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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS


CURSO DE CONTABLIDADE E GESTÃO

TRABALHO EM GRUPO DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE EMPRESA

“MOTIVAÇÃO (teorias) ”

A docente

ARIANA AMARO BIANCHI

Moçâmedes, 2022
GRUPO Nº2/Turma B

Nome dos Integrantes Nota do Trabalho Nota Individual

Mbaye Tuteleny Fernando

Neidy Guilhermina Kwenha

Nitox Domingos Canhanga

Sadyana Figueredo P. Albino

Venâncio Soma João


Índice
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................... 5
2.1 Conceito ........................................................................................................................ 5
2.1.1 Tipos de motivação .............................................................................................. 5
2.2 Teorias da motivação .................................................................................................. 5
2.2.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow ......................................... 6
2.2.2 Teoria dos dois Fatores de Herzberg ................................................................. 6
2.2.3 Teoria X e Teoria Y de McGregor ......................................................................... 7
2.2.4 Teoria das Expectativas de Vroom .................................................................... 8
3 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 9
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 10
1 INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, é consensual dizer-se que a imagem de uma organização é feita pelos
seus trabalhadores, e por isso é fundamental que haja uma concentração na satisfação das
pessoas, que entendam o que as motiva, para que desta forma, se consiga orientar as
motivações do indivíduo para a concretização dos objectivos organizacionais. Uma
eficiente gestão de recursos humanos é um ponto-chave para a qualidade e sucesso
organizacional, sendo que a análise e determinação dos aspectos motivacionais e de
percepção do risco para cada organização e população dependente é essencial para um
bom desempenho, seguro e lucrativo, tornando assim a organização em questão mais
competitiva, económico-financeiramente próspera e saudável.

No entanto é sabido que as motivações não são constantes ao longo do tempo. E desta
forma torna-se fundamental entender e acompanhar os processos motivacionais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conceito
A motivação pode ser conceituada, inicialmente, como aquilo que impulsiona uma pessoa
a realizar determinada tarefa, a agir de determinada forma ou ter certo comportamento. E
este impulso pode vir de um estímulo interno (intrínseco) ou externo (extrínseco) do
ambiente em que o indivíduo vive. E a motivação envolve alguns fenômenos, tais como:
emocionais, biológicos e sociais, sendo assim um processo que direciona o
comportamento humano para o cumprimento de determinados objetivos.

2.1.1 Tipos de motivação

A motivação pode ser dividida em duas categorias que são:

 Motivação intrínseca: Está relacionada com recompensas psicológicas como


reconhecimento e respeito, ou seja, refere-se ao processo de desenvolver uma
atividade pelo prazer que ela mesma proporciona, isto é, desenvolver uma
atividade pela recompensa inerente a essa mesma atividade.

 Motivação extrínseca: Refere-se quando as causas estão baseadas em


recompensas tangíveis, tais como: salários, benefícios e promoções.

Dada a sua importância no cotidiano das pessoas, a motivação tem sido objeto de estudo
de diversas áreas, um dos resultados mais efetivos dessas pesquisas foram as Teorias
Motivacionais, dessa forma, torna-se relevante conhecer algumas teorias da motivação.

2.2 Teorias da motivação


A Teoria da Motivação pode ser definida como uma ideia ou suposição proposta e
defendida por um estudioso/pesquisador sobre as varáveis que interferem na motivação
humana, tendo como base o resultado de uma pesquisa/estudo realizada sobre o assunto.

As teorias motivacionais estão diretamente relacionadas aos fatores que podem direta ou
indiretamente influenciar as atitudes das pessoas como também refletir em seus
comportamentos. As Teorias Motivacionais buscam compreender como se dá o
desencadeamento de determinados comportamentos por parte das pessoas, e quais
variáveis serviriam de “gatilhos” para tais comportamentos. Visa a compreensão acerca
de quais motivos direcionam a uma ação do indivíduo. Ao longo da história foram
surgindo algumas teorias baseadas na motivação humana, as quais foram construídas com
base em estudos realizados por determinados pesquisadores.

Segundo Zanelli, Andrade e Bastos (2004), diversos teóricos contribuíram para o


surgimento das teorias motivacionais, estudando o comportamento humano e analisando
o que faz o ser humano ser motivado, como o processo da motivação ocorre na vida do
indivíduo. Dentre os estudiosos das teorias da motivação se destacam Maslow,
Herzberg, McGregor e Vroom.

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2.2.1 Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow

Maslow foi um psicólogo muito famoso nas décadas de 1940 e 1950, principalmente,
por sua pesquisa sobre a hierarquia das necessidades humanas. Sua teoria é
considerada uma das mais importantes, pois o autor organizou as necessidades humanas
em cinco grupos diferentes, e concluiu que quanto mais forte for uma necessidade, mais
motivada a pessoa se sente para conseguir saciá-la, no entanto, quando satisfeita a
necessidade se passa para o nível superior daquela necessidade, sendo elas:

 Necessidades Fisiológicas: são aquelas que correspondem a manutenção da vida


e conservação da espécie, como fome, sede, sexo e outras necessidades do corpo;

 Necessidades de Segurança: é a classe de necessidades que compreende o desejo


do indivíduo de proporcionar para si e para os seus um ambiente físico e
emocional seguro e livre de ameaças (segurança e proteção);

 Necessidades Sociais: são necessidades que incluem afeição, aceitação, amizade


e sensação de pertencer a um grupo;

 Necessidades de Estima: inclui fatores de internos de estima, como respeito


próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como status,
reconhecimento e atenção;

 Necessidades de Auto-Realização: é a classificação mais alta na escala, que se


refere a intenção de tornar-se tudo aquilo que se é capaz de ser; inclui crescimento,
alcance de seu próprio potencial e autodesenvolvimento.

À medida que cada uma destas necessidades é atendida, a próxima se torna dominante.
Assim, conforme a teoria de Maslow para se motivar alguém é preciso identificar em que
nível da hierarquia a pessoa se encontra, focar e investir na necessidade apontada levando
ao aumento da motivação.

2.2.2 Teoria dos dois Fatores de Herzberg

A teoria dos dois fatores foi criada pelo psicólogo Frederick Herzberg. O autor queria
saber o que as pessoas desejavam de seus trabalhos e pesquisou em que situação elas
afirmavam sentir-se bem ou mal a respeito deles. Sua pesquisa demonstrou que a
motivação estava ligada tanto à satisfação como à insatisfação dos funcionários.

Herzberg apresenta a divisão de dois fatores em relação ao que as pessoas desejam no


trabalho, que são os fatores motivacionais e os fatores higiênicos.

 Fatores higiénicos: tratam das premissas físicas do ambiente corporativo como


o salário, os benefícios, as políticas organizacionais, o clima organizacional,
plano de carreira, entre outros.

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Segundo Herzberg o conjunto desses fatores são compassivos para evitar que os
colaboradores fiquem insatisfeitos. Eles apaziguam, satisfazem, mas não motivam os
colaboradores. São chamados de fatores extrínsecos ou ambientais.

 Fatores motivacionais: estão ligados às premissas do cargo e das tarefas que


permitam a possibilidade de promoção, de oportunidades de crescimento pessoal,
progresso, reconhecimento, realização. São características que os colaboradores
consideram intrinsecamente recompensadoras.

2.2.3 Teoria X e Teoria Y de McGregor

A teoria X e Y de McGregor traz uma análise de dois perfis de comportamentos do ser


humano, dois estilos opostos e antagônicos. A primeira teoria, a Teoria X, considera o
lado negativo do homem, afirma que o “funcionário é preguiçoso, relaxado, e evita fazer
o máximo de esforço”, já a teoria Y afirma o oposto, uma vez que enxerga o “indivíduo
como alguém que gosta de responsabilidades, que se esforça e gosta do trabalho”.

Teoria X considera quatro premissas que retratam aspectos negativos dos funcionários,
que são:
 Os funcionários não gostam de trabalhar por sua própria natureza e tentarão evitar
o trabalho sempre que possível.
 Como eles não gostam de trabalhar, precisam ser coagidos, controlados ou
ameaçados com punições para que atinjam as metas.
 Os funcionários evitam responsabilidades e buscam orientação formal sempre que
possível.
 A maioria dos trabalhadores coloca a segurança acima de todos os fatores
associados ao trabalho e mostra pouca ambição.

Teoria Y considera quatro premissas que retratam aspectos positivos dos funcionários,
que são:
 Os funcionários podem achar o trabalho algo tão natural quanto descansar ou se
divertir.
 As pessoas demonstrarão auto-orientação e autocontrole se estiverem
comprometidas com os objetivos.
 A pessoa mediana é capaz de aprender a aceitar, ou até buscar a
responsabilidade.
 A capacidade de tomar decisões inovadoras pode ser encontrada em qualquer
pessoa e não é privilégio exclusivo das que estão em posições hierarquicamente
superiores.

Esta teoria destaca a importância dos colaboradores também apresentarem a motivação


intrínseca. As organizações necessitam criar estratégias motivacionais, entretanto se o
colaborador da teoria X, não se envolver com o trabalho, a relação profissional não será
produtiva e a motivação não será sustentada por longo período na organização.

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2.2.4 Teoria das Expectativas de Vroom

A teoria das Expectativas de Vroom, ou Expectância, considera que as pessoas possuem


expectativas sobre resultados que poderão vir de suas escolhas, em consequência de suas
ações. De acordo com Vroom (2018), o processo de motivação ocorre através dos
objetivos de cada pessoa, e de sua visão da recompensa que esta terá em virtude de suas
ações, ou seja, cada indivíduo agirá conforme a expectativa em alcançar seu objetivo.

Com o objetivo de explicar esta motivação, Vroom desenvolveu um modelo de


motivação individual em que cada pessoa pode ter para realizar uma atividade e, assim,
chegou a seguinte equação:
Motivação = Expectativa x Instrumentalidade x Valor

Em que o resultado desta equação gera o grau de motivação que a pessoa possui para
realizar uma atividade. E dessa forma este autor atribuiu os seguintes significados para
cada variável:

 Expectativa: capacidade de avaliar a probabilidade de obter resultado


comparando os esforços necessários com sua capacidade;

 Instrumentalidade: relação entre desempenho e compensação, ou seja, a


percepção que a pessoa tem da compensação que poderá ter ao atingir
determinado resultado;

 Valor: diferentes valores (valências) que cada alternativa tem para pessoa.
Portanto, na visão de Souza e Silva (2018), para que a pessoa esteja “motivada” a
fazer alguma coisa é preciso que ela, simultaneamente: atribua valor à
compensação advinda de fazer esta coisa; ou seja, acredite que fazendo essa coisa
receberá a compensação esperada e tem condições de fazer aquela coisa.

Assim, é possível verificar que a teoria de Vroom se revela bem atual e também
demonstra o pensamento estratégico, pois quando uma pessoa realiza toda esta análise
sugerida pelo pesquisador, consegue realizar um melhor planeamento e determinar,
especificamente os seus objetivos, conseguindo assim atingir, com maior assertividade,
as metas principais.

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3 CONCLUSÃO
Concluímos que as teorias motivacionais são importantes para a gestão pública e privada,
pois sem conhecê-las se torna difícil obter uma organização eficiente e eficaz, visto que
a eficiência ocorre através das atividades do ser humano dentro da organização e a
eficácia é o resultado de todas as ações dos indivíduos para o meio externo para a empresa.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PERIARD, G. Tudo sobre a Teoria dos Dois Fatores de Frederick Herzberg. 2018.
Disponível em: http://www.sobreadministracao.com/tudo-sobre-a-teoria-dos-dois
fatores-de-frederick-herzberg/

SIQUEIRA, W. A Teoria X e a Teoria Y, de Douglas McGregor. 2018. Disponível em:


http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/a-teoria-x-e-a-teoria-y-de
douglasmcgregor/51506/

MASLOW e a hierarquia das necessidades. Portal Administração.2014. Disponível em:


http://www.portal-administracao.com/2014/09/maslow-e-hierarquia-das
necessidades.html

ANDREASI, D. A Teoria dos Dois Fatores de Frederick Herzberg. 2018. Disponível


em: http://jovemadministrador.com.br/a-teoria-dos-dois-fatores-de-frederick-herzberg/

Teorias Motivacionais. Portal do recrutador. Disponível em:


http://www.portaldorecrutador.com.br/index.php/artigos/1-teoriasmotivacionais

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