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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA


ENGENHARIA DE MATERIAIS

RELATÓRIO TÉCNCO DE METALOGRAFIA DE ARAMES COM TRATAMENTO


DE RECOZIMENTO

MANAUS-AM
2023
DIEGO SOUZA DOS SANTOS - 2115290026

GABRIEL FABRÍCIO ROCHA DE CARVALHO PÁDUA - 2115290009

GABRIELA SILVA DA ROCHA 2115290010

JOÃO GUILHERME TROVÃO DA SILVA - 2115290013

LUIS FELIPE SIQUEIRA FIGUEIREDO – 2115290016

NALANDA SAID ROSAS – 2115290018

SAMUEL CORRÊA DA SILVA - 2115290056

RELATÓRIO TÉCNCO DE METALOGRAFIA DE ARAMES COM TRATAMENTO


DE RECOZIMENTO

Avaliação da disciplina de Tratamentos


térmicos e termoquímicos, como requisito
parcial para avaliação do curso de Engenharia
de Materiais da Universidade Estadual do
Amazonas – UEA, solicitada pelo professor Dr.
José Costa de Macedo Neto.

MANAUS-AM
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

1.1. OBJETIVO DO RELATÓRIO 4

2. MATERIAIS E MÉTODOS 5

2.1 EQUIPAMENTOS 5

2.2 INSUMOS 7

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 11

4. CONCLUSÃO 14

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
1. INTRODUÇÃO

A metalografia, embora seja uma disciplina essencial na caracterização de materiais


metálicos, desempenha um papel fundamental na investigação das propriedades
microestruturais que definem o desempenho e a confiabilidade de diversos produtos
industriais. Neste contexto, este relatório concentra-se na metalografia aplicada a arames que
foram submetidos a um tratamento térmico específico: o recozimento.

O reconhecimento é um processo termomecânico amplamente desenvolvido na


indústria para melhorar as características mecânicas e microestruturais dos materiais. No
caso dos arames, essa prática visa não apenas aprimorar a ductilidade e tenacidade, mas
também ajustar a estrutura interna para atender aos requisitos específicos de diferentes
aplicações.

1.1. OBJETIVO DO RELATÓRIO

O objetivo primordial deste estudo é realizar uma análise abrangente da microestrutura


dos arames após o processo de recozimento. A compreensão detalhada das mudanças
estruturais fornecidas por esse tratamento térmico é crucial para avaliar e, eventualmente,
melhorar o desempenho dos parâmetros em cenários práticos. Além disso, a investigação
metalográfica permitirá o esclarecimento entre a estrutura microscópica e as propriedades
macroscópicas, contribuindo para uma compreensão mais profunda do comportamento
desses materiais.

A metodologia empregada envolve uma cuidadosa preparação das amostras, seguida


por uma análise meticulosa sob instrumentação metalográfica especializada. O rigor técnico
aplicado visa garantir resultados confiáveis e representativos, fornecendo uma base sólida
para as implicações e implicações práticas derivadas deste estudo.

Este relatório não visa apenas documentar as mudanças microestruturais dos arames
pós-recozimento, mas também pretende contribuir para o conhecimento científico e técnico
no campo da metalurgia. Ao compreendermos as nuances dessas transformações, não
podemos apenas aprimorar os processos de produção, mas também aprimorar a seleção de
materiais para atender às crescentes demandas das aplicações industriais.
2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 EQUIPAMENTOS
Figura 1 - Prensa de embutimento, Arotec PRE30Mi/1, Brasil

Figura 2 - Máquina de lixamento semiautomático, Arotec aropol 2V, Brasil


Figura 3 – Estereoscópio, Insize ISM-DL30, China

Figura 4 – Microscópio ópitico, Olympus – CX-31, Japão


Figura 5 – Microdurômetro, Precision hr-150, China

2.2 INSUMOS

Figura 6 – Baquelite, Buehler, EUA

Figura 7 – Lixa para lixamento, Buehler P180, EUA


Figura 8 – Lixa para lixamento, Buehler P600, EUA

Figura 9 – Lixa para lixamento, Buehler P1200, EUA

Figura 10 – Lixa para polimento metalográfico, Buehler n1, EUA


Figura 11- Alumína para polimento, Fortel 0,05μm, Brasil

Figura 12- Nital a 10% para ataque químico, 90 ml de álcool etílico 10 ml de ácido nítrico
concentrado, Brasil
Figura 13 – Oléo de imersão para microscopia, Larboclin, Brasil

1.1 SEQUÊNCIA DE LIXAS E DA ETAPA DO POLIMENTO

Nº ROTAÇÃO Abrasivo Tempo


180 150 rpm água 5 min
600 150 rpm água 5 min
1200 150 rpm água 8 min
1 150 rpm alumina 0,05μm 5 min
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise microestrutural do arame de aço sob investigação revelou


características marcantes que permitem classificá-lo como aço de baixo carbono. A
observação detalhada por meio de micrografia indicou a presença de perlita, uma fase
microestrutural típica de aços com teor reduzido de carbono. Além disso, a evidência
do recozimento foi notavelmente identificada, pois a perlita apresentou-se esticada
devido ao processo de encruamento durante a trefilação, conforme a figura abaixo.

Figura 14 – Micrografia Arame de Aço Recozido – Aumento 40x – Ataque Nital 10%

A ferrita ressalta a transformação estrutural promovida pelo recozimento,


indicando uma melhoria nas propriedades mecânicas do aço. Essa configuração
microestrutural é crucial para aplicações que demandam alta ductilidade e resistência
mecânica, uma vez que o ajuste do grão proveniente do recozimento contribui para
aprimorar essas propriedades fundamentais. A Microscopia abaixo revela essas
características microestruturais.
Figura 15 – Micrografia Arame de Aço Recozido – Aumento 1000x – Ataque Nital 10%

Figura 16 – Micrografia Arame de Aço Recozido – Aumento 400x – Ataque Nital 10%

No que diz respeito ao ensaio de dureza HRF, cinco repetições foram


realizadas utilizando a ponta esférica, fornecendo uma abordagem abrangente para
avaliar a resistência do material.
Os resultados obtidos foram 84 HRF, 82 HRF, 86 HRF, 83 HRF e 80 HRF. A
variação observada destaca a heterogeneidade na dureza ao longo da amostra,
indicando possíveis variações microestruturais ou influências de processos de
fabricação.
A média dos valores de dureza HRF (83 HRF) sugere uma consistência geral
nas propriedades mecânicas do aço de baixo carbono. No entanto, a análise individual
dos resultados destaca a importância de compreender as variações locais, uma vez
que podem influenciar o desempenho do material em diferentes aplicações.
Outras considerações relevantes incluem a correlação entre a microestrutura
esticada da perlita e a variação na dureza. Um estudo mais aprofundado poderia
explorar de maneira mais detalhada a relação entre a estrutura microscópica e as
propriedades mecânicas, fornecendo insights adicionais sobre o comportamento do
aço em condições específicas de uso.
4. CONCLUSÃO

A análise minuciosa da microestrutura do arame de aço revelou características


distintas associadas a um aço de baixo carbono, fortalecendo a compreensão do
impacto do recozimento na configuração microscópica. A perlita esticada, resultante
do encruamento durante a trefilação, destaca-se como uma evidência marcante desse
processo, indicando melhorias nas propriedades mecânicas, como ductilidade e
resistência.
Os ensaios de dureza HRF complementaram essa investigação, oferecendo
uma visão abrangente da resistência do material. Os resultados variados ressaltam a
importância de considerar não apenas a média da dureza, mas também as variações
locais que podem influenciar o comportamento do aço em diferentes condições de
aplicação. A consistência geral na dureza média, aliada à variação observada,
sublinha a complexidade das propriedades mecânicas do aço de baixo carbono. O
estudo aponta para a necessidade de uma abordagem mais aprofundada para
compreender as relações entre a microestrutura e as propriedades mecânicas
específicas, oferecendo oportunidades para otimizar ainda mais o desempenho do
material em aplicações práticas.
Por fim, a análise conjunta dos resultados da micrografia e dos ensaios de
dureza fornece uma visão abrangente das características fundamentais do aço em
estudo. As implicações dessas descobertas se estendem além do âmbito laboratorial,
influenciando diretamente processos de fabricação e contribuindo para o
desenvolvimento de materiais mais eficientes e adaptáveis às exigências industriais.
Este estudo representa um passo significativo em direção à compreensão mais
profunda dos aços de baixo carbono, abrindo caminho para futuras pesquisas e
avanços tecnológicos na engenharia de materiais.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5589 – Arames de aço
baixo teor de carbono – Requisitos, 2012.

[2] ASM (American Society of Metals). Heat Treating. Metals Handbook. Vol. 4, 9ª Edição,
1981.

[3] CALLISTER, W.D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma introdução. 8ª edição, 2012

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