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TEMA׃
Beira, 2023
Formando:
Gina Piedade Francisco Joaquim Uache
Beira, 2023
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus, por estar ao meu lado sempre, por me dar
saúde todos os dias, que mesmo nas horas mais difíceis sempre conseguir superar todos
os obstáculos da vida. A minha família pelo carinho e pela motivação de sempre, a
todos meus colegas pela força
RESUMO
Quando se trata dos processos de soldagem em estruturas de aço como vigas, é de suma
importância o conhecimento da resistência mecânica dessas soldas. Um projecto ou até
uma execução mal feita das soldas nesse tipo de estrutura pode garantir risco de
desabamento desta, colocando em risco a vida de pessoas que se encontram abaixo ou
acima da estrutura.
A soldagem como meio de união entre partes de estruturas de aço é muito vantajosa
quando comparada a outros tipos de métodos de ligação, como por exemplo, a união por
parafusos e rebites. A soldagem é mas rápida, mais prática de se realizar e não retira
material de estrutura por não gerar furos, que reduzem a resistência da estrutura e geram
concentradores de tensão. O estudo sobre a resistência das soldas em estruturas de aço é
muito importante para evitar problemas.
1.1. Objectivos
Módulos vocacionais׃
2. Revisão Bibliográfica
2.1. Soldagem
A soldagem de peças estruturais é feita por fusão. As superfícies a serem soldadas são
fundidas e, nesse estado, com a adição de materiais provenientes de eléctrodos, são
ligadas por solda.
como stud bolts, com o perfil metálico (Fig. III.2). Neste processo aplica-se uma
corrente de alta intensidade (cerca de 1500 A) ao stud bolt a qual funde a ponta do
conector e a região de contato do perfil metálico, não havendo deposição de material
adicional, como ocorre na solda de arco elétrico.
O processo de soldagem por arco eléctrico (arc welding) pode ser executado por 4
métodos diferentes:
c) Solda com Proteção Gasosa (GMAW = Gás Metal Arc Welding) – neste
método o arame de solda é alimentado continuamente. Através de uma proteção
gasosa o material fundido é isolado do contato com o ar (Fig. III.5). Em
soldagem de estruturas metálicas utiliza-se normalmente o gás carbônico (CO2)
devido ao baixo custo deste gás. Este gás é ativo para altas temperaturas
originando o termo MAG (metal active gás). Originalmente este método era
usado somente com gás inerte, vindo daí o nome MIG (metal inert gás) com que
este tipo de solda é também conhecido. As vantagens deste método são a alta
velocidade de soldagem, a execução de solda sem poros e a possibilidade de
grande penetração. A desvantagem é que esta solda possui um acabamento pior,
apresentando mordeduras e respingos excessivos. O material do eletrodo para
soldagem de aços-carbono é um aço não-revestido, fornecido em rolos,
designado como ER70S-X, para eletrodos com tensão de ruptura de 70 ksi.
Fig. III.5 – Solda com Protecção Gasosa (Fig.13 Açominas)
d) Solda com Arame Tubular (FCAW = Flux Cored Arc Welding) – este
processo é semelhante ao GMAW exceto pelo fato que o arame de solda é
tubular e que contém fluxo no seu núcleo (Fig. III.6). O material do núcleo tem a
mesma função que o revestimento do eletrodo na solda SMAW ou que o fluxo
na solda SAW. O material do núcleo gera um gás protetor mas usualmente é
injetado gás carbônico adicional no processo. O método FCAW tem-se revelado
útil para soldas de campo em condições de temperaturas muito baixas bem como
tem agilizado as soldas de campo. Os eletrodos utilizados para solda FCAW são
designados como E6XT-X ou E7XT-X , para tensões de ruptura de 60 ksi ou 70
ksi, respectivamente.
De acordo com a posição relativa das peças a serem soldadas existem cinco tipos
básicos de juntas soldadas: − Junta de Topo (Butt Joint) − Junta “T” (Tee Joint) − Junta
de Canto (Corner Joint) − Junta Sobreposta (Lap Joint) − Junta de Borda (Edge Joint)
Estas juntas estão representadas na Fig. III.7 e a cada uma delas são associadas uma
letra de identificação, de acordo com a norma AWS D1.1. Esta letra servirá
posteriormente para designar cada um dos tipos de juntas pré-qualificadas da AWS.
b) Junta “T” – este tipo de junta é utilizado para fabricar seções tais como perfis I ou H
e perfis “T”, assim como para ligações de enrijecedores, consoles e demais peças que
formam ângulos retos entre si.Este tipo de junta é especialmente útil na ligação de perfis
compostos por tiras de chapas planas que podem ser unidas por soldas de filete ou
soldas de entalhe.
c) Junta de Canto – esta junta é utilizada principalmente para formar perfis caixão
soldados quadrados ou retangulares, utilizados em colunas e em vigas que precisam
resistir esforços torsionais consideráveis.
d) Junta Sobreposta – este é o tipo mais comum de junta, possuindo duas grandes
vantagens: facilidade de montagem, pois as peças podem ser levemente deslocadas para
acomodar pequenos erros de fabricação, e facilidade de ligação, pois as peças a serem
conectadas não
5 – TIPOS DE SOLDAS
− Solda de filete
O tipo de solda mais utilizado é a solda de filete. Para cargas leves a solda de filete é a
mais económica por não precisar de preparação no metal base. Para cargas elevadas as
soldas de entalhe se revelam mais eficientes, pois com elas consegue-se atingir a
resistência do metal base
SOLDA DE FILETE
As soldas de filete são as mais utilizadas em ligações soldadas devido à sua economia,
sua facilidade de execução e sua adaptabilidade.
Para as soldas de filete utiliza-se a seguinte nomenclatura (Fig. III.10): − Face de fusão
– região da superfície original do metal base onde ocorreu a fusão do metal base e do
metal da solda. − Raiz da solda (root) – linha comum às duas faces de fusão. − Perna do
filete (leg), “w” – menor dos lados, medidos nas faces de fusão, do maior triângulo
inscrito dentro da seção transversal de solda. A especificação de uma solda de filete é
feita através da dimensão de sua perna. − Garganta efetiva (effective throat), “tw” – é a
menor distância entre a raiz da solda e a face externa do triângulo inscrito. Para o caso
usual (solda com lados iguais e com ângulo reto) a garganta da solda vale 0,707.w, onde
w é a dimensão da solda.
Quando a solda de filete é executada pelo processo de arco submerso (SAW), tal como
ocorre nas soldas de composição de perfis soldados, pode-se aumentar a garganta
efetiva da solda para: 1) Para soldas de filete com perna igual ou inferior a 9,5 mm, a
garganta efetiva pode ser adotada como igual a perna da solda. 2) Para soldas de filete
com perna maior do que 9,5 mm, a garganta efetiva pode ser tomada como sendo a
garganta teórica mais 2,8 mm (ou seja, tw = 0,707.w + 2,8 mm, para soldas simétricas).
As soldas de filete são dimensionadas para resistir tensões de cisalhamento na sua área
efetiva, independente da orientação dos filetes de solda em relação à direção da carga
aplicada. Na Fig. III.11 os filetes de solda A são solicitados por cisalhamento
longitudinal enquanto que o filete de solda B está submetido a cisalhamento transversal.
Se a carga Ru aumenta até ultrapassar a resistência das soldas, a ruptura ocorrerá por
cisalhamento nos planos de menor resistência., ou seja, na área efetiva da solda. Testes
efetuados em ligações com soldas de filete, onde foram utilizados eletrodos compatíveis
com o metal base, demonstraram que a solda rompe através de sua garganta efetiva
antes da ruptura do metal base na sua área teórica da face de fusão. Apesar disso a NBR
8800:1986 limita a tensão de cisalhamento na área teórica da face de fusão de forma a
não exceder a tensão escoamento por cisalhamento.
Fig. III.11 – Tensões em Soldas de Filete
Quando se utiliza filetes de solda muito pequenos pode ocorrer um resfriamento rápido
após a soldagem, que origina tensões internas na solda as quais, por sua vez, podem
ocasionar a fissura da solda. Para evitar que isto ocorra limita-se a dimensão w do filete
de solda a um valor mínimo em função da espessura da peça mais grossa que está sendo
conectada (Tab. III.4). Tal dimensão mínima não necessita ultrapassar a espessura da
parte menos espessa, desde que seja obtida a resistência de cálculo necessária. Para essa
exceção e para que se obtenha uma solda de boa qualidade, devem ser tomados
cuidados especiais usando-se preaquecimento. Tabela III.4 – Dimensão mínima de
soldas de filete(1) Maior espessura do metal base na junta (mm) Dimensão nominal
mínima da solda de filete (mm) Abaixo de 6,35 e até 6,35 Acima de 6,35 até 12,5
Acima de 12,5 até 19 Acima de 19 3 5 6 8 (1) Para soldas executadas em um único
passe
As soldas de filete executadas ao longo de bordas das peças soldadas devem ter sua
dimensão limitada a um máximo. A dimensão máxima de uma solda de filete que pode
ser usada ao longo de bordas de partes soldadas é a seguinte: 1) Ao longo de bordas de
material com espessura inferior a 6,35 mm, não mais do que a espessura do material; 2)
Ao longo de bordas de material com espessura igual ou superior a 6,35 mm, não mais
do que a espessura do material subtraída de 1,5 mm.
O objectivo desta limitação é evitar que seja fundida a borda de chapas com espessura
de 6,35 mm ou mais, o que levaria a avaliações erradas da garganta efectiva da solda
(Fig. III.13). Portanto, para chapas com espessura maior ou igual a 6,35 mm a borda da
chapa deve ser facilmente identificada.
Quando forem usadas somente soldas de filete longitudinais nas ligações extremas de
barras chatas traccionadas, o comprimento de cada filete não pode ser menor que a
distância transversal entre eles (Fig. III.14). O espaçamento transversal de soldas de
filete longitudinais usadas em ligações de extremidade não pode ultrapassar 200 mm, a
menos que no projecto sejam tomadas medidas para evitar flexão transversal excessiva
na ligação.
Fig. III.14 – Soldas de Filete Longitudinal
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUSA JUNIOR, Nélio Gomes de. Projeto via computador de ligação solda viga
coluna em perfil I. Monografia (Graduação em engenharia Mecânica) 57f-Fesurv –
Universidade de Rio verde 2011.
Declaração
Eu Gina Piedade Francisco Joaquim Uache, declaro por minha honra que esse Projecto
Integrado é o fruto do meu esforço pessoal, o seu conteúdo é original e todas as citações
estão devidamente indicadas ao longo do projecto. Declaro ainda que este projecto
nunca foi antes apresentado em nenhuma outra instituição de ensino técnico profissional
para certificação do nível 5 em Mecânica Industrial.