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Plano de negócio – criação

de pequenos e médios
negócios.
UFCD 7855 – 50h
Carmen Colim
Conceitos de estratégia | estratégia
 O que é ESTRATÉGIA?

 Pode-se chamar estratégia a qualquer plano ou programa…

 Mas, segundo Porter, uma boa estratégia, aquela que resulta num desempenho
económico superior, é outra coisa bem diferente, é o antídoto para a
concorrência.
 Remete para o conjunto de opções integradas que definem como a sua
empresa vai conseguir um desempenho superior face à concorrência.
 Uma boa estratégia, é aquela que irá resultar num maior retorno do capital
investido face à média do setor.
Conceitos de estratégia | estratégia

 Uma boa estratégia:

 Proposta de Valor distintiva;


 Cadeia de valor sob medida;
 Compromissos diferentes dos apresentados pelos rivais;
 Afinação de toda a cadeia de valor;
 Continuidade ao longo do tempo
Estratégia Empresarial

 Uma vez formulados os objetivos, é necessário delinear a estratégia para os


alcançar. Assim, a empresa deve responder a duas questões essenciais:
 Onde competir?
 Após avaliar a atratividade de diferentes indústrias e a sua própria força competitiva, a
organização precisa de determinar em que negócios deseja atuar. (ex.: General Electric)

 Como competir?
 Para cada negócio em que deseja atuar, a organização precisa de definir os clientes a servir,
as atividades a realizar e os países a abranger. (ex.: BMW)

 As decisões relativas ao âmbito setorial de atuação do grupo ou empresa são


geralmente tomadas ao nível da sede central da organização e constituem a
sua estratégia corporativa. Por seu lado, as decisões relativas ao desempenho
em cada indústria são geralmente tomadas ao nível das várias empresas do
grupo ou divisões da empresa, constituindo a sua estratégia do negócio.
Estratégia Empresarial
Estratégia Empresarial

 A estratégia empresarial assenta nas quatro seguintes dimensões:


 Produtos-mercados: decisões estratégicas relacionadas com os produtos e serviços
vendidos, os segmentos de mercado abrangidos e a natureza da vantagem
competitiva.
 Integração vertical: decisões estratégicas relacionadas com a realização das
funções comerciais (marketing, distribuição, etc.) e operacionais (compras,
produção etc.) pela empresa ou por entidades externas.
 Internacionalização: decisões estratégicas relacionadas com a entrada noutros
países, a adaptação ou estandardização dos produtos e serviços e a gestão das
atividades internacionais.
 Diversificação: decisões estratégicas relacionadas com a entrada em novas
indústrias, a gestão do portfólio de negócios e a coordenação das atividades.
Exemplo

 O grupo português Joaquim Chaves Saúde começou por atuar apenas no


negócio dos laboratórios de análises clínicas em Portugal, abrindo novos
laboratórios e postos de colheita e realizando uma crescente variedade
produtos-mercados
de exames (________________________). E mais tarde decidiu criar clínicas
integração vertical
médicas e de radio oncologia (_____________________), e entrar no
mercado de Moçambique ( internacionalização
___________________). Mas, por enquanto,
optou por não avançar com negócios fora do setor da saúde
diversificação
(______________).
Desenvolvimento Empresarial

Estratégia e desenvolvimento Empresarial

Produtos-mercados
Desenvolvimento
Estratégia
Integração vertical interno
do Negócio
. Meios próprios

Internacionalização
Desenvolvimento
externo
Estratégia • Aquisições e fusões
Corporativa Diversificação
• Alianças estratégicas
• Transações no mercado
O caso do Millennium-bcp
 1985-1995: criação das redes de agências BCP e Novarede e do banco telefónico Banco 7
produtos-mercados via desenv. interno e aquisição da sociedade de investimentos CISF
(_______________________________)
(_______________________________).
produtos-mercados via desenv. externo

 1995-2000: expansão das redes próprias (________________________________),


produtos-mercados via desenv. interno aquisição dos
concorrentes nacionais BPA, Banco Mello e Banco Pinto & Sotto Mayor
(________________________________)
produtos-mercados via desenv. externo e aliança para a criação da empresa de
telecomunicações Oni (___________________________).
diversificação via desenv. externo

 2000-2010: transformação do Banco 7 no banco online ActivoBank


(___________________________),
produtos-mercado via desenv. interno abertura de bancos em Angola, na Grécia, na Turquia e na
Roménia (_______________________________),
Internacionalização via desenv. interno compra de um banco na Polónia e
estabelecimento de uma aliança para a abertura de um banco em Moçambique
(________________________________),
Internacionalização via desenv. externo adoção da marca única Millenium em todas as redes
nacionais e internacionais (_______________________________)
produtos-mercados via desenv. interno e parceria com a seguradora
belga Ageas (_____________________________________________).
produtos-mercados e internacionaliz via desenv. externo

produtos-mercados via desenv. interno


 2010-: Reforço dos canais digitais (_______________________________), restruturação da
presença internacional através da venda dos bancos na Grécia, Turquia e Roménia, da
fusão do banco em Angola com outra entidade local e da aquisição de um banco
internacionalização via desenv. externo
adicional na Polónia (________________________________).
Arquitetura Estratégica da Organização
Estratégia Empresarial para cada Fase do Ciclo
de Vida da Indústria

Fase Características Estratégia Empresarial


Introdução A procura está a emergir, as Entrada no negócio através da
tecnologias começam a ser constituição de uma nova empresa
gradualmente dominadas, muitos (produtos-mercados via desenvolvimento
potenciais utilizadores ainda interno), da compra de uma empresa
desconhecem os produtos e serviços, existente (produtos-mercados via
as vendas crescem lentamente e o desenvolvimento externo) ou da
retorno é baixo com um nível de risco diversificação de outros negócios
elevado. (diversificação geralmente via
desenvolvimento externo)

Crescimento A procura cresce rapidamente, as Expansão dos produtos e serviços


principais opções tecnológicas já são oferecidos e dos mercados servidos
conhecidas mas continuam a evoluir, o (produtos-mercados geralmente via
número de organizações e utilizadores desenvolvimento interno), reforço das
aumenta, existem desequilíbrios funções desempenhadas pela empresa
crónicos entre a oferta e a procura, os (integração vertical via desenvolvimento
fornecedores não são fiáveis, as interno ou externo) e entrada seletiva
vendas e quotas de mercado são noutros países e/ou negócios
instáveis e o retorno é elevado com um (internacionalização e/ou diversificação
nível de risco também elevado. via desenvolvimento interno ou externo)
Estratégia Empresarial para cada Fase do Ciclo
de Vida da Indústria

Fase Características Estratégia Empresarial


Maturidade A procura estagna, a tecnologia passa Reestruturação da gama de produtos e
a ser direcionada para a melhoria dos serviços (produtos-mercados geralmente
processos com vista a reduzir os custos via desenvolvimento interno), redução das
operacionais, a competição entre as funções desempenhadas para baixar os
organizações aumenta bastante com custos (integração vertical geralmente via
reflexos na queda dos preços e das desenvolvimento externo) e reforço da
margens, os utilizadores procuram expansão internacional e da entrada em
soluções mais económicas e o retorno novos negócios (internacionalização e
é médio com um nível de risco médio. diversificação geralmente via
desenvolvimento externo).

Declínio A procura diminui, a tecnologia evolui Focalização dos produtos e serviços


pouco, existe excesso de capacidade, oferecidos (produtos-mercados geralmente
a competição torna-se ainda mais via desenvolvimento interno), nova
intensa, os preços continuam a cair, redução das funções desempenhadas
várias organizações decidem (integração vertical geralmente via
abandonar o setor e o retorno é médio desenvolvimento externo) ou mesmo saída
para os sobreviventes com um nível de do negócio (diversificação geralmente via
risco reduzido. desenvolvimento externo).
Valor sustentável nos Produtos-Mercados

 A criação de valor sustentável tem início na venda de produtos e na

prestação de serviços aos clientes no mercado. De facto, a prazo,

nenhuma empresa consegue criar valor sem CLIENTES. Por isso, a dimensão

comercial é o ponto de partida para a formulação da estratégia. (ex. Dr.

Nabeiro)
Criação de Valor Sustentável nos Produtos-Mercados
 A primeira decisão da estratégia de produtos-mercados consiste na definição das

necessidades que a organização vai satisfazer e, em função disso, dos


_______________________

produtos e/ou serviços


_________________________________________ que vai vender aos diferentes

segmentos do mercado
_________________________________________.
Matriz de Produtos-Mercados do Super Bock Group
 Ao longo do tempo, a estratégia de produtos-mercados pode evoluir de duas
formas distintas:
 Expansão versus redução: a empresa pode aumentar ou reduzir o número de produtos
e serviços comercializados ou clientes abrangidos (ex. Siemens).
 Generalização versus especialização: a empresa pode diversificar para novos tipos de
produtos e serviços ou de clientes, ou manter a especialização nos produtos e serviços
ou clientes originais (ex. Impresa).
vantagem competitiva quando a sua criação de
 Uma empresa possui uma _________________________
valor sustentável a longo prazo é superior à média num dado segmento ou
mercado. Graças às suas melhores competências centrais, a organização
consegue atrair mais clientes para os seus produtos e serviços e destacar-se
consistentemente dos rivais. À partida, a competitividade relativa de cada
concorrente pode ser inferida da sua capacidade de:
 Se diferenciar dos rivais, praticando preços de venda acima da média com custos
equivalentes,
 Ter custos abaixo dos rivais, praticando preços de venda médios, ou
 Se diferenciar e ter custos abaixo da média dos competidores.

diferenciar os seus produtos e serviços, a empresa tem de


 Para poder _____________
proporcionar benefícios adicionais aos clientes. Por ex.:, os eletrodomésticos Miele são
geralmente mais caros que os da concorrência, porque os compradores estão dispostos a pagar mais
pelo seu maior nível de fiabilidade e pela elevada qualidade da assistência técnica.
4.4 Politicas de gestão de parcerias | Alianças e
joint-ventures

 A compatibilidade estratégica ocorre, em primeiro lugar, entre empresas do


mesmo sector, onde as posições competitivas relativas dos parceiros exercem
grande influência tanto sobre o interesse estratégico como sobre as lógicas de
criação de valor que as entidades envolvidas perseguem individualmente.

 Cooperar é uma operação que visa criar sinergias. Sinergias que, por sua vez, se
alimentam de vontades, objetivos, competências e capacidades. Sinergias que
têm como denominador comum uma compatibilidade estratégia.
4.4 Politicas de gestão de parcerias | Alianças e
joint-ventures
 O objetivo da formação de alianças é juntar forças com os parceiros com vista a
agarrar oportunidades de mercado que de outra forma seriam inalcançáveis.
Acrescentam, ainda, baseados na teoria das trocas sociais, que as empresas
estão mais propensas a formar alianças em sectores com elevado grau de
incerteza ambiental e caracterizados por mudanças rápidas e desenvolvimento
tecnológico.

 As joint ventures constituem um caso particular de aliança. Verifica-se quando


duas ou mais empresas constituem uma nova entidade. As joint-ventures são
alianças estratégicas do domínio financeiro porque, tratando-se da constituição
de uma nova entidade, envolvem, entre outros recursos, a afetação de capital
para a sua estrutura acionista. Contudo, o desenvolvimento deste tipo de aliança
é bastante comum para prosseguir objetivos comerciais ou de
produção/técnicos.
4.4 Politicas de gestão de parcerias | Alianças e
joint-ventures

Controlo Estratégico versus Integração Estratégica

Maior Grau de internalização do Menor


desenvolvimento
Fator Desenvolvimento Aquisições e Alianças Transações no
interno fusões estratégicas mercado

Controlo estratégico Elevado Intermédio Reduzido


Integração estratégica Elevada Intermédia Reduzida

Quanto maior for o grau de internalização da via de desenvolvimento adotada, maior


é também a capacidade de controlo e de integração.
Configuração das Alianças Estratégicas

Possíveis objetivos da parceria:


a) Expansão da posição comercial
b) Aquisição de tecnologia
c) Redução de custos
d) Criação de standards
Alianças Estratégicas por Cadeia de Valor
Alianças Estratégicas e o Ciclo de Vida da Indústria

As alianças estratégicas permitem compatibilizar parcialmente a competição com a


cooperação entre empresas de um mesmo setor.
4.4 Politicas de gestão de parcerias | Alianças e
joint-ventures
4.4 Fatores que contribuem para o sucesso de uma
parceria

 A perceção da aliança como importante por todas as partes envolvidas;

 A sensação de ser uma cooperação de “campeões”

 Um grau substancial de confiança entre parceiros

 Um planeamento claro para o projeto e uma definição e distribuição das tarefas críticas

 Uma comunicação frequente entre os parceiros, em particular entre o pessoal do marketing e os


técnicos

 A esperada cooperação entre as partes

 A perceção de que os benefícios têm uma distribuição equitativa.


Tendências
 Diminuição dos acordos de produção e marketing conjunto à medida que
estas funções são externalizadas. (ex Samsung e Sony)
 Acréscimo dos acordos de investigação e desenvolvimento conjunto, joint-
ventures e participações minoritárias no capital, à medida que os custos e
riscos de projetos a médio e longo prazo aumentam. (ex. Airbus)
 Aumento do número e da variedade de alianças estratégicas entre grandes
empresas, em simultâneo com o aumento da rivalidade. (ex 5G)
 Abolição das barreiras protecionistas em resultado da criação de alianças
estratégicas. (ex.equip militar)
 Diminuição do número de alianças estratégicas em cada indústria e aumento
da quantidade de parceiros em cada aliança. (ex. healthtech)

Através das parcerias estratégicas, as empresas estão em condições de levar a


cabo as suas estratégias de produtos-mercados, de integração vertical, de
internacionalização e de diversificação em menos tempo e com menos
investimentos do que se optarem pelo desenvolvimento interno ou pelas
aquisições e fusões. Desta forma, as alianças permitem compatibilizar
parcialmente a cooperação com a competição, dando origem à «coopetição»
4. Estratégia empresarial

 4.1 Análise, formulação e posicionamento estratégico

 4.2 Formulação estratégica

 4.3 Planeamento, implementação e controlo de estratégias

 4.4 Politicas de gestão de parcerias | Alianças e join-ventures

 4.5 Estratégias de internacionalização

 4.6 Qualidade e inovação na empresa


4.5 Estratégias de internacionalização

 Uma vez definidas as estratégias para o país de origem, a empresa deve avaliar a
possibilidade de transpor as suas operações para outros mercados geográficos.

 O processo de internacionalização da empresa deverá ser enquadrado com as


competências centrais e vantagens competitivas desenvolvidas no mercado doméstico.

 A empresa deve primeiro identificar todas as modalidades de entrada nos mercados


externos e procurar restringir o seu leque de opções de internacionalização em função
da análise de fatores:

• Enquadramento legal;
• Retorno;
• Acesso ao mercado;
• Natureza dos ativos;
• Experiência;
• Custos;
• Competição;
• Recursos;
• Risco;
• Produtos.
• Controlo;
4.5 Estratégias de internacionalização

 A internacionalização deverá contribuir sempre para o aumento da competitividade da


empresa a longo prazo.

 A análise dos mercados estratégicos a penetrar deve considerar fatores comerciais,


operacionais e de risco:

• Fatores comerciais: dimensão do mercado, taxa de crescimento, rede de distribuição, nível de


preços, hábitos de consumo.
• Fatores operacionais: Regulamentação legal, possibilidade de repatriação de fundos, burocracia,
custos e disponibilidades dos recursos locais.
• Fatores de risco: risco cambial, risco político, risco competitivo.

 A exportação, enquanto forma mais tradicional de internacionalização, representa ainda


um importante papel para as empresas, mas durante as últimas décadas a
internacionalização tornou-se uma atividade muito diferenciada e de importância crucial
na busca da competitividade.

 Parcerias de vários tipos, Investimento Direto Estrangeiro, entre outros, representam formas
viáveis de facilitar a troca de conhecimento e tecnologia e de reforçar as estratégias de
negócio internacional das empresas.
Modalidades de Internacionalização

Transações Investimento Projetos


Exportações spot Joint-venture de distribuição e marketing Projeto chave-na-mão

Exportações a médio-longo prazo Joint-venture integrada Projeto BOT

Exportação via agentes e distribuidores Subsidiária de distribuição e marketing Contratos de gestão

Licenciamento da propriedade Subsidiária integrada


intelectual

Franchising
Síntese dos Benefícios, Custos e Riscos da Internacionalização
via Transações

Transações Benefícios Custos Riscos


Exportações spot Aumento pontual das Custos administrativos e Imagem de exportador
vendas sem investimentos operacionais derivados da marginal pode afetar
significativos exportação ocasional atuação a longo prazo

Exportações a médio-longo Economia de escada e de Custos administrativos e de Perda de quota para


prazo experiência resultantes do transporte relacionados com competidores com agentes
nível operacional acrescido as exportações regulares locais, risco cambial

Exportação via agentes e Economias derivadas das Custos de estabelecimento Dependência dos agentes,
distribuidores vendas acrescidas e maior e supervisão de relações risco cambial e de
controlo dos mercados finais com distribuidores locais substituição por outros
fornecedores

Licenciamento da Aumento das receitas a Custos de transação Perda de controlo sobre


propriedade intelectual longo prazo sem relacionados com os ativos próprios e risco de
investimentos operacionais contratos de licenciamento competição com
licenciados

Franchising Aumento das receitas a Custos de transação Danos na imagem e risco de


longo prazo sem relacionados com os competição futura com
investimentos operacionais contratos de franchising franquiados
Síntese dos Benefícios, Custos e Riscos da Internacionalização
via Investimento

Investimento Benefícios Custos Riscos


Joint-venture de Partilha de recursos, know- Partilha de receitas com Dificuldade de
distribuição e marketing how e riscos comerciais com parceiros e quota-parte dos relacionamento com
parceiros investimentos no estrangeiro parceiros e risco de
competição futura
Joint-venture integrada Partilha de recursos, know- Partilha de receitas com Dificuldade de
how e riscos comerciais e parceiros e quota-parte dos relacionamento com
operacionais com parceiros investimentos no estrangeiro parceiros e risco de
competição futura
Subsidiária de Aproveitamento dos Investimentos na criação e Inadequação das práticas
distribuição e marketing proveitos da atuação gestão da subsidiária de gestão aos consumidores
comercial no estrangeiro comercial no estrangeiro locais

Subsidiária integrada Aproveitamento dos Investimentos na criação e Inadequação das práticas


proveitos da atuação gestão da subsidiária de gestão aos consumidores
comercial e operacional no integrada no estrangeiro e colaboradores locais
estrangeiro
Síntese dos Benefícios, Custos e Riscos da Internacionalização
via Projetos

Projetos Benefícios Custos Riscos

Projeto chave-na-mão Receitas consideráveis Custos financeiros e Risco cambial e de criação


derivadas de contratos operacionais de de concorrentes
ocasionais fornecimento a projetos internacionais
chave-na-mão

Projeto BOT Receitas consideráveis Custos de transação dos Risco de insolvência ou


derivadas de contratos a contratos de fornecimento a dificuldades de pagamento
longo prazo mas irregulares projetos BOT do cliente e risco cambial

Contratos de gestão Obtenção de receitas e Custos de transação Dificuldade de


acesso ao mercado sem relacionados com os relacionamento local, risco
investimentos significativos contratos de gestão cambial e de criação de
competidores
Vantagem competitiva das diferentes nações
Indústrias Relacionadas Competitivas - exemplos

País Indústria Competitiva Indústria Relacionada


Competitiva
Singapura Serviços portuários Reparação naval
Dinamarca Laticínios, cervejas Enzimas industriais
Alemanha Químicos Tinta para impressão
Itália Iluminação Mobiliário
Japão Máquinas fotográficas Fotocopiadoras
Coreia do Sul Semicondutores Smartphones
Suécia Exploração florestal Mobiliário de madeira
Suíça Produtos farmacêuticos Corantes
Reino Unido Motores Lubrificantes
EUA Equip. medição e testagem Equip. de monitorização
médica
Globalização

 1. Expansão internacional dos meios de comunicação em massa;

 2. Maior intensidade tecnológica;

 3. Maior abertura dos principais mercados à livre concorrência;

 4. Identificação de segmentos de mercado com necessidades similares à


escala mundial;

 5. Desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação;

 6. Concentração dos canais de distribuição;

 7. Uniformidade acrescida do desenvolvimento económico.


Adaptação e estandardização (exemplos)

 1. Cultura/hábitos – salsichas ou cerveja

 2. Design/Sabor – tecnologia de produção de mobiliário ou de sopas

 3. Linguagem – teclados para computadores

 4. Tamanho/Embalagem – artigos têxteis

 5. Sistema técnico – sistemas elétricos

 6. Cliente/Aplicação – vinho

 7. Nenhum - pianos
Em conjunto, as estratégias de
produtos-mercados, de integração
vertical e de internacionalização
definem a estratégia do negócio da
empresa
Desenvolvimento Empresarial - resumo

 Desenvolvimento Interno
 Benefícios
 Geração de novas competências centrais
 Maior estabilidade empresarial
 Investimento gradual
 Captação de sinergias tecnológicas e comerciais

 Custos e riscos
 Maiores custos de ultrapassagem das barreiras à entrada.
 Risco de atraso tecnológico
 Dispersão de recursos escassos
 Maior lentidão do crescimento
 Deseconomias de escala
Desenvolvimento Empresarial - resumo

 Aquisições e fusões
 Benefícios
 Rapidez de entrada
 Acesso a competências complementares
 Melhoria da posição competitiva conjunta
 Aproveitamento de benefícios financeiros
 Custos e riscos
 Maior investimento inicial
 Elevado custo de reestruturações
 Dificuldades de integração de culturas
 Riscos de conflitos de interesse
Aquisições e fusões

 Comprar uma empresa já estabelecida é geralmente preferível a realizar a


atividade por meios próprios se:

 O valor de compra for baixo: se uma empresa atravessar um período de


dificuldades financeiras ou comerciais, o seu valor tende a baixar,
tornando-se assim mais atrativa para um eventual comprador.

 Existir Imperfeição no mercado de empresas: se o comprador tiver


melhor informação sobre as tendências do mercado que a própria
empresa, se a economia estiver em recessão ou se houver poucos
compradores interessados na empresa.
Desenvolvimento Empresarial - resumo

 Alianças estratégicas
 Benefícios
 Acesso a novos mercados sem investimentos avultados (Fuji & Xerox)
 Crescimento sem instabilidade empresarial (Pfizer)
 Acesso a tecnologias complementares (Cin & Sun Chemical)
 Custos e riscos
 Perda de flexibilidade estratégica (Apple & Motorola)
 Partilha de competências com concorrentes (Honda)

 Risco de reduzido envolvimento dos parceiros (Sematech)


 Dificuldade de operacionalização (Daimler e a Chrysler)
Desenvolvimento Empresarial - resumo

 Transações no mercado
 Benefícios
 Maior flexibilidade operacional
 Aproveitamento das competências centrais alheias
 Concentração dos recursos nas atividades críticas
 Custos e riscos
 Necessidade de acompanhar as tendências no mercado
 Maior demora no tempo de resposta
Desenvolvimento Empresarial - resumo

desenvolvimento interno é preferível quando as


 De uma forma geral, o __________________________
barreiras à entrada são reduzidas, o potencial sinergético é elevado e a
empresa tem tempo e dinheiro para investir no negócio a longo prazo.

transações no mercado são preferíveis quando


 Inversamente, as simples _________________________
os recursos são escassos ou precisam de ser aplicados criteriosamente.

aquisições e fusões ou alianças


 A opção por _________________________________dever ser feita com base
numa análise mais específica das implicações estratégicas e operacionais
de cada uma destas alternativas de desenvolvimento externo.

Desenvolvimento interno
Transações no mercado Aquisições e fusões ou alianças
Farfetch – desenvolvimento
empresarial
Qualidade – revisão literatura - definição

 Segundo Miller, W. (1996) a Gestão da Qualidade Total, é um processo


progressivo através do qual a gestão segue todos os passos necessários que
permitam que qualquer membro da organização, na execução das suas
atividades, seja responsável por cumprir as normas e por satisfazer ou exceder
as necessidades dos seus clientes externos e internos.

 Para Zehir C. et al. (2012), a Gestão da Qualidade Total é uma abordagem


holística de melhoria da Qualidade para as empresas, com a finalidade de
melhorar o desempenho em termos de Qualidade e também de Inovação.
Qualidade – revisão literatura - definição

 Deste modo, apesar da multidimensionalidade do conceito, pode-se afirmar


que, a Gestão da Qualidade Total é uma metodologia de gestão que visa a
satisfação do cliente e a melhoria contínua, que coloca a qualidade como
ponto central dos negócios e atividades da empresa.

 Os benefícios da utilização da Gestão da Qualidade Total para a gestão nas


organizações são vários e bastante importantes. Estas práticas podem ser vistas
na melhoria da eficiência operacional, na otimização de recursos, redução de
custos e no aumento da motivação dos colaboradores, sendo uma das
ferramentas de gestão com mais impato nos resultados. A Gestão da
Qualidade Total é segundo demonstra a experiência, também uma das mais
difíceis de implementar eficazmente.
4.6 Qualidade e inovação na empresa

 A gestão da qualidade consiste numa das maiores preocupações das empresas,


sejam elas voltadas para a qualidade de produtos ou de serviços. A
consciencialização para a qualidade e o reconhecimento de sua importância
trouxe a necessidade da certificação dos sistemas de gestão da qualidade, o
que é indispensável para todas as organizações.

 A certificação da qualidade, além de aumentar a satisfação e a confiança dos


clientes, deve contribuir para reduzir custos internos, aumentar a produtividade,
melhorar a imagem e os processos continuamente. Possibilita ainda o acesso a
novos mercados.

 As pessoas e as empresas que buscam qualidade devem criar uma mentalidade


positiva de mudança. Qualquer melhoria, pequena ou grande, deve ser bem-
vinda. Toda a inovação deve ser conhecida, testada e, se possível, aplicada.
Qualidade na empresa

 Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a
qualidade tem de ter a consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada. As
mesmas precisam pôr em prática atividades que visam estabelecer e manter um
ambiente onde as pessoas trabalham em equipa e consigam um desempenho eficaz
na busca das metas e missões da organização. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
PERMANENTE.

 Para enfrentar a concorrência, e como medida preventiva, evitando assim o seu


próprio estrangulamento, torna-se necessário que pequenas e médias empresas, além
de valorizar os seus recursos humanos, invistam cada vez mais nos mesmos, para que
estes possam atuar com criatividade e inovação, trabalhando em prol da melhoria
contínua, propiciando assim, que a empresa não só melhore cada vez mais
produtos/serviços, mas, aumente a sua produtividade, obtenha maiores rendimentos e
faça o diferencial no mercado, mantendo-se competitivas, garantindo assim a sua
sobrevivência de forma sustentável.
Qualidade
Metodologias de Melhoria Incremental dos Processos

Kaizen Lean Six Sigma

Foco Melhoria contínua dos Melhoria da qualidade e Melhoria dos processos


processos através da redução da duração dos através da redução dos
eliminação dos processos através da defeitos e variações nos
desperdícios e aumento eliminação dos produtos e atividades
da produtividade desperdícios
Responsabilidade Equipa Kaizen (bottom-up) Líder (top-bottom) Líder (top-bottom)

Ferramentas Análise estatística de 5 S, Kanban, Andon, TPM, Análise estatística


controlo de qualidade, JIT, mapeamento de fluxos avançada, DMAIC,
sugestões, etc… de valor, etc… DMADV, etc..
Processos operacionais de Processos operacionais por Sobretudo processos
oficina, por lotes ou em lotes ou em massa operacionais em massa
Adequação massa

Vantagens Motivação da equipa Abordagem visual, Rigor estatístico e


kaizen, impacto na cultura facilidade de sistematização da
aprendizagem intervenção
Desvantagens Lentidão da mudança no Lacunas de análise Reduzido impacto na
curto prazo, risco de falta estatística, dificuldade de duração e no investimento
de liderança aplicação em meios nos processos
instáveis
Inovação na empresa

 Tipicamente, a inovação é associada à busca de vantagens de custos, ao


estabelecimento de uma posição de monopólio, à defesa de uma posição
competitiva, ou à obtenção de vantagens comparativas.

 Mais recentemente, generalizou-se a ideia de que a diferenciação através da inovação


contínua é uma questão de sobrevivência, para melhorar produtos, processos, serviços,
redes e reputação, e desenvolver competências nucleares e melhorias de performance
críticas para o sucesso.

 A inovação é entendida hoje em dia como um conceito multidimensional, de natureza


estratégica, que vai para além da inovação tecnológica.

 Uma empresa pode desenvolver vários tipos de iniciativas de inovação, e existem


diversas formas de trazer a novidade, essencial para a inovação, para o interior da
empresa.

 O domínio e boa gestão do processo de Desenvolvimento de Novos Produtos assumem


um papel determinante para as empresas empenhadas na inovação de produto, e
conhecer os fatores críticos de êxito/insucesso deste processo é determinante para
potenciar as competências internas e antecipar os problemas mais comuns.
Inovação – revisão literatura - definição

 Segundo Dantas, J. & Coelho, A. (2007) a Comissão Europeia entende a Inovação, como
o produzir, assimilar e explorar com êxito a novidade nos domínios a nível económico e
social.

 Para Porter, M. (1989) a Inovação pode ser definida, como um conjunto de melhorias na
tecnologia e nos métodos ou maneiras de fazer as coisas.

 Segundo o Manual de Oslo (2005) da OCDE a Inovação pode ser a implementação de


um produto (bem ou serviço) ou processo, novo ou significativamente melhorado, de um
novo método de marketing ou de um novo método organizacional nas atividades
comerciais, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. Esta definição
acaba por ser vasta e compreende vários tipos de Inovação.

 Para Nonaka, I. (1994) a Inovação pode entendida como um processo por meio do qual
a organização cria e define problemas, e então desenvolve ativamente um novo
conhecimento para resolvê-lo.
Inovação
Condições favoráveis para as empresas Pioneiras e
Seguidoras na inovação

Empresa Pioneira na Empresa Seguidora na


Condição Inovação (First Mover) Inovação (Follower)
Dimensão do Mercado Mercado de maior dimensão Mercado de menor dimensão
e/ou com uma elevada taxa em que é difícil recuperar
de crescimento custos com inovação
Acesso ao Mercado Capacidade de aceder em Dependência de canais de
boas condições ao mercado acesso ao mercado
dominados por rivais
Nível de Competição Poucos concorrentes já Existência de muitos
instalados e/ou capacidade competidores e/ou risco de
de criar barreiras à entrada entrada de fortes
concorrentes
Recursos da Empresa Disponibilidade de recursos Escassez de recursos, exigindo
para desenvolver múltiplas o desenvolvimento de menos
inovações inovações
Proteção da Inovação Elevada capacidade para Reduzida capacidade para
proteger legar ou proteger legal ou
comercialmente a inovação comercialmente a inovação
Condições favoráveis para as empresas
Pioneiras e Seguidoras na inovação
 Uma empresa pioneira na inovação procura antecipar as tendências e
liderar o desenvolvimento tecnológico e/ou comercial no negócio com:
 Competências próprias de inovação
 Apropriação das competências alheias de inovação

 Uma empresa seguidora na inovação procura defender-se das pressões


externas e preservar a sua posição competitiva através de:
 Inovações de reserva
 Imitação da inovação alheia
 Melhoria da inovação alheia (tablet PC da Microsoft vs o iPad da Apple)
 Segmentação e customização

Com base na análise do mercado, da indústria e das suas próprias competências, a


organização deve identificar, caso a caso, a abordagem à inovação que melhor se adequa
aos seus interesses.
Inovação vs tecnologia
 Para conseguir inovar com sucesso, a empresa precisa ainda de identificar as
áreas tecnológicas que melhor domina ou pretende dominar. Na realidade, é
pouco frequente que uma só entidade tenha sólidos recursos e capacidades
em todas as tecnologias requeridas por um dado produto, serviço ou processo
inovador. Por isso, é conveniente distinguir entre dois tipos de tecnologia:

 Tecnologias centrais: contribuem ou podem vir a contribuir significativamente para o


reforço das competências centrais da empresa nos fatores críticos de sucesso do
seu negócio. (3M)
 Tecnologias marginais: não contribuem atualmente e no futuro para o reforço das
competências centrais da empresa nos fcs do seu negócio.

 Na tecnologias marginais a empresa deve limitar-se a ser seguidora das


inovações alheias e adotar reactivamente as que considerar adequadas aos
seus produtos, serviços e processos. Se a empresa dominar as tecnologias
centrais e agir proactivamente, pode conquistar a liderança da inovação.
Estratégia de Inovação

Competências Tecnológicas
Estratégia de Inovação
Reduzidas Elevadas
Pioneira Especialista da Líder da inovação
Abordagem de inovação
Inovação Seguidora Racionalizador da Seguidor da
inovação inovação
Características das Modalidades de Inovação

Modalidade Custos de Rapidez de Estimativa da Rapidez do Valor


de Inovação Desenvolvime Desenvolvime Procura Retorno Acrescentado
nto nto
Conceito Elevados Reduzida Difícil Reduzida Elevado
Processo Elevados Reduzida Fácil Reduzida Elevado
Marca Reduzidos Elevada Fácil Reduzida Elevado
Melhoria Médios Média Fácil
Contínua
Média Médio
Reorganizaçã Médios Média Difícil Média Médio
o
Reformulação Médios Elevada Fácil Reduzida Médio
Serviço Reduzidos Elevada Fácil Elevada Reduzido
Design Médios Elevada Fácil Elevada Reduzido
Embalagem Reduzidos Elevada Fácil Elevada Reduzido
Modalidades de Inovação ao Longo do Ciclo de Vida
Modalidade de Inovação na Matriz Ansoff

Atuais Produtos e Serviços Novos Produtos e Serviços


Atuais Mercados Penetração no Mercado Desenvolvimento do Produto
Inovações de conceito, Inovações de processo,
processo, marca, serviço, melhoria contínua,
design e embalagem reorganização,
reformulação e design

Novos Mercados Desenvolvimento do Mercado Diversificação de Gama


Inovações de processo, Inovações de conceito,
serviço, design e embalagem reorganização e
reformulação
Comparação entre Atuação num «Oceano
Vermelho» e «Oceano Azul»

«Oceano Vermelho» «Oceano Azul»


Competir nos mercados existentes Criar novos mercados
Satisfazer a procura atual Desenvolver uma nova procura
Bater a concorrência Tornar a concorrência irrelevante
Centrar a atenção na própria indústria Abranger várias indústrias
Seguir as práticas tradicionais Inovar na criação de valor sustentável

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