um potencial de força, cuja origem é intrínseca.

Para Deci citado Bergamini (2008), afirma que essa característica leva a pessoa a
exercer suas atividades simplesmente pelo prazer que a própria actividade
proporciona. Trata – se de dar à pessoa a liberdade de liberar seu potencial
motivacional e criativo respeitando suas forças interiores de necessidade e
descartando qualquer tipo de controle extrínseco.

Para explicar a motivação do comportamento Lewin (1935), elaborou à teoria de


campo que partia de duas premissas:

 O comportamento é resultado de factos e eventos simultâneos;


 A inter-relação ente os factos e eventos criam um campo dinâmico chamado
ambiente psicológico que corresponde aos padrões organizados de comportamentos
e percepções do indivíduo em relação ao seu ambiente.

Essa teoria explica como cada indivíduo vê de forma diferente as vivências com o
meio ao longo da vida, desta forma cada ser humano tem a sua própria forma e
particularidade em ver as coisas, as pessoas e situações.

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O modelo desenvolvido por Vroom foi enriquecido por Lawler III, onde ressalta além
do esforço individual, o conhecimento, o potencial e talento individual na consecução
dos resultados. Esta performance dependerá do grau de satisfação que atribuirá o
valor daquilo que irá receber. Na concepção de Lewin a motivação depende então
de três fatores:

 Valencia (valor x recompensa) – é o atrativo de certas recompensas ou


resultados de acordo com determinado desempenho. A valência pode descrever o
nível de um desejo particular, ou o grau de importância do objetivo para o indivíduo;
 Instrumentalidade (desempenho x recompensa) – refere-se à estimativa da
recompensa com relação a determinado resultado. É a crença de que o
desempenho permite alcançar a recompensa;
 Expectativa (esforço x desempenho) – refere-se à relação entre o esforço
praticado e o resultado obtido. A crença de que o esforço produz o desempenho.

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TEMA - 4: A MOTIVAÇÃO

NO CONTROLO DA ACÇÃO

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A MOTIVAÇÃO NO CONTROLO DA ACÇÃO

A dimensão de controlabilidade indica as causas percebidas como estando sob o


controle voluntário do sujeito, são susceptíveis de serem modificadas por ele (por ex:
esforço, atenção), diferenciando-as daquelas percebidas que estão fora desse
controle (por ex: azar, dificuldade da tarefa, capacidade intelectual, ansiedade).

A segunda subteoria que integra a atual proposição da Teoria da Autodeterminação


é a Teoria da Avaliação Cognitiva. Elaborada no início dos anos 80, tem como foco
principal entender como os eventos externos (recompensas, elogios, feedback e
outros) afetam a motivação intrínseca em sala de aula. Desde o início dos anos 80,
quando da sua elaboração por Ryan e Deci, esta subteoria propõe que sejam
levados em consideração o contexto interpessoal e intrapessoal na promoção da
autodeterminação e da competência.

Segundo Boruchovitch (2008), o contexto interpessoal está relacionado à ação de


três eventos, sendo o primeiro informativo, fornecedor de feedback importante, em
ocasiões em que há a possibilidade de escolha. O segundo refere-se aos eventos
controladores que refletem pressões relativas às expectativas de desempenho e o
terceiro são os eventos amotivadores, que não proporcionam nenhum tipo de
informação adequada acerca da competência ou do lócus causalidade. Os
intrapessoais, de outro modo, estão caracterizados pelo interesse e a aprendizagem
“espontânea”.

A atribuição de certos resultados a causas controláveis reforça a confiança do


sujeito em sua capacidade para modificar os resultados indesejáveis e manter os
desejáveis, graças à colocação em acção de comportamentos adequados. A
controlabilidade também sustenta os sentimentos de responsabilidade e culpa, ou
seja, o indivíduo se sentirá mais culpado se considera que a razão que levou a um
acontecimento negativo era controlável por ele. Por outro lado, quando os
fracassos são atribuídos a causas internas incontroláveis, predomina o sentimento
de vergonha e humilhação. Assim, o estudante que atribui seu fracasso no exame à
falta de estudo/esforço tende a sentir-se culpado, enquanto aquele que o atribui à
falta de capacidade intelectual tende a sentir-se envergonhado (Fontaine, 2005 e
Weiner, 1985).

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Nesse tipo de orientação, o indivíduo tende a acreditar que lhe falta capacidade ou
recurso para regular pessoalmente as suas ações de uma forma que permita obter o
resultado almejado.

COMPORTAMENTO MOTIVACIONAL PARA ACÇÃO

Bergamini (2006) identificou três estilos de comportamento motivacional para acção


nas organizações. São elas:

Orientação Participativa: São indivíduos considerados como “formadoras de


talento”, são prestativas, leais e assumem a inteira responsabilidade pelo que fazem.
São pessoas que trabalham em equipe, tem paciência e ajudam os demais
colaboradores.

Orientação para Ação: O individuo com este perfil sente prazer ao fazer com que
as coisas aconteçam, gostam de desafios onde possam mostrar a sua competência
pessoal, estão em constante progresso, são facilmente reconhecidas.

Orientação para Manutenção: Este indivíduo caracteriza-se naquele que tem no


reconhecimento o real valor profissional feito com justiça, dão importância ao
trabalho em si e valorizam a responsabilidade como sendo elemento fundamental
para a realização pessoal. Essas pessoas atuam geralmente em áreas de trabalho
onde requer maiores estudos de dados concretos.

Processo de dirigir os esforços das pessoas, está no controle das ações para
modificar o seu comportamento.

Tipos de Motivação

A motivação extrínseca e intrínseca tem sido amplamente estudadas e a


compreensão das particularidades inerentes a cada uma delas, resultantes destes
estudos, tem propiciado um acúmulo relevante de informações que possibilitam
aclarar aspectos, por vezes obscuros, relacionados às práticas educacionais.

1- Motivação intrínseca: é resultado por necessidades e motivos da pessoa.

2- Motivação extrínseca: motivação gerada por processos de reforço e punição.

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Motivação intrínseca

A motivação intrínseca tem sido associada diretamente aos constructos de


competência, autodeterminação e autonomia, enquanto a motivação extrínseca
articula-se com a performance com vistas a uma recompensa fornecida por um
agente externo (Guimaraes, 2004). O conceito de motivação intrínseca, segundo
Ryan e Deci (2000a), está relacionado com a uma tendência natural para buscar
novidades e desafios, bem como para obter e exercitar as capacidades da pessoa.
Para eles, a motivação intrínseca é o fenômeno que melhor representa o potencial
positivo da natureza humana, sendo essencial para o desenvolvimento cognitivo e
inserção social.

A motivação intrínseca é bastante evidente quando o indivíduo realiza uma


determinada actividade simplesmente pelo prazer em realizá-la, de forma
desapegada. De acordo com Eccles e Wigfield (2002), as pessoas intrinsecamente
motivadas fazem uma atividade porque estão interessadas apenas em usufruir da
própria atividade. Guimarães (2004a), nesse sentido, ressalta que a motivação
intrínseca refere-se à escolha e realização de determinada atividade por sua própria
causa, por esta ser interessante, atraente ou, de alguma forma, geradora de
satisfação. Esta relevância da atividade para quem a realiza, aliada com a satisfação
obtida com a realização da mesma, são alguns dos aspectos mais salientes das
pessoas motivadas intrinsecamente, além da busca por novidade, entretenimento,
satisfação da curiosidade, entre outros. Assim, a autora concorda com as posições
manifestadas por Deci e Ryan de que a motivação intrínseca pode ser explicada
como uma disposição natural e espontânea, que impulsiona a pessoa a buscar
novidades e desafios.

Uma observação importante neste aspecto é que as pessoas podem se manifestar


como intrinsecamente motivadas para certas atividades enquanto que para outras
não. Além disso, toda pessoa é motivada intrinsecamente para qualquer tarefa
específica, significando assim que os indivíduos estabelecem uma relação com a
tarefa ou atividade em si (Ryan; Deci, 2000a). Isto significa que o envolvimento
intrínseco não é a manifestação de um traço de personalidade e, sim, um estado
vulnerável a condições sócio-ambientais.

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Motivação intrínseca no contexto educacional

Quando se reflete sobre a motivação intrínseca no contexto educacional, pode-se


perceber a importância deste fenômeno, uma vez que contribui de forma
determinante para a aprendizagem dos alunos, na medida em que estes se
envolvem naturalmente nas atividades. (Ryan; Deci, 2000a). Diante dessa mesma
apreciação, Guimarães (2004) ressalta que o envolvimento em atividades por razões
intrínsecas gera mais satisfação e, acima de tudo, os indicadores encontrados
asseguram que a motivação intrínseca colabora para a aprendizagem e para o
melhor desempenho. Presume-se, assim, que o envolvimento do aluno em
atividades que propiciam aprimoramento de suas habilidades, auxilia na focalização
da atenção às instruções apresentadas pelo professor, incentiva busca constante de
novas informações e o estabelecimento de relações entre conhecimentos adquiridos
recentemente com conhecimentos anteriores, caracteriza um comportamento
motivado intrinsecamente o qual, como já assinalado, relaciona-se com resultados
positivos de desempenho e de aprendizagem.

Guimarães (2004a) ainda apresenta algumas características e atitudes dos alunos


movidos por motivação intrínseca (algumas presentes no estado de fluxo, tais como:
há alta concentração para a realização das atividades escolares, fazendo com que o
aluno perca a própria noção do tempo; não há interferência de problemas cotidianos
ou eventos externos no interesse pelo que está sendo realizado; não há influência
de ansiedade (advinda de pressões ou emoções negativas) no desempenho; o aluno
não se preocupa com a sua performance diante dos seus colegas; há sempre a
busca por novos desafios após atingir determinados níveis de habilidades; e os erros
e falhas ocorridos durante a realização das atividades instigam o aluno a
desenvolver novamente a atividade.

O estabelecimento de relações entre a motivação intrínseca e um bom desempenho


na aprendizagem também é descrito por Mestres e Goñi (2000). Eles evidenciam o
fato de que a motivação intrínseca se apoia na percepção de competência e na
realização autônoma da tarefa. Para tanto, depende do envolvimento e do interesse
do aluno pela tarefa em si, da escolha que ele faz da tarefa, do bom uso que faz das
próprias habilidades e da ausência de recompensas externas. Assim, segundo a
proposição destes autores, a melhora da motivação intrínseca se dá quando a

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escola procura enfocar os aspectos que contribuem para o fortalecimento da
percepção de competência e do desenvolvimento da experiência de autonomia dos
alunos.

A motivação intrínseca, segundo Vallerand et al. (1989 citado por Vallerand; Ratelle,
2002), compõe-se de uma taxonomia com três diferentes características: 1)
motivação intrínseca para saber – o aprender, explorar e entender são os motivos
pelos quais o indivíduo realiza a atividade; 2) motivação intrínseca para realizar
coisas – a busca de realização ou a criação e o prazer decorrente é que movem o
indivíduo na realização da atividade; 3) motivação intrínseca para vivenciar
estímulos – comprometimento com a atividade pelo prazer de experimentar
sensações estimulantes. Como podemos observar, nestes três elementos da
motivação intrínseca há um predomínio do envolvimento na atividade pelo prazer e
satisfação inerentes à própria atividade.

No que tange à motivação intrínseca, existem outros determinantes que podem


contribuir para a promoção desse tipo de envolvimento, como por exemplo, a
satisfação das três necessidades psicológicas básicas que são a competência, a
autonomia e o pertencimento, integrantes da Teoria da Autodeterminação,
elaborada por Deci e Ryan (2000). Resumidamente, a necessidade de autonomia
refere-se uma percepção de que a origem do comportamento é interna, ou seja,
existe a necessidade pessoal de perceber que a acção ocorre por vontade própria e
não por pressões externas; a necessidade de competência diz respeito à
capacidade da pessoa interagir satisfatoriamente com o seu meio e a necessidade
de pertencimento ou de estabelecer vínculos é a percepção de que existem
vínculos interpessoais estáveis e duradouros.

De acordo com a Teoria da Autodeterminação, a satisfação dessas três


necessidades é fundamental para o desenvolvimento de orientações motivacionais
autodeterminadas, que estão diretamente relacionadas com a motivação intrínseca.
Nesta perspectiva, as pessoas têm uma propensão natural para a realização de
atividades, que desafiem as habilidades já existentes ou que representem
alternativas de exercícios dessas mesmas habilidades. Desse modo, as pessoas
agiriam de forma espontânea, por vontade própria e não a partir de pressões
externas (Reeve; Deci; Ryan, 2004).

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Motivação extrínseca

Já com referência à motivação extrínseca, Ryan e Deci (2000), asseguram que ela
se refere à realização de uma atividade para alcançar algum resultado externo.
Assim também Guimarães (2004), consentido com a visão manifestada por Deci e
Ryan, destaca que este tipo de motivação pode ser considerada como a motivação
para trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou à actividade, para obter
recompensas e reconhecimentos, tendo em vista os comandos ou as pressões de
outras pessoas ou para demonstrar competências ou habilidades. Ryan e Deci
(2000), enfatizam que a motivação extrínseca diz respeito à realização de uma
atividade para atingir algo ou porque conduz a um resultado esperado, contrastando
assim com a motivação intrínseca. Ela se caracteriza pela realização da acção pelo
indivíduo, visando o reconhecimento ou o recebimento de recompensas materiais ou
sociais, enquanto que a motivação intrínseca é tida como autônoma, a extrínseca se
relaciona com o controle externo. Neste mesmo sentido, Amabile et al. (1994)
afirmam que a realização de tarefas tendo em vista o recebimento de recompensas
externas de natureza diversa (sociais ou materiais), ou simplesmente para
evidenciar habilidades caracterizam pessoas extrinsecamente motivadas.

Ryan e Deci (2000), Ryan e Stiller (1991), entre outros, os quais constataram que
caracterizar a motivação extrínseca apenas como uma orientação controlada
externamente é insuficiente, muito simplista para entender a complexidade que a
envolve. Estes autores argumentam que um comportamento extrinsecamente
motivado pode ser autodeterminado. Defendem a ideia de que existem, num
continuum, com diferentes níveis de regulação da motivação extrínseca, que variam,
desde a regulação externa à regulação integrada, concebendo o ser humano como
alguém que tende a integrar e a internalizar os valores ou as exigências externas ao
self.

Motivação extrínseca por regulação externa: quando alguém é externamente


regulado, as acções são realizadas de modo instrumental (por exemplo, para obter
dinheiro) ou para evitar um efeito negativo (ex.: para evitar uma repreensão dos
pais). A regulação externa é o estado mínimo de motivação extrínseca
autodeterminada, coincidindo com o conceito restrito e dicotômico de motivação
extrínseca. Motivação extrínseca por regulação introjetada: representa a primeira

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etapa do processo de interiorização, na qual os indivíduos começam a interiorizar as
razões de seus comportamentos, tendo, portanto um caráter levemente autônomo.
No entanto, a motivação ainda não é autodeterminada, porque este tipo de
regulação corresponde a contingências externas passadas, que já foram
internalizadas pela pessoa. A pessoa age com o intuito de evitar o sentimento de
vergonha, culpa ou mal-estar ou procura livrar-se da própria pressão interna. Ela
ainda tem um lócus de causalidade externo, não sendo a regulação do
comportamento experimentada como parte do self.

Regulação Identificada: neste tipo de regulação, o nível de autonomia já é um pouco


mais alto e o aluno realiza uma atividade porque a considera importante. Um
exemplo ilustrativo da regulação identificada é um aluno que decide levantar-se mais
cedo para estudar determinada matéria porque sente pessoalmente a importância
dessa acção. Representa, portanto, um aspecto significativo no processo de
transformação da regulação externa em auto-regulada. O início de um
comportamento consciente ou identificação e empatia com a actividade a ser
desenvolvida significa que a pessoa está endossando aquela acção e valorizando a
actividade, consequentemente, tende a ter um locus de causalidade percebido como
relativamente interno.

Regulação integrada: neste nível, o indivíduo está muito próximo da motivação


intrínseca, com um grau alto de desenvolvimento da autonomia. Os processos
reguladores são completamente assimilados e integrados ao self, significando que
eles foram avaliados e apresentaram congruências com os outros valores e
necessidades da pessoa. Nesse nível, quanto mais a pessoa interioriza as razões
para uma acção e as integra ao self, mais as suas acções motivadas
extrinsecamente serão autodeterminadas. Este último estilo regulador caracteriza
uma acção que detêm qualidades muito próximas às manifestadas pela motivação
intrínseca, embora ainda sejam consideradas motivadas extrinsecamente. É
considerada, na visão teórica da Teoria da Autodeterminação, como a forma mais
autônoma de motivação extrínseca, mas diferentemente da motivação intrínseca, na
qual o envolvimento na atividade ocorre pelo interesse pessoal e o prazer a ela
inerentes.

O comportamento intrinsecamente motivado, realizado por indivíduos que têm


interesse pela atividade em si, é tipicamente autônomo. No entanto, um aspecto
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importante da Teoria da Autodeterminação é a proposição de que a motivação
extrínseca pode variar no grau em que ela é autônoma (Ryan; COnnell, 1989).

Ryan e Deci (2000), ponderando sobre essa possibilidade de variação, exemplifica


comportamentos observados durante a execução de tarefas escolares, em que o
nível de autonomia foi diferenciado. No primeiro exemplo está um aluno que só
desenvolve suas atividades escolares porque teme a reprovação dos pais,
evidenciando um comportamento motivado por regulação externa, pois ele só faz as
tarefas para evitar punições (controle externo).

A motivação na aprendizagem

Para conseguir bons resultados na educação ou formação é importante conhecer o


que motiva os formandos aprenderem.

Os peritos em educação passaram muitos anos a tentarem definir um plano para


motivar os alunos desinteressados. A verdade é que o aluno que quer aprender,
aprende, e o aluno que não quer aprender, não aprende.

Derek Rowntree sugeriu, no seu livro "Making materials-based learning work" (1999),
que existem 4 tipos de motivação das pessoas face à aprendizagem:

 Vocacional - o formando é motivado pela sua careira presente ou futura;


 Académica - o formando tem um interesse pelo tema;
 Pessoal - o formando visa o desenvolvimento pessoal;
 Social - o formando procura reconhecimento social e contactos.

Segundo Rowntree todos estes tipos de motivação, menos o último, podem servir
objectivos intrínsecos e extrínsecos. Uma pessoa pode ser interessada
(intrinsecamente) no que está a aprender ou mesmo interessada (extrinsecamente)
no resultado que esperam atingir através da aprendizagem. A motivação social
parece puramente extrínseca, podendo actuar independentemente e mesmo como
um complemento dos outros tipos (Projecto n.º 264, 2004).

Os formandos motivados intrinsecamente tendem trabalhar melhor e atingirem mais


do que os formandos motivados extrinsecamente. Os formandos com vários tipos de
motivação, porém, com mais motivos para aprenderem, têm um melhor desempenho
e melhores resultados do que os formandos com um.

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O uso frequente de recompensas no contexto escolar, com o intuito de atingir
objetivos, especialmente aqueles relacionados ao envolvimento dos estudantes em
tarefas de aprendizagem, seja por meio de prêmios, notas, pontos adicionais ou
mesmo de cunho verbal ou social, como elogios ou uma maior atenção por parte do
professor. Estes afirmam que as recompensas, sejam elas de quais tipos forem,
enfraquecem ou simplesmente destroem o interesse intrínseco do aluno pela
aprendizagem ou por aquele conteúdo, tornando o processo uma mera
“negociação”, em que o professor precisa estar constantemente provido de “recursos
de gratificação”, com o propósito de atender às necessidades do aluno.

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TEMA: 5 - CONTRIBUIÇÕES DA
PSICOLOGIA COGNITIVA AO
ESTUDO DA MOTIVAÇÃO

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PSICOLOGIA COGNITIVA AO ESTUDO DA MOTIVAÇÃO

A partir dos anos 60, têm surgido na Psicologia várias teorias motivacionais que
podem ser agrupadas sob o termo genérico de “teorias cognitivas da motivação”.
Tais teorias consideram que a atividade cognitiva do ser humano é indissociável de
sua motivação. O ser humano é activo na sua relação com o ambiente e movido
pelo desejo de conhecer e compreender o mundo em que vive e também a si
próprio, de modo a que possa prever os acontecimentos e orientar o seu
comportamento (Fontaine, 2005).

Cognóscere vem do latim: conhecimento. A Perspectiva Cognitiva afirma o homem


como um ser racional, não sujeito à forças que não controla e que usa a própria
razão na modificação do mundo. Também fala sobre o papel da vontade no
comportamento. Foca no pensamento, coloca o ser humano como ativo e curioso,
com planos, objetivos e expectativas.

A Teoria da Avaliação Cognitiva tem sido muito utilizada para interpretar os efeitos
motivacionais de diversos eventos que ocorrem em sala de aula, especialmente
acerca do uso de recompensas extrínsecas. Então, ela procura explicar como esta
recompensa afecta a motivação intrínseca dos alunos, como por exemplo, numa
situação de sala de aula, quando os alunos se envolvem em uma atividade
interessante e o professor oferece uma recompensa após a realização dessa
atividade. Caso a recompensa oferecida tenha o objetivo de pressionar o aluno a se
comportar de uma determinada maneira, visando atender a uma imposição do
professor e, se assim for percebida pelo aluno, ela terá um efeito controlador e
prejudicará a motivação intrínseca.

As primeiras teorias cognitivas de motivação evidenciavam a importância das


percepções e crenças individuais como mediadores do comportamento, focando a
investigação da motivação subjectiva, ou seja, focavam-se nas expectativas de
sucesso dos sujeitos e no valor que estes atribuíam à tarefa (Schunk et al., 2010).

A dimensão da estabilidade / instabilidade das causas do sucesso ou fracasso, por


exemplo, está associada a expectativas de repetição ou de mudança do resultado
em novas situações (aspecto cognitivo) fazendo com que a pessoa sinta-se
otimista/confiante ou pessimista / desanimada em relação ao futuro, podendo
decidir, em função disso, se vale a pena manter o investimento na tarefa, por meio
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do esforço e da persistência frente às dificuldades, ou se, ao contrário, desistirá da
tarefa, apresentando comportamentos de evitação e/ ou fuga (Weiner, 1985;
Fontaine, 2005).

A teoria cognitiva considera que, como ser racional, o homem decide


conscientemente o que quer ou não quer fazer. Pode interessar-se pelo estudo da
Psicologia o por considerar que esse estudo lhe será útil no trabalho, na convivência
social, ou apenas para satisfazer sua curiosidade ou porque se sente bem quando
estuda Psicologia.

A Teoria da Atribuição Causal desenvolvida por Weiner (1985), coloca as cognições


no centro do processo motivacional. Weiner enfatiza a capacidade espontânea do
ser humano para refletir sobre os acontecimentos passados, de modo a tirar
conclusões para orientar o comportamento futuro. De acordo com essa perspectiva,
uma das principais motivações humanas é a procura das causas dos
acontecimentos, a fim de permitir maior compreensão e controle da realidade.

Contudo, a teoria atribucional assume que é impossível ter acesso a uma realidade
objetiva visto que os nossos limites perceptivos e cognitivos nos obrigam a
selecionar a informação e tratá-la de maneira incompleta. A nossa representação da
realidade é resultado de um processo de construção, socialmente determinado e
necessariamente enviezado, e será em função dessa representação que cada um
orientará o seu comportamento (Fontaine, 2005).

É importante destacar que existe grande variação na maneira como varias pessoas
interpretam uma mesma situação, de acordo com as informações que selecionam e
com a forma pessoal de processá-las.

A teoria social cognitiva elaborada por Bandura salienta a importância da percepção


de auto -eficácia como constructo motivacional. Tal teoria concebe o ser humano
como um agente capaz de exercer controle sobre seus pensamentos, emoções e
acções, bem como sobre o seu ambiente. Não considera, porém, que as pessoas
sejam sujeitos plenamente autônomos, libertos de qualquer influência do meio, mas,
pelo contrário, que estão em constante interação com o ambiente, sendo o
comportamento humano parcialmente auto - determinado e parcialmente
dependente das influências do meio (Bandura, 1989).

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Na Teoria Social Cognitiva, comportamento, ambiente e fatores pessoais interagem
como determinantes que se influenciam bidireccionalmente (Azzi & Polydoro, 2006).
Nesse contexto, a motivação – entendida como a escolha e persistência de
comportamentos orientados para objetivos, relacionada a dois fatores: 1) as
expectativas de resultados, que refletem a crença de que certos comportamentos
são úteis para alcançarem determinados objetivos; 2) as crenças de auto - eficácia,
que se referem às percepções sobre a capacidade pessoal para executar os
comportamentos necessários para alcançar determinados objetivos (Fontaine,
2005).

As crenças de auto - eficácia funcionam, portanto, como importantes determinantes


da motivação, dos afectos e da acção. As pessoas com fortes crenças na eficácia
pessoal estão convencidas de que possuem as competências necessárias para
alcançar seus objectivos ou que são capazes de adquiri-las (Fontaine, 2005).

Quanto mais forte a percepção de auto -eficácia, mais elevados são os objetivos que
a pessoa se propõe a realizar e mais firme é o seu empenho para alcançá-los,
havendo maior perseverança frente aos obstáculos. Assim, as pessoas prontamente
aceitam atividades e ambientes desafiadores, quando julgam que possuem as
capacidades necessárias para manejá-los, mas tendem a evitar actividades e
situações que acreditam exceder as suas capacidades (Bandura, 1989).

De modo semelhante à Teoria da Atribuição Causal, a Teoria da Auto-Eficácia


assume que o comportamento humano se baseia mais sobre conhecimentos,
crenças ou representações subjetivas, que uma análise objetiva da realidade
(Fontaine, 2005). Nesse sentido, a auto - avaliações otimistas da própria
capacidade, quando não demasiadamente afastadas da realidade, podem ser mais
vantajosas do que julgamentos mais realistas, uma vez que aumentam o esforço e a
perseverança necessários para a obtenção de realizações pessoais e sociais
(Bandura, 1989).

As crenças da eficácia pessoal têm origem em quatro principais factores: as


experiências de êxito, as experiências vicariantes, a persuasão verbal e os
indicadores de estados fisiológicos (Bandura,1989; Bzuneck, 2001).

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O primeiro fator, considerado o mais importante, supõe que experiências de êxitos
repetidos tendem a fortalecer as crenças de autoeficácia, enquanto uma sucessão
de fracassos tende a enfraquecê-las. Entretanto, é importante levar em conta
também as causas às quais o sujeito atribui seus êxitos ou fracassos. Assim, a
atribuição do sucesso à capacidade tende a aumentar as crenças de autoeficácia
mais do que a atribuição ao esforço. Da mesma forma, um sucesso conseguido com
grande esforço pode contribuir menos para a autoeficácia pelo facto do aluno
concluir que precisou de muito esforço por não possuir as habilidades necessárias.
Por outro lado, sucessos obtidos muito facilmente não originam sentimentos de
autoeficácia capazes de resistir ao surgimento de obstáculos ou dificuldades.

As experiências vicariantes: são aquelas relativas à observação e imitação de


modelos. Assim, observar que um colega teve êxito numa determinada tarefa, pode
sugerir ao aluno que ele também é capaz de dar conta da mesma, motivando-o a
realizá-la e vice-versa. Entretanto, esse efeito tende a ser temporário, caso não
ocorra em breve uma comprovação de êxito real. Além disso, para que um modelo
seja influente, é necessário que ele tenha características pessoais percebidas como
semelhantes àquelas do observador.

A persuasão verbal: também pode auxiliar no desenvolvimento das crenças de


autoeficácia, quando, de alguma forma, é comunicado ao indivíduo que ele possui
as capacidades para realizar a tarefa em questão. Porém, tais informações só serão
convincentes se partirem de alguém que goze de credibilidade frente ao mesmo,
bem como se obtiverem, posteriormente, algum tipo de comprovação pela
experiência direta.

Os indicadores de estados fisiológicos: como os sintomas de ansiedade, medo e


fadiga, quando percebidos pelo indivíduo, sinalizam vulnerabilidade, levando a
julgamentos de baixa capacidade para enfrentar uma dada situação. Por outro lado,
o humor positivo e o bem - estar aumenta a percepção de eficácia pessoal e de
confiança nas próprias capacidades.

A teoria da autoeficácia apresenta importantes implicações educacionais, sendo


fundamental que os educadores proporcionem aos alunos reais experiências de
êxito, comunicando-lhes expectativas positivas quanto às suas capacidades, e

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evitando situações e verbalizações que possam gerar dúvidas sobre elas (Bzuneck,
2001).

Os comportamentalistas acreditam que é possível a motivar os outros, enquanto os


cognitivistas acreditam que ninguém jamais pode motivar quem quer que seja, uma
vez que as acções humanas são espontâneas, tendo como origem suas impulsões
interiores. Outra forma de divisão conhecida é a que faz distinção em relação ao
objecto de estudo da motivação: de conteúdo e de processo. A primeira estuda "o
que" motiva o comportamento humano e a segunda estuda "como" o comportamento
humano é motivado.

O que diferencia uma teoria de outra é que enquanto os comportamentalistas


acreditam que a necessidade que conduz à motivação está fora da pessoa, nasce
de fatores extrínsecos, os cognitivistas acreditam que os indivíduos possuem
valores, opiniões e expectativas em relação ao mundo que os rodeia, sendo a
necessidade gerada internamente, conforme suas representações.

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TEMA: 6 - MOTIVOS PRIMÁRIOS
OU BIOLÓGICOS

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MOTIVOS PRIMÁRIOS / BÁSICOS / BIOLÓGICOS OU ORGÂNICOS

Entender os motivos primários é essencial para compreender a motivação. Isso


ocorre porque, embora todas as espécies tenham em comum a existência de
motivos primários.

Motivações primárias / biológicas ou fisiológicas: Estão relacionadas com à


sobrevivência e à auto - preservação, não são aprendidas e estão relacionadas à
satisfação de necessidades fisiológicas como fome, sede ou sono. Eles não são
exclusivos do homem, como ele os compartilham com outros animais, são processos
imprescindíveis e necessários para garantir a sobrevivência do indivíduo e da
espécie. Outros motivos primários são a fuga do perigo ou a busca de refúgio para
se proteger, assim como a luta para se defender.

O comportamento humano é realizado por um corpo e o referido corpo é regulado


por necessidades ou impulsos fisiológicos mais ou menos urgentes.

A necessidade de atender a essas necessidades motiva o sujeito a atingir dois


objetivos: obter prazer e evitar a dor ou o desconforto.

Certas deficiências ou estados de privação do organismo, como fome, sede, impulso


sexual, evitar a dor, o sono, levam à busca de satisfação para que o equilíbrio no
organismo (homeostase), seja restaurado, neste caso momento eles são esquecidos
e desaparecem como um motivo, até que o organismo seja novamente deficiente.

- Motivos primários ou biológicos são uma parte muito importante da psicologia da


motivação.

Os motivos primários: segundo Palmero (1997), são motivações centrais que


desde o nascimento estão funcionalmente relacionadas à subsistência do indivíduo
e da espécie. A homeostase tem sido responsável por explicar muitas dessas
razões.

Como já comentamos muitas vezes antes, a homeostase refere-se ao equilíbrio


organismo. O objetivo da homeostase é manter níveis adequados de parâmetros
fisiológicos, se houver um desvio desses parâmetros, a homeostase atua por meio
de um sistema de feedback negativo (ou feedback negativo).

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Os tipos de motivos primários quanto a sua origem (Madsen, 1973)

Os critérios para definir e diferenciar os motivos são os seguintes:

 Fisiológico: Eles implicam que existe uma base orgânica.


 Sinal: Significa que eles são definidos por leis inatas.
 Sobrevivência: são relevantes para preservar a vida.

Segundo Deckers (2001), realça que existe quatro motivos primários, esses são os
processos essenciais e necessários para garantir a sobrevivência do indivíduo e de
sua espécie, fome, sede, sono e sexo.

Aspectos comuns dos motivos primários ou fisiológicos, que são a fome, sed,
sono e sexo.

Recursos comuns:

- Todos são comportamentos proativos (visando alcançar objetivos)

- Eles não são comportamentos reflexos.

- Eles são persistentes e espontâneos.

- Eles podem ser iniciados sem a presença de estímulos discriminativos.

FOME

Esse motivo é responsável por regular os aspectos do ambiente interno do


organismo, ou seja, a contribuição energética e nutricional. Previne o déficit de
energia e mantém um peso corporal estável. O comportamento alimentar é
controlado por:

- Sinais de fome: busca de comida e seu consumo.

- Sinais de saciedade: provoca o término do comportamento alimentar.

SED

- A sede primária ou biológica ocorre quando o volume ou concentração de fluidos


corporais diminui.

- O comportamento de beber é essencial para obter e conservar os recursos


necessários para o organismo.

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- A necessidade biológica de sede ocorre quando uma perda de água ocorre abaixo
de um nível homeostático ótimo.

Sono

- Tem uma grande importância biológica, embora como um processo fisiológico seja
pouco conhecido. O sono é um processo activo que tem a ver com a recuperação
física e psíquica do organismo.

SEXO

Ao contrário das razões anteriores, no sexo não há mecanismos homeostáticos de


curto prazo que regulem sua atividade. Por essa razão, dizemos que a actividade
sexual não é reguladora. Enquanto a fome, a sede e o sono são motivos vitais para
a sobrevivência do indivíduo.

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TEMA: 7 - MOTIVOS
SECUNDÁRIOS OU APRENDIDOS

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Motivos secundária ou aprendidas

Os motivos secundários ou aprendidos são caracterizadas por não ter uma base
biológica, e por serem aprendidas, isto é, determinadas pelas culturas.

Para o psicólogo dinamarquês Madsen, os motivos secundários estão relacionados


com o crescimento geral das pessoas após um processo de aprendizagem. Eles se
desenvolvem e se configuram mediante a interação entre os indivíduos e atuam,
assim como os motivos primários, ativando e dirigindo a conduta. Não são
necessários para a sobrevivência humana, mas desempenham um importante papel
no desenvolvimento emocional dos indivíduos e são próprios dos seres humanos.

Uma vez adquiridos, formam parte de nossa personalidade, configurando-a de


maneira diferencial, por exemplo, usar saltos desconfortáveis porque estão na
moda.

Na visão Murray e McClelland a motivação da conquista ou realização, a filiação e o


poder são os principais motivos secundários. Os motivos secundários são exclusivos
dos seres humanos.

A motivação da conquista ou realização

Murray e McClelland salientam que a motivação para a realização é a tendência do


sujeito em buscar o sucesso em situações desafiadoras que representem um
desafio, isto é, que envolva demonstrar capacidade.

Winterbottom descobriu que existe uma relação entre a motivação da realização das
crianças e o estilo educacional praticado por suas mães: quando ele dá reforços
emocionais demonstrando afeição, as crianças têm mais motivação para alcançar.

Diener e Dweck descobriram que existem raízes cognitivas na motivação para a


realização, de modo que a autopercepção sobre as habilidades, bem como os
fatores de aprendizagem (experiência anterior de sucesso ou fracasso) também
influenciam o motivo da realização.

Padrão de comportamento de pessoas com alta realização

 São pessoas que buscam ativamente o sucesso evitando a rotina.

 Sua prioridade é conseguir desafios superando obstáculos, lutando para


alcançar conquistas pessoais.

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 Eles buscam o sucesso confiando em seu esforço, não em sorte.

 Eles assumem riscos com facilidade, mas sempre levando em conta suas
reais capacidades e calculando rigorosamente suas consequências. Eles
evitam tarefas muito fáceis e muito difíceis.

 Eles geralmente têm uma preferência por tarefas em que podem obter
feedback informativo sobre seu desempenho, pois isso permite que eles se
auto-avaliem, corrijam falhas e melhorem sua execução no futuro.

A motivação do poder

Os autores acima referidos salientam que a motivação do poder como a


necessidade de ter impacto, controle ou influência sobre outra pessoa, grupo ou o
mundo em geral.

McClelland distinguiu duas maneiras de expressar a motivação do poder:

 Poder pessoal, cujo objetivo é exercer o domínio sobre os outros.

 O poder social, cujo objetivo é contribuir para o benefício ou bem-estar dos


outros e, nesse sentido, é considerado o lado positivo da motivação do poder.

Padrão de comportamento de pessoas com motivo de alta potência

 São pessoas que tendem a participar ativamente em todas as situações de


grupo, tentando dominar e controlar o comportamento dos outros a medida do
possível, embora nem sempre tenham sucesso (depende de outras habilidades:
sociais, etc., que nem sempre têm).

 Eles costumam exercer profissões influentes em que eles têm a capacidade


de controlar o comportamento de outras pessoas de uma forma ou de outra.

 Eles geralmente possuem posses que representam símbolos de status, poder


ou prestígio.

 Eles geralmente escolhem como amigos ou parceiros pessoas dependentes e


impopulares que podem manipular facilmente.

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A motivação da afiliação

O motivo da afiliação pode ser definido como a necessidade de estabelecer, manter


ou recuperar um relacionamento afetivo positivo com outra pessoa ou
pessoas. Desenvolve-se na primeira infância.

Eles se preocupam em estabelecer ou manter relacionamentos emocionais com


outras pessoas, não como um meio para um fim, mas como um fim em si
mesmo. Eles nem sempre são os mais populares em seu ambiente.

Às vezes o motivo da afiliação não implica apenas o facto de se relacionar com os


outros, mas sim o medo de ser rejeitado, de ser deixado sozinho, de ser reprovado
ou de não ter a aceitação esperada em seu grupo - McAdams achava que uma
abordagem era necessária diferente de mensurar apenas os aspectos positivos da
razão de afiliação e propor estudar o motivo da intimidade, no qual também ocorre a
interação social, mas dentro de um ambiente mais privado, no qual o medo da
rejeição é menos provável de ocorrer.

O motivo para ser membro frequentemente representa um desejo de não estar


sozinho.

O motivo da intimidade representa um desejo de manter relações íntimas de


comunicação e contacto, sem interferir com medos de qualquer tipo.

Padrão de comportamento de pessoas com alta afiliação

 Seus relacionamentos são geralmente mais de qualidade e emocional do que


aqueles, de pessoas com baixa necessidade de adesão.

 São pessoas que precisam de afeição e afecto contínuo que as fazem sentir
especiais.

 Eles tendem a ter muito medo da rejeição social e buscam continuamente a


aceitação de seu grupo, de modo que precisam conduzir comportamentos que
acreditam que agradarão ao grupo.

 Eles tendem a evitar situações de conflitos em todos os momentos.

 Eles preferem situações cooperativas às competitivas.

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Outras razões secundárias

- Razão para a adesão

o Precisa permanecer em um ou vários grupos e seu objetivo é desenvolver


plenamente como pessoa.

- Razão para entender

o Precisa entender o que está acontecendo ao seu redor.

- Razão de controle

o Relação entre o que executamos e o que conseguimos dizer nosso


comportamento e os resultados depois.

- Razão para confiança

o Sinta-se em harmonia com o mundo em geral.

- Razão para o empoderamento pessoal

o Precisa se sentir especial.

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Material de apoio para os estudantes do 2º Ano do Instituto Superior Politécnico Privado de Menongue
TEMA: 8 - TÉCNICAS DE MEDIDA
E ÂMBITOS DE APLICAÇÃO DA
PSICOLOGIA DA MOTIVAÇÃO

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TÉCNICAS DE MEDIDA E ÂMBITOS DE APLICAÇÃO DA PSICOLOGIA DA
MOTIVAÇÃO

Algumas estratégias importantes para favorecer as crenças de autoeficácia e


também a motivação intrínseca, e que permitem atender à heterogeneidade dos
alunos em termos de conhecimentos e habilidades, são propostas por Stipek (1993,
apud Bzuneck, 2001) e apresentadas a seguir:

a) Propor tarefas que contenham algumas partes relativamente fáceis para todos, e
partes mais difíceis, que possam servir de desafio para os mais adiantados; assim,
todos terão desafios e reais chances de êxito;

b) Propor atividades suplementares, enriquecedoras e interessantes, para aqueles


que acabarem primeiro;

c) Permitir que, algumas vezes, os alunos possam escolher o tipo de tarefas a


realizar;

d) Permitir que cada um siga seu próprio ritmo, sem pressionar para que todos
terminem juntos;

e) Alternar trabalhos individuais com trabalhos em pequenos grupos.

Schiefele e Rheinberg (1991) afirmam que as estratégias são consideradas como


determinantes relevantes para o processo de aprendizagem. São poderosos
mediadores dos efeitos da motivação sobre os resultados de aprendizagem.

Esta estreita relação existente entre a motivação e as estratégias também é


destacada por Pintrich (1989), ao ressaltar que as habilidades cognitivas não são
apreendidas ou utilizadas de modo isolado da motivação. Em certas situações, os
alunos chegam a aprender a utilizar as habilidades cognitivas que lhes são
ensinadas, porém, não as aplicam nas situações em que são necessárias,
ocorrendo, nesse caso, um problema motivacional. O aluno que não possui as
habilidades cognitivas necessárias para a aprendizagem, por outro lado, não terá um
bom desempenho, mesmo estando motivado. E ainda, sob outro aspecto, o domínio
das estratégias pelo aluno, mas, desmotivado quanto a sua aplicação, igualmente
não possibilitará o melhor rendimento.

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Tendo em conta que cada indivíduo tem uma forma única de agir e pensar,
tornando-o diferente de qualquer outro, não será credível que uma qualquer teoria
garanta a sua motivação pois em qualquer organização os mesmos estímulos
provocam reacções diferentes nos seus membros e, muitas vezes, as reacções
provocadas hoje são diferentes das reacções passando algum tempo, no mesmo
indivíduo.

À semelhança das restantes organizações também a escola tem originado vivas


análises, investigações e considerações no que respeita à motivação.

A motivação para aprender resulta de um conjunto de factores intrínsecos e


extrínsecos como por exemplo:

 Um estilo de ensino que promova o envolvimento dos alunos com a sua


aprendizagem;
 Um planeamento das actividades lectivas cuidado e que esteja de acordo
com as características e necessidades dos alunos;
 Uma gestão correcta e cuidada da aula, tanto ao nível dos recursos materiais
como dos espaços e, acima de tudo dos seus próprios alunos;
 A consciência do que se quer aprender e como fazê-lo (meta-cognição);
 A forma como se posiciona perante a aprendizagem – a ausência de
ansiedade ou medo do fracasso, a vontade de querer aprender, a satisfação.

Muitos psicólogos e pedagogos se têm dedicado a estudar a importância da


motivação na melhoria das aprendizagens dos alunos.

Para Tapia e Garcia - Celay (1996), os alunos perseguem metas que determinam a
forma como se implicam nas tarefas. Estas metas estão agrupadas em 4 categorias:

 Metas relacionadas com a tarefa, sem aborrecimento ou ansiedade;


 Metas relacionadas com o “eu;
 Metas relacionadas com a valorização social;
 Metas relacionadas com a obtenção de recompensas externas.

A motivação em contexto de aprendizagem não pode ser vista como algo branco ou
preto. Ela envolve aspectos que nós, enquanto professores, conseguimos controlar,
uns melhores outros menos bem, como o planeamento das actividades a
desenvolver ou a intervenção oportuna com o feedback adequado à situação.

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Mas também envolve factores que fogem ao nosso controlo, como seja o ambiente
familiar que acompanha o aluno ou o facto de este estar com fome por não ter
tomado o pequeno almoço.

As estratégias cognitivas são aquelas relacionadas à aprendizagem ou


entendimento de um conteúdo, bem como aquelas utilizadas para recuperação das
informações armazenadas na memória. Referem-se, portanto, a como os alunos
empregam esforços para compreender determinado conteúdo ou adquirir uma nova
habilidade de uma disciplina, sendo assim as mais adequadas para que os alunos
incorporem a nova informação aos esquemas existentes na memória de longa
duração, ou seja, aos seus conhecimentos prévios. Nesta categoria, estão situadas
a repetição ou prática, elaboração e organização.

As estratégias metacognitivas consistem no conhecimento acerca da cognição e a


auto-regulação da cognição, estando ligadas às variáveis da pessoa, das tarefas e
das próprias estratégias. Elas congregam o planejamento, o monitoramento e a
auto-regulação. No planejamento o aluno estabelece metas de estudo, levanta
questões antes da leitura de um texto e/ou análise da tarefa ou do problema,
escolhendo assim as estratégias que irá utilizar e ativando os aspectos pertinentes
dos conhecimentos prévios. Já quando o aluno assiste a uma aula expositiva ou lê
um texto, utiliza a estratégia de monitoramento, que controla e direciona sua atenção
na execução de uma tarefa, o auto-teste sobre a compreensão do conteúdo e o uso
de estratégias de preparação para as avaliações. Por último, a regulação é
decorrente das atividades de monitoramento nas quais, por exemplo, os alunos ao
perceberem as dificuldades na compreensão de um texto podem diminuir seu ritmo
de leitura. Do mesmo modo, o comportamento de regulação relaciona-se com o fato
do aluno ajustar seu ritmo de estudo, fazendo pausas para identificar o que
aprendeu, ou diminuindo o ritmo quando um trecho de um texto fica mais difícil. As
estratégias de auto-regulação auxiliam o aluno a aperfeiçoar, tanto o seu
comportamento quanto os seus métodos de estudo (Pintrich; Garcia, 1991;
Weinstein; Mayer, 1986).

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