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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criado pelo Decreto nº 44-A/110 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

ESTUDOS SOBRE: DISTRIBUIÇÃO E COLOCALAÇÃO


DE PRODUTOS (MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO E
COLOCAÇÃO DE PRODUTOS)

Licenciatura: Economia e Gestão


4º Ano
Opção: Organização E Gestão de Empresa

Viana, Abril de 2022


Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criado pelo Decreto nº 44-A/110 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

ESTUDOS SOBRE: DISTRIBUIÇÃO E COLOCALAÇÃO


DE PRODUTOS (MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO E
COLOCAÇÃO DE PRODUTOS)

Autores:
1- George Mangenge Cossengue Elias;
2- Rebeca Monteiro;
3- Rigoberto Joaquim;
4- Preciosa;
5- Diassolokelo Pedro;
6- Rodolfo Adriano.

Curso: Economia e gestão


Opção: Organização E Gestão de Empresa
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA...............................................................................2

OBJECTIVOS DO ESTUDO............................................................................................2

Objetivo geral.....................................................................................................................2

Objetivos específicos..........................................................................................................2

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO.........................................................................................2

CAPíTULO-I FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA......................................3

1. A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA LOGÍSTICA..................................................4

1.1. ATIVIDADES DA LOGÍSTICA............................................................................5

1.2. GESTÃO DE ESTOQUE........................................................................................6

1.3. ESTRATÉGIAS DE LOGÍSTICA..........................................................................8

1.4. MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO........................................................................10

1.5. OS PRINCIPAIS MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO...........................................10

CAPÍTIO II- OPCÃO METODOLÓGICAS DO ESTUDO............................................13

2. Metodologia..............................................................................................................13

2.1- Modo de Investigação...............................................................................................13

2.3- Objecto do estudo.....................................................................................................14

2.4- Instrumento de Investigação.....................................................................................14

2.5- Processamento e Tratamento de Dados....................................................................14

CONCLUSÃO.................................................................................................................15

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.............................................................................16
INTRODUÇÃO

Nos últimos 100 anos a humanidade vem se transformando, passaram


revoluções e guerras mundiais que mudaram os rumos da história. Fatos estes que
tiveram como um dos fatores determinantes para o sucesso o sistema logístico, tanto de
produtos como de pessoas. Com o crescimento da população mundial e a demanda por
alimentos aumentando, as interações comerciais entre regiões expandiram-se rompendo
os confins do planeta.

A viabilidade dessas transações depende de diversos fatores como produtos que


atendam exigências determinadas pelo mercado, preços acessíveis para o consumidor
final, lucro para as partes envolvidas nas transações entre outros. Para que ambas as
partes obtenham sucesso torna-se necessário um sistema de distribuição que garanta o
fornecimento ao longo do tempo. A concorrência acirrada entre determinados produtos
leva os produtores a reduzir os custos relacionados ao processo produtivo ao máximo
para tornar seu produto competitivo junto ao mercado. Os custos relacionados as
distribuições são determinantes para que o objetivo seja alcançado.

O sistema de transporte que integra a produção requer melhorias constantes,


buscando rentabilidade e viabilidade por meio de métodos que racionalizem e otimizem
os recursos. A atividade logística vem recebendo determinada atenção nos últimos anos
devido a relação com o crescimento econômico que exige um aperfeiçoamento das
práticas utilizadas além do desenvolvimento de novas práticas já que as empresas têm
que operar a baixo custo.

Segundo Dornier (2000), “as operações logísticas afetam diretamente a


eficiência e a eficácia dos setores de marketing e de produção e influenciando a
natureza dos fluxos de caixa e lucratividade da empresa”.

A evolução e a acessibilidade a novas tecnologias propõem uma constante


mudança na gestão logística, que por meio da robotização que automatiza os processos
juntamente com o registro e monitoramento através de sistemas de informação,
possibilitam um acompanhamento próximo do processo realizado. Com técnicas e
ferramentas modernas o gerenciamento desses processos torna-se cada vez mais
eficiente.

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IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

A problemática de investigação, deve ser definida em função das


necessidades, interesses, valores e constrangimentos que se manifestam na
experiência do investigador. Portanto, temos como questão de partida, o
seguinte:
Com um elevado número de entregas realizadas mensalmente pela empresa é
necessário conhecer os tempos necessários para realização das mesmas, afim de
obter informações que sirvam como embasamento para os gestores logísticos no
processo de tomada de decisões.

OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objetivo geral

1. Verificar padrões nos tempos dispendidos ao processo de entrega de mercadorias. .

Objetivos específicos

 Identificar padrões nos tempos de entrega;


 dentificar fatores que levam a tempos maiores para realização da entrega;
 c) Desenvolver método para identificar a incidência de entregas com
tempos superiores ao desejado de forma periódica.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

Considere-se a distribuição no contexto do negócio e da economia como um todo. a


distribuição física é uma actividade importante que faz uso intensivo de recursos
humanos e materiais e que afecta as economias nacionais existem numerosos estudos
que tentam estimar o impacto da distribuição física na economia

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DEFINIÇÃO DE CONCEITOS

Sengundo Dicionário de Língua Portuguesa


a) Compra: Acção ou efeito de comprar;
b) Venda: ato ou efeito de vender.

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CAPíTULO-I FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-
CIENTÍFICA

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1. A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DA LOGÍSTICA
A logística existe desde os primórdios dos tempos e que sua evolução se tornou
uma das áreas mais desafiadoras e interessantes da administração nos setores privado e
público.
«Destaca o conceito de logística a partir da década de 40 quando as
Forças Armadas norte-americanas participaram ativamente da
aquisição e da distribuição de materiais e equipamentos no decorrer da
Segunda Guerra mundial para sustentar os objetivos de combate».
Hong (2007, p. 15)
O autor ainda esclarece que nessa época não há publicações científicas que
abordam a integração das atividades logísticas em todos os processos da empesa. As
pesquisas focaram-se em problemas pontuais como roteirização, localização e
dimensionamento de frotas.
Para Hong (2007, p. 22 a 24) entre 1950 e 1970 podem-se destacar quatro itens que
contribuíram para se ter uma abordagem da logística como uma disciplina de estudo
direcionado após um estudo sobre o papel do transporte aéreo nas alocações físicas, são
elas:
a) Alterações nos padrões de atitudes da demanda dos consumidores
b) Pressão por custos nas indústrias
c) Avanços na tecnologia de computadores
d) Experiência militar juntos esses fatores direcionaram a cadeia de suprimentos da
época com enfoque didático, iniciaram-se os estudados com objetivo de buscar a
excelência no processo logístico.
«evolução logística se deu em quatro fases, sendo elas ocorridas na
ordem descrita a seguir: 1ª Atuação segmentada: Com o fim da guerra
a indústria se ateve a corrigir os espaços de demanda no mercado
consumidor direcionando a capacidade ociosa e os novos processos de
produção em série. As empresas entravam assim nas residências e o
público-alvo se tornou a família padrão que consistia em chefe da
família, esposa do lar e dois filhos em idade escolar». Novaes (2007).
Os produtos eram padronizados, a maioria tipo único como, por exemplo,
geladeira de cor branca. A venda era realizada no balcão e imediatamente comunicada
ao estoque para que a entrega se realizasse.

A verificação do estoque era periódica e ao atingir níveis determinados um


novo pedido de compra era solicitado. Assim nessa faze o estoque é o elemento-chave
em toda cadeia de suprimentos, cujo controle era somente a clássica Quantidade
Econômica de Pedido.

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Aqui se iniciou o processo de escolha por parte do consumidor, tamanhos, cores
e acabamentos diversos combinados deram opções na hora de comprar. Isso só foi
possível, pois o processo produtivo se tornou mais flexível. Com a crise do petróleo em
1970 o transporte encareceu subitamente reduzindo a margem de contribuição dos
produtos encarecendo os produtos ao mesmo tempo em que as cidades cresciam
horários para trafego caminhões eram estabelecidos devido aos congestionamentos
aumentavam os custos e reduziram-se as velocidades médias, o que encareceu o
transporte e a distribuição de produtos.

1.1. ATIVIDADES DA LOGÍSTICA

A logística empresarial possui diversas atividades que se diferem de empresa


para empresa.
Segundo o Council of Logistics Management apud Ballou (2006) Os componentes de
um sistema logístico típico são:
a) Serviços ao cliente;
b) Previsão de demanda;
c) Comunicações de distribuição;
d) Controle de estoque;
e) Manuseio de materiais;
f) Processamento de pedidos;
g) Peças de reposição e serviços de suporte;
h) Escolhas de locais para fabrica e armazenagem (análise de localização);
i) Embalagem, manuseio de produtos desenvolvidos;
j) Reciclagem de sucata, tráfego e transporte;
k) Armazenagem e estocagem.

Ballou (2006, p. 31) ainda identifica as atividades como atividades-chave e atividades


de suporte.

1.1.2. Atividades-Chave

a) Serviços ao cliente padronizados cooperando com o marketing para estabelecer


as necessidades e reações dos clientes e também o nível de serviço ao cliente.

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b) Transporte que envolve a escolha do modal e serviço de transporte,
estabelecimento de roteiros, programações de veículos e seleção de
equipamentos.
c) Gerência de estoques que aborda a política de armazenamento, previsões de
demanda, variedade de produtos, número e tamanho de pontos de estocagem e
também estratégias Jus in Time empurradas ou puxadas.
d) Fluxo de informações em que são aplicadas interfaces entre pedidos juntamente
com informações e regras sobre estes pedidos.

1.1.3 Atividades-Suporte

a) Armazenagem que consiste em determinar espações, estabelecer leiaute,


configurar o armazém e localizar o estoque.
b) Manuseio dos materiais que envolvem a seleção e normas para os equipamentos,
separação de pedido e recuperação de materiais.
c) Compras que seleciona o fornecedor, escolhe o momento e a quantidade da
compra.
d) Embalagem de proteção que facilita o manuseio, a estocagem e protege contra
danos que acarretem em perdas.
e) Cooperação com produção para especificar quantidades agregadas, prazos e
volumes para serem produzidos e a programação de suprimentos para produção.
f) Manutenção de informação que coleta, armazena e manipula informações. Com
uma análise de dados se estabelece os procedimentos de controle.

Essa separação defende o autor, é devido algumas delas ocorrerem em todos os


canais de logística e outros ocorrerem de acordo com as circunstâncias específicas de
cada empresa.

1.2. GESTÃO DE ESTOQUE

Pode-se entender estoque como sendo quaisquer quantidades de bens físicos


que serão conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo;
constituem estoques tanto os produtos acabados que aguardam venda ou despacho,
como matériasprimas e componentes que aguardam utilização na produção.

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Segundo Moreira (2011, p. 447), “Seria ideal para todas as empresas
manterem estoques de todos os materiais necessários a produção e também de
produtos finalizados para que os clientes fossem atendidos conforme sua
necessidade”.
O estoque tem como objetivo fornecer os serviços desejados aos clientes,
mantendo níveis mínimos garantindo os menores custos possíveis ao sistema logístico
que são projetados para imobilizar o mínimo de recursos financeiros.
“Para que isso seja possível o autor salienta que são necessárias
“cinco questões relativas ao processo de alocação seletiva:
segmentação de clientes, especificações de produtos, integração do
transporte, necessidades relativas a operações baseadas no tempo e
desempenho competitivo” (Bowersox, Donald j., 2010, p. 41).
O objetivo básico da gerencia de estoque é obter máxima rotatividade
satisfazendo, ao mesmo tempo, os compromissos com o cliente”. Uma boa escolha
estratégica deriva de processos criativos com abordagem inovadora que proporciona
vantagem competitiva que envolve redução de custos, redução de capital e a melhoria
dos serviços prestados.
A falta de produto no estoque da prateleira segundo Christopher (2008) implica
em reação negativa para o consumidor onde 26% compram outra marca e 37% 20
procuram outro lugar para comprar. O autor ainda relata que segundo pesquisas mais de
dois terços das compras são decididas no local de compra sendo assim a falta de
estoque implica em perdas tanto para o fabricante quanto para o varejista. Slack,
Chambers e Johnston (2002) “atribuem a existência de estoque a ausência de ritmo
entre a taxa de fornecimento e a taxa de demanda. Quando o fornecimento excede a
demanda há um aumento do estoque, quando a demanda excede o fornecimento o
estoque diminui. Esforços para equilibrar essas taxas implicam na redução do nível de
estoque, um fator importante no sistema Just in time”.
As razões que levam a existência de estoque determinam o tipo de estoque
resultante que podem ser divididos em quatro tipos, sendo eles:
a) Estoque de proteção ou isolador. Decorrente das incertezas de fornecimento
e demanda uma vez que é muito difícil prever com exatidão a demanda nos diferentes
intervalos de tempo.
b) Estoque de ciclo. Existem devido a necessidade de utilização de um mesmo
recurso para o mesmo fim, assim, enquanto um produto está em fase de produção
aquele feito anteriormente deve estar estocado para atender a demanda enquanto não há
produção.

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c) Estoque de antecipação. São utilizados para mudanças expressivas e
altamente previsíveis, na maioria das vezes está atrelada a sazonalidade.
d) Estoque no canal de distribuição. Estoque em transito. É atribuído a este tipo
de estoque do momento em que se torna indisponível ao consumidor em um local até
que é novamente disponibilizado em seu destino.
Nos diversos pontos de localização de estoque, os mesmos precisam ser geridos
e as decisões remetem ao tempo e a quantidade de pedir e também em como controlar o
sistema (Slack; Chambers; Johnston, 2002, p. 384). Ballou, (2006), “coloca como
ponto favorável a manutenção de estoque a melhora dos serviços aos clientes pois, os
sistemas operacionais não são obrigados a reagir instantaneamente a solicitação dos
clientes que garante alta satisfação para expectativa de disponibilidade”. O autor
ainda coloca que apesar de implicar em custo a manutenção de estoque o mesmo pode
significar uma redução dos mesmos já que sua utilização reduz custos das operações de
outros processos.

1.3. ESTRATÉGIAS DE LOGÍSTICA

Atualmente há uma dinâmica cada vez maior na oferta de produtos. O


aprimoramento dos produtos ao longo do tempo agregando novos elementos e
tecnologias inovadoras. Um mesmo produto apresenta um elevado número de variações
que podem ser de sabor, tamanho, componentes, qualidade e obviamente o preço. Esse
dinamismo implica num maior grau de informações aos consumidores. “O marketing
se encarrega de levar tais informações através de campanhas publicitárias, pesquisas
e contato direto com o consumidor, mas é a logística que oferece condições praticas
para que as metas estabelecidas pelo marketing sejam atingidas”. O autor afirma que
“é a logística que dá condições reais de garantir a posse do produto, por parte do
consumidor, no momento desejado” (Novaes, 2007).
A logística empresarial faz parte do objetivo geral da companhia e busca o
cumprimento de metas de processos com proposito de resultar o máximo de retorno no
menor prazo.
Ballou (2006) exalta que essa meta tem duas dimensões:
a) Impacto do projeto sobre a logística no que tange contribuição de
rendimentos;
b) O custo operacional e as necessidades de capital do projeto em questão.

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A escolha de uma boa estratégia de logística exige o emprego de grande parte
dos mesmos processos criativos inerentes ao desenvolvimento de uma boa estratégia
corporativa.
Segundo Ballou (2006) a estratégia logística aborda três quesitos essências que
devem ser cuidadosamente alinhados. Primeiro deve-se buscar a redução de custos que
consiste no enxugamento dos custos variáveis atribuídos a transporte e armazenagem.
A redução de capital é atrelada ao nível de investimento que deve ser minimizado para
que seja maximizado o retorno sobre os ativos logísticos. Por fim a melhoria dos
serviços determina o nível de lucro alcançado. Como parâmetro esta estratégia quase
sempre é baseada no nível de serviço ofertado pela concorrência.
A competição pelo mercado pode ser comparada a uma guerra onde falhas
acarretam em perdas irreparáveis, sendo assim em uma derradeira análise o único
padrão a ser atingido é o de 100% de conformidade com as expectativas do cliente. Isso
requer uma compreensão clara e objetiva das suas exigências e, ao mesmo tempo,
obriga o fornecedor a atender a essas expectativas.
Christopher (2007) ainda destaca em quais áreas é essencial que haja
padronização:
a) Ciclo de pedido
b) Disponibilidade de estoque
c) Restrições ao tamanho do pedido
d) Facilidade em fazer o pedido
e) Frequência de entrega
f) Qualidade da documentação
g) Procedimento para reclamações
h) Pedidos entregues completos
i) Suporte técnico
j) Informação sobre a situação do pedido.
Assim percebe-se que do ponto de vista do cliente existe apenas 100% ou 0%
na mensuração do nível de serviço. Assim o ideal para as organizações é instituir
padrões e monitorá-los para garantir a percepção de 100% pelos seus clientes.
Os serviços é um dos elementos mais poderosos da estratégia empresarial e
deve ser usado como vantagem competitiva. Isso implica que não é de interesse de
ambas as partes oferecer níveis de serviço que em longo prazo diminuam a
lucratividade. O principal objetivo de uma estratégia é aumentar a retenção de clientes.

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Os níveis de serviços são a força que a empresa tem para conquistar novos clientes,
mas principalmente para manter os atuais.
De acordo com Christopher (2007) “relata o surgimento de um novo foco para
o marketing e logística que busca desenvolver níveis de relacionamento com os
clientes”.
A ideia central está em oferecer níveis de serviços tão satisfatórios que o cliente
nem sita a necessidade de considerar outras ofertas por parte da concorrência ou
fornecedores.

1.4. MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

Chamamos de modelo de distribuição o método de envio utilizado por uma


empresa para levar seus produtos do ponto de origem até o ponto de venda onde será
comercializado. De forma geral, cada modelo inclui, pelo menos, três partes diferentes:
o fabricante de bens, o distribuidor ou armazém e o ponto de venda final.

Entre as questões que devem ser consideradas ao definir o melhor modelo de


distribuição para uma empresa estão a oportunidade para garantir a melhor visibilidade
da execução e as implicações de uma eventual internalização dos custos, riscos e
investimentos necessários para manter uma infraestrutura própria. Por isso, o modelo
ideal depende de uma série de fatores internos e externos, que vão desde as
características dos territórios por onde a carga será transportada, tipo de carga, porte e
segmento da empresa e até mesmo o grau de diferenciação que ela deseja desenvolver.

1.5. OS PRINCIPAIS MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO

Tradicionalmente, podemos citar 3 modelos de distribuição muito utilizados


pelas empresas brasileiras: direto, distribuidores de área e terceirização da logística. No
entanto, as mudanças tecnológicas exigiram que esses modelos fossem se adaptando à
nova realidade logística do país, surgindo novos modelos de operações que se tornaram
extremamente vantajosas para as organizações. Confira abaixo um pouco mais sobre
cada um destes modelos de distribuição:

 100% direto:

O mais tradicional dos modelos citados acima, a distribuição direta consiste na


venda e frota própria da empresa. Amplamente utilizado por grandes organizações com
alcance nacional e alta capacidade de investimento, este modelo pode representar altos
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custos e investimentos, passivos trabalhistas e regulamentações para a empresa. No
entanto, ainda é uma ótima opção em casos de distribuição para regiões estratégicas.

O modelo de distribuição 100% direto é indicado em casos onde as distâncias


são curtas em relação à origem dos produtos, trajetos com alto tráfego de pessoas e com
necessidade de exposição da marca, condições de baixa complexidade de atendimento
(fácil acesso, pouco deslocamento e oportunidades de escala, por exemplo) e condições
e mercados onde há alto potencial de crescimento.

 Distribuidores de área (DA’s):

Também conhecido como “revenda”, este modelo consiste na terceirização das


atividades de venda e entrega dos produtos de um fabricante. Para isso, são definidas
regras, responsabilidades e níveis de serviço (SLA’s) desde o momento da escolha dos
parceiros, até o controle de inventários e garantia da visibilidade do sell-out.

Operações logísticas que contam com DA’s aproveitam menores patamares de


custos, o que garante a capilaridade na distribuição e, consequentemente, nas vendas.
Este modelo de distribuição é o mais indicado em casos em que o mercado apresenta as
seguintes características: baixa participação ou potencial do território atendido na
geração de receita, distâncias mais longas em relação ao local de origem do produto,
custos de servir elevados que possam impactar a rentabilidade da operação local ou alta
complexidade de atendimento com grande dispersão de clientes.

 Terceirização da logística:

Este modelo de distribuição se consolidou por representar uma redução nos


custos logísticos das empresas, uma vez que o investimento e as despesas relacionadas à
frota e manutenção são menores e o foco das atividades dos gestores podem ser voltados
ao core-business da empresa.

A terceirização desta área visa manter a inteligência das vendas dentro da


empresa, passando a responsabilidade das atividades logísticas para um parceiro
terceirizado, no entanto é fundamental que os gestores logísticos estejam atentos a
qualquer sinal de precarização dos serviços. Infelizmente, é comum vermos isso no
mercado, uma vez que existe uma pressão constante por redução de custos, que podem
resultar em perdas financeiras, estoques parados, falta de manutenção na frota, entregas
atrasadas, entre outros problemas que prejudicam ambas as partes: a terceirizada e a
empresa contratante. Apesar disso, os modelos terceirizados permitem maior

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flexibilidade para as operações logísticas e disponibilizam outras alavancas de custo
para os fabricantes.

 Terceirização parcial e seletiva:

Este modelo de distribuição, também conhecido como modelo híbrido, vem


ganhando força nos últimos anos, pois permite que a empresa atue com frota própria
durante todo o ano, mas complemente sua estrutura em meses com maior demanda.
Desta forma, é possível otimizar as operações logísticas sem a necessidade de um
aumento da frota própria.

Para operar dentro deste modelo, é necessário um alto controle da operação, pois
é preciso equilibrar e gerir dois modelos de distribuição simultaneamente, além de
manter um bom relacionamento com os parceiros.

Tendências em modelos de distribuição:

Como dissemos no início deste tópico, mudanças tecnológicas, do mercado e do


perfil do consumidor, a maior agilidade de comunicação entre as diversas partes de
operações logísticas, entre outros fatores, exigiu que os modelos de distribuição
evoluíssem e novas propostas surgissem no mercado. Entre elas, podemos destacar
empresas, e até mesmo aplicativos, que oferecem a contratação de uma única entrega,
maximizando a viagem do veículo com a realização do retorno com produtos após a
entrega. Neste modelo, o serviço é oferecido por um terceiro, da mesma forma como
aplicativos de taxi e transporte urbano.

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CAPÍTIO II- OPCÃO METODOLÓGICAS DO
ESTUDO

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2. Metodologia

De acordo com Vaz-Fereira (2012, p. 310) afirma que: “ a metodológia é


um conjunto de métodos e das técnicas que guiam a elaboração do processo de
investigação científica”.

2.1- Modo de Investigação

O método é um caminho que leva a alcançar um determinado objectivo,


assim a elaboração de um projecto. Pra o estudo aplicou-se o método descritiv-
exploratório e explicativas.

2.3- Objecto do estudo

Os objectos deste estudo foram todos os materiais bibliográficos desde revistas


científicas, jornais, livros e publicações online em formato pdf, que tenham no
seu conteúdo, abordagem sobre a os modelos de distribuição e colocação de
produtos.

2.4- Instrumento de Investigação

Os instrumentos principais que foram utilizados de uma forma definitiva para a


concretização de investigação, foram as Pesquisa exploratória decrtiva.

2.5- Processamento e Tratamento de Dados

Depois da aplicação das entrevistas por meio de questionário, foi feita a


tabulação a partir do Microsoft Word e Excel.

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CONCLUSÃO

Independentemente dos resultados obtidos é gratificante concluir uma pesquisa.


O conhecimento adquirido embasa novas decisões e serve para a vida toda. Poder
executar todas as etapas, vivenciar os acontecimentos em loco, contabilizar e analisar
informações é a atividade pratica para fazer a transição do meio acadêmico para o
profissional.

É notório o choque recebido ao deparar com situações reais que se diferem da


métrica proposta pelos estudos onde tudo é perfeito, tem seu momento e lugar
apropriado. É executar uma receita e perceber no meio da atividade que faltam
ingredientes e para não perder tudo faz necessário uma resposta rápida e satisfatória.
Uma percepção geral do sistema logístico é animadora, a empresa tem um ciclo de
entregas definido. Executa mais de 90% delas dentro do prazo que julga satisfatório.

Contudo em gerenciamento deve-se olhar a situação com ambos os olhares,


positivamente e negativamente. O restante das entregas teve demora e isso é percebido
de forma negativa pelo cliente, cujo impacto gera desperdício de recursos e negativa a
imagem da empresa. Com a filtragem dos dados, através de planilha eletrônica como a
utilizada para análise de dados deste trabalho, torna-se possível identificar relações entre
entregas longas com maior incidência e a partir disso agir reativamente a fim de conter
ainda mais entregas demoradas e fazer com que os tempos sejam reduzidos ainda mais.

Tempo esse que poderia ser usado para atender novos clientes, uma vez que a
empresa não atinge todo o mercado consumidor dentro das rotas de entrega. A
motivação para que ocorram atrasos é quase unânime entre os colaboradores. Podem-se
destacar diversos motivos dentre estes os principais são a falta de comunicação entre a
empresa e o cliente, rodovias em péssimo estado de conservação e a burocracia na hora
da entrega por parte do cliente.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Hong Yuh Ching. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. Supply chain. 3.
ed. São Paulo, Atlas 2007 59 Lakatos, Eva Maria; Marconi, Maria de Andrade.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5.
ed. Porto Alegre.
Moreira, Daniel Augusto. Administração da Produção e operação. 2. ed. São Paulo:
Cengage Learning, 2011
Bowersox, Donald J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimentos. 1. ed. São Paulo. Atlas, 2010
Christopher, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando
redes que agregam valor. 2. ed. São Paulo. Cengage Learning, 2008. ______. Logística
e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes que agregam valor. 2. ed. São
Paulo

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