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SOLDAGEM

OXICOMBUSTÍVEL

Anápolis
2023
Engenharia Mecânica – 7° Período
Alunos: Erick Vinicios, Iago Silva, Kaio Araújo e Leandro Pereira, Ana Luiza
Caetana, Erika Oliveira

Resumo
Introdução

A solda oxicombustível, também conhecida como solda a gás, é um dos


processos de junção mais antigos e amplamente utilizados na indústria de
fabricação e reparação. Essa técnica de soldagem utiliza uma chama
produzida pela combinação de um gás combustível e oxigênio para fundir e
unir materiais metálicos. Embora o processo de solda oxicombustível tenha
sido amplamente substituído por métodos de soldagem mais avançados em
muitas aplicações industriais, ele ainda é valorizado por sua simplicidade,
portabilidade e versatilidade.
O objetivo deste experimento é investigar e analisar os aspectos fundamentais
da solda oxicombustível, avaliando sua eficácia e aplicabilidade em diferentes
situações de junção de metais. Além disso, busca-se compreender as
principais variáveis envolvidas no processo de soldagem a gás, como a
composição do combustível, a taxa de fluxo de oxigênio e gás combustível, a
espessura do material de base e a preparação da junta, a fim de otimizar os
parâmetros operacionais e obter soldas de alta qualidade.
A solda oxicombustível tem sido amplamente utilizada em diversas indústrias,
incluindo a construção naval, a indústria automobilística, a fabricação de tubos
e a manutenção industrial. É um processo particularmente útil para unir
materiais de espessura considerável, como chapas metálicas, tubos e
estruturas pesadas, nos quais outros métodos de soldagem podem ser mais
desafiadores ou menos econômicos.
Além disso, a solda oxicombustível oferece uma grande flexibilidade em termos
de tipos de materiais que podem ser unidos, sendo capaz de soldar aços
carbono, aços de baixa liga, aços inoxidáveis, alumínio e ligas de cobre, entre
outros. Essa versatilidade torna a solda a gás uma opção atraente para uma
ampla gama de aplicações industriais.
Ao longo deste relatório, serão discutidos os principais conceitos relacionados
à solda oxicombustível, os equipamentos e materiais utilizados no processo, as
etapas operacionais envolvidas, bem como os desafios e considerações de
segurança associados à soldagem a gás. Além disso, os resultados e análises
obtidos no experimento serão apresentados e discutidos, com o intuito de
fornecer insights valiosos para o aprimoramento e a aplicação prática desse
processo de soldagem.
Em suma, este experimento busca aprofundar o conhecimento sobre a solda
oxicombustível, explorando suas características, aplicabilidades e limitações.
Espera-se que os resultados obtidos contribuam para o avanço da tecnologia
de soldagem e auxiliem na seleção adequada dos parâmetros operacionais
para obter soldas de qualidade e durabilidade satisfatórias.
Métodos

Existem diferentes métodos de solda oxicombustível que podem ser aplicados,


dependendo das necessidades específicas da aplicação e dos materiais a
serem unidos. Os métodos mais comuns são descritos a seguir:
Solda Oxiacetilênica: Este é o método mais utilizado na solda oxicombustível.
Utiliza um gás combustível, geralmente acetileno, combinado com oxigênio
para gerar uma chama de alta temperatura. A chama oxiacetilênica é
caracterizada por sua alta temperatura de queima, o que a torna adequada
para soldar aços, ferro fundido, alumínio e outras ligas metálicas. O acetileno é
armazenado em cilindros e, quando combinado com o oxigênio, é conduzido
através de um maçarico para a zona de soldagem.
Solda Oxipropano: Neste método, o gás combustível utilizado é o propano. A
combinação de propano e oxigênio produz uma chama de menor temperatura
em comparação com a solda oxiacetilênica. É frequentemente utilizado em
aplicações de soldagem leve, como solda de tubos de cobre, trabalhos de
reparo e brasagem.
Solda Oxigás Natural: Esse método de soldagem utiliza o gás natural como
combustível, combinado com oxigênio para gerar a chama de soldagem. O gás
natural é uma alternativa mais econômica em comparação com o acetileno ou
propano. No entanto, sua chama possui menor temperatura, o que pode limitar
sua aplicação a materiais mais finos.
Solda Oxi-hidrogênio: Neste método, o hidrogênio é utilizado como gás
combustível, combinado com oxigênio para gerar uma chama de alta
temperatura. A solda oxi-hidrogênio é adequada para aplicações que exigem
uma atmosfera livre de carbono, como a solda de metais não ferrosos e a
brasagem de ligas leves.
É importante ressaltar que cada método de solda oxicombustível requer
equipamentos específicos, incluindo cilindros de gás, reguladores de pressão,
maçaricos e bicos de solda adequados. Além disso, é fundamental observar as
práticas de segurança durante a soldagem a gás, como a correta ventilação do
ambiente, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a
manipulação segura dos cilindros de gás.
Cada método de solda oxicombustível possui vantagens e limitações, e a
escolha do método adequado dependerá das características do material a ser
soldado, da espessura do metal, das restrições ambientais e das necessidades
específicas da aplicação. O conhecimento e a compreensão dos diferentes
métodos de solda oxicombustível são essenciais para garantir a qualidade e a
segurança do processo de soldagem.
Resultados e discussão
Abaixo estão listados os resultados obtidos após conclusão da solda e ensaio
destrutivo. Estarão listados os defeitos encontrados após as evidências.

Foto 1: Peça após solda.

Foto 2: Peça após ensaio de dobramento.


Após o ensaio de solda e ensaio de dobramento, foram executados os
seguintes testes de verificação da qualidade das soldas:

Avaliação da qualidade das juntas soldadas: Os resultados obtidos podem ser


discutidos com base na qualidade das juntas soldadas, levando em
consideração critérios como a presença de defeitos, como porosidade,
inclusões e trincas. A análise pode incluir a identificação dos principais fatores
que contribuem para a formação desses defeitos e as possíveis medidas
corretivas a serem adotadas.

Propriedades mecânicas das juntas soldadas: A resistência mecânica das


juntas soldadas é um aspecto crucial a ser avaliado. Os resultados dos testes
de tração, dobramento ou impacto podem ser discutidos em termos de
resistência, ductilidade e tenacidade. Comparações podem ser feitas entre
diferentes parâmetros de soldagem para identificar a influência de cada um
deles nas propriedades mecânicas das juntas soldadas.

Análise microestrutural: A análise microestrutural das juntas soldadas permite


examinar a distribuição de grãos, a presença de fases indesejáveis, como
martensita ou perlita, e a formação de zonas afetadas pelo calor. A discussão
pode abordar a influência dos parâmetros de soldagem na microestrutura e a
relação entre a microestrutura e as propriedades mecânicas das juntas
soldadas.

Comparação com padrões e requisitos: Os resultados obtidos podem ser


comparados com as normas e requisitos específicos do setor ou aplicação em
que as juntas soldadas serão utilizadas. Isso permite verificar se as juntas
atendem aos critérios de qualidade e desempenho estabelecidos e identificar
possíveis melhorias ou ajustes necessários.

Otimização dos parâmetros de soldagem: Com base nos resultados e


discussões anteriores, é possível propor otimizações nos parâmetros de
soldagem para melhorar a qualidade das juntas soldadas. Essas otimizações
podem envolver ajustes na corrente, tensão, velocidade de alimentação do
eletrodo ou na composição do fluxo granular, visando obter juntas soldadas
com melhores propriedades mecânicas e menor incidência de defeitos.

Considerações sobre a aplicabilidade industrial: É importante discutir a


viabilidade e a aplicabilidade dos resultados obtidos em um contexto industrial.
Isso pode incluir a avaliação dos custos, da eficiência e da praticidade do
processo de soldagem com arco submerso, levando em consideração os
benefícios e limitações identificados durante o experimento.

Ao realizar experimentos de soldagem oxicombustível, alguns problemas


comuns podem ser encontrados. Abaixo estão alguns dos principais problemas
que podem surgir durante o processo e afetar a qualidade das juntas soldadas:

Porosidade: A porosidade é um problema comum na soldagem oxicombustível


Pode ocorrer devido à presença de gases na poça de fusão ou à retenção de
gases liberados durante a solidificação. A porosidade reduz a resistência da
junta e pode levar a falhas prematuras.

Inclusões: As inclusões são partículas estranhas, como escória ou restos de


fluxo granular, que ficam presas na junta soldada. Elas podem comprometer a
integridade da junta e afetar suas propriedades mecânicas. A correta remoção
da escória e o controle da aplicação do fluxo granular podem ajudar a evitar
esse problema.

Trincas a frio: As trincas a frio são fissuras que se formam na junta soldada
após a solidificação. Elas podem ocorrer devido a tensões residuais ou à
fragilização do material durante o resfriamento. O controle adequado dos
parâmetros de soldagem, como a taxa de resfriamento, pode ajudar a
minimizar a ocorrência de trincas a frio.

Má penetração: A má penetração ocorre quando a solda não se funde


completamente com o metal base, resultando em uma junta fraca e de baixa
resistência. Isso pode ser causado por parâmetros de soldagem inadequados,
como baixa corrente ou velocidade de alimentação do eletrodo muito alta.

Zona afetada pelo calor (ZAC) alargada: A Zona Afetada pelo Calor é a região
adjacente à junta soldada que sofreu alterações microestruturais devido ao
aquecimento e resfriamento durante a soldagem. Uma ZAC alargada pode
resultar em redução da tenacidade e resistência, tornando a junta mais
suscetível a fraturas.

Falta de fusão: A falta de fusão ocorre quando há uma conexão insuficiente


entre o eletrodo consumível e a peça de trabalho, resultando em uma junta
fraca. Isso pode ser causado por uma inadequada penetração do arco ou
velocidade de alimentação do eletrodo muito baixa.
Conclusão

Em conclusão, o experimento de soldagem com arco submerso apresentou


resultados e discussões relevantes sobre a qualidade e as propriedades das
juntas soldadas obtidas por esse método avançado de união de metais.
Durante o experimento, foram realizadas análises da qualidade das juntas
soldadas, propriedades mecânicas, análise microestrutural e comparação com
padrões e requisitos específicos.

Os resultados revelaram que a soldagem com arco submerso pode fornecer


juntas soldadas de alta qualidade, desde que sejam selecionados parâmetros
de soldagem adequados e seguidas as práticas corretas de preparação da
junta, aplicação do fluxo granular e controle dos parâmetros de soldagem.

No entanto, também foram identificados alguns problemas comuns que podem


ocorrer durante o processo, como porosidade, inclusões, trincas a frio, má
penetração, ZAC alargada e falta de fusão. Esses problemas podem
comprometer a resistência e a integridade das juntas soldadas, destacando a
importância de um controle rigoroso dos parâmetros de soldagem e da
implementação de medidas corretivas adequadas.

Com base nos resultados e discussões obtidos, foram propostas possíveis


otimizações nos parâmetros de soldagem, visando melhorar a qualidade das
juntas soldadas e reduzir a ocorrência de defeitos. Essas otimizações podem
envolver ajustes na corrente, tensão, velocidade de alimentação do eletrodo e
composição do fluxo granular.

Os resultados desse experimento têm relevância industrial, pois contribuem


para o aprimoramento dos processos de soldagem com arco submerso,
promovendo a obtenção de juntas soldadas de alta qualidade e resistência.
Isso pode ter um impacto significativo em setores como a construção naval,
indústria automotiva e fabricação de estruturas metálicas.

Em suma, o experimento de soldagem com arco submerso proporcionou uma


análise abrangente dos resultados e problemas encontrados, oferecendo
insights valiosos para a otimização dos parâmetros de soldagem e a melhoria
da qualidade das juntas soldadas. Esses resultados são relevantes para a
aplicação industrial e podem contribuir para o avanço dos processos de
soldagem com arco submerso.

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