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ATIVIDADE EXTRA

A. CEDRIC DADELE

1 - Defina os seguintes termos:


a. Estratégia : Estratégia é um plano de ação que define os objetivos e metas de uma organização,
bem como os caminhos para alcançá-los. É um processo de tomada de decisão que envolve a análise
do ambiente externo e interno da organização, a definição de objetivos e metas, o desenvolvimento de
estratégias e planos de ação e a implementação e avaliação dessas estratégias.
b. Estratégia de Internacionalização : Estratégia de internacionalização é o conjunto de ações e
decisões que uma empresa toma para expandir suas operações para mercados internacionais. Essa
estratégia deve ser alinhada com os objetivos gerais da empresa e deve levar em consideração os
fatores externos e internos que influenciam o mercado internacional.
c. Internacionalização : Internacionalização é um termo utilizado para descrever o processo de
internacionalização de empresas de pequeno e médio porte. Essas empresas geralmente começam a
exportar seus produtos ou serviços para mercados internacionais em um estágio inicial de
desenvolvimento e, com o tempo, podem expandir suas operações para outros mercados e atividades.
d. Globalização de Mercados : Globalização de mercados é o processo de integração dos mercados
nacionais em um mercado global. Esse processo é impulsionado pelo aumento do comércio
internacional, da mobilidade de fatores de produção e da padronização de produtos e serviços.
e. Negócios Internacionais : Negócios internacionais é um campo de estudo que se concentra no
comércio, na produção e na distribuição de bens e serviços entre países. Essa área de estudo abrange
uma ampla gama de tópicos, incluindo estratégia de internacionalização, marketing internacional,
finanças internacionais e gestão internacional.
f. Modos de Entrada no Mercado Externo : Modos de entrada no mercado externo são as
estratégias que uma empresa pode utilizar para entrar em um mercado internacional. Esses modos
variam de acordo com o grau de controle que a empresa deseja ter sobre suas operações no mercado
externo.
Alguns exemplos de modos de entrada no mercado externo são:
● Exportação: a empresa vende seus produtos ou serviços para clientes em outros países.
● Contrato de licenciamento: a empresa concede a outra empresa o direito de fabricar, vender
ou distribuir seus produtos ou serviços.
● Franquia: a empresa concede a outra empresa o direito de usar seu nome, marca e know-how
para operar um negócio.
● Incorporação: a empresa abre uma subsidiária em outro país.
2 - A pesquisadora Ângela da Rocha, em 2003, apontou duas dificuldades no processo de
internacionalização das empresas brasileiras. São elas:
A) Falta de conhecimento sobre o mercado externo: Muitas empresas brasileiras enfrentam
dificuldades devido à falta de conhecimento sobre o mercado externo e suas particularidades.
Isso inclui desconhecimento das demandas dos consumidores estrangeiros, características
culturais e regulatórias dos países-alvo, concorrência local, entre outros fatores. A falta de
informações precisas e atualizadas pode levar a decisões errôneas e ações inadequadas no
processo de internacionalização.

B) Limitações financeiras e acesso a recursos: A escassez de recursos financeiros é outro


desafio enfrentado pelas empresas brasileiras durante a internacionalização. Expandir
operações para outros países requer investimentos significativos em áreas como marketing,
pesquisa de mercado, adaptação de produtos, logística, entre outros. A falta de acesso a linhas
de crédito adequadas, a taxas de juros elevadas e a restrições financeiras podem dificultar o
financiamento dessas atividades, limitando o potencial de crescimento internacional das
empresas.
3 - Impactos positivos da globalização:
● Aumento do comércio e da inovação: A globalização facilita o comércio entre países, o que
leva a um aumento da concorrência e da inovação. Isso pode resultar em preços mais baixos
para os consumidores e em produtos e serviços melhores.
● Melhoria do padrão de vida: A globalização pode levar a um aumento do padrão de vida em
países desenvolvidos e em desenvolvimento. Isso ocorre porque as empresas podem se
beneficiar de economias de escala e de uma força de trabalho mais qualificada.
● Promoção da paz e da cooperação: A globalização pode ajudar a promover a paz e a
cooperação entre países. Isso ocorre porque os países estão mais interconectados e dependem
uns dos outros para o comércio e o investimento.
4 - As três forças que impulsionaram a globalização de mercados são:
● Redução das barreiras comerciais: A redução das barreiras comerciais, como tarifas e
quotas, facilitou o comércio internacional. A liberalização comercial refere-se à redução de
barreiras comerciais, como tarifas, quotas e restrições regulatórias, entre os países. Isso
ocorreu, em parte, devido à criação de organizações internacionais, como a Organização
Mundial do Comércio (OMC), que promovem o comércio livre.O avanço das negociações
multilaterais, como a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), e a assinatura de
acordos bilaterais e regionais de livre comércio têm estimulado a abertura de mercados e a
facilitação do comércio internacional. Isso permitiu que as empresas acessem mais facilmente
mercados estrangeiros, expandissem suas atividades e aumentassem o volume de negócios
internacionais.
● Investimento estrangeiro direto (IED): O investimento estrangeiro direto é outro
impulsionador importante da globalização de mercados. As empresas têm buscado expandir
suas operações além das fronteiras nacionais, estabelecendo subsidiárias, fábricas e escritórios
em outros países. Isso é impulsionado pelos benefícios de custo, acesso a novos mercados e
recursos, e busca de eficiência. O IED permite que as empresas se aproximem dos
consumidores locais, compreendam melhor as nuances culturais e as condições de mercado, e
se beneficiem das vantagens competitivas oferecidas por diferentes países.
● Desenvolvimento tecnológico: O desenvolvimento tecnológico, especialmente nas áreas de
transporte e comunicação, diminuiu as distâncias e facilitou a comunicação entre pessoas e
empresas de diferentes países. Isso tornou possível que as empresas operassem em mercados
globais de forma mais eficiente.
● Mudança na mentalidade dos consumidores: Os consumidores estão cada vez mais
exigentes e buscam produtos e serviços de qualidade que sejam acessíveis. Isso levou as
empresas a buscarem novos mercados para expandir seus negócios.
5 - Os principais motivos que levam as empresas a internacionalizarem suas atividades são:
● Crescimento: A internacionalização é uma forma de as empresas crescerem e aumentarem
suas receitas. Ao acessar novos mercados, as empresas podem expandir sua base de clientes e
aumentar sua participação de mercado.
● Redução de custos: A internacionalização pode ajudar as empresas a reduzir seus custos de
produção e distribuição. Ao produzir seus produtos ou serviços em países com custos de mão
de obra mais baixos, as empresas podem aumentar sua lucratividade.
● Acesso a novos recursos: A internacionalização pode ajudar as empresas a acessar novos
recursos, como matérias-primas, tecnologia e mão de obra qualificada. Ao operar em
diferentes países, as empresas podem diversificar seus riscos e reduzir sua dependência de um
único mercado.
● Expansão da marca: A internacionalização pode ajudar as empresas a expandir sua marca e
aumentar sua visibilidade global. Ao operar em mercados internacionais, as empresas podem
se tornar mais conhecidas e reconhecidas por consumidores em todo o mundo.
Além desses motivos, a internacionalização também pode ser motivada por fatores externos, como
mudanças nas regulamentações governamentais ou o surgimento de novas oportunidades de mercado.
É importante ressaltar que a internacionalização é um processo complexo que envolve uma série de
desafios. As empresas que buscam internacionalizar suas atividades devem realizar uma análise
cuidadosa dos riscos e oportunidades envolvidos.
6 - As principais dificuldades que as empresas encontram para internacionalizar suas atividades são:
● Diferenças culturais: As empresas precisam entender e adaptar suas operações às diferentes
culturas dos países em que atuam. Isso pode ser um desafio, pois as culturas podem variar
significativamente em termos de valores, crenças e comportamentos.Compreender os
costumes, as normas sociais e as práticas de negócios de um novo mercado é essencial para
estabelecer relações comerciais bem-sucedidas. A barreira do idioma também pode dificultar
a comunicação efetiva com clientes, fornecedores e parceiros de negócios.
● Regulamentações governamentais: As empresas precisam estar cientes das regulamentações
governamentais que se aplicam aos seus negócios nos países em que atuam. Essas
regulamentações podem variar significativamente de país para país, o que pode dificultar o
cumprimento.o que pode ser uma fonte de complexidade e desafios para as empresas que
buscam internacionalizar. Questões como licenciamento, registro de empresas, conformidade
fiscal, normas de importação e exportação, proteção dos direitos de propriedade intelectual e
conformidade com regulamentações trabalhistas podem variar de forma significativa de um
país para outro, exigindo um conhecimento aprofundado e a capacidade de se adaptar a
diferentes contextos legais.
● Riscos econômicos: As empresas estão sujeitas a riscos econômicos nos mercados
internacionais, como flutuações cambiais e instabilidade política. Esses riscos podem afetar os
resultados financeiros das empresas.
● Dificuldade de acesso a recursos: As empresas podem encontrar dificuldades para acessar
recursos, como matérias-primas, mão de obra qualificada e financiamento, nos mercados
internacionais.
● Competição global: As empresas estão competindo com empresas de todo o mundo. Isso
pode dificultar a diferenciação de seus produtos ou serviços e a conquista de uma participação
de mercado.
● Concorrência acirrada: A internacionalização muitas vezes significa entrar em mercados
onde já existem concorrentes estabelecidos. Competir com empresas locais ou outras
empresas internacionais pode ser um desafio, especialmente se a empresa não tiver um
diferencial competitivo claro ou não estiver familiarizada com as particularidades do mercado
em questão.
● Logística e cadeia de suprimentos: A expansão internacional pode exigir a construção de
uma cadeia de suprimentos e logística eficiente em diferentes países. Isso envolve questões
como transporte internacional, armazenamento, controle de estoque, gestão alfandegária e
distribuição. As empresas precisam lidar com desafios logísticos complexos para garantir que
seus produtos cheguem aos mercados de forma adequada e oportuna.
● Riscos cambiais e financeiros: A volatilidade cambial pode afetar os resultados das
empresas que operam em diferentes moedas. Flutuações nas taxas de câmbio podem impactar
os custos de produção, preços de venda e lucratividade. Além disso, questões relacionadas a
financiamento, acesso a crédito, gestão de fluxo de caixa e riscos financeiros podem se tornar
mais complexas ao operar em diferentes mercados.
● Gestão e coordenação global: A gestão eficaz de operações internacionais requer
habilidades de coordenação e adaptação às diferentes realidades de cada mercado. Isso inclui
aspectos como gestão de equipes multiculturais e remotas, coordenação de atividades em
diferentes fusos horários, adaptação de estratégias de marketing e vendas, e alinhamento das
operações internacionais com a estratégia global da empresa.
Além dessas dificuldades, as empresas também podem encontrar desafios específicos relacionados à
sua indústria ou modelo de negócios. Por exemplo, empresas de serviços podem encontrar
dificuldades para traduzir suas ofertas para diferentes culturas.
7 - Na perspectiva econômica e comportamental, existem várias teorias que buscam explicar o
processo de internacionalização das empresas.
Perspectiva Econômica:
1. Teoria da Vantagem Comparativa: Desenvolvida por David Ricardo, a teoria da vantagem
comparativa argumenta que as empresas se internacionalizam para se beneficiar das diferenças de
custo e eficiência entre os países. Segundo essa teoria, os países devem se especializar na produção
daquilo em que possuem vantagem comparativa (menor custo de oportunidade), e o comércio
internacional ocorre quando os países trocam esses produtos entre si.
2. Teoria do Ciclo de Vida do Produto: Proposta por Raymond Vernon, a teoria do ciclo de vida do
produto sugere que as empresas internacionalizam suas atividades à medida que seus produtos
evoluem em seu ciclo de vida. Inicialmente, a produção é concentrada no país de origem, mas à
medida que o produto se torna maduro, a empresa busca expandir para outros mercados para
aproveitar novas oportunidades de crescimento.
3. Teoria da Internalização: Desenvolvida por Ronald Coase e aprimorada por Oliver Williamson, a
teoria da internalização argumenta que as empresas se internacionalizam para evitar os custos de
transação associados à busca de fornecedores externos ou à venda de seus produtos no mercado
global. As empresas internalizam certas atividades ao estabelecerem subsidiárias no exterior, em vez
de dependerem exclusivamente de transações de mercado.
Perspectiva Comportamental:
1. Modelo Uppsala: Proposto por Jan Johanson e Jan-Erik Vahlne, o Modelo Uppsala enfatiza a
aprendizagem e a experiência gradual como impulsionadores da internacionalização. Segundo esse
modelo, as empresas começam a internacionalizar de forma incremental, expandindo-se primeiro para
mercados geograficamente próximos e familiarizados, à medida que adquirem conhecimento e
confiança. À medida que a experiência aumenta, as empresas podem se aventurar em mercados mais
distantes e complexos.
2. Abordagem de Redes de Negócios: A abordagem de redes de negócios enfatiza a importância das
relações e dos contatos para a internacionalização. Segundo essa perspectiva, as empresas se
expandem para o exterior por meio de redes de relacionamentos, colaboração com parceiros
estratégicos e acesso a recursos e informações através de conexões sociais.
3. Teoria da Internacionalização Inovadora: Proposta por Peter Buckley e Mark Casson, a teoria da
internacionalização inovadora argumenta que as empresas se internacionalizam como resultado de
suas atividades inovadoras. A inovação é vista como um motor-chave para a internacionalização, pois
permite que as empresas desenvolvam produtos e processos únicos, criando vantagens competitivas
que podem ser exploradas em mercados estrangeiros.
Essas teorias oferecem diferentes perspectivas sobre os motivos e os mecanismos pelos quais as
empresas se internacionalizam. É importante ressaltar que a internacionalização é um processo
complexo e multifacetado, e várias teorias podem coexistir e se complementar na explicação desse
fenômeno.

8 - Born Globals, também conhecidas como "empresas globais nascidas", são empresas que desde o
início de suas operações têm uma visão e estratégia internacional. Diferentemente das empresas
tradicionais, que começam suas atividades no mercado interno e, posteriormente, buscam a expansão
internacional, as Born Globals têm uma mentalidade global desde o início.
As principais características das Born Globals incluem:
1. Orientação internacional desde o início: As Born Globals têm uma visão e estratégia global
desde o momento de sua fundação. Elas planejam e projetam seus negócios para atender a mercados
internacionais e buscam oportunidades além das fronteiras nacionais desde o início.
2. Rápida internacionalização: Essas empresas buscam entrar em mercados estrangeiros de forma
ágil e rápida, muitas vezes dentro dos primeiros anos de sua existência. Elas têm uma abordagem
proativa em relação à internacionalização e buscam superar as barreiras geográficas e culturais para
alcançar clientes e parceiros internacionais.
3. Foco em nichos de mercado: As Born Globals geralmente têm um foco específico em nichos de
mercado. Elas identificam oportunidades em segmentos específicos e, com produtos ou serviços
inovadores e diferenciados, buscam atender às necessidades desses mercados de forma eficaz.
4. Uso intensivo de tecnologia: O uso de tecnologia desempenha um papel fundamental nas
operações das Born Globals. Elas aproveitam a tecnologia para superar as barreiras físicas e culturais,
facilitando a comunicação, a distribuição e a expansão internacional.
5. Rede de parcerias e alianças estratégicas: As Born Globals muitas vezes estabelecem parcerias e
alianças estratégicas com outras empresas, tanto no mercado interno quanto no externo. Essas
parcerias ajudam a ampliar sua presença global, compartilhar recursos e conhecimentos, e acessar
novos mercados e clientes.
6. Mentalidade empreendedora e flexibilidade: As Born Globals geralmente têm uma cultura
empresarial empreendedora, com uma equipe ágil e flexível. Elas estão dispostas a se adaptar
rapidamente a diferentes mercados e cenários, e a tomar riscos calculados em busca de oportunidades
internacionais.
7. Conhecimento e compreensão dos mercados internacionais: Essas empresas possuem uma
compreensão profunda dos mercados internacionais em que atuam. Elas investem em pesquisa de
mercado, entendem as particularidades culturais e regulatórias de cada país-alvo, e adaptam seus
produtos, serviços e estratégias de marketing para atender às demandas desses mercados.
8.Visão global: As Born Globals têm uma visão global desde o início de suas atividades. Elas buscam
oportunidades de negócios em mercados internacionais e estão dispostas a se adaptar a diferentes
culturas e condições.
9.Escala global: As Born Globals operam em escala global desde o início. Elas não se concentram
em um único mercado, mas buscam oportunidades em diferentes partes do mundo.
10.Agilidade: As Born Globals são ágeis e adaptáveis. Elas estão dispostas a tomar riscos e a mudar
sua estratégia de acordo com as necessidades do mercado.
As Born Globals representam uma abordagem inovadora e enérgica para a internacionalização,
buscando aproveitar as oportunidades globais desde o início de suas operações. Essas empresas
desempenham um papel importante no cenário empresarial atual, impulsionando a competição
internacional e contribuindo para o crescimento econômico global.As Born Globals são um fenômeno
relativamente novo. Elas são impulsionadas por fatores como a globalização, o desenvolvimento
tecnológico e a mudança na mentalidade dos consumidores.
Exemplos :
● Airbnb: A Airbnb é uma empresa de tecnologia que oferece serviços de hospedagem online.
A empresa foi fundada em 2008 e, desde então, expandiu suas operações para mais de 220
países e regiões.
● Spotify: O Spotify é um serviço de streaming de música. A empresa foi fundada em 2006 e,
desde então, expandiu suas operações para mais de 180 países.
● Redbubble: A Redbubble é uma plataforma de comércio eletrônico que permite aos usuários
vender produtos personalizados. A empresa foi fundada em 2006 e, desde então, expandiu
suas operações para mais de 200 países.

9 - No ambiente econômico internacional, vários aspectos são observados e influenciam as


atividades das empresas.
1. Taxas de câmbio: As taxas de câmbio são um aspecto crítico do ambiente econômico
internacional. Elas determinam a taxa de conversão entre diferentes moedas e podem afetar os custos
de importação e exportação, a competitividade das empresas nos mercados internacionais e a
rentabilidade das transações internacionais.
2. Políticas econômicas: As políticas econômicas adotadas pelos governos, como políticas
monetárias, fiscais e comerciais, têm um impacto significativo nas operações das empresas no
ambiente internacional. Medidas como taxas de juros, políticas de incentivo à exportação, políticas
tarifárias e regulamentações comerciais podem influenciar as condições de mercado e as estratégias de
negócios das empresas.
3. Acordos e organizações comerciais: Os acordos comerciais bilaterais, regionais e multilaterais,
como a Organização Mundial do Comércio (OMC), têm um papel fundamental no ambiente
econômico internacional. Esses acordos estabelecem regras e regulamentos para o comércio entre os
países, reduzem as barreiras comerciais e promovem a integração econômica global.
4. Indicadores econômicos globais: Indicadores econômicos, como crescimento do PIB, taxa de
inflação, desemprego, investimento estrangeiro direto e balança comercial, fornecem insights sobre as
condições econômicas globais. Esses indicadores ajudam as empresas a avaliar oportunidades de
mercado, identificar tendências e tomar decisões estratégicas.
5. Flutuações dos mercados financeiros: Os mercados financeiros internacionais, incluindo ações,
títulos, câmbio e commodities, são influenciados por fatores econômicos, políticos e eventos globais.
As flutuações nos mercados financeiros podem afetar o custo de capital, a disponibilidade de
financiamento e a gestão de riscos financeiros para as empresas que operam internacionalmente.
6. Condições econômicas regionais: O ambiente econômico internacional é composto por diferentes
regiões com características econômicas distintas. Condições econômicas regionais, como estabilidade
política, níveis de desenvolvimento, infraestrutura, cultura empresarial e demanda do mercado, variam
de uma região para outra. As empresas devem levar em consideração essas diferenças ao expandir
para mercados internacionais específicos.
7. Avanços tecnológicos: A rápida evolução da tecnologia tem um impacto significativo no ambiente
econômico internacional. A tecnologia facilita a comunicação global, a troca de informações, a
logística, a automação e a eficiência operacional das empresas. Além disso, a tecnologia também
impulsiona a inovação e cria novas oportunidades de negócios em escala global.
8.Crescimento econômico: O crescimento econômico é um fator importante para o ambiente
econômico internacional. Um crescimento econômico forte pode levar a um aumento do comércio e
do investimento, o que pode beneficiar as empresas e os países.
9.Inflação: A inflação é um aumento generalizado dos preços. A inflação pode reduzir o poder de
compra das pessoas e dificultar o crescimento econômico.
10.Taxa de juros: A taxa de juros é o preço pago pelo empréstimo de dinheiro. As taxas de juros altas
podem desencorajar o investimento e o crescimento econômico.
11.Deficits e superávits comerciais: Um déficit comercial ocorre quando um país importa mais do
que exporta. Um superávit comercial ocorre quando um país exporta mais do que importa. Os déficits
comerciais podem levar a uma perda de empregos e de competitividade.
12.Regulamentações governamentais: As regulamentações governamentais podem afetar o
ambiente econômico internacional. As regulamentações comerciais, por exemplo, podem tornar mais
difícil ou mais caro para as empresas operarem em mercados internacionais.
Esses aspectos do ambiente econômico internacional estão interconectados e em constante evolução.
As empresas devem acompanhar e adaptar-se a essas dinâmicas para aproveitar as oportunidades e
enfrentar os desafios no cenário global.Além desses aspectos, o ambiente econômico internacional
também pode ser influenciado por fatores políticos, sociais e ambientais. Por exemplo, uma guerra ou
um conflito político pode prejudicar o comércio e o investimento. Mudanças demográficas, como o
envelhecimento da população, também podem afetar o ambiente econômico internacional.As
empresas e os países devem monitorar esses aspectos para tomar decisões informadas sobre suas
atividades econômicas internacionais.
10 - O Custo País, também conhecido como Custo de Fazer Negócios em um País, refere-se aos
diversos fatores e desafios que podem afetar os negócios em um determinado país. Esses custos
podem ser econômicos, políticos, legais, sociais, culturais ou ambientais, e têm potencial para
impactar o ambiente de negócios e a rentabilidade das empresas.
O Custo País influencia os negócios internacionais de várias maneiras:
1. Competitividade: O Custo País pode afetar a competitividade das empresas em relação a seus
concorrentes internacionais. Por exemplo, altos custos trabalhistas, infraestrutura deficiente,
burocracia excessiva ou carga tributária elevada podem tornar os produtos ou serviços de uma
empresa menos competitivos em comparação com empresas de outros países.
2. Riscos e incertezas: O Custo País também está relacionado aos riscos e incertezas enfrentados
pelas empresas em um determinado país. Isso pode incluir instabilidade política, corrupção, mudanças
regulatórias, volatilidade cambial, riscos de segurança e outros fatores que podem afetar a segurança e
a estabilidade dos negócios.
3. Barreiras comerciais: O Custo País pode estar associado a barreiras comerciais, como tarifas,
cotas ou restrições regulatórias, que dificultam o acesso a mercados estrangeiros. Essas barreiras
podem aumentar os custos de exportação ou dificultar a entrada de produtos ou serviços no mercado
internacional.
4. Infraestrutura e logística: A qualidade da infraestrutura e dos serviços logísticos de um país afeta
a eficiência e os custos das operações internacionais. Uma infraestrutura deficiente, com problemas de
transporte, comunicação ou energia, pode aumentar os custos de produção, distribuição e entrega de
produtos, afetando a competitividade das empresas.
5. Cultura e diversidade: O Custo País também inclui fatores culturais e de diversidade que podem
afetar os negócios internacionais. Diferenças culturais, hábitos de consumo, preferências do mercado
e expectativas dos clientes podem exigir adaptações nos produtos, serviços e estratégias de marketing
das empresas.
6. Custos de conformidade e regulamentação: As empresas que operam internacionalmente devem
cumprir as leis, regulamentações e padrões do país em que estão atuando. O custo de conformidade
dessas regulamentações pode variar de país para país e pode incluir requisitos de licenciamento,
impostos, padrões de qualidade, proteção do meio ambiente, direitos trabalhistas, entre outros.
É importante que as empresas considerem o Custo País ao tomar decisões de expansão internacional.
A análise cuidadosa desses custos pode ajudar as empresas a avaliar a viabilidade e a rentabilidade de
entrar em um determinado mercado, a adaptar suas estratégias de negócios e a desenvolver planos de
mitigação de riscos.
11 - O Risco País refere-se à incerteza e aos riscos associados a investimentos ou atividades
comerciais em um determinado país. Ele mede a probabilidade de perdas financeiras decorrentes de
fatores políticos, econômicos e sociais que podem afetar negativamente as operações de empresas
estrangeiras nesse país.
As fontes do Risco País podem ser diversas e incluem:
1. Fatores políticos: Instabilidade política, mudanças de governo, conflitos políticos, corrupção e
falta de governança efetiva são fatores que podem aumentar o Risco País. A falta de estabilidade
política pode levar a mudanças nas políticas econômicas, regulamentações imprevisíveis e incertezas
nos negócios.
2. Fatores econômicos: A saúde econômica de um país, incluindo níveis de inflação, desemprego,
crescimento do PIB, níveis de endividamento e volatilidade econômica, pode afetar o Risco País. Uma
economia fraca ou em declínio pode resultar em menor demanda por produtos e serviços, restrições
financeiras e maior risco de inadimplência.
3. Fatores sociais: Tensões sociais, desigualdades, instabilidade social, conflitos étnicos ou religiosos
e problemas de segurança podem contribuir para o risco País. Esses fatores podem afetar a
estabilidade social e a segurança das empresas e seus funcionários, além de criar um ambiente de
negócios incerto.
4. Fatores regulatórios e legais: Regulamentações complexas, burocracia excessiva, falta de
transparência nas leis e sistemas judiciais ineficientes podem aumentar o risco País. Dificuldades em
cumprir regulamentações ou obter proteção legal adequada podem afetar negativamente as operações
das empresas.
5. Risco cambial: A volatilidade e a imprevisibilidade nas taxas de câmbio podem representar um
risco para as empresas que operam internacionalmente. Flutuações cambiais podem afetar os custos
de importação e exportação, os fluxos de caixa e a rentabilidade das transações em moeda estrangeira.
6. Risco de crédito e inadimplência: O Risco País também pode estar relacionado à capacidade de
um país honrar suas obrigações financeiras. A possibilidade de inadimplência do governo, bancos ou
empresas pode afetar a confiança dos investidores e aumentar o custo de empréstimos e
financiamentos.
7. Fatores ambientais e desastres naturais: A exposição a desastres naturais, como terremotos,
furacões, inundações ou secas, pode aumentar o risco País. Esses eventos podem ter um impacto
significativo na infraestrutura, na cadeia de suprimentos e nas operações das empresas.
É importante ressaltar que o Risco País pode variar ao longo do tempo e entre os países. As empresas
que operam internacionalmente devem realizar análises minuciosas do Risco País para avaliar os
potenciais impactos em suas operações, tomar decisões informadas e implementar estratégias de
mitigação de riscos adequadas.
12 - a. Embargos: Embargos são restrições ou proibições impostas por um país ou um grupo de
países sobre o comércio ou a interação econômica com outro país. Essas restrições podem incluir a
proibição de importação ou exportação de certos bens, serviços ou recursos naturais, bem como a
restrição de investimentos ou a suspensão de relações comerciais e diplomáticas.
b. Boicote: O boicote é uma ação voluntária de um grupo de pessoas, organizações ou países para se
recusarem a fazer negócios ou se envolverem em qualquer forma de interação com uma empresa, país
ou indivíduo específico. O boicote pode ter motivações políticas, sociais ou econômicas e é
frequentemente usado como forma de protesto ou pressão para promover mudanças.
c. Nacionalização: A nacionalização é o ato pelo qual um governo assume o controle total ou parcial
de uma empresa, indústria ou ativo que estava anteriormente nas mãos do setor privado. Geralmente,
ocorre quando um governo considera que a empresa ou o setor em questão é de interesse público e
deve ser gerido pelo Estado.
d. Expropriação: A expropriação é a tomada forçada de propriedade privada pelo governo, sem o
consentimento do proprietário, geralmente por razões de interesse público. Na expropriação, o
governo compensa o proprietário pela propriedade tomada, mas o valor da compensação pode ser
objeto de negociação ou disputa.
e. Confisco: O confisco ocorre quando o governo apreende propriedades ou ativos sem fornecer
qualquer tipo de compensação ao proprietário. Diferente da expropriação, no confisco não há
pagamento ao proprietário original, e a ação é geralmente justificada por motivos legais, políticos ou
econômicos.
f. Leis de Investimento Estrangeiro: As leis de investimento estrangeiro são regulamentações
estabelecidas por um país para governar e regular o investimento realizado por empresas ou
indivíduos estrangeiros em seu território. Essas leis podem abordar questões como a entrada de
investidores estrangeiros, a proteção dos seus direitos, os incentivos fiscais e as condições para
repatriação de lucros.
g. Salvaguarda de Propriedade Intelectual: A salvaguarda de propriedade intelectual refere-se a
medidas legais e regulatórias adotadas para proteger os direitos de propriedade intelectual, como
patentes, direitos autorais, marcas registradas e segredos comerciais. Essas medidas visam prevenir a
violação, a cópia não autorizada ou o uso indevido de propriedade intelectual por terceiros.
h. Repatriação de Lucros: A repatriação de lucros é o processo pelo qual uma empresa transfere os
lucros obtidos em um país estrangeiro de volta para o país de origem. Esse processo envolve a
conversão da moeda estrangeira em moeda nacional e a transferência dos fundos para a matriz ou
acionistas da empresa no país de origem. A repatriação de lucros pode estar sujeita a regulamentações
cambiais e fiscais tanto no país de origem quanto no país estrangeiro.
Aqui estão alguns exemplos de como essas medidas podem impactar os negócios internacionais:
● Um embargo pode prejudicar as exportações de um país, causando perdas de receita para as
empresas.
● Um boicote pode prejudicar a reputação de uma empresa ou país, dificultando a venda de
seus produtos ou serviços.
● A nacionalização pode resultar na perda de controle de uma empresa por seus acionistas, o
que pode afetar seu desempenho.
● A expropriação pode resultar na perda de propriedade de uma empresa ou pessoa, o que
pode ter um impacto significativo em seu futuro.
● O confisco pode ser uma forma de expropriação sem indenização, o que pode ser um grande
golpe para uma empresa ou pessoa.
● Leis de Investimento Estrangeiro restritivas podem dificultar o investimento estrangeiro
em um país, o que pode afetar seu crescimento econômico.
● A violação da propriedade intelectual pode prejudicar a inovação e a competitividade de
uma empresa.
● Restrições à repatriação de lucros podem dificultar o fluxo de capital entre países, o que
pode afetar o investimento e o comércio.
13 - Protecionismo governamental é uma política econômica que visa proteger a indústria doméstica
da concorrência estrangeira. Essa política pode ser implementada por meio de uma variedade de
medidas, como:
● Tarifas: As tarifas são impostos sobre os bens importados, o que torna os produtos
estrangeiros mais caros para os consumidores domésticos.
● Quantitativos: Os quantitativos são limites sobre a quantidade de bens que podem ser
importados, o que restringe a oferta de produtos estrangeiros.
● Subsídios: Os subsídios são pagamentos do governo às empresas domésticas, o que ajuda a
reduzir seus custos e tornar seus produtos mais competitivos.
● Normas técnicas: As normas técnicas são requisitos técnicos que os bens importados devem
cumprir, o que pode dificultar ou mesmo impedir a importação de produtos estrangeiros.
O protecionismo governamental pode ocorrer por uma variedade de razões, incluindo:
● Proteger a indústria doméstica de concorrência desleal: Os governos podem argumentar
que os produtos estrangeiros são subsidiados ou produzidos com mão de obra barata, o que dá
às empresas estrangeiras uma vantagem injusta.
● Promover o desenvolvimento industrial: Os governos podem argumentar que o
protecionismo é necessário para proteger a indústria doméstica em estágios iniciais de
desenvolvimento.
● Proteger empregos domésticos: Os governos podem argumentar que o protecionismo é
necessário para proteger empregos domésticos contra a concorrência estrangeira.
O protecionismo governamental pode ter uma série de impactos na economia, incluindo:
● Aumento dos preços: O protecionismo pode aumentar os preços dos bens domésticos, pois
os consumidores domésticos têm menos opções de escolha.
● Redução da eficiência: O protecionismo pode reduzir a eficiência da economia, pois as
empresas domésticas não são pressionadas a inovar e melhorar a produtividade.
● Dificuldades para o comércio: O protecionismo pode dificultar o comércio internacional, o
que pode reduzir o crescimento econômico.

14 - O ambiente cultural desempenha um papel fundamental nos negócios internacionais, pois


influencia a forma como as empresas interagem com mercados estrangeiros, parceiros comerciais e
consumidores. A compreensão e a consideração dos aspectos culturais são cruciais para o sucesso de
uma empresa em um ambiente internacional. Aqui estão algumas razões pelas quais o ambiente
cultural é importante para os negócios internacionais:
1. Comportamento do consumidor: As culturas têm valores, crenças, costumes e comportamentos
diferentes, o que afeta diretamente as preferências e os padrões de consumo dos consumidores.
Compreender a cultura local permite adaptar produtos, serviços e estratégias de marketing para
atender às necessidades e expectativas dos consumidores estrangeiros.
2. Comunicação eficaz: A comunicação é essencial nos negócios internacionais, e as diferenças
culturais podem afetar a forma como as mensagens são interpretadas. Compreender a cultura local
ajuda as empresas a adaptar sua comunicação, incluindo idioma, estilo de comunicação, etiqueta e
sensibilidade cultural, para evitar mal-entendidos e construir relacionamentos sólidos com parceiros e
clientes estrangeiros.
3. Negociações e acordos comerciais: As negociações comerciais e os acordos entre empresas de
diferentes culturas exigem sensibilidade cultural e uma compreensão das práticas comerciais locais.
As normas de negociação, as estruturas de poder, as expectativas de tempo e os estilos de tomada de
decisão podem variar de acordo com a cultura. Adaptar as estratégias de negociação e compreender as
diferenças culturais pode facilitar o estabelecimento de acordos mutuamente benéficos.
4. Gestão de equipes internacionais: Empresas que operam globalmente muitas vezes têm equipes
compostas por pessoas de diferentes origens culturais. A compreensão das diferenças culturais é
crucial para uma gestão eficaz dessas equipes, incluindo a comunicação, a resolução de conflitos, a
motivação e a cooperação entre membros de diferentes culturas.
5. Ética e valores: As culturas têm diferentes sistemas de valores e ética que moldam as práticas de
negócios. Compreender e respeitar esses valores é importante para evitar ofensas culturais, garantir a
conformidade com as leis locais e demonstrar responsabilidade corporativa.
6. Barreiras culturais: A falta de compreensão das diferenças culturais pode criar barreiras na
entrada em novos mercados, na construção de relacionamentos comerciais e no estabelecimento de
confiança. A sensibilidade cultural e a adaptabilidade ajudam a superar essas barreiras e a construir
conexões mais fortes com clientes, parceiros e partes interessadas locais.
Em resumo, a importância do ambiente cultural nos negócios internacionais reside na capacidade de
compreender, respeitar e adaptar-se às diferenças culturais para estabelecer relacionamentos sólidos,
alcançar sucesso comercial e evitar conflitos culturais que possam prejudicar a reputação e os
resultados financeiros da empresa.
15 - A cultura nacional e a cultura organizacional são conceitos diferentes, mas relacionados, que
descrevem diferentes aspectos da vida social.
Cultura Nacional: A cultura nacional refere-se aos padrões de comportamento, crenças, valores,
costumes, tradições e expressões artísticas que são compartilhados por uma nação ou sociedade em
particular. A cultura nacional abrange uma ampla gama de aspectos, incluindo idioma, religião,
vestimentas, culinária, arquitetura, música, dança e práticas sociais. Ela se desenvolve ao longo do
tempo, moldada por fatores históricos, geográficos, políticos, econômicos e sociais. A cultura
nacional é compartilhada por todos os indivíduos que fazem parte dessa sociedade,
independentemente da sua afiliação a organizações específicas.
Cultura Organizacional: A cultura organizacional refere-se aos valores, crenças, normas, práticas e
comportamentos compartilhados pelos membros de uma organização específica. Ela representa a
identidade única de uma organização e influencia a maneira como as pessoas dentro da organização
interagem, tomam decisões, resolvem problemas e realizam seu trabalho. A cultura organizacional
pode ser influenciada por vários fatores, como a missão e os valores da organização, a liderança, as
políticas e procedimentos estabelecidos, a estrutura hierárquica, as práticas de comunicação e a
história da organização. Cada organização possui uma cultura única, que pode ser mais formal ou
informal, aberta ou conservadora, orientada para resultados ou focada no trabalho em equipe, por
exemplo.
Em resumo, a cultura nacional refere-se aos padrões culturais compartilhados por uma sociedade
inteira, enquanto a cultura organizacional diz respeito aos valores, comportamentos e práticas
específicas de uma organização em particular. Ambas têm uma influência significativa no
comportamento, nas interações e nas práticas dentro de uma sociedade ou organização, mas operam
em diferentes níveis e contextos.
16 - Geert Hofstede, renomado psicólogo social e pesquisador, desenvolveu uma teoria cultural que
descreve cinco dimensões para entender as diferenças culturais entre as nações. Essas dimensões são
as seguintes:
1. Distância de Poder: A dimensão da distância de poder refere-se à forma como as sociedades lidam
com a desigualdade de poder e a hierarquia. Ela mede o grau em que os membros de uma sociedade
aceitam e esperam a distribuição desigual do poder. Em culturas com alta distância de poder, existe
uma grande lacuna entre as pessoas em posições de poder e as pessoas comuns, e é esperado que haja
uma obediência e deferência significativas à autoridade. Já em culturas com baixa distância de poder,
a desigualdade de poder é minimizada e as pessoas tendem a ter uma abordagem mais igualitária.
2. Individualismo versus Coletivismo: Essa dimensão aborda a forma como as sociedades valorizam
o individualismo e a autonomia em oposição ao coletivismo e à interdependência. Em culturas
individualistas, há um foco maior nos interesses individuais, na independência e na realização pessoal.
Já em culturas coletivistas, há uma ênfase na coesão do grupo, na interdependência e nos interesses
coletivos.
3. Masculinidade versus Feminilidade: Essa dimensão examina a distribuição de papéis de gênero
na sociedade. Culturas com uma pontuação alta na dimensão de masculinidade tendem a valorizar
atributos tradicionalmente associados ao masculino, como competitividade, assertividade e busca por
sucesso material. Por outro lado, culturas com uma pontuação alta na dimensão de feminilidade
tendem a valorizar atributos tradicionalmente associados ao feminino, como a cooperação, a modéstia
e o cuidado com os outros.
4. Evitação da incerteza: Essa dimensão se refere à tolerância das sociedades em relação à incerteza
e à ambiguidade. Culturas com alta evitação da incerteza tendem a ter regras e regulamentos rígidos,
uma aversão ao risco e uma preferência por estruturas claras. Já em culturas com baixa evitação da
incerteza, há uma maior aceitação de ambiguidade, flexibilidade e disposição para assumir riscos.
5. Orientação de Longo Prazo versus Orientação de Curto Prazo: Essa dimensão explora a
orientação temporal das sociedades. Culturas com uma orientação de longo prazo tendem a valorizar a
perseverança, a poupança, a adaptação às circunstâncias e a busca por resultados futuros. Por outro
lado, culturas com uma orientação de curto prazo tendem a ter uma perspectiva mais imediata,
valorizando a tradição, a estabilidade e a gratificação imediata.
Essas dimensões ajudam a compreender as diferenças culturais entre nações, fornecendo insights
sobre como os valores, as atitudes e os comportamentos podem variar em diferentes contextos
culturais. É importante ressaltar que essas dimensões são ferramentas analíticas e simplificações de
complexidades culturais, e não devem ser consideradas como uma descrição completa ou abrangente
de uma cultura específica.
17 - Edward T. Hall, antropólogo cultural, desenvolveu a teoria dos contextos de comunicação, que
divide as culturas em dois tipos principais: alto contexto e baixo contexto. Esses conceitos descrevem
diferentes abordagens de comunicação e interação social. Aqui está a explicação de cada um deles:
1. Cultura de Alto Contexto: Uma cultura de alto contexto é aquela em que a comunicação é
altamente dependente do contexto, das relações interpessoais e das informações implícitas. Nesse tipo
de cultura, as mensagens são transmitidas de forma indireta, por meio de sugestões, metáforas e
gestos simbólicos. A ênfase está nas entrelinhas e no conhecimento compartilhado entre os membros
da cultura. As pessoas em uma cultura de alto contexto possuem uma compreensão implícita das
normas, dos valores e das expectativas sociais, o que permite uma comunicação mais eficaz dentro do
grupo. Exemplos de culturas de alto contexto incluem as culturas asiáticas, africanas e do Oriente
Médio.
2. Cultura de Baixo Contexto: Uma cultura de baixo contexto é aquela em que a comunicação é
mais direta, explícita e dependente de informações claras e específicas. Nesse tipo de cultura, as
mensagens são transmitidas de forma clara e objetiva, com menos ênfase em sutilezas e pressupostos
compartilhados. A comunicação é mais verbal e menos dependente de conhecimento prévio ou
relações interpessoais. As pessoas em uma cultura de baixo contexto tendem a ser mais assertivas e a
enfatizar a clareza e a transparência na comunicação. Exemplos de culturas de baixo contexto
incluem as culturas ocidentais, como as dos Estados Unidos e da Europa Ocidental.
É importante ressaltar que esses conceitos representam extremos e que a maioria das culturas está em
algum ponto intermediário do espectro entre alto e baixo contexto. Além disso, essas categorias não
devem ser vistas como uma hierarquia de valor ou superioridade, mas como diferentes abordagens de
comunicação que podem funcionar efetivamente dentro de seus respectivos contextos culturais.A
compreensão dos contextos de comunicação é crucial para a comunicação intercultural bem-sucedida.
Ao reconhecer as diferenças entre culturas de alto e baixo contexto, é possível adaptar a comunicação
para garantir maior clareza e evitar mal-entendidos nas interações com pessoas de diferentes origens
culturais.

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