Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA B
Santa Maria, RS
2022
RESUMO
A utilização de ligas de ferro tem sido amplamente pesquisada ao redor do mundo. Nessa
perspectiva, este trabalho tem como finalidade uma investigação da variação de propriedades
mecânicas e físicas de aços por meio de tratamentos térmicos, através de uma análise
metalográfica ministrada na disciplina de Materiais de Construção B da Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM). Para isso, foi necessário um ensaio de dureza bem como uma análise
de grão e elementos constituintes, tornando possível uma pesquisa comparativa de resultados
previstos em literatura. Foi verificado que um dos materiais não correspondia ao material
pré-identificado (aço SAE 1045), o outro apresentou características que o apontaram como
sendo o aço 4130, conforme o esperado. Para o material não conforme, realizaram-se análises
no âmbito de microestrutura e dureza a fim de encontrar o material constituinte verdadeiro,
sendo então caracterizado como um aço 1008 ou 1010.
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 5
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
3.1 LIGAS FERROSAS 5
3.2 AÇO SAE 1045 E 4130 6
3.3 INFLUÊNCIA DO ELEMENTO DE LIGA 6
3.4 TRATAMENTO TÉRMICOS 6
3.5 RECOZIMENTO 8
3.6 NORMALIZAÇÃO 9
3.7 TÊMPERA 10
3.8 ENSAIOS DE DUREZA 11
3.9 SOBRE A PEÇA ANALISADA 12
4 MATERIAIS E MÉTODOS 13
4.1 TRATAMENTO TÉRMICO 13
4.2 EMBUTIMENTO 14
4.3 LIXAMENTO E POLIMENTO 14
4.4 ANÁLISE MICROSCÓPICA SEM ATAQUE 15
4.5 ATAQUE QUÍMICO E ANÁLISE MICROSCÓPICA 15
4.4 ENSAIO DE MICRODUREZA 15
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 16
6 CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
1 INTRODUÇÃO
A utilização de materiais metálicos em civilizações ocorre desde os primórdios, em
que o homem está interligado na evolução dos materiais (Navarro, 2006). Com o progresso
tecnológico, a necessidade de materiais com propriedades mecânicas específicas capazes de
atingir um alto desempenho estão cada vez mais importantes nos setor industrial. Com isso, as
ligas à base de ferro têm se destacado, devido tanto pela abundância do ferro no ambiente que
o torna com um custo favorável, quanto pelas suas abrangências físico-químicas capazes de
atingir diferentes formas cristalinas e, consequentemente, propriedades distintas, o qual
potencializa as suas aplicabilidades (Pinedo, 2021).
A expansão da utilização do aço está aliada com suas amplas vantagens de afinidade
com outros elementos que proporcionam diferentes tipos de ligas. Um grande fator que
favorece isso, é a alotropia do ferro, ou seja, consegue formar diferentes arranjos atômicos.
Isso estimulou que, desde das épocas heróicas, em que produziam espadas de Damasco, até os
dias atuais, em que é utilizado peças mais sofisticadas, houvesse técnicas de aprimoramento
dos materiais que por meio da variação de temperatura e do tempo de resfriamento, conhecido
com tratamento térmico. Esse tipo de método visa melhorar as propriedades mecânicas do
material, isto é, aumentar dureza ou ductilidade de maneira que atenda a aplicabilidade
necessitada (Chiaverini, 1988).
Em termos de controle de qualidade, a observação microestrutural é essencial para
adquirir informações da morfologia e estrutura das peças fabricadas. Um método muito
utilizado, é o exame metalográfico, que consiste em etapas de: corte, embutimento, lixamento,
polimento e ataque químico, Isso possibilita fazer análises em micro escala (Rodhe, 2010).
Com o polimento, é possível analisar as descontinuidades de uma peça (poros, trincas e
inclusões), e após o ataque químico, além de ter a possibilidade de revelar o contorno do grão
por coloração e, dessa forma, distinguir a ferrita e a perlita, pode-se também verificar
segregações e aspectos estruturais de fabricação, como regiões afetadas pelo calor da
soldagem, linhas de deformações devido ao forjamento, entre outros aspectos (Silva; Mei,
1988). Para obter a magnitude das propriedades de resistência mecânica e tratamento térmico
de um material metálico, é utilizado ensaios de dureza por penetração (Souza, 1982).
Nessa perspectiva, a ideia desenvolvida na disciplina de Materiais de Construção
Mecânica B do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM) e apresentado neste trabalho, é a análise metalográfica de ligas de ferro carbono
fornecidas pela equipe Formula SAE - UFSM, através de tratamentos térmicos e ensaios de
dureza realizados no laboratório de metalurgia física da UFSM. Com a finalidade de
comparação bibliográfica proveniente do conteúdo ministrado em aulas teóricas. Além disso,
uma investigação desse método em relação a performance, considerando todas as fases do
estudo metalográfico.
2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As ligas ferrosas constituem aquelas onde o ferro é o seu principal elemento. Já o aço é
a liga entre ferro e carbono, podendo variar a quantidade de carbono entre 0,008% até 2% da
sua constituição. O aço está presente nos mais variados meios desde o início da sua
manipulação, como nos chips gráficos de computadores, até nos automóveis e aeronaves,
onde este constituinte possui grande porcentagem na massa efetiva dessas construções. O aço
é uma alternativa comumente utilizada nos projetos mecânicos principalmente em virtude da
sua grande versatilidade, possuindo características que variam de acordo com a adição de
certos elementos, conferindo propriedades que atendem diversos projetos.
Nos aços, alguns elementos podem estar contidos em sua formação química, tais
como: elementos resultantes da elaboração, impurezas e finalmente os elementos de liga. O
elemento resultante advém principalmente dos processos de fabricação que o aço possui em
sua cadeia de produção, eles elementos adicionais podem ser o manganês (Mn), silício (Si),
até mesmo o titânio (Ti), entre outros, claro que em pequenas quantidades. As impurezas
estão presentes muito frequentemente nos aços, isso se deve ao fato da matéria prima utilizada
para a produção de determinado aço, que é fruto da junção de diversos outros materiais
recicláveis, as quais possuem propriedades distintas, que com a fusão desses elementos pode
vir a conferir as impurezas no aço resultante. Por fim, os elementos de liga ou “elementos
especiais” podem ser inseridos na constituição química dos aços a fim de conferir certas
características pré-estabelecidas. Quando a quantidade de elemento de liga não ultrapassa 5%,
o aço é denominado de aço de baixa liga, já quando essa porcentagem é maior, o que há então
é o aço de média ou baixa liga. Esses elementos especiais são, por exemplo: manganês,
silício, boro, chumbo, etc.
Alguns fatores que estão estritamente ligados ao tratamento térmico são: aquecimento,
tempo de permanência na temperatura, ambiente de aquecimento e o resfriamento. Com isso,
a temperatura indicada para cada tratamento corresponde a temperatura de recristalização,
promovendo parte das modificações estruturais que são completadas ao longo do
resfriamento. O tempo de manutenção em determinada temperatura influencia as
características no sentido de ser necessário o aquecimento completo e uniforme da peça para
não ocorrer a geração de tensões internas ao longo do processo, também, evita-se que o tempo
de aquecimento ultrapasse o necessário em busca e evitar um crescimento indesejável do
grão. O ambiente onde ocorre o aquecimento realiza intervenções no sentido de poder realizar
oxidações ou descarbonetação em algumas situações, em virtude disso busca-se utilizar uma
estrutura isolada para realizar o procedimento do tratamento térmico. Por último, o tempo de
resfriamento como já mencionado é o responsável por finalizar as alterações estruturais na
peça em questão, podendo promover o aumento da ductilidade ou então a elevação da dureza
do elemento em certos casos. Esse procedimento no caso do presente experimento foi
realizado por meio da água pura (resfriamento rápido), por meio do próprio ambiente
(resfriamento intermediário), bem como através do uso do forno de aquecimento
(resfriamento lento), como pode ser visualizado no esquema da figura abaixo.
Fonte:https://doceru.com/doc/ec1s10v. Acesso em 16/07/2022
3.5 RECOZIMENTO
3.6 NORMALIZAÇÃO
3.7 TÊMPERA
Fonte:
https://doceru.com/doc/ec1s10v. Acesso em 16/07/2022
.8 ENSAIOS DE DUREZA
A dureza é uma propriedade mecânica que varia de definição de acordo com a sua
aplicação, para um metalurgista, corresponde a resistência à deformação plástica, no ramo da
engenharia consiste na resistência à penetração, e é justamente esse último caso que é
verificado no durômetro ao longo do experimento. Sendo o ensaio de dureza realizado a partir
do proposto por Vickers. Essa dureza foi introduzida no início do século XX, por Smith e
Stanland, o procedimento leva o nome de Vickers em virtude da famosa marca que vendeu
esses equipamentos no período.
𝐻𝑉 = 1, 8544𝑄/𝐿² (1)
Os aços SAE 1045 e 4130 correspondem a duas amostras sediadas pela equipe
Formula UFSM com o intuito de buscar através da análise de dureza a melhor aplicação do
protótipo em sua bandeja de suspensão. Tal componente é o link entre o chassi do veículo e a
manga de eixo, permitindo que os movimentos advindos das irregularidades da superfície
sejam transmitidos para os demais componentes da suspensão, minimizando as variações nos
ângulos primordiais da suspensão do protótipo (toe e camber), permitindo um bom
desempenho durante a sua manobrabilidade nas diversas provas enfrentadas ao longo da
competição Formula SAE.
Fonte: autores.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Selecionaram-se 2 tipos de materiais, aço SAE 1045 e SAE 4130, que foram cortados
de forma a obter 3 amostras de cada material. As amostras foram numeradas de 1 a 6, como
pode ser visto na tabela 4.1.
Todas as amostras foram colocadas em um forno mufla com capacidade para atingir a
temperatura de recristalização dos materiais, semelhante ao da Figura 4.1. Essa temperatura é
aproximadamente 50% da temperatura de fusão do material (em ºC), e no nosso caso, as
amostras foram elevadas até a temperatura de 920ºC durante 10 minutos.
Figura 4.1 - Forno mufla
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Four_%C3%A0_moufle_pour_la_calcination.jpg.
Acesso em 20/07/2022
Após a passagem pelo forno cada par de amostras foi submetido a um tratamento
térmico, que foram realizados da seguinte forma:
● Têmpera: as amostras saíram do forno e passaram da temperatura de recristalização
rapidamente até a temperatura da água, que se encontrava a temperatura ambiente;
● Normalização: as amostras saíram do forno e foram deixados no ar em temperatura
ambiente, de forma a sofrerem um resfriamento relativamente lento;
● Recozimento: as amostras foram deixadas no forno fechado, que esfriou lentamente
até a temperatura ambiente.
Os tratamentos térmicos aplicados em cada material podem ser vistos na tabela 4.1.
1 1045 Recozido
2 4130 Recozido
3 1045 Temperado
4 4130 Temperado
5 1045 Normalizado
6 4130 Normalizado
Fonte: autores.
4.2 EMBUTIMENTO
Fonte: autores.
Após o lixamento das amostras faz-se necessário a realização do polimento, para que
as últimas marcas de lixa sejam apagadas. Idealmente, esse processo deve ser realizado em 3
etapas, utilizando-se cada vez um disco mais macio, contudo, o laboratório não possui os 3
discos em boas condições, e por isso, o polimento foi realizado em etapa única.
Essa fase de análise somente possibilita a análise de defeitos, como inclusões, trincas e
poros, e por isso somente foram capturadas imagens nas lentes de 50 e 100x de aumento.
Essas capturas serão mostradas e comentadas na seção 5 deste trabalho.
Após passar pelas etapas anteriores é possível realizar um ataque químico com ácido
nas amostras. O ataque químico possibilita a visualização da microestrutura do material e dos
contornos de grão, bem como de impurezas. Foram capturadas imagens nas lentes de 100 e
200x de aumento, e serão mostradas e comentadas na seção 5 deste trabalho.
Como as amostras utilizadas neste ensaio são pequenas, não é possível realizar um
ensaio de dureza tradicional, assim, realizou-se um ensaio de microdureza em uma máquina
similar a da Figura 4.4, que consiste em aplicar uma carga de 9,817N - carga referente a 1 kgf
- durante 10 segundos utilizando uma ponta de diamante. Ao final do teste é possível verificar
as dimensões da marca no material, e essas são utilizadas para calcular a dureza do material.
Figura 4.4 - Equipamento utilizado para realizar o ensaio de microdureza
Fonte: https://www.electronixservices.com/product/shimadzu-hmv-2t-microhardness-tester-ref54220/.
Acesso em 20/07/2022
Tabela 5.1. Resultados do ensaio de microdureza para os aços 1045 e 4130 normalizados.
Nº Ensaios
Material Média (HV) Desv. Padrão
realizados
1045 1 93 0
4130 2 204 3
Fonte: autores.
Figura 5.1.1.a. Aço 1045 normalizado com aumento de 100x (sem ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.1.b. Aço 1045 normalizado com aumento de 50x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.1.c. Aço 1045 normalizado com aumento de 100x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.1.d. Aço 1045 normalizado com aumento de 200x (com ataque químico).
Fonte: autores.
5.1.1.1. DISCUSSÕES
A seguir, na figura 5.1.1.1.a., tem-se a microestrutura do aço SAE J403 1045 após
tratamento térmico de normalização, segundo a bibliografia. Observando as fases
presentes, tem-se uma estrutura perlítica com formação de ferrita proeutetóide nos
contornos do grão. Comparando esta última com as figuras referentes à microestrutura do
aço 1045 presentes nas amostras analisadas neste trabalho (figuras 5.1.1.b., 5.1.1.c. e
5.1.1.d.), percebe-se que há a predominância da fase clara (ferrita), enquanto existe
pouquíssima fase escura (perlita). Assim, pode-se prever que o aço avaliado na amostra
não possui um valor próximo de 0,45 % C, e sim uma menor composição desse elemento.
20.1
Figura 5.1.1.1.a. Microestrutura do aço SAE J403 1045 após normalização com aumento de 500x.
Fonte: autores.
Fonte: autores.
%C=10,478/100×0,8=0,083 % de carbono
Vale destacar que o resultado estimado para o valor de carbono pode conter incertezas,
visto que o processo é parcialmente manual e a imagem inserida não possui um contraste
adequado. Isso pode ser observado através da figura 5.1.1.1.b, onde os contornos de grão não
foram preenchidos com cor escura, enquanto alguns pontos internos do grão, mesmo sem
apresentar perlita, estavam sendo escurecidos.
Logo, a partir das averiguações demonstradas e da hipótese levantada acima, afirma-se
que o material alvo de estudo é um aço com baixo teor de carbono e podendo ser classificado
como um SAE 1010, não possuindo 0,45 % de C conforme era esperado.
Figura 5.1.2.a. Aço 4130 normalizado com aumento de 50x (sem ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.2.b. Aço 4130 normalizado com aumento de 50x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.2.c. Aço 4130 normalizado com aumento de 100x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.2.d. Aço 4130 normalizado com aumento de 200x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.1.2.e. Aço 4130 normalizado com aumento de 400x (com ataque químico).
Fonte: autores.
5.1.2.1. DISCUSSÕES
Analisando as figuras 5.1.2.b., 5.1.2.c., 5.1.2.d. e 5.1.2.e, afirma-se que não é possível
extrair dados no âmbito de microestrutura para a amostra do aço em questão. Tal fato se
explica pela ausência de fase escura (perlita), que, em teoria, deveria estar presente com certa
predominância na micrografia. A hipótese levantada foi de que houveram erros no processo
de coleta das micrografias, sendo trocadas, por engano, as amostras.
Apesar desse problema, para o tratamento térmico de recozimento abordado mais a
seguir, obteve-se o resultado de micrografias conforme esperado para o aço 4130 referente a
proporção de fases clara e escura citada.
Devido à invalidade das informações microestruturais coletadas, fez-se a comparação
para os valores de dureza de um aço SAE 4130 catalogado por fabricante de aço (GERDAU)
e os valores experimentais adquiridos em laboratórios.
Figura 5.1.2.1.a. Catálogo da Gerdau com medidas de dureza para o aço 4130 normalizado
Fonte: autores.
Nº Ensaios
Material Média Desv. Padrão
realizados
Fonte: autores.
Figura 5.2.1.a. Aço 1045 recozido com aumento de 50x (sem ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.2.1.b. Aço 1045 recozido com aumento de 50x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.2.1.c. Aço 1045 recozido com aumento de 100x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.2.1.d. Aço 1045 recozido com aumento de 200x (com ataque químico).
Fonte: autores.
5.2.1.1. Discussões
Primeiramente, nota-se o valor de dureza menor em 17,2% (93 HV para 75,55 HV), se
comparado com o mesmo material com o tratamento térmico de normalização (tabela 5.1),
conforme já era esperado.
Quanto às fases presentes, as mesmas ponderações realizadas quanto ao predomínio da
fase clara (ferrita) citados na seção anterior (tratamento de normalização) são válidas aqui.
5.2.2. Aço 4130
Figura 5.2.2.a. Aço 4130 recozido com aumento de 50x (sem ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.2.2.b. Aço 4130 recozido com aumento de 50x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.2.2.c. Aço 4130 recozido com aumento de 100x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.2.2.d. Aço 4130 recozido com aumento de 200x (com ataque químico).
Fonte: autores.
5.2.2.1. Discussões
A partir da presença de proporção de fase escura (perlita) juntamente com fase clara
(ferrita), que não havia se mostrado presente para as amostras com tratamento de
normalização, pode-se estimar a quantidade de carbono presente a partir da micrografia. A
seguir, nas figuras 5.2.2.1.a. e 5.2.2.1.b., está demonstrado o referido processo.
Figura 5.2.2.1.a. Fase escura na micrografia do aço 4130 recozido retirado do software ImageJ.
Fonte: autores.
Fonte: autores.
Nº Ensaios
Material Média Desv. Padrão
realizados
4130 1 623 0
Fonte: autores.
Figura 5.3.1.a. Aço 1045 temperado com aumento de 50x (sem ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.3.1.b. Aço 1045 temperado com aumento de 100x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.3.1.c. Aço 1045 temperado com aumento de 200x (com ataque químico).
Fonte: autores.
5.3.2. Aço 4130
Figura 5.3.2.a. Aço 4130 temperado com aumento de 50x (sem ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.3.2.b. Aço 4130 temperado com aumento de 50x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.3.2.c. Aço 4130 temperado com aumento de 100x (com ataque químico).
Fonte: autores.
Figura 5.3.2.d. Aço 4130 temperado com aumento de 200x (com ataque químico).
Fonte: autores.
5.3.3. Discussões
Primeiramente, a partir dos valores para dureza experimental (tabela 5.3) é possível
perceber que o processo de têmpera no aço 4130 foi efetivo, aumentando a dureza em
praticamente 4x em relação ao processo de recozimento. Contudo, a dureza do aço 1045 teve
um incremento de dureza de aproximadamente 2x, mostrando que a têmpera não foi efetiva.
6 CONCLUSÃO
● Durante a realização deste trabalho da disciplina de Materiais de Construção
Mecânica B, foi possível traçar paralelos entre o conteúdo abordado em sala de
aula e posteriormente verificar na prática os conceitos utilizados como material
de estudo para a ciência dos materiais.
● Os resultados obtidos para o aço não ligado não corresponderam conforme o
esperado, visto que as características avaliadas não concordaram com as do aço
SAE 1045. A partir desses mesmos resultados, determinou-se o aço da amostra
como sendo o aço SAE 1010.
● Os resultados obtidos para o aço ligado corresponderam conforme o esperado,
já que as características avaliadas foram ao encontro das características do aço
pré-identificado. Assim, validou-se o aço analisado como sendo o aço SAE
4130
● Percebeu-se que boas práticas e procedimentos corretos fazem enorme
diferença na obtenção de melhores resultados no âmbito do estudo dos
materiais. Assim, neste trabalho, identificaram-se os erros cometidos a fim de
não realizá-los futuramente, contribuindo para a formação dos discentes
envolvidos.
36.1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS