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Motivação
Andréia Costa Rabelo

Descrição

Desenvolvimento do conceito de motivação e sua interferência no


comportamento humano, as necessidades fisiológicas e psicológicas
envolvidas nesse processo e as teorias a respeito do tema.

Propósito

Entender como a motivação interfere na vida de cada indivíduo, de


forma fisiológica e psicológica, é essencial para compreender como
cada um se coloca dentro da sociedade e fornece importantes
ferramentas de análise para a prática do profissional psicólogo.

Objetivos
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Objetivos

Módulo 1

Motivação intrínseca, extrínseca e seus


conceitos
Refletir sobre o conceito de motivação ao longo da história bem
como sobre a diferença entre motivação intrínseca e extrínseca.

Módulo 2

Teorias relacionadas a motivação


Identificar as principais teorias ligadas à motivação.

Módulo 3

Psicologia e �siologia na motivação


Reconhecer as necessidades psicológicas e fisiológicas que
interferem na motivação de cada sujeito.

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Introdução
Chris Gardner, atualmente palestrante de sucesso, inspira e
motiva outras pessoas ao redor do mundo a vencerem os
obstáculos e alcançarem seus sonhos. Mas nem sempre foi
assim! Chris teve uma história difícil desde o início da vida.
Quando adulto viveu nas ruas, passou fome, frio e diversas
dificuldades, juntamente com o filho. Todas essas difíceis
experiências inspiraram o filme À procura da felicidade, estrelado
por Will Smith.

Gardner lutou, persistiu e lutou mais ainda até conquistar o cargo


que almejava na Bolsa de Valores de Nova York. Sua motivação
em continuar em busca dos seus sonhos fez com que saísse de
uma situação de extrema pobreza e se tornasse um homem de
sucesso.

Estados motivacionais, como os que levaram Chris Gardner a


conquistar seus objetivos, envolvem quatro qualidades
essenciais. A motivação dá a energia capaz de ativar
comportamentos, direciona esse comportamento para atingir o
objetivo ou a necessidade, faz com que haja persistência para
alcançá-los e atua de modo diferente em cada indivíduo, uma vez
que sua força depende de fatores internos e externos.

Sendo assim, neste conteúdo, entenderemos como as pessoas


definem seus objetivos e trabalham para atingi-los. Nem todos se
tornam personagens de sucesso como Chris Gardner, mas a todo
momento buscamos nos sentir bem e, muitas vezes, evitamos
situações, eventos e outras pessoas que nos afastam de
alcançarmos os nossos sonhos.

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Vamos estudar, então, o conceito de motivação!

1 - Motivação intrínseca, extrínseca e seus conceitos


Ao �nal deste módulo, você será capaz de re�etir sobre o conceito de motivação ao longo da
história bem como sobre a diferença entre a motivação intrínseca e extrínseca.

Elementos do conceito motivação


Neste módulo, discutiremos as diversas formas de entendermos o
conceito de motivação como objeto de estudo na Psicologia. Para
analisar a complexidade desse termo, iniciaremos por uma breve
revisão histórica de sua origem na Filosofia até chegar à sua abordagem

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na Psicologia, destacando seus elementos constituintes e sua


diversidade.

Motivação é um processo responsável pela intensidade, direção e


persistência dos esforços de alguém que tem por objetivo alcançar um
propósito ou uma meta (ROBBINS, 2012). É uma força que move, regula
e sustenta as ações de um indivíduo. Esse complexo processo interfere
tanto no início de uma atividade quanto em sua continuidade com
constância e força adequadas ao longo do tempo (HARTER, 1981; DECI;
VALLERAND; PELLETIER; RYAN, 1991; RYAN; DECI, 2000).

Dentro desse processo, a intensidade refere-se a quanto esforço a


pessoa despende; a direção refere-se a quanto a pessoa é capaz de
organizar seus objetivos para chegar a resultados favoráveis de
desempenho e a persistência, a quanto tempo uma pessoa consegue
manter seu esforço. A motivação se inicia com uma necessidade não
satisfeita, seja ela fisiológica ou psicológica, que desencadeará um
impulso em direção à obtenção do objeto ou incentivo almejado.

É importante termos em mente que o nível da motivação pode variar de


um indivíduo para outro, assim como no mesmo indivíduo em diferentes
momentos. De acordo com Todorov e Moreira (2005), motivação, assim
como aprendizagem, possui diferentes significados e é usada em
diferentes contextos no ramo da Psicologia. Motivação e aprendizagem
estão diretamente relacionadas, pois a primeira é um importante
combustível para o sucesso da segunda, e a falta de motivação dificulta
a aprendizagem.

A motivação é importante na aprendizagem não somente


para o aluno, mas também para o professor, que o levará
ao sucesso ou fracasso na tentativa de ensinar.

Devemos considerar três variáveis muito importantes no estudo da


motivação, quais sejam: o ambiente, as forças internas do indivíduo ou

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sua necessidade e o objeto que o atrai.

O ambiente em que o indivíduo está inserido interferirá drasticamente


em seu estado motivacional, pois todos somos seres muito
influenciados pelo ambiente. Usando como exemplo a aprendizagem,
caso nos encontremos em um ambiente agradável, em que a maioria
das pessoas esteja envolvida e interessada no processo, com certeza
nossa motivação será aguçada.

As forças internas estão relacionadas com necessidades, interesses,


valores, desejos, vontades, impulsos e instinto. Quando a pessoa tem
objetivos os quais sabe que alcançará de forma mais objetiva, ela terá
uma maior motivação interna para se dedicar.

Quanto ao objeto, a forma como ele pode atrair o indivíduo está


relacionada com o fato de o objeto em si ser fonte de satisfação para
questões internas que vão mobilizar e motivar o indivíduo. Nesse caso,
podemos exemplificar considerando o desejo e a gratificação
alcançados pelo título que se receberá ao cursar um mestrado ou
doutorado. Veja a imagem a seguir:

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Portanto, a necessidade não satisfeita gera uma tensão, que, por sua
vez, desperta uma vontade que impulsionará a pessoa a um
comportamento de busca para satisfazer tal necessidade que, quando
alcançada, reduzirá a tensão.

História do conceito motivação


O interesse dos estudos voltados para o tema da motivação emerge de
três fontes:

Psicoterapia 

Traz a ideia de que as pessoas estão em busca do alívio de


desconfortos, e, como o próprio Freud já pontuava, os
desconfortos resultam da busca pelo equilíbrio dinâmico das
forças psíquicas, que podemos reconhecer como forças
motivacionais. Nesse sentido, é o próprio psicoterapeuta que
medeia essa força motivacional.

Psicometria 

Traz a ideia dos testes psicológicos de aptidão e desempenho,


que a princípio surgiram para classificação e/ou seleção de
pessoas. Mas essas variáveis dependiam do fator de dedicação
às tarefas, o que levou ao surgimento dos testes de motivação.
Nessa fonte, podemos encontrar diferentes trabalhos que

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Nessa fonte, podemos encontrar diferentes trabalhos que


procuram conhecer o grau de motivação das pessoas em
diferentes contextos, como o acadêmico, o do trabalho, o do
esporte, entre outros.

Teorias da aprendizagem 

Dentro da área educacional, trazem os estudos sobre problemas


de aprendizagem, voltando o olhar para as variáveis
motivacionais ligadas à memória, à aprendizagem etc.

Por apresentarem objetivos e métodos diferentes, essas fontes tratam o


conceito motivacional também de forma diferente.

Os motivos que levam o homem a se comportar de determinadas


maneiras despertam tanta curiosidade que há evidências de estudos
sobre o tema antes mesmo da Psicologia se consolidar como ciência!
Desde os filósofos da Grécia Antiga até os pensadores do século XIX, a
exemplo de Schopenhauer, Darwin, James e Freud, os estudos sobre
motivação foram voltados ao comportamento diretamente observado e/
ou aos motivos internos que levavam a esse comportamento, além de
explicações que consideravam a herança genética e as experiências da
infância.

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Platão – filósofo e matemático

Platão já entendia que a motivação tinha a sua origem em uma “alma”


que estava em função de apetites corporais, necessidades e desejos,
mas que respondia também a padrões sociais assim como à razão e à
capacidade de escolha. Segundo esse filósofo, a razão poderia controlar
os nossos apetites corporais. Para Reeve (2019), esses apetites
correspondem ao que Freud entenderia como Id mais tarde. Tempo
depois, essa visão dos gregos sobre motivação foi a base de uma visão
dualista separando a paixão corpórea da razão da mente.

René Descartes fez uma distinção, dentro desse dualismo, entre o


aspecto passivo e ativo da motivação. Para ele, o corpo, entendido de
forma mecanicista, apenas reage de forma passiva às suas
necessidades físicas; mas, por outro lado, a mente, como uma entidade
pensante e espiritual, possui uma vontade com propósito. Isso posto,
ficava determinada a divisão entre os estudos fisiológicos das
necessidades de um corpo físico e os estudos dos motivos ativos da
vontade, os quais corresponderiam, naquela época, ao pensamento dos
filósofos. No entanto, o estudo da vontade acabava sendo muito pouco
objetivo e de natureza misteriosa e pouco científica.

Esse dilema do estudo da vontade levou à sua substituição pelo


conceito de instinto. Aqui encontramos as teorias de W. James, Darwin
e outros. O conceito de instinto, que funcionou de forma satisfatória

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com animais, começou a apresentar deficiências nos estudos


motivacionais com seres humanos, e, da mesma forma como foi
abordando o termo vontade, a Psicologia passou a demandar a busca
de uma nova teoria no estudo da motivação que não fosse em relação
ao termo instinto. Surge, assim, a teoria de impulso com Freud e Clark
Hull (REEVE, 2019).

Para Reeve (2019), segundo o conceito de libido de Freud, podemos


fazer uma analogia com um sistema hidráulico, no qual a energia flui e
precisa ser descarregada. Usando esse modelo, podemos entender
como os impulsos acumulam energia no psiquismo e, assim como a
água no sistema hidráulico pode transbordar, no caso da energia
psíquica acumulada dos impulsos, o sujeito sente a necessidade da sua
descarga.

Na teoria do impulso de Hull, o impulso também é entendido como a


base fisiológica que representa a base de nossa motivação. Segundo
Hull, o tempo de privação de determinada necessidade fisiológica
permite-nos antecipar o nível de motivação desse indivíduo. Assim, o
impulso energiza o comportamento, mas não o direciona. Para Hull, é o
hábito que direciona o comportamento. E os hábitos são produto da
aprendizagem pelo reforço (REEVE, 2019).

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Apesar do interesse antigo pela motivação humana, o termo ainda não


possui um conceito definido totalmente, uma vez que diferentes
abordagens trazem diferentes ideias e maneiras de estudá-lo.
Atualmente, a ideia que mais cabe a esses estudos é a de que cada
indivíduo tem expectativas e objetivos diferentes, e essa diversidade de
interesses revela que as pessoas fazem coisas por razões diferentes.

Como traz Bergamini (1990, p. 24), o provérbio "Faça aos outros o que
queres que te façam" dá lugar à frase "Faça aos outros aquilo que eles
querem que lhes seja feito", quando o assunto é motivação.

Mas para podermos trabalhar com uma definição neste conteúdo sobre
motivação, podemos citar o conceito trazido por Bock, Furtado e
Teixeira, em 2008:

[...] A motivação é, portanto, o


processo que mobiliza o organismo
para a ação, a partir de uma relação
estabelecida entre o ambiente, a
necessidade e o objeto de
satisfação. Isso significa que, na
base da motivação, está sempre um
organismo que apresenta uma
necessidade, um desejo, uma
intenção, um interesse, uma vontade
ou uma predisposição para agir.

(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008, p. 137)

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Evolução do conceito e estudos da
motivação
Neste vídeo, será feita uma reflexão sobre a evolução do conceito e dos
estudos da motivação ao longo do tempo até o final do século XIX.

Motivação intrínseca e extrínseca


É possível aprender a motivar os outros? A resposta para essa pergunta
pode ser positiva para uns e negativa para outros. De qualquer modo,
ilustra bem o que foi mencionado no item anterior, sobre as diferentes
possibilidades de explicar o comportamento humano.

A resposta positiva pressupõe que a motivação vem de fora da pessoa,


ou seja, a força é extrínseca, enquanto na resposta negativa a crença é
de que essa força se origina interiormente, é espontânea e gratuita, ou
seja, intrínseca. Apesar de as pessoas serem movidas tanto por forças
internas quanto por forças externas, não podemos confundir os dois
tipos de comportamento, pois são qualitativamente diferentes:

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Produtividade no Leitura de um livro por
trabalho devido à prazer: motivação
recompensa por salário: intrínseca.
motivação extrínseca.

Teóricos que estudam a questão do incentivo identificam que a


motivação extrínseca se direciona a um objetivo externo, geralmente
uma recompensa, como no caso do empregado que se esforça para ter
um aumento de salário, ou da criança que vai na padaria para a mãe, na
esperança de ficar com o troco. Mas há atividades, como ler um bom
livro, ouvir música ou realizar trabalhos voluntários, que não oferecem
uma recompensa externa, apesar de resultarem em satisfação e prazer.

Essas são atividades dirigidas pela motivação intrínseca, elas são


agradáveis e prazerosas, e trazem benefícios individuais específicos.
Mesmo não tendo reforçadores ou recompensas, a motivação intrínseca
é forte o suficiente para motivar a pessoa a buscar a atividade
simplesmente por ser interessante e lhe gerar satisfação.

Vale ressaltar que uma mesma atividade pode ser realizada valendo-se
de forças internas ou externas; isso depende de cada indivíduo.

Exemplo

Há quem estude para tirar boas notas (força externa), mas há aqueles
que estudam pelo prazer de conhecer algo novo (força interna).

Além disso, é possível que muitas atividades sejam e tenham sido

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realizadas com objetivos intrínsecos, mas acabaram trazendo


benefícios externos, como é o caso das brincadeiras lúdicas, em que a
criança brinca por prazer e acaba desenvolvendo a criatividade,
resolução de problemas e outros, que são fatores essenciais para a
adaptação e sobrevivência. Veja a diferença:

Motivação intrínseca Motivação extrínseca

Também chamada de Também conhecida


motivação interna, como motivação
oriunda de uma força externa, voltada para o
interior que tem a ambiente e outros
energia de manter a fatores externos ao
motivação vívida indivíduo. Relacionada a
mesmo perante gratificações, incentivos
adversidades. Voltada e benefícios externos.
para metas, objetivos e  Esse tipo de motivação
projetos pessoais que pode ser inconstante,
estimulam a pessoa a pois depende
se esforçar, por completamente de
exemplo: acordar todos fatores externos.
os dias, enfrentar Mesmo não gostando
ônibus, trânsito e da tarefa, a pessoa
trabalhar o dia todo pode executá-la por
para alcançar seus causa da recompensa.
projetos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

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Quando o assunto é motivação, como traz Bergamini (1990), o


provérbio “Faça aos outros o que queres que te façam” dá lugar à
frase “Faça aos outros aquilo que eles querem que lhes seja feito”.
A ideia sobre o conceito de motivação expressa nessa frase é a
presente na seguinte alternativa:

Todos sabemos completamente o que motiva cada


A
um de nós.

A motivação é um conceito muito abrangente,


B utilizado, inclusive, para a formulação de provérbios
novos.

Há um conceito definido para o termo motivação


C que ajuda a compreender como cada um se
comporta.

O que os outros desejam que lhes seja feito diz


D
respeito ao alívio do desconforto.

O conceito de motivação é muito abrangente e


E
difere de pessoa para pessoa.

Parabéns! A alternativa E está correta.

O termo motivação não possui um conceito definido, pois diferentes


abordagens trazem diferentes ideias e maneiras de estudá-lo. A

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abordagens trazem diferentes ideias e maneiras de estudá-lo. A


ideia principal desses estudos é a de que cada indivíduo tem
expectativas e objetivos diferentes, essa diversidade de interesses
revela que as pessoas fazem coisas por razões diferentes.

Questão 2

Assinale a alternativa que corresponde a um fator extrínseco e um


intrínseco de motivação, respectivamente.

Eduardo passou a estudar para tirar boas notas, e


A sua amiga Julia estudou bastante para ganhar uma
viagem dos pais.

Mônica lavou o carro e sentiu-se aliviada, e seu filho


B
a ajudou para poder usá-lo depois.

José acordou disposto a ir trabalhar e dar o seu


melhor para a empresa, e João acordou disposto a
C
trabalhar para ganhar o aumento salarial que seu
chefe propôs.

Renata gosta de cantar em barzinhos, pois recebe


D muito bem, e sua dupla, Ana, adora a sensação que
a música lhe desperta.

Lara lê poemas todas as noites e sente-se

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E revigorada, e seu irmão Lucas escreve os poemas


para ver a irmã mais feliz.

Parabéns! A alternativa D está correta.

Renata realiza o comportamento de cantar no bar por obter um


estímulo externo, no caso dinheiro (motivação extrínseca), toda vez
que realiza o trabalho, enquanto Ana canta porque sente prazer
nessa atividade (motivação intrínseca).

2 - Teorias relacionadas a motivação


Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as principais teorias ligadas à motivação.

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Enfoque baseado em objetivos


Até o momento foi possível identificar que, ao longo da história, muitas
foram as tentativas de se explicar o conceito de motivação. Vamos,
agora, conhecer as principais teorias relacionadas ao tema.

É importante entendermos que as teorias da motivação não se anulam,


elas podem complementar-se. Para uma melhor compreensão de cada
uma, serão agrupadas com base em dois enfoques: objetivos e
necessidades.

Para os teóricos que apresentaram esse enfoque em seus trabalhos, a


motivação está relacionada a estímulos externos, e o sujeito persegue
seus objetivos continuamente, até alcançá-los. A seguir, as principais
teorias que seguem esse enfoque.

Teoria X e Teoria Y de McGregor (1960)


Até a década de 1960, as teorias da motivação se dividiam em visões
mecanicistas e humanistas. McGregor criou as Teorias X e Y para que
pudesse ser feita uma síntese entre essas duas visões. Ele era
psicólogo e economista, e debruçou-se sobre a criação de sua teoria, no
final da década de 1950, procurando usar uma nomenclatura o mais
neutra possível; por isso, nomeou suas duas perspectivas de X e Y, pois

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não queria que elas fossem diferenciadas de forma apreciativa com


conotações de valor.

Essas teorias se referem a perfis de personalidade, bem como


comportamentos normalmente encontrados em funcionários:

X
A Teoria X propõe que a motivação se dá por prêmio ou punição.

Y
A Teoria Y enfatiza que a motivação acontece quando um grupo
compartilha objetivos.

Ambas estão mais ligadas ao ambiente de trabalho, sendo que, na


primeira, há um líder que demanda o serviço e pune ou remunera por
isso, e na segunda o líder é aquele que buscará uma estratégia para
motivar a equipe dependendo do padrão de comportamento que
encontrar nela.

Segundo a teoria de McGregor, o indivíduo tende a atuar de acordo com


suas convicções com relação à natureza humana. Essas nuances, que
transparecem na nossa forma de falar e interagir, na nossa postura e,
inclusive, na nossa forma de olhar, influenciam tanto o desempenho
individual quanto o coletivo das pessoas que nos rodeiam. Assim sendo,
toma-se o seguinte exemplo, se não acreditamos nas pessoas com as
quais interagimos, nossa forma de agir acabará influenciando o seu
comportamento, conduzindo-nos a uma profecia autorrealizável. Em
outras palavras, as nossas baixas expetativas podem conduzir ao baixo
desempenho do grupo, o que, por sua vez, acaba levando a um resultado
pobre e, paradoxalmente, confirmando as baixas expectativas; desse
modo, entramos em uma espiral sem fim de desempenho insatisfatório.

No caso da teoria X, partimos do princípio de que o trabalho não é visto

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como agradável pela maioria das pessoas. Cabe, então, às organizações


e empresas desenvolver formas para tentar mediar essa situação; em
outras palavras, a organização dos processos deve ser, justamente, para
induzir as pessoas a produzirem. Já na teoria Y, considera-se que o
trabalho, em condições adequadas, pode ser tão natural como o lazer.
Portanto, o desafio aqui é justamente gerar essas condições favoráveis
para que as pessoas se sintam envolvidas e satisfeitas no seu trabalho.

Vejamos, no seguinte esquema, as principais diferenças de postura


entre a Teoria X e a Teoria Y:

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Teoria X e Y de McGregor.

De acordo com a teoria X, por exemplo, o líder irá gerar benefícios aos
colaboradores que se envolverem com as tarefas, que as fizerem com
dedicação, dando-lhes um ingresso para uma partida de futebol que eles
gostam. Enquanto isso, os que não se destacaram por não terem se
envolvido como esperado terão um trabalho extra a cumprir.

De acordo com a teoria Y, esse líder convidaria toda a equipe para um


almoço com palestras motivacionais, sorteio de brindes, despertando
nos colaboradores um senso de equipe e pertencimento.

Podemos entender que a contribuição dialética de McGregor com as


teorias X e Y permite delimitar as diversas posturas gerenciais e
organizacionais que provocam resultados significativamente diferentes.

Teoria da �xação de objetivos de Edwin Locke (1960)


A teoria de Edwin Locke parte do pressuposto de que, primeiramente,
concentramo-nos em nossos esforços para o alcance de objetivos. Esse
fato nos permite estabelecer metas que direcionam nossos
pensamentos e nossas ações. Dessa forma, para podermos estar
motivados, precisamos estabelecer objetivos concretos ou metas.

Comentário

É importante também que a pessoa conte com autossuficiência para se


autoavaliar, para reconhecer quais metas está conseguindo alcançar e
quais não. Com isso, a pessoa poderá fazer os ajustes necessários nos
comportamentos apresentados para alcançar o rumo desejado.
Portanto, para Locke, a maior motivação que existe é a intenção de lutar
por um objetivo.

Nessa teoria, a motivação ocorre quando os objetivos obedecem a

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alguns critérios, como ter sentido para a pessoa, não ir contra seus
valores, poder compartilhá-los com outros, serem desafiadores e, ao
mesmo tempo, não tão difíceis de serem alcançados, além de
mensuráveis, no sentido de se saber o que, quando e o quanto se quer
atingir algo.

Um exemplo que podemos colocar para ilustrar essa teoria acontece


com os estudantes que precisam de determinada nota para sua
aprovação. A quantidade de horas envolvidas para o estudo estará
diretamente ligada à nota que ele pretende ou necessita obter. Objetivos
específicos acabam melhorando o desempenho. Se formos comparar,
os objetivos mais difíceis, quando aceitos, irão motivar muito mais que
os mais fáceis, obtendo um desempenho melhor. Outra questão
importante é a presença do feedback, principalmente o autogerenciado,
que propicia melhores desempenhos.

Em geral, segundo Locke, objetivos concretos, bem definidos e

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Em geral, segundo Locke, objetivos concretos, bem definidos e


desafiadores conduzem a melhores resultados do que objetivos
genéricos e muito fáceis.

Teoria da expectativa de Victor H. Vroom (1997)


Para Vroom (1997), nosso comportamento deriva das escolhas que
fazemos entre alternativas. Dessa forma, o indivíduo se comporta a
partir de uma combinação de escolhas afetivas, expectativas e vontade.
Assim sendo, esse comportamento depende da expectância – o que o
sujeito acredita ser capaz de fazer após realizar um esforço –; da
instrumentalidade – quando percebemos que nosso comportamento
permitirá atingir o objetivo esperado – e da valência – a medida entre o
objetivo que atingimos e sua relevância para nós.

Dessa forma, para Vroom, a motivação é um produto desses três fatores


e, assim, teríamos a seguinte equação:

motivação = expectância x instrumentalidade x valência.

Vroom (1997) enfatiza três relações:


Relação esforço-desempenho
A probabilidade percebida pelo indivíduo de que certa quantidade de
esforço levará ao desempenho.


Relação desempenho-recompensa
O grau em que o indivíduo acredita que determinado nível de

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desempenho levará a um resultado desejado.


Relação recompensa-metas pessoais
O grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas
pessoais, e a atração que essas recompensas potenciais exercem sobre
ele.

Em outras palavras, nossa força motivacional é o resultado da


possibilidade que temos de alcançarmos determinado objetivo e de sua
importância. Quando acreditamos que somos capazes de alcançar
determinado objetivo e que este é valioso ou útil para nós, estaremos
concentrando nossos esforços para um alto desempenho, que trará,
como consequência, a recompensa esperada. Portanto, quando
precisamos decidir entre várias opções, as pessoas acabam decidindo
por aquela que apresenta maior força motivacional.

Enfoque baseado nas necessidades


O enfoque nas necessidades propõe que a motivação é mais do que a
busca por alcançar um objetivo. Para esse grupo, a motivação consiste
em satisfazer as necessidades internas de cada um. Veja, a seguir, as
principais teorias focadas nas necessidades.

Teoria da Hierarquia de Necessidades de Abraham Maslow


(1963)
Maslow foi um psicólogo humanista que publicou, em 1943, o livro

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Hierarquia das necessidades. Nas décadas de 1950 e 1960, foi o líder da


escola humanista de Psicologia, posteriormente, foi fundador da
Terceira Força em Psicologia e propôs que a motivação emerge de um
impulso ascendente. Nos estudos sobre motivação, talvez a teoria da
Escola Hierárquica das Necessidades Humanas Básicas de Maslow seja
uma das mais conhecidas. Ele pensou em uma pirâmide hierárquica das
necessidades de uma pessoa, propondo que ela se sente motivada a
subir na escala das necessidades somente após ter satisfeito os
primeiros níveis da pirâmide, que são necessidades mais básicas
(CAVALCANTI, 2019).

Esse modelo é bastante flexível, pois Maslow reconhecia haver


variações individuais, principalmente quanto à intensidade das
necessidades. A princípio, a escala proposta pelo teórico continha sete
níveis, que sofreram alterações ao longo do tempo resultando nos
seguintes itens:

Pirâmide das Necessidades de Maslow

Veja a seguir, o detalhamento das necessidades:

Necessidades fisiológicas 

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Relacionadas à sobrevivência; têm como finalidade manter a


sobrevivência e a homeostase do organismo. Esse grupo de
necessidades é um dos mais urgentes e demanda um nível
mínimo de satisfação. Fome e sede são exemplos, dentre muitos
outros, de necessidades fisiológicas.

Necessidade de segurança 

Proteção contra perigo, ameaça e privação (sejam elas reais ou


imaginárias) assim como estabilidade e ordem.

Necessidades sociais (família, amizade, amor) 

Nesse nível, encontramos as necessidades relativas à carência


que as pessoas têm de amar, à aceitação, ao dar e receber afeto
e a pertencer a grupos.

Necessidade de autoestima, confiança, respeito aos


outros 

Envolve as necessidades de autoafirmação, confiança em si,


reconhecimento pessoal e por parte de outros. Corresponde à
forma com que a pessoa se vê.

Necessidade de realização pessoal (autorrealização) 

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Satisfação por se ser quem é, pelas conquistas e pelo


crescimento psicológico; desejo de alcançar sonhos. Esse último
nível é o mais difícil de ser alcançado em sua plenitude.

As necessidades fisiológicas e de segurança, que são consideradas de


nível mais baixo, são satisfeitas externamente. Já as outras
necessidades – sociais, de autoestima e de autorrealização – são
chamadas de necessidades de nível mais alto, envolvendo a motivação
mais intrínseca. Para Maslow, a motivação acontece quando a pessoa,
que apresenta níveis de necessidades inferiores satisfeitos, sente-se
impelida a buscar satisfazer um nível superior.

Segundo o autor, o sistema de necessidades é influenciado por duas


forças: a privação e a gratificação. Na medida em que as necessidades
são satisfeitas, elas deixam de ser prioridade, e o sujeito passa a se
direcionar para a satisfação de níveis superiores. Em relação ao nível de
autorrealização, Maslow explica que ele pode começar a ser almejado a
partir da adolescência (CAVALCANTI, 2019).

Os méritos na teoria de Maslow são especialmente relativos à


organização das suas ideias e à forma como seus conceitos são
facilmente aplicáveis na prática. No entanto, uma das críticas feitas a
essa teoria é a falta de clareza em relação à forma como acontece a
transição de um nível para outro.

Teoria dos Fatores Motivadores de Frederick Herzberg (1959)


Herzberg traz, em sua teoria, informações compatíveis com as de
Maslow, entretanto, enquanto este coloca as necessidades humanas no
centro de sua teoria, o primeiro faz isso sem deixar de lado os
incentivos externos utilizados para satisfazer tais necessidades.

O desenvolvimento da teoria de Herzberg tinha como objetivo identificar

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os fatores que causavam a satisfação e a insatisfação dos empregados


no ambiente de trabalho. Por isso, o autor entrevistou vários
profissionais da área industrial, o que leva sua teoria a ficar circunscrita,
especialmente, ao âmbito empresarial.

Em seus estudos, Herzberg divide as forças motivadoras em duas


categorias:

Fatores de higiene Fatores motivacionais

São aqueles cuja falta São fatores intrínsecos


gera desmotivação, e  que geram motivação
estão voltados a por meio da satisfação
aspectos extrínsecos. das necessidades.

É como se os fatores de higiene de Herzberg se relacionassem com as


necessidades fisiológicas, de segurança e sociais; e os fatores
motivacionais se relacionassem com as necessidades de estima e
autorrealização, na pirâmide de necessidades de Maslow. Veja a seguir:

Fatores higiênicos de Herzberg.

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Teoria da Necessidade de Realização de David McClelland (1961)


David McClelland compreendia que o indivíduo era autônomo e
responsável por seu sucesso ou fracasso; desse modo, acreditava que a
motivação estaria mais ligada à realização pessoal do que a
recompensas externas. McClelland desenvolveu um método para medir
a intensidade com que alguém se preocupava com sua realização; em
seguida, esse método estendeu-se para medir as necessidades de
afiliação e poder.

Esses três tipos de necessidade, segundo o teórico, se inter-relacionam


e aparecem em diferentes graus em cada pessoa, podendo, inclusive,
configurar um perfil psicológico para cada uma.

Exemplo

Quando o nível de necessidade de realização se destaca, revela uma


pessoa que se esforça para alcançar altos níveis de desenvolvimento,
autonomia e responsabilidade. Por sua vez, um maior nível de
necessidade de afiliação caracteriza alguém que tem um grande desejo
de aprovação por parte dos outros e se identifica com os seus
sentimentos. Esse indivíduo tem o desejo de ser amado e aceito pelos
outros, busca amizade, prefere situações de cooperação em vez de
competição e deseja relacionamentos que envolvam um alto grau de
compreensão mútua.

Por fim, um alto nível nas necessidades de poder reflete aquele que quer
controlar as atitudes e ações dos outros, quer dominar e ser prestigiado.
A necessidade de poder e de associação costumam estar relacionadas
com o sucesso gerencial. Os melhores executivos possuem alta
necessidade de poder e baixa necessidade de associação.

Pessoas que são mais “caxias” em seus trabalhos possuem


necessidade de realização mais aguçada. As que necessitam de
amizade, são “boazinhas” e deixam de fazer por si para agradar aos
outros têm a necessidade de afiliação direcionando suas ações. Já a

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outros têm a necessidade de afiliação direcionando suas ações. Já a


necessidade de poder se evidencia nas pessoas que gostam de
controlar, estar sempre no comando e ser elogiadas por seu trabalho.
Por exemplo:

Realização
As pessoas precisam competir como forma de mostrar competência e
conhecimento.

Poder
As pessoas querem exercer influência.

A�liação
As pessoas necessitam relacionar-se cordial e afetuosamente. É o
desejo de relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis.


Comparação das diversas teorias de
motivação e sua utilidade
Neste vídeo, será feita uma comparação entre os dois grupos de teorias
de motivação, as diversas teorias apresentadas e sua utilidade na
prática.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

A motivação ocorre quando os objetivos obedecem a alguns


critérios como ter um sentido pessoal, ter possibilidade de
compartilhamento, representar um desafio e ser mensurável. Essa
ideia sobre a motivação corresponde à Teoria

A da Fixação de Objetivos de Edwin Locke.

B da Necessidade de Realização de David McClelland

da Hierarquia de Necessidades de Abraham


C
Maslow.

D X e Teoria Y de McGregor.

E da Expectativa de Victor H. Vroom.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Esses critérios fazem parte da Teoria da Fixação de Edwin Locke.

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Esses critérios fazem parte da Teoria da Fixação de Edwin Locke.


Para esse autor, os objetivos precisam apresentar qualidades que
permitam provocar uma maior motivação na pessoa, já que, em
muitas ocasiões, a falta de motivação provoca no sujeito uma falta
de direcionamento.

Questão 2

Fazer novas amizades é um comportamento ligado à qual etapa


dentro da hierarquia de necessidades de Maslow?

A Necessidades fisiológicas.

B Necessidade de segurança.

C Necessidades sociais.

D Necessidade de autoestima.

E Necessidade de autorrealização.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Fazer amizades está ligado às necessidades sociais, uma vez que o


indivíduo precisa do contato com o outro, ser aceito, dar e receber
afeto. Assim, após a satisfação das necessidades fisiológicas e das

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necessidades de segurança, a pessoa se motiva para buscar


satisfazer as suas necessidades sociais.

3 - Psicologia e �siologia na motivação


Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as necessidades psicológicas e
�siológicas que interferem na motivação de cada sujeito.

Estruturas neurais na homeostase e a


motivação
A motivação é um dos processos básicos da Psicologia e não podemos
deixar de compreender que ela só ocorre devido à existência de

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estruturas neurais que a produzem. Como dito, a motivação é um


processo que busca, em suas necessidades primárias, a homeostasia
do corpo. Essa desregulação temporária corporal se transforma em
energia necessária e suficiente para que o organismo seja impulsionado
a buscar recursos para o reestabelecimento do equilíbrio do corpo. Por
exemplo, quando uma pessoa faz atividade física, há o aumento da
temperatura corporal, levando ao desequilíbrio. Imediatamente, o corpo
produz o suor para o resfriamento da temperatura corporal. Porém, um
novo desequilíbrio surge com a diminuição de líquido, e a mensagem de
sede surge para gerar o reequilíbrio. Calor, frio, sede, fome e, inclusive,
sexo são sinais de alerta emitidos pelo corpo para levá-lo à busca da
homeostasia.

Homeostasia
Homeostase é um termo ciado por Walter Cannon que define a
habilidade ou capacidade do organismo em manter o meio interno
em determinado equilíbrio, apesar das alterações que possam
ocorrer no ambiente externo.

Existem estruturas, tanto do sistema endócrino quanto do sistema


nervoso, que são responsáveis por esse controle e, consequentemente,
diretamente relacionadas com a motivação. O sistema nervoso (SN) é
responsável por disparar os sinais de alerta, e o sistema endócrino (SE)
por secretar os mensageiros químicos. Existe uma estrutura do SN,
mais especificamente do diencéfalo, que se localiza logo abaixo do
tálamo, chamada de hipotálamo, que tem comunicação com o sistema
nervoso central (SNC), com o sistema nervoso autônomo (SNA) e com o
sistema endócrino (SE). Essa estrutura é responsável pela homeostasia
do corpo, pelo controle da fome, da sede e da temperatura corporal,
além de secretar hormônios que controlam diretamente a hipófise e
indiretamente diversos órgãos vitais. O hipotálamo é reconhecido como
o centro ordenador de comportamentos motivados.

Lesões no hipotálamo podem levar a pessoa a um quadro de intensa

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Lesões no hipotálamo podem levar a pessoa a um quadro de intensa


desmotivação, podem provocar voracidade alimentar se a pessoa não
receber mensagens de saciação ou deixá-las completamente
inapetentes (sem fome), por falta de informação de que seu corpo
necessita de alimento para produção de energia. Veja a imagem a
seguir:

Hipotálamo.

Necessidade de pertencimento
Você concorda que o ser humano é um animal social? Para melhor
ajudá-lo nessa reflexão, vamos dar uma breve olhada no curso da
evolução humana.

Sabemos que, para os animais se reproduzirem, o contato é


fundamental, e isso não é diferente para os humanos. Desde suas
origens, aqueles que conviviam entre si eram mais propensos à
reprodução; da mesma forma, os adultos que desenvolviam

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reprodução; da mesma forma, os adultos que desenvolviam


relacionamentos de longo prazo tinham uma maior probabilidade de se
reproduzir e ter descendentes.

Desde as antigas gerações, percebeu-se que, embora possua


capacidades, a criança completamente dependente do adulto tinha mais
chances de sobrevivência; assim que isso foi compreendido, elas
passaram a ser cuidadas, para que tivessem mais chances de
sobreviver até chegarem à idade reprodutiva, podendo dar início a um
novo ciclo de desenvolvimento. Os grupos provaram ser eficientes a
partir do momento em que garantiram a própria sobrevivência, desde os
alimentos compartilhados às caças de grandes mamíferos ou à vigia
contra inimigos predadores. Por isso, faz todo o sentido que, ao longo
dos milênios, os humanos tenham-se comprometido a viver em grupos.

Quando você sente fome, seu organismo te impulsiona a procurar


comida em uma tentativa de evitar a morte. Da mesma forma como a
falta de comida é um risco à vida, o não pertencer a um grupo, como
vimos, aumenta o risco a perigos adversos, como doenças e mortes
prematuras, ou seja, a necessidade de pertencimento é uma
necessidade básica humana que impulsiona um comportamento. Dessa
maneira, assim como a fome nos alerta, precisamos de algo que nos
alerte quando estamos prestes a nos isolar.

Você já se sentiu excluído? É evidente que a sensação não é agradável,


no entanto, ela te alerta. Assim como os indivíduos que são
confrontados com a exclusão ficam ansiosos, aqueles que são mais
tímidos e solitários se atentam mais com a avaliação social.

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Imagine que você seja convidado a participar de um estudo; ao chegar,


depara-se com uma informação um tanto quanto inquietante: todos os
participantes levariam um choque. No entanto, aqueles que
apresentassem um nível baixo de ansiedade sentiriam no máximo
cócegas, já aqueles com um nível alto de ansiedade sentiriam uma dor
muito grande. Após ouvir essa informação, você possui a chance de
escolher esperar sua vez acompanhado ou sozinho. Qual seria sua
escolha?

Esse estudo foi realizado pelo psicólogo social Stanley Schachter (1959)
com participantes do sexo feminino. Schachter descobriu que o
aumento na ansiedade levou a um aumento nas motivações por
parceria: aquelas na condição de alta ansiedade eram muito mais
propensas a querer esperar com outras pessoas.

Vamos pensar agora na companhia. Se você vai fazer uma prova e não
estudou muito, prefere ficar do lado de uma pessoa que sabe toda a
matéria e não compartilha ou de uma pessoa que, assim como você,
não sabe quase nada?

Outro estudo realizado revelou que os participantes com níveis altos de


ansiedade preferiam estar acompanhados de outros também ansiosos;
mas por quê? Segundo Schachter, estamos em constante comparação e
validação de nossas ações, desse modo, estar rodeado de pessoas
semelhantes a nós produz a sensação de que estamos agindo da
maneira adequada e de acordo com nossas crenças pessoais
(SCHACHTER, 1959).

Alimentação
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De fato, todos nós precisamos comer para sobreviver, mas alimentar-se


vai muito além da sobrevivência; a comida faz parte das relações
sociais. Não é à toa que no mundo todo as pessoas fazem festas,
reuniões, ou passeios em que o social é rodeado pelo comportamento
de comer.

Há quem acredite que comemos quando sentimos fome, mas existem


pessoas que preferem fazer jejum, outras que continuam comendo
mesmo que estejam saciadas, por isso comer envolve impulsos e
incentivos. Ou seja, a fome nos leva a comer, entretanto aquilo que
escolhemos para comer é determinado pelo que gostamos.

De fato, precisamos comer para manter as funções vitais do corpo, por


isso muitos mecanismos biológicos atuam na questão da alimentação.
A principal estrutura do encéfalo responsável por esse comportamento
é o hipotálamo. Estudos realizados na primeira metade do século XX
revelaram que danos causados nessa região mudaram,
significativamente, o comportamento alimentar e o peso corporal.

Já o desejo que sentimos ao ver uma comida saborosa está ligado ao


sistema límbico, principal região do encéfalo ligada à emoção e à
recompensa. Danos nessa região podem levar à síndrome de
Gourmand, que deixa as pessoas obcecadas pela variedade, qualidade e
pelo modo de preparo de alimentos.

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Dificilmente, você verá um animal não domesticado fazer suas refeições


em horários determinados como almoço ou jantar, por exemplo. Isso
porque, fisiologicamente, não há essa necessidade, visto que a
alimentação é feita com o intuito de suprir os estoques de gordura e
armazenamento de energia que será usada para a sobrevivência. Com o
ser humano não é diferente, já que cada indivíduo possui um organismo
diferente contendo diferentes taxas metabólicas.

Atente-se aos horários em que você come: consegue perceber que a


maioria das pessoas almoça no mesmo horário? Será que é porque os
seres humanos possuem um déficit nos estoques de energia maior
nesses horários específicos?

Resposta

A resposta é não. No estudo feito por Pavlov, foi descoberto o


condicionamento em cães, o que formou a base do que hoje é a
Psicologia Comportamental. A partir dela, entendemos que as pessoas
comem porque foram condicionadas a associar suas alimentações a
refeições do cotidiano, ou seja, as horas no relógio fazem com que
percebamos que a hora de comer está se aproximando, como uma
resposta aprendida, dando início a várias respostas que preparam nosso
corpo para a alimentação (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008).

Você já ficou com água na boca só de pensar em alguma comida? Ou


quando se deparou com uma mesa cheia de variedades, teve a imensa
vontade de experimentar tudo? A alimentação é influenciada por muitos
fatores, mas o principal é o sabor da comida; não só o sabor bom da
comida, mas a variedade de sabores que vemos.

Da mesma forma que sua vontade de comer aumenta quando lhe são
apresentadas muitas opções, ela se atenua quando você passa a comer
o mesmo sabor repetidamente, ou seja, quanto mais variedade de
alimentos, mais você comerá.

Mas você pode se perguntar o porquê de isso acontecer, já que, se

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Mas você pode se perguntar o porquê de isso acontecer, já que, se


pensar em peso, ele independe da comida. Tanto com os animais
quanto com as pessoas acontece um fenômeno que é chamado de
saciedade sensorial específica, ou seja, se você tiver que comer um
brigadeiro em todas as refeições, no começo, será uma delícia, mas
logo você se cansará do mesmo sabor. Isso acontece porque a
avaliação de recompensa que ocorre na região dos seus lobos frontais
diminui à medida que um mesmo alimento é ingerido repetidas vezes.

Exemplo

Considere a sua capacidade de conseguir comer a sobremesa depois de


uma ceia de Natal que o deixou farto. Em termos de evolução, esse
fenômeno se mostrou vantajoso, uma vez que se alimentando de vários
alimentos, as exigências nutricionais foram satisfeitas, aumentando a
qualidade de vida e sua expectativa.

Já aprendemos que o ser humano é sociável, condicionado a comer em


determinados horários e come mais de acordo com a variedade da
comida; então é certo pensar que, com essas semelhanças, todas as
pessoas comem as mesmas coisas? Se você fosse a um restaurante e
o garçom trouxesse um prato com cupins fritos, qual seria a sua reação?
Isso depende de onde você está, já que no Zaire, por exemplo, esse é um
dos pratos prediletos, enquanto para os brasileiros é um tanto quanto
nojento.

Em termos evolutivos, rejeitar alimentos diferentes e desconhecidos faz


sentido, uma vez que esses podem ser venenosos ou perigosos. Desse
modo, ao evitá-los a sobrevivência é garantida. Atualmente, a
preferência de cada um se relaciona com aquilo que se tem contato, ou
seja, se você nunca comeu certo alimento, ele, provavelmente, não será
o seu preferido. Assim, adicionar cupim frito à sua alimentação não será
tão simples.

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Comportamento sexual
Os impulsos sexuais variam entre indivíduos, circunstâncias e influência
social; mas, de todo modo, o desejo sexual é um motivador
extremamente poderoso e durável na sociedade.

Pensando no quesito biológico, esse comportamento é profundamente


influenciado por hormônios de duas maneiras:


No desenvolvimento físico do cérebro e do corpo na puberdade.


Na influência sobre o comportamento sexual por meio da motivação
que ativa o comportamento reprodutivo.

A região cerebral que mais estimula tal comportamento é o hipotálamo,


uma vez que ele é o responsável por controlar a liberação de hormônios
na corrente sanguínea. Os hormônios sexuais são liberados nos
testículos e ovários, sendo que os homens têm maior atividade de
andrógenos (como a testosterona) e as mulheres, maior atividade de
estrogênios e progesterona. No comportamento reprodutivo, os
andrógenos exercem maior influência. Desta forma, para que o homem
se envolva na atividade sexual, é preciso que tenha certa quantidade de
testosterona. Por outro lado, em muita quantidade, esse hormônio pode
dificultar seu desempenho sexual. Já na mulher, quanto maior a
quantidade de testosterona, maiores são o desejo e os pensamentos
sexuais.

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Quanto aos neurotransmissores, eles podem afetar vários aspectos do


comportamento sexual. Os receptores dopaminérgicos do sistema
límbico, por exemplo, auxiliam na experiência física do prazer, já a
atividade sexual é estimulada pelos receptores dopaminérgicos do
hipotálamo.

Sexta-feira, seus amigos chamam você para sair, ambiente legal, comida
boa, até que você conhece uma pessoa que lhe atrai. Do toque ao beijo,
seu sangue começa a fluir de maneira diferente, e as sensações agora
são de excitação. Claro que, nesse momento, o que você menos vai
pensar é no que está acontecendo com seu corpo e com seu cérebro, e
muito menos no ciclo de resposta sexual. Mas, afinal, o que é isso?

William Masters e Virginia Johnson, no começo da década de 1960,


questionaram-se sobre isso e, em 1966, realizaram testes laboratoriais
sobre o comportamento sexual, o que lhes fez identificar o ciclo de
resposta sexual. Nesse estudo, as respostas físicas e psicológicas se
firmaram em um padrão que consiste em quatro fases (MASTERS;
JOHNSON, 1966). Veja a seguir:

 Fase de excitação

A fase inicial em que as pessoas contemplam a


atividade sexual entre beijos e toques sensuais.

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atividade sexual entre beijos e toques sensuais.


Nessa fase, com o sangue fluindo para os órgãos
genitais, nos homens, o pênis começa a ficar ereto
e, nas mulheres, o clitóris incha, a vagina secreta
fluidos se expandindo e os mamilos aumentam
dando continuação à excitação.

 Fase platô

As frequências cardíaca e respiratória e a pressão


arterial aumentam, sendo a fase da atividade sexual
de maior frenesim, com a paixão acima de todas as
inibições, que são perdidas.

 Fase do orgasmo

Os músculos do corpo começam a se contrair


involuntariamente, e as frequências aumentam.
Para cada um, a resposta é diferente: nos homens,
há ejaculação e, nas mulheres, contrações da
vagina. O orgasmo, nos homens saudáveis, é
praticamente certo, já nas mulheres o orgasmo
varia.

 Fase de resolução

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Depois do orgasmo, um alívio acontece; para os


homens, há um período chamado de refratário, em
que uma ereção não é mais possível
temporariamente, enquanto nas mulheres, não há
esse período, de modo que ela pode ter orgasmos
múltiplos.

Vale ressaltar que, como ocorre com outros tipos de necessidade, o


nosso pertencimento a grupos bem como a inserção desses em
determinada cultura, além da influência da mídia e das normas sociais,
religiosas e pessoais, tudo isso pode moldar o comportamento sexual,
desde como ele deve ocorrer até o momento que parece mais
adequado.


O comportamento sexual humano
Neste vídeo, apresentaremos o padrão de resposta sexual desenvolvido
por Masters e Johnson e sua relação com o conceito de homeostase.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

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Questão 1

Sobre o comportamento alimentar, assinale a alternativa correta.

Está inteiramente ligado a fatores biológicos, uma


A
vez que comemos para não passar fome.

B O jejum está ligado à falta de motivação.

Comer envolve tanto um impulso biológico quanto


C
um incentivo.

Comemos apenas aquilo que nos agrada, pois


D alimentar-se está relacionado à motivação
intrínseca.

Não é o cérebro que atua no comportamento


E
alimentar, mas sim o estômago.

Parabéns! A alternativa C está correta.

Comemos quando temos fome, mas aquilo que escolhemos comer


depende muito do que gostamos, portanto, o ato de se alimentar
está ligado a impulsos e incentivos.

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Questão 2

Pessoas com níveis altos de ansiedade, segundo estudos, preferem


estar acompanhados de outros também ansiosos. Isso ocorre
porque:

buscamos estar rodeados de semelhantes, pois isso


A produz a sensação de que estamos agindo da forma
adequada.

precisamos sentir que estamos cuidando de


B
alguém.

os hormônios que causam a ansiedade, em contato


C com os hormônios de outras pessoas, têm seus
efeitos diminuídos.

a ansiedade é um pré-requisito para se fazer


D
amizades.

a ansiedade diminui quando estamos em contato


E
com outras pessoas, pois nos sentimos protegidos.

Parabéns! A alternativa A está correta.

Estamos em constante comparação e validação de nossas ações,


desse modo, estar rodeado de pessoas semelhantes a nós produz a

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sensação de que estamos agindo da maneira adequada e de


acordo com nossas crenças pessoais.

Considerações �nais
Ao longo deste módulo, constatamos que não há um único conceito
definido quanto à motivação, pois esse é um tema abrangente, que leva
em conta fatores extrínsecos (externos) e intrínsecos (internos). Cada
pessoa é motivada por expectativas e objetivos diferentes, uma vez que
estão rodeadas por uma diversidade grande de interesses.

Desde a Grécia Antiga, alguns filósofos já se interessavam pelos


motivos ligados ao comportamento humano, mas foi na primeira
metade do século XX que os estudos sobre motivação começaram a
ganhar força. A maioria das teorias propostas pode ser agrupada em
dois enfoques, um que liga as forças motivacionais a um objetivo, e
outro que as relaciona às necessidades.

Um enfoque não anula o outro, ambos se complementam, por essa


razão, comportamentos como comer, relacionar-se com outras pessoas,
ou mesmo as relações sexuais, apresentam motivações fisiológicas e
psicológicas.


Podcast
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Podcast
Agora, o especialista Vilson Carvalho refletirá sobre as últimas
pesquisas da Neuropsicologia, suas importantes descobertas no estudo
da motivação e suas implicações.

Explore +
1. Para conhecer um pouco mais sobre as teorias e os fatores que
levam à motivação, recomendamos que você assista, no canal
Didatics, no Youtube, ao vídeo: O que é motivação/série temas
atuais.

2. Assista à entrevista dada por Suzana Herculano-Houzel ao


programa Roda Viva da TV Cultura, em que ela fala sobre a
influência da motivação no aprendizado. O vídeo completo,
intitulado Suzana Herculano-Houzel – 25/03/2013, pode ser
encontrado no canal do Roda Viva no Youtube.

3. Assista ao filme À procura da felicidade (Columbia Pictures, 2007),


estrelado por Will Smith, inspirado na história de Chris Gardner.

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Motivação https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02622/index.html#

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