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"Operação que visa obter a união de duas ou mais peças, assegurando, na junta soldada, a
continuidade de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas".
"Operação que visa obter a coalescência (FUSÃO) localizada produzida pelo aquecimento até uma
temperatura adequada, com ou sem a aplicação de pressão e de metal de adição." (Definição a
adotada pela AWS - American Welding Society).
“Processo de união de materiais baseado no estabelecimento, na região de contato entre os
materiais sendo unidos, de forças de ligação química de natureza similar às atuantes no interior dos
próprios materiais.”
O equipamento básico para a soldagem GMAW consiste de fonte de energia, tocha de soldagem,
fonte de gás e alimentador de arame (figura 02). A fonte de energia tem, em geral, uma saída de tensão
constante, regulável entre 15 e 50 V, que é usada em conjunto com um alimentador de arame de
velocidade regulável entre cerca de 01 e 20 m/min. Este sistema ajusta automaticamente o comprimento
do arco através de variações da corrente, sendo mais simples do que sistemas alternativos. Na
soldagem GMAW, utiliza-se, em praticamente todas as aplicações, corrente contínua com o eletrodo
ligado ao pólo positivo (CC+). Recentemente, o processo tem sido utilizado com corrente alternada (CA)
para a soldagem de juntas de pequena espessura de alumínio.
Figura 02 - Equipamento
básico de soldagem MIG/MAG.
1 - Ar + CO2 CO + ½O2 + Ar
2 - Fe (aço) + ½O2 FeO
3 - FeO + C (aço) Fe + CO
O gás CO produz poros no cordão de solda. Para que isto não ocorra, são adicionados
elementos desoxidantes ao arame, como o silício e o manganês, não ocorrendo a reação n-º3 mas sim
as reações abaixo:
- Penetração.
O CO2 puro ou mistura como o #C25 proporcionam maior penetração que misturas ricas em
argônio, em transferência por curto circuito. Já em transferência tipo spray, devido ao alto nível de
energia do arco elétrico, as misturas ricas em argônio produzem penetrações elevadas.
- Quantidade de respingos.
Os respingos com misturas a base de argônio são menores e em quantidade inferior quando
comparados ao CO2. Quando se utiliza misturas ricas em argônio (85% ou mais de argônio) e em
transferência em spray, a quantidade de respingos é desprezível.
- Acabamento.
Para baixo nível de energia, o acabamento dos cordões de solda é semelhante. Já para correntes
elevadas, as misturas a base de argônio produzem melhor acabamento em relação ao CO2.
- Velocidade de soldagem.
Quanto menor o teor de CO2 maior a velocidade de soldagem (produtividade). A adição de
oxigênio (5% no máximo) ao argônio puro resulta em misturas de altíssima produtividade.
ESPECIFICAÇÃO MATERIAIS
AWS - A 5.7 Cobre e suas ligas
AWS - A 5.9 Aço inox e aços com alto Cr
AWS - A 5.10 Alumínio e suas ligas
AWS - A 5.14 Níquel e suas ligas
AWS - A5.15 Ferros Fundidos
AWS - A 5.16 Titânio e suas ligas
AWS - A 5.18 Aço Carbono e baixa liga
AWS - A 5.19 Magnésio e suas ligas
AWS - A5.28 Aços Baixa Liga
Tabela 01 - Especificações AWS de Materiais de Adição para MIG/MAG
Este tipo de transferência permite a soldagem em todas as posições e possui uma energia
relativamente baixa, restringindo o seu uso para grandes espessuras. A utilização de misturas a base
de argônio proporciona boa estabilidade de arco e gotas pequenas minimizando a projeção de
respingos.
Elaborado por: Rodrigo Satyro Página 7
- Transferência globular.
Tipo de transferência obtida com nível de energia maior que no caso anterior. Misturas a base de
argônio com menos de 15% de CO2 possuem uma pequena faixa de trabalho em regime globular,
passando para spray com o aumento da energia de soldagem. Já, misturas com mais de 15% de
CO2 ou CO2 puro não entram em spray, permanecendo em regime globular com o aumento da
energia de soldagem. Nesta transferência, o metal se projeta por gotas de diâmetro bem maior que o
diâmetro do arame, principalmente quando se utiliza o gás CO2 como gás de proteção. Com isto,
temos uma geração excessiva de respingos. A figura 06 mostra o processo de transferência globular.
- Transferência em spray.
Figura 08: transferência em spray - o arco não extingue, pois o arame não toca a peça.
Obs.: A utilização de fontes pulsadas permite a soldagem fora de posição com este tipo de transferência.
Por esta figura observa-se também a influência da velocidade do arame no perfil do cordão de solda.
Com o aumento da extensão do eletrodo temos uma queda na corrente e uma elevação na
tensão de serviço. Uma menor quantidade de corrente é necessária para fundir o arame devido ao
aquecimento do mesmo pelo aumento da resistência elétrica do circuito. Portanto, aumentando-se o stick
out, aumentamos a taxa de fusão do arame e vice-versa.
A velocidade de soldagem é a relação entre o caminho percorrido pelo arco ao longo da peça e o
tempo gasto para percorrê-lo. Esse parâmetro é normalmente expresso em cm/min. ou mm/min. Três
regras gerais podem ser enunciadas com respeito à velocidade de soldagem:
Quando a espessura da peça aumenta a velocidade de soldagem deve diminuir;
Para uma dada espessura de peça e tipo de junta, quando a corrente de soldagem aumentar a
velocidade de soldagem também deve aumentar e vice-versa;
Maiores velocidades de soldagem são alcançadas empregando a técnica de soldagem empurrando.
Esta é outra variável que tem influência sobre a penetração de solda. De acordo com a figura 15,
soldando-se com inclinação positiva (puxando a solda), o arco elétrico atua diretamente sobre a poça de
fusão, aumentando a penetração. Já, no sentido negativo (empurrando a solda), o arco elétrico
permanece sobre o metal de base frio, reduzindo a penetração da solda.
4.6.2. Indutância.
Variável que reduz a quantidade de respingos durante a transferência por curto circuito. A
indutância age sobre o pico de corrente de curto circuito, retardando o tempo em que esta atinge o seu
valor máximo. Desta maneira, o arco elétrico reascende com menos violência reduzindo a quantidade de
respingos como mostra a figura 16.
Figura 16. Influência da indutância na quantidade de respingos durante a transferência por curto circuito.
Abertura de raiz (root opening) é a separação entre as peças a serem unidas na raiz da junta
(figura 1).
Ângulo do bisel (bevel angle) é o ângulo formado por um plano perpendicular à superfície da peça
e a borda preparada da junta a ser soldada (figura 1).
Ângulo do chanfro (groove angle) é o ângulo integral do chanfro entre as partes a serem unidas
por soldagem (figura 1).
Camada (layer) é o conjunto de passes, ou cordões, depositados na mesma junta (figura 3).
Cobre-junta (backing) é o material (metal de base, solda, material granulado, cobre, ou carvão,
colocado junto à raiz), com a finalidade de suportar o metal fundido durante a execução de soldagem.
Consumível é todo material empregado na operação de soldagem, como material de adição ou de
proteção, tais como; eletrodos, varetas, arame, fluxos, gases etc.
Cordão de solda (weld bead) é o depósito de solda resultante de um passe (ver figura 3).
Corpo de prova (test speciment) é a amostra retirada da chapa ou peça de teste de produção para
executar exames através de ensaios mecânicos, químicos ou metalográfico (veja item 13).
Corrente de soldagem (weldimg current) é a corrente elétrica utilizada no circuito de soldagem
durante a execução da solda.
Equipamento soldado é o produto da fabricação, construção e/ou montagem soldada, tais como:
equipamentos de caldeiraria, tubulação, estruturas metálicas, tanques, tubulação, oleodutos,
gasodutos etc.
Equipamento de soldagem é a máquina, ferramentas, instrumentos, estufas e dispositivos
empregados na operação de soldagem.
Escama de solda (stringer bead, weave bead) é o aspecto da face da solda semelhante à escamas
de peixe. Quando depositada sem oscilação transversal. Assemelha-se à uma fileira de letra V. Em
deposição com oscilação transversal, assemelha-se à escamas entrelaçadas (ver figura 6).
Face do chanfro (groove face) é a superfície cortada como preparação de uma junta (figura 7).
Gabarito de solda (weld gage) é o dispositivo para verificar a forma e a dimensão de soldas.
Garganta efetiva (effective throat) é a distância mínima da raiz da solda à sua face menos qualquer
reforço (figuras 5 e 9).
Garganta de solda (throat of a fillet weld) (ver figuras 5 e 9) é a dimensão de uma solda em ângulo
que determina a distância entre a raiz da junta e:
a) hipotenusa do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da solda (garganta teórica);
b) a face da solda (garganta real);
c) a face da solda menos o reforço (garganta efetiva).
Gás de proteção (shielding gas) é o gás utilizado para prevenir contaminações indesejáveis pela
atmosfera.
Gás inerte (inert gas) é o gás que normalmente não se combina quimicamente com o metal de base
ou metal de adição.
Geometria da junta (joint geometry) é a forma e dimensões da seção transversal de uma junta
antes da soldagem.
Inspetor de soldagem (welding inspector) é o profissional qualificado para exercer as atividades
de controle de qualidade relativas à soldagem.
Junta dissimilar (dissimilar joint) é a junta soldada, cuja composição do material de base das
peças difere entre si significativamente.
Junta sobreposta (lap joint) é a junta formada por dois componentes a soldar, de tal maneira que
suas superfícies se sobrepõem (figura 12).
Junta soldada (weld joint) é a união obtida por soldagem, de dois ou mais componentes, incluindo
zona fundida, zona afetada termicamente e metal de base nas proximidades da solda (união).
Junta de topo (butt joint) é a junta entre duas peças alinhadas no mesmo, ou aproximadamente no
mesmo plano (figura 4).
Margem da solda (toe of weld) é a junção entre a face da solda e o metal de base (ver figura 13).
Metal de adição (filler metal) é o metal a ser adicionado na soldagem de uma junta.
Metal de base (base metal, parent metal) é o metal (da peça) a ser soldado, brasado ou cortado.
Metal depositado (deposited metal) é o metal de adição que foi depositado durante a operação de
soldagem.
Metal de solda (weld metal) é a porção de solda que foi fundida durante a soldagem.
Operador de soldagem (welding operator) é a pessoa capacitada a operar máquina ou
equipamento de soldagem automática.
Passe (pass) é a progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta, depósito de solda ou
substrato. O resultado de um passe é um cordão de solda, que também se constitui numa camada de
solda (ver figura 3).
Perna de solda (leg of a fillet weld) é à distância da raiz da junta à margem da solda em ângulo (ver
figura 5).
Poça de fusão (molten weld pool) é a zona em fusão, a cada instante, durante uma soldagem, ou o
estado líquido de uma solda antes de se solidificar.
Polaridade direta (straight polarity) é o tipo de ligação para soldagem com corrente contínua,
sendo o porta-eletrodo ligado ao terminal negativo (-) da máquina de solda, e a peça ligada ao
terminal positivo (+). Considera-se a energia elétrica fluindo do eletrodo para a peça [sentido do fluxo
elétrico (-) >para o> (+)].
Polaridade inversa (reverse polarity) é o tipo de ligação para soldagem em corrente contínua,
sendo a peça ligada ao terminal negativo (-) da máquina de solda, e o porta-eletrodo ao terminal
positivo (+). Considera-se a energia elétrica fluindo da peça para o eletrodo [sentido do fluxo elétrico
(-) >para o> (+)].
Raiz da junta (root of joint) é a porção da junta a ser soldada onde as partes estão o mais próximo
possível entre si. Em uma seção transversal, a raiz pode ser um “ponto”, uma “linha”, ou uma área
(ver figura 20).
85 Raiz da solda (root of weld) são os “pontos” (regiões), nos quais a parte posterior da solda
intersecta as superfícies do metal de base (figuras 8 e 21).
Raiz da solda (root of weld) são os “pontos” (regiões), nos quais a parte posterior da solda
intersecta as superfícies do metal de base (figuras 8 e 21).
Reforço de solda (reinforcement of weld) é o metal de solda em excesso, além do necessário,
para preencher a junta; excesso de material depositado nos últimos passes, ou na última camada
(figura 13 e 21).
Seqüência de passes (joint buildup sequence) é a ordem pela qual os passes de uma solda multi-
passe são depositados na seção transversal da junta (ver figura 3)
Seqüência de soldagem (welding sequence) é a ordem pela qual são executadas as soldas em um
equipamento.
Solda (weld) é a união (permanente) de partes (peças, membros, órgãos, elementos etc.), metálicas
ou não-metálicas, produzida pelo aquecimento dos materiais à temperaturas adequadas, com ou sem
aplicação de pressão, ou apenas com aplicação de pressão, e com ou sem participação de material
de adição.
Solda em ângulo (fillet weld) é a solda de duas partes (peças, membros, órgãos, elementos etc.)
que em seção transversal formam aproximadamente um ângulo reto (figuras 1, 5, 9, 11, 15, 16, 17,
18 e 20).
Solda autógena (autogenous weld) é a solda com fusão da junta, que ao se recristalizar faz a união
das partes (é a solda por fusão feita pelo próprio material das peças). Pode haver ou não participação
de metal de adição (se houver, o material de adição tem que ser o mais semelhante possível ao
metal de base)
Solda automática (automatic welding) é a soldagem com equipamento que executa toda a
operação sob observação e controle de um operador de soldagem (sem a utilização direta da sua
mão-de-obra).
Solda em cadeia (chain intermittent fillet weld) é a solda em ângulo usada nas juntas de cordões
intermitentes (trechos de cordão igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal modo que, a
um trecho com cordão sempre se segue outro sem cordão (ver figura 23).
Solda em chanfro (groove weld) é a solda executada em um chanfro (figuras 1, 4, 7 e 14).
Solda de costura (seam weld) é a solda contínua executada em cima ou entre membros
sobrepostos. A solda de costura pode consistir de um único passe ou de uma série de soldas por
ponto (ver figura 24).
Solda descontínua (intermittent weld) é a solda na qual a continuidade é interrompida por
espaçamentos sem solda (figura 23).
Solda descontínua coincidente é a solda em ângulo usada nas juntas em ângulo, de cordões
intermitentes (trechos de cordão igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal modo que, a
um trecho com cordão intercalado sempre corresponde outro igualmente com cordão intercalado e da
mesma forma (ver figura 23 A).
Solda descontínua intercalada é a solda em ângulo usada nas juntas em ângulo, de cordões
intermitentes (trechos de cordão igualmente espaçados) que não coincidem entre si, de tal modo que,
a um trecho com cordão intercalado, corresponde outro cordão com solda também intercalada, mas
de forma contrária (figura 23 B).
Solda em escalão (staggered intermittent weld) (o mesmo que solda descontínua intercalada) é a
solda em ângulo, usadas nas juntas em “T”, composta de cordões intermitentes que se alternam
entre si, de tal modo que a um trecho de cordão se opõe uma parte não soldada (ver figura 23B).
Sopro magnético (arc blow) é a deflexão de um arco elétrico (voltaico) de seu percurso normal,
devido às forças magnéticas.
Taxa de deposição (deposition rate) é o peso de material de adição depositado por unidade de
tempo.
Zona afetada termicamente (heat-affected zone) é a porção do metal de base que não foi fundido,
mas cujas propriedades mecânicas, ou microestrutura, foram alteradas pelo calor da soldagem,
brasagem ou corte [(3) da figura 27)].
Zona de fusão (fusion zone) é a área fundida do metal de base, na seção transversal da solda [(1)
da figura 27)], ou zona fundida, que é a região da junta soldada que esteve momentaneamente no
estado liquido e cuja solidificação resultou devido ao desligamento, ou ao afastamento da fonte de
calor [(1) da figura 27)].
Zona de ligação é a região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região que durante a
soldagem foi aquecida entre as linhas “líquidus” e “sólidus”. Para os metais puros se reduz a uma
superfície [(2) da figura 27)].
O assunto é relevante para a boa formação do profissional que deve saber identificar os
problemas que podem ocorrer numa operação de soldagem e como evitá-los, ou corrigi-los.
Ângulo excessivo de reforço é uma descontinuidade definida pelo ângulo exagerado formado entre
o plano da superfície do metal de base (superfície da peça) e o plano tangente ao reforço de solda
(cordão), traçado a partir da margem da solda (figura 1).
Cavidade alongada é uma descontinuidade formada por uma cavidade alongada, ou um vazio não
arredondado, com a maior dimensão paralela ao eixo da solda, podendo estar localizada no interior
da solda (figura 2a) ou na raiz da solda (figura 2b).
Concavidade de raiz é uma reentrância na raiz da solda, podendo ser central, situada ao longo do
centro do cordão (figura 3a), ou lateral, situada nas laterais do cordão (figura 3b).
Concavidade excessiva de face é uma solda em ângulo com face excessivamente côncava (figura
4).
Convexidade excessiva de face é uma solda em ângulo com convexidade excessivamente convexa
(figura 5).
Desalinhamento é a junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora paralelas,
apresentam-se desalinhadas excedendo a configuração de projeto (figura 8).
Embicamento é a deformação angular da junta soldada de topo (figura 9).
Falta de fusão é a fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre os passes da
zona fundida. Pode estar localizada na zona de ligação (figura 10a), entre os passes (figura 10b), ou
na raiz da solda (figura 10c e 10d).
Falta de penetração é a insuficiência de metal na raiz da solda (figura 11).
14 Fissura é o mesmo que trinca, que é uma descontinuidade bidimensional produzida pela ruptura
local do material (ver fissura).
Inclusão de escória é a presença de um material não metálico retido na zona fundida. Podem
aparecer inclusões alinhadas (figuras 12a e 12b), isoladas (figura 12c) e agrupadas (figura 12 d).
Rachadura é o mesmo que trinca (trinca é uma descontinuidade bidimensional produzida pela
ruptura local do material.
Elaborado por: Rodrigo Satyro Página 27
Rechupe de cratera é falta de metal resultante da contração da zona fundida, localizada na cratera
do cordão de solda (figura 21)
Reforço excessivo é o excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda (figura 22).
Trinca longitudinal é uma trinca com direção aproximadamente paralela ao eixo longitudinal do
cordão de solda, podendo estar localizada na zona fundida (figura 28a), na zona de ligação (figura
28b), na zona afetada termicamente (figura 28c) ou no metal de base (figura 28d).
Trinca na raiz é uma trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada na zona fundida
(figura 30a), ou na zona afetada termicamente (figura 30b).
Trinca ramificada é um conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar localizado na
zona fundida (figura 31a), na zona afetada termicamente (figura 32b) ou no metal de base (figura
31c).
Trinca sob o cordão é a trinca localizada na zona afetada termicamente, internamente, não se
estendendo à superfície da peça (figura 32).
Trinca transversal é uma trinca com direção aproximadamente perpendicular ao eixo longitudinal do
cordão de solda, podendo estar localizada na zona fundida (figura 33a), na zona afetada
termicamente (figura 33b) ou no metal de base (figura 33c).
A posição do símbolo básico na linha de referência indica se a solda será depositada no mesmo
lado ou no lado oposto do local indicado no desenho pela seta figura S3:
Figura S4. Código do processo conforme ISO 4063, utilizada pela Mercedes.
Figura S7.
Lado Oposto. Soldas do outro lado da junta deverão ser representadas pela colocação do
símbolo de solda acima da linha de referência figura S8.
Figura S8.
9. SEGURANÇA
Devido o soldador estar sujeito a itens agressivos como os respingos de solda, radiações ultra violeta
e infra vermelha, fumos em ambientes fechados, queimaduras por peças quentes e choques elétricos,
para sua proteção é indispensável a utilização de EPI completo indicado para o processo, ou seja:
máscara com lente apropriada (em função da amperagem utilizada de acordo com a tabela abaixo ),
luvas, perneiras, avental, mangotes, sapato e óculos de segurança como mostra a figura seguinte.
9.1.1. Definição
Fumos são partículas sólidas que tem origem nos consumíveis de soldagem, no metal base e
qualquer camada protetora presente no metal base. Gases podem ser usados para proteger o metal de
solda líquido ou serem produzidos durante a soldagem pelo efeito da radiação do arco elétrico sobre o
meio ambiente. Informações adequadas sobre o efeito destes fumos e gases podem ser obtidas na
"Ficha de Segurança do Material" (Material Safety Data Sheets - MSDSS) para todos os materiais
utilizados (consumíveis, metais base e camadas protetoras). Para ajuda, consulte um especialista
reconhecido em segurança industrial ou serviços ambientais. A quantidade e composição dos fumos e
gases dependem das seguintes variáveis: composição do metal de solda e do metal base, processo de
soldagem, nível de corrente, comprimento do arco e tipo de gás de proteção.
9.2.1. Introdução
A maioria dos processos de soldagem ao arco elétrico e corte, soldagem a laser, soldagem e
corte oxi-acetilênico e brasagem, a quantidade de radiação emitida requer medidas de segurança. Alguns
processos como soldagem por resistência e soldagem por pressão normalmente produzem muito pouca
energia radiante.
9.2.2. Definição
A radiação é energia eletromagnética fornecida pelo arco ou chama que pode ferir os olhos e queimar a
pele. Um operador vê a luz visível, entretanto não vê ou percebe a radiação ultravioleta e a
infravermelha. A radiação é muitas vezes silenciosa e indetectável, mas pode provocar danos ao corpo
humano. Todos os usuários desses processos devem informar-se sobre os efeitos da radiação.
Use capacete ou máscara de soldagem com o filtro de proteção correto de acordo com ANSI Z87.1.
Cortinas coloridas são usadas em soldagem não são usados para proteger transeuntes de exposição
acidental à radiação. Não devem ser usadas como filtros para soldagem
Proteger a pele com luvas e roupas adequadas de acordo com ANSI Z49.1.
Esteja atento aos reflexos do arco elétrico, e proteja as pessoas destas intensas radiações.
Nota: Paredes pintadas com tintas com pigmentos à base de dióxido de Titânio ou oxido de zinco têm
baixa refletância à radiação ultravioleta.
Operações de soldagem em locais que tem outros trabalhadores, garanta que estes não fiquem expostos
à radiação. Use anteparos ou cortinas em locais adequados para evitar a exposição dos outros
trabalhadores ou transeuntes.
Use óculos de segurança com proteção UV e proteção lateral além do capacete de soldagem
com o de filtro de proteção adequado. A proteção lateral é necessária para evitar a radiação refletida.
Todas as pessoas devem usar esses óculos de segurança com proteção UV e proteção lateral sempre
que estiver próximo das áreas de corte ou soldagem. Escolher os óculos de segurança de acordo com
ANSI Z87.1.
9.3.1. Introdução
Choque elétrico proveniente de processos de soldagem e corte pode matar ou causar severas
queimaduras e ferimentos. O eletrodo e o circuito de trabalho encontram-se energizados eletricamente
quando a soldagem é iniciada. O circuito das maquinas de solda também encontram-se energizados
quando o comando é acionado. O arame de soldagem, o carretel e rolos de alimentação do arame
encontram-se energizados durante a soldagem
Não toque em um eletrodo energizado enquanto você estiver em contato com o circuito de trabalho.
Em espaços confinados ou em locais com riscos elétricos devido a presença de água ou
transpiração, não use equipamentos em CA (corrente alternada) a menos que esteja equipado com
redutor de voltagem e controle remoto. Use equipamento de soldagem com CC (corrente contínua).
Use cintos de segurança ao trabalha acima do nível do solo, em locais onde não existem medidas de
proteção como grades, paredes, cercas ou equivalentes.
Desligar todo o equipamento quando não estiver sendo usado. Desconectar a entrada de energia do
equipamento se este não for utilizado ou estiver fora de uso.
Desconecte a entrada de energia ou pare o motor antes de instalar ou reparar o equipamento de
soldagem.