Você está na página 1de 26

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA

ALINE DE ALMEIDA BRITO


MATHEUS SAMPAIO SANTOS
RICARDO DAMASCENO SANTOS

PROCESSO DE QUALIDADE E RESISTÊNCIA DE UMA ESTRUTURA SOLDADA


UTILIZANDO ELETRODO REVESTIDO

Feira de Santana
2022
1

ALINE DE ALMEIDA BRITO


MATHEUS SAMPAIO SANTOS
RICARDO DAMASCENO SANTOS

PROCESSO DE QUALIDADE E RESISTÊNCIA DE UMA ESTRUTURA SOLDADA


UTILIZANDO ELETRODO REVESTIDO

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de


Engenharia Mecânica, da Unidade de Ensino
Superior de Feira de Santana, como requisito
avaliativo para o componente curricular de
Trabalho de conclusão de curso I.

Orientador: Prof. Raoni Sol Santos Nunes

Feira de Santana
2022
2

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Processo de soldagem com eletrodo revestido 10


Figura 2 – Representação Soldagem por Ponto 30
Fluxograma 1 – Etapas do Experimento 15
Fluxograma 2 – Título do fluxograma 28
Quadro 1 – Propriedades da matéria prima do revestimento 14
Quadro 2 – Título do quadro 32
3

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Composição química dos eletrodos revestidos de baixa liga


Tabela 2: Materiais - Fonte: Autores 20
Tabela 3: Etapas do Experimento - Fonte: Autores 20
Tabela 3 – Orçamento - Fonte: Autores 23
Tabela 4: Cronograma - Fonte: Autores 23
4

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SMAW Shielded Metal Arc Welding


RSW Solda Ponto
RPW Solda Projeção
RSEW Solda Costura
UW Solda Topo
5

LISTA DE SÍMBOLOS

mm Descrição do símbolo
∑ Descrição do símbolo
β Descrição do símbolo
π Descrição do símbolo
6

SUMÁRIO

1 TEMA 8
2 PROBLEMA 9
3 HIPÓTESES 10
4 OBJETIVOS 11
4.1 Objetivo geral 11
4.2 Objetivos específicos 11
5 INTRODUÇÃO 12
6 JUSTIFICATIVA 14
7 REFERENCIAL TEÓRICO 15
8 METODOLOGIA 16
9 REFERÊNCIAS 17
10 ORÇAMENTO 18
11 CRONOGRAMA 19
ANEXO 20
7

1 TEMA

Processo de Qualidade e Resistência de uma Estrutura Soldada Utilizando


Eletrodo Revestido.
8

2 PROBLEMA

Em um processo de soldagem existem diversos meios para se obter um bom


resultado, entretanto nem sempre o resultado é o esperado por inúmeras
circunstâncias. Hoje já existem estudos mostrando como fazer uma boa preparação
para a soldagem, com diversos tipos de materiais, técnicas e formas para ser
aplicada, tendo assim um resultado satisfatório, (CAGNINI NETO, 2018).
A falta de uma boa resistência e qualidade nas soldas pode causar
acidentes de trabalho, insatisfação de clientes, perdas de materiais e
consequentemente perdas de recursos, fazendo com que todo o processo seja
desperdiçado, perdendo assim tempo e adquirindo retrabalho, (FELIZARDO, 2016).
9

3 HIPÓTESES

A maioria dos cordões de solda são feitos utilizando a penetração do aço


derretido (eletrodo), esse material tem por objetivo unir as duas peças e ao mesmo
tempo proporcionando resistência na nova peça formada, (DALCIN, 2016).
Saber qual eletrodo se utiliza em determinado metal base é essencial para
termos uma boa solda com resistência e qualidade, sendo que na maioria dos
metais de aço carbono nós utilizamos os eletrodos revestidos E6013, E7018 e
E6010, (DALCIN, 2016).
10

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo geral

Avaliar a resistência e qualidade dos tipos de eletrodos, pelo processo de


soldagem por pontos utilizando eletrodo revestido com aço laminado, sabendo que
cada eletrodo tem um certo padrão de qualidade no acabamento da solda.

4.2 Objetivos específicos

● Realizar a coleta e informações dos materiais;


● Executar o ensaio de soldagem e o ensaio de resistência no material soldado;
● Avaliar qual tipo de solda tem mais resistência;
11

5 INTRODUÇÃO

O conceito da forja surgiu em meados de 3000 A.C., e com o decorrer do


tempo na Revolução Industrial com a descoberta do arco elétrico em 1801 pelo
inglês Sir Humphry Davy, foi quando tudo começou a mudar relacionado à solda. O
eletrodo revestido surgiu no início do século XIX por A.P Strohmenger e Oscar
Kjelberg, por sua vez era um eletrodo coberto por uma camada de argila, para
facilitar a manutenção e abertura do arco, quando fornecido elementos que facilitem
a ionização do arco elétrico. Outra função do eletrodo revestido era proteger o
ambiente onde existia movimentação de pessoas, por causa dos elementos
químicos que reagem com os gases da atmosfera, para que não entrassem na
solda, (KÉVIN, 2021).
Os avanços tecnológicos e a descoberta de novos materiais garantem a
automatização dos processos. Este processo de soldagem nada mais é que a união
de metais, que consiste em fundir localmente o metal de base, formando assim uma
poça de fusão. Normalmente junto à poça de fusão é adicionado mais material, que
serve para preencher o local. Logo após o resfriamento da poça de fusão, e do
material que foi adicionado, formam assim uma única peça, (BARBOSA, 2015).
Sendo utilizado hoje em diversos tipos de indústrias, a solda por eletrodo
revestido (do inglês, Shielded Metal Arc Welding – SMAW) é considerado mais
prático, confiável e eficiente, pois ela é utilizada para a deposição de material sobre
a peça, reparando as partes desgastadas, aumentando assim a vida útil da mesma.
Desta forma o colaborador tende a reduzir custos de fabricação e produção, pois
diversos produtos no mercado não poderiam ser produzidos sem as técnicas de
soldagem, como por exemplo, automóveis, equipamentos industriais, componentes
estruturais, hidrelétricas, dentre outras, (ROCHA, 2017).
Os aços forjados podem não ter normas tão rígidas para fins estruturais
como os aços laminados, e por isso implementar este tipo de material em meios que
o mesmo não está tão habituado pode ser um desafio imenso para implementarmos
a solda em suas respectivas falhas. Isso fez com que algumas empresas
desenvolvessem aços com uma tenacidade um pouco maior em relação a outros
aços forjados como é o caso do 4130 e 8630, (SANTOS FILHO, 2018).
O processo de soldagem pode ser feito através de uma fonte geradora, na
qual podemos chamar de inversora de solda. Este tipo de equipamento tem por
12

finalidade, utilizar a corrente elétrica para derreter determinados eletrodos, como por
exemplo: E6013 e E7018, formando assim um arco elétrico, e por sua vez, o cordão
de solda, (DALCIN, 2016).

6 Justificativa

É interessante que toda indústria foque na qualidade e na resistência dos


seus processos de soldagem, fazendo com que toda a junta soldada não sofram
13

consequências advinda de falhas na soldagem, pois, neste processo, toda estrutura


química e física do metal sofre transformações, que se não forem bem monitoradas
podem causar falhas, (PEREIRA, 2013).
Com o uso desses processos, a empresa garante que todos os seus produtos
podem ser facilmente comercializados e com a certeza de que a segurança estará
sendo um dos pilares de sua política (BENEDETTE CARLOS, NETO MANUEL
2013).
O uso de ferramentas gráficas pode ser de grande importância para que se
possa identificar possíveis falhas nas juntas soldadas, falhas essas, que podem
causar vazamentos, trincas, e vários outros problemas mecânicos, para isso, utiliza-
se equipamentos de ultra som, e também softwares como solidworks (CAMARGO
RAFAEL, FERREIRA ARIANE 2017).
O processo de qualidade também pode ser de muita utilidade para que as
empresas tenham um feedback de seus clientes sobre seus produtos, já que os
mesmos, através do uso no dia a dia, pode educar os engenheiros e profissionais da
linha de montagem a adquirir novos métodos de qualidade que sejam mais
aproximados da vida real, para que o produto final apresente o mínimo de falhas
possíveis, como uma estrutura metálica soldada com vazamento na cobertura
(CAMARGO RAFAEL, FERREIRA ARIANE 2017).

7 Referencial Teórico

7.1 Definição de soldagem


Soldagem é um processo de união de materiais, mais especificamente,
união de metais e polímeros. Na soldagem, a união é obtida pela aproximação dos
átomos nos metais ou moléculas dos polímeros à distâncias suficientemente
14

pequenas para que ligações químicas sejam formadas, em particular, ligações


metálica nos metais e de Van der Waals nos polímeros, (FELIZARDO, 2016).
De uma forma simplificada podemos afirmar que a soldagem é a operação
que forma a união de dois ou mais materiais assegurando a continuidade das
propriedades químicas e físicas na junta (QUITES, 2011).

7.2 Soldagem por Eletrodo Revestido


Também conhecido como SMAW (Shielded metal arc welding) o eletrodo
revestido é o tipo de solda mais comum no mercado atualmente, produzindo soldas
fortes de maneira rápida e prática. A principal aplicação da solda por eletrodo
revestido é a junção de aços de baixa liga e carbono (GEARY; MILLER, 2013).
A soldagem por eletrodo revestido tem por finalidade unir os metais através
de um arco elétrico que se forma entre o metal de base da junta e o eletrodo
revestido. Assim, o metal do eletrodo se funde e é transferido para a poça de fusão
por meio do arco elétrico até ser colocado na junta soldada, dando origem ao cordão
de solda, conforme mostra a figura 1, (MARTIM; VILARINHO, 2018).
A fusão ocorre quando à presença de calor, passando sua corrente elétrica
do eletrodo para a peça. O calor concentra-se na extremidade do eletrodo, fundindo
com o metal de base, formando assim a poça de fusão, que quando resfriada
culmina na solda. Normalmente, os eletrodos são revestidos fazendo com que tenha
a adição de elementos de liga e a formação de gases de proteção. Absorvendo
impurezas, o isolamento do cordão da presença de gases indesejáveis, e o
refinamento do metal da solda (SOUZA, 2018).

Figura 1 – Processo de soldagem com eletrodo revestido


15

Fonte: Groover (2017)


Para realização do processo de soldagem com eletrodo revestido é possível
utilizar uma fonte de energia por corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA),
sempre ajustada e controlada conforme as exigências do trabalho realizado. As
soldas por (CA) atendem determinados tipos de corpos específicos, faixas de
espessuras e possuem o menor custo. Os transformadores de (CA) também são
mais leves, silenciosos e menores (GEARY; MILLER, 2013).
7.2.1 Consumíveis de Soldagem
A alma do eletrodo tem seu revestimento aplicado por extrusão, podendo ter
diversas espessuras de acordo com a aplicação necessária. Normalmente
composto por pó e misturado com aglomerante, para realizar a união dos materiais,
geralmente silicato de potássio (K) e de sódio (Na), eles ionizam a atmosfera entre o
eletrodo e a peça, controlando o resfriamento. Proporcionando assim um
acabamento melhor e uma boa qualidade no cordão de solda (SANTOS, 2015).
Essa cobertura pode ser usada em qualquer ambiente, como por exemplo
debaixo d'água. O revestimento possui uma camada de gás na região da solda,
bloqueando a entrada de contaminantes (SANTOS, 2015).
Principais funções do revestimento:
● Elétrica: O gás que é gerado através da queima do revestimento faz
com que a condução melhore entre o eletrodo e a peça. Permitindo
uma estabilidade no arco elétrico formado;
● Isolamento: O material que é usado no revestimento tem grande
resistência para condutividade elétrica, permitindo que as
extremidades fiquem expostas, e as laterais do eletrodo fiquem
isoladas e protegidas;
● Metalúrgica: É formado um procedimento na atmosfera que envolve a
região da solda e o arco elétrico, assim combate na ação de
contaminantes podendo adicionar elementos para que haja a
eliminação das impurezas na liga;
● Física: Conduz o metal de adição para a poça de fusão, diminuindo a
velocidade de resfriamento do cordão juntamente com a formação da
16

camada de escória na região superficial, fazendo com que as


propriedades da solda melhorem.
7.2.2 Classificação dos Eletrodos Revestidos Conforme AWS
A categorização dos eletrodos é baseada nas propriedades mecânicas e
composição química do metal a ser depositado, no revestimento e na localização da
solda e no tipo de corrente. A categorização da American Welding Society utiliza um
acrônimo de número e letra que provê as informações necessárias sobre o eletrodo,
conforme mostra a figura 2 (NERIS, 2012).
Para eletrodos de aço carbono e baixa liga, a classificação utiliza 4 a 5
algarismos, precedidos da letra E, que corresponde ao ‘eletrodo’. Os primeiros
dois ou três algarismos referem-se à tração mínima exigida em mil libras por
polegada quadrada. O terceiro ou quarto 20 algarismo se refere a posição de
soldagem, enquanto o próximo, sendo o último para eletrodos de aço carbono
indica o tipo de revestimento, corrente e polaridade. (NERIS, 2012).

Figura 2 – Classificação de nomenclatura dos eletrodos revestidos

Fonte: NERIS (2011)


Para aços de baixa liga, a classificação AWS coloca um hífen após o último
dígito, seguido por um conjunto de letras e números que representam classes de
composição química para diferentes tipos de liga NERIS (2012).
Tabela 1 - Composição química dos eletrodos revestidos de baixa liga

Eletrodo Tipo de Revestimento Corrente

EXXX10 Celulósico (Sódio) CC+

EXXX20 Ácido CC-


17

EXXXX1 Celulósico (Potássio) CC+,CA

EXXXX2 Rutílico (Sódio) CC-,CA

EXXXX3 Rutílico (Potássio) CC+,CC-,CA

EXXXX4 Rutílico (Pó de Ferro) CC+,CC-,CA

EXXXX5 Básico (Sódio) CC+

EXXXX6 Básico (Potássio) CC+,CA

EXXXX7 Ácido (Pó de Ferro) CC-,CA

EXXXX8 Básico (Pó de Ferro) CC+,CA


Fonte: Autores
Quanto à posição de soldagem, o padrão indica a penúltima posição a
nomenclatura é responsável por identificar eletrodos em operação.
Tabela 2 - Posição de soldagem dos eletrodos revestidos

Sigla Posição de Soldagem

1 Todas

2 Plana e Horizontal

3 Plana
Fonte: Autores
7.2.3 Tipos de Revestimentos
Os revestimentos são classificados em 4 grupos, os rutílicos, celulósicos,
ácidos e os oxidantes.
Revestimento Rutílico
Revestimento Celulósico
Revestimento Ácido
Revestimento Oxidante
18

As matérias-primas utilizadas para construir o revestimento podem variar de


funções, conforme mostra o Quadro 1.
Quadro 1 – Propriedades da matéria prima do revestimento

Fonte: Adaptado de Wainer, Brandi e Mello (1992)

7.3 Solda por Resistência


Este tipo de processo de solda é feito através do calor que é gerado pelo
aquecimento provocado pelas resistências envolvidas,isso acontece quando a
corrente elétrica atravessa esse conjunto de resistência obtendo assim o calor
necessário, de acordo com a Lei de Joule. Uma diferença também é que esse
processo não necessita de material de adição, de uso de fluxos e gases de proteção
pela sua alta velocidade, versatilidade e facilidade de automatização
(CHRISTOFOLETTI, 2013).
19

A soldagem por resistência tem quatro tipos de modalidade, a solda ponto


(RSW), solda projeção (RPW), solda costura (RSEW) e a solda topo (UW), cada
uma com suas respectivas aplicabilidades. Entretanto, o método que será
empregado neste ensaio é o da solda por ponto usando eletrodo revestido onde
aprofundaremos o assunto, (BRANCO, 2019).
7.4 Solda por Ponto (RSW)
O uso principal da solda por pontos é a união de peças metálicas
sobrepostas. Esta união tem baixo custo e alta velocidade, é normalmente feita em
juntas que não precisam de desmontagem. São utilizadas também para soldar
chapas metálicas, normalmente aço, que utiliza a passagem de corrente entre duas
ou mais chapas sobrepostas através de eletrodos de pequeno diâmetro da face de
contato de 3 a 8 mm e assim se aplica uma força axial para formar uma solda
pontual, (MARQUES et al., 2009).
Figura 3 - Representação Soldagem por Ponto

Fonte : BRANCO 2019


Esse tipo de solda possui algumas características como:
● Alta velocidade do processo
● Facilidade de automação
● Operação de fácil uso
● É autógeno
20

● Faz a união de materiais diferentes


● Não há perda de material.

Possui também algumas desvantagens como :


● As juntas sobrepostas pode aumentar os custos de fabricação
● Juntas com baixa resistência à tração e à fadiga
● Devido à altas correntes utilizadas no processo é preciso que tenha
uma rede elétrica de grande porte.
● Equipamentos de implantação com custo alto.
7.5 Processos da Solda
O processo de soldagem de resistência por pontos é realizada pela
passagem de corrente elétrica, por um intervalo de tempo definido, para que ocorra
a união de peças é feito através de uma fusão de um pequeno volume de material,
com aplicação de uma força localizada através dos eletrodos. A corrente é aplicada
até a fusão do material e a força dos eletrodos é aplicada antes, durante e depois da
aplicação da corrente elétrica, (SOUZA, 2019).
O efeito Joule se dá na geração de calor para a fusão, devido a passagem
da corrente elétrica e sua resistência. Assim, com o curto caminho percorrido pela
corrente elétrica no material base e ao baixo tempo de soldagem, é necessário altas
correntes elétricas para a realização da soldagem. Logo três parâmetros resultam da
geração de calor no local da solda (GARCIA, SANTOS, 2020).
1 – Corrente elétrica;
2 – Resistência Ôhmica da junta a ser soldada;
3 – Tempo de aplicação da corrente de soldagem.
Temos a equação abaixo, que representa à lei de Joule aplicada ao condutor:
Q = I² x R x t
Q= Calor gerado (J),
I= Corrente elétrica (A),
R= Resistência do condutor (Ω),
T= Tempo (s).
De acordo com o tempo e características do material soldado, a
temperatura e a força aplicada pelos eletrodos, sua resistência varia durante o
processo. Tornando o calor gerado durante a soldagem como a integral da potência
elétrica conforme mostra a equação, (GARCIA, SANTOS, 2020).
21

Q = ∫ ❑I ² x R x dt
0

8 Metodologia
Atualmente as indústrias automobilísticas buscam aperfeiçoar os processos
no que tange a parte de soldagem, e não só as indústrias automobilísticas, como
também as metalúrgicas e empresas que trabalham com soldagem. Nesse
processo, é importante analisar o antes, o durante e o depois, pois esses conjuntos
de fatores irão definir como está a qualidade do processo de acabamento do
material a ser trabalhado. A metodologia que é aplicada no processo de soldas de
eletrodo revestido é um dos tópicos que se faz necessário ter bastante atenção
quando se refere a questão da inspeção preditiva e preventiva. Existem atualmente
diversos padrões que se utilizam como critérios para garantir que o material a ser
trabalhado, não sofra deformações, trincas, e defeitos decorrentes do processo de
soldagem, (MODENESI, MARQUES, 2001).
Para se obter a qualidade no produto a ser trabalhado, três principais e
fundamentais regras devem ser seguidas, começando pelo controle que é realizado
antes do procedimento de soldas a ser executado, onde o operador, ou inspetor
responsável por tal função, deve certificar com relação ao equipamento a ser
utilizado, certificar com relação ao profissional que está por realizar o trabalho, um
dos itens que se faz importante também é ter o conhecimento com relação ao
material a ser utilizado, sendo estes consumíveis e o metal base.
O outro ponto a ser avaliado é com relação ao controle durante o
procedimento de soldagem, onde será analisada a questão da montagem das
juntas, o controle de armazenamento e utilização de eletrodos, a preparação e
soldagem.
Por último e finalizando, teremos o controle após a solda, pois a partir daí
que entra o monitoramento das peças e produtos, utilizando as inspeções não
destrutivas, muitas vezes também se utiliza a análise feita por corpos de provas, que
são soldados juntos com a peça. Pois a partir dessa análise teremos um estudo
sobre a resistência dos materiais, a fim de assegurar a segurança e qualidade da
peça a ser soldada, (DITCHBRUN et. al, 1996).

8.1 Materiais a serem utilizados

Materiais

Chapa lisa 20x20x0,96mm


Chapa lisa 20x20x1,05mm
Chapa lisa 20x20x1,40mm
Eletrodo revestido E6013
Eletrodo revestido E7018
Eletrodo revestido E6011

Tabela 1: Materiais - Fonte: Autores

8.2 Etapas do experimento


22

Fluxograma 1 - Etapas do Experimento

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4

Experimento 1 Aterramento do Apoio do Abertura do arco Teste de


eletrodo eletrodo sobre de solda formando- qualidade e
revestido E6013 o metal base se um cordão resistência
por ensaio de
tração e
compressão

Experimento 2 Aterramento do Apoio do Com bastante Teste de


eletrodo eletrodo sobre cuidado abriremos qualidade e
revestido E7018 o metal base um arco para a resistência
formação de um por ensaio de
cordão, pois se tração e
trata de um compressão
eletrodo muito
potente.

Experimento 3 Aterramento do Apoio do Regularemos a Teste de


eletrodo eletrodo sobre inversora de solda qualidade e
revestido E6011 o metal base na amperagem resistência
mínima para que o por ensaio de
eletrodo seja tração e
derretido com tanta compressão
facilidade, a ponto
de comprometer o
nosso cordão de
solda.

Tabela 2: Etapas do experimento - Fonte: Autores

9 Referências
PEIXOTO, Soldagem, 2012. Disponível em:>
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/08_soldagem.pdf > Acesso em 13 de fevereiro.

ROCHA, Augusto Magalhães. Análise de Soldagem por Eletrodo Revestido do Tipo Rutílico, Básico e Celulósico.
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Vol. 01. pp 684-690, Abril de 2017.
ISSN:2448-0959.

BARBOSA, Reginaldo. Processos de Fabricação: Soldagem e Fundição. Coronel Fabriciano, 2015. (Apostila).

MODENESI, MARQUES, 2000. Disponível em:>


https://asmtreinamentos.com.br/downloads/soldador/arquivo84.pdf > Acesso dia: 13 de fevereiro.
23

https://www.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/37/2012/06/mecanica_processos_de_soldagem.pdf

https://aventa.com.br/novidades/infografico-historia-da-soldagem#:~:text=A%20soldagem%20a%20arco%20de,e
%20in%C3%ADcio%20dos%20anos%201900.&text=Em%201890%2C%20C.%20L.&text=Este%20foi%20o
%20primeiro%20registro,%2C%20assim%2C%20fazer%20uma%20solda

https://www.weldvision.com.br/uma-breve-historia-da-soldagem/#:~:text=N%C3%A3o%20se%20sabe
%20exatamente%20quando,%2Dlos%2C%20normalmente%20a%20marteladas.

https://www.demat.cefetmg.br/wp-content/uploads/sites/25/2018/06/TCCII_1%C2%BA_2013_Guilherme-Mendes-
Christofoletti_Prof.Ivan_.pdf

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/188105/DESENVOLVIMENTO%20DE%20UM
%20SISTEMA%20MECANIZADO%20PARA%20SOLDAGEM%20DE%20ELETRODO%20REVESTIDO.pdf?
sequence=1&isAllowed=y

https://www.dem.cefetmg.br/wp-content/uploads/sites/39/2017/09/Apostila-Tecnologia-da-Soldagem.pdf

https://compraco.com.br/blogs/aco-na-industria-brasileira/chapas-de-aco-e-tipos-de-soldagem

https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6352-soldagem-a-arco-para-acos-carbono

QUITES, ALMIR. Definição de soldagem. Soldasoft, Ribeirão da ilha, 2011. Disponível em:

file:///C:/Users/Aline/Downloads/TCCII_1%C2%BA_2013_Guilherme-Mendes-Christofoletti_Prof.Ivan_%20(1).pdf

MARQUES, PAULO VILLANI. MODENESI, PAULO JOSÉ. BRACARENSE, ALEIXANDRE QUEIROZ. Soldagem:
Fundamentos e Tecnologia. 3 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. 363p

GARCIA, SANTOS 2020

file:///C:/Users/Aline/Downloads/TCC%20-%20ADEMILSON%20E%20MARLAN%20-%20ENG%20MEC
%C3%82NICA%20(1).pdf

BRANCO, Hideraldo. Soldagem por Resistência: Máquinas, Processos e Aplicações. Brasil: Editora MEPE, 2019.

FURLANETTO, Valdir. Desenvolvimento e instrumentação de um cabeçote de solda a ponto por resistência


elétrica para aplicação em condições industriais. 2014. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

SOUZA, G. J. S. Efeito do resfriamento no teor de oxigênio na soldagem com eletrodo revestido


E7018 utilizando experimentos fatoriais. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2018. 175 p.

VILLANI, P. et al. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. 4. ed. São Paulo: GEN LTC, 2017.

GEARY, D.; MILLER, R. Soldagem. Porto Alegre: Bookman, 2013.


SANTOS, C. E. F. dos. Processos de soldagem: conceitos, equipamentos e normas de segurança.
[S.l.]: Saraiva Educação SA, 2015.

NERIS, M. M. Soldagem. Apostila (Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais) São Paulo-SP,
2012.
WAINER, E.; BRANDI, S. D.; MELLO, F. D. H. de. Soldagem: processos e metalurgia. [S.l.]: Editora
Blucher, 1992.
10 Orçamento

Material de Consumo Despesas


24

Notebook 2.593,00

Máquina Transformadora de Solda 1.609,90

Eletrodo revestido 149,65

Chapa lisa 096mm -----

Chapa lisa 1,05mm ------

Chapa lisa 1,40mm ------

Total 4.352,55
Tabela 3: Orçamento - Fonte: Autores

11 Cronograma

Etapas de Levantamento Fev. Mar Abr. Maio Jun.


Pesquisa sobre o tema x

Definição do tema e aceite x

Problema x

Hipótese x

Objetivo (geral e específico) x

Introdução x

Justificativa x

Referencial teórico x

Metodologia x

Orçamento x

Cronograma x

Referências x

Apêndice/Anexo x

Slide de apresentação x

Defesa x
Tabela 4: Cronograma - Fonte: Autores
Anexo
25

A partir desse texto, vimos a importância de utilizarmos material adequado para que
as propriedades químicas e físicas do material não sejam alteradas, pois tudo isso
irá afetar na resistência e na estrutura.

Você também pode gostar