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CORROSÃO]
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
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Apostila de físico-química
1) ESTEQUIOMETRIA
2- Lei de Proust – “Uma determinada substância pura, qualquer que seja sua
origem, contem sempre os mesmos elementos combinados na mesma proporção em
massa”.
Lembrando que: 1 mol = 6,02 x 1023 – Volume molar de um gás nas CNTP = 22,7L
Conduta de Resolução
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Apostila de físico-química
REGRA GERAL
Observe que a única variável que muda de valor é a massa. Pois, esta depende da
substância analisada. As demais variáveis apresentam valores constantes, levando-se
em conta os coeficientes da reação.
Observação
-Uma equação química só estará corretamente escrita após o acerto dos coeficientes,
sendo que, após o acerto, ela apresenta significado quantitativo.
-Relacionar os coeficientes com mols. Teremos assim uma proporção inicial em mols;
-Estabelecer entre o dado e a pergunta do problema uma regra de três. Esta regra de
três deve obedecer aos coeficientes da equação química e poderá ser estabelecida, a
partir da proporção em mols, em função da massa, em volume, número de moléculas,
entre outros, conforme dados do problema.
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Apostila de físico-química
Por exemplo:
Observações:
Ex: Foram misturados 147g de ácido sulfúrico e 100g de hidróxido de sódio para
que reajam segundo a equação H2SO4 + 2 NaOH -> Na2SO4 + 2 H2O. Calcule a
massa do reagente que sobra em excesso após a reação.
H2SO42NaOH
147g -------- x
X=120g de NaOH isso é impossível pois o enunciado diz que temos apenas 100g
de NaOH.
H2SO42NaOH
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Apostila de físico-química
x -------- 100g
x=122,5g de H2SO4
Neste caso é importante calcularmos a massa referente à parte pura, supondo que as
impurezas não participam da reação.
Grau de pureza (p) é o quociente entre a massa da substância pura e a massa total da
amostra (substância impura).
P=m/mT
mT=substância total
Ex: Deseja-se obter 180L de dióxido de carbono, medidos nas condições normais,
pela calcinação de um calcário de 90% de pureza. Qual a massa de calcário
necessário?
CaCO3 CO2
X -------------- 180L
X=803,57g de CaCO3
X ------------------------------------------100 %
X=892,8 g de calcário
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Apostila de físico-química
r=q/q’
Ex: Queimando-se 30g de carbono puro, com rendimento de 90%, qual a massa de
dióxido de carbono obtida?
C + O2 -> CO2
Temos:
C + O2 -> CO2
12g-------- 44 . 0,9
30g ---------x
X=99g de CO2
2) SOLUÇÕES
Em uma solução, o componente que está em maior quantidade é chamado de solvente e o (s)
que está (ão) em menor quantidade é (são) chamado (s) de soluto (s). Suas propriedades
físicas não são independentes para cada componente como em uma mistura heterogênea, ou
seja, elas dependem do tipo de solução e da concentração da solução. A presença de uma
substância interfere em propriedades físicas da outra.
As soluções podem ser classificadas de acordo com seu estado físico em sólidas, líquidas e
gasosas. A Tabela1 mostra exemplos de soluções e seus estados físicos:
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Apostila de físico-química
Concentraremos nosso estudo nas soluções líquidas e gasosas, que são as mais comuns.
Uma solução é composta pelo soluto e pelo solvente, em função da quantidade com que os
componentes estão presentes. O que está presente em menor quantidade é o soluto. A
solução, em relação ao soluto, pode ser diluída ou concentrada. Essa classificação é relativa e
tem sido usada para dar uma indicação da concentração, isto é, uma solução é dita mais
diluída que outra quando o soluto está presente em menor quantidade nela do que na outra.
Do mesmo modo uma solução é considerada mais concentrada quando a sua massa de soluto
for maior do que a massa de soluto da outra solução.
Para determinar quantitativamente quanto de soluto está disperso no solvente, ou seja, para
calcular a concentração ou composição de uma solução, são utilizadas as unidades de
concentração. Essas unidades podem ser expressas de várias formas. A seguir, descreveremos
algumas unidades de concentração.
Onde m é a massa de soluto (g) e V é o volume da solução (L). A unidade é dada em gramas
por litro (g/L).
3.b) Concentração e m q u a n t i d a d e d e m a t é r i a ( M o l a r i d a d e - m o l / L )
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Apostila de físico-química
Substituindo n:
Temos:
Como:
Temos:
Cn = C/M1 ou C = Cn . M1
Podemos usar essa fórmula para transformar concentração em quantidade de matéria
em concentração comum, ou vice-versa.
T = m1/m e T = V1/V
O título em massa não tem unidade, pois é uma divisão de dois valores de massa
(massa do soluto pela massa da solução), e as unidades se “cancelam”. Como a
massa e o volume de soluto nunca poderão ser maiores que os da própria solução, o
valor do título nunca será maior que 1.
P = 100. T
d = m/V
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Apostila de físico-química
Cuidado para não confundir densidade com concentração comum, pois as duas
relacionam massa com volume. Lembre-se de que na concentração comum se
relaciona a massa de soluto com o volume da solução e, na densidade, a massa de
solução com o volume da solução.
Obs: Podemos fazer também a relação entre concentração comum, densidade e título
para calcular a concentração de uma solução.
A soma das frações molares de todos os componentes de uma solução deve ser igual
a 1. Isto é: XA +XB+... = 1.
Partes por bilhão (ppb) é definida como a quantidade, em parte de soluto, presente
em 1.000.000.000 (10⁹) partes da solução.
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Apostila de físico-química
e ppb:
Obs: Podemos fazer também a relação entre concentração comum, densidade e título
para calcular a concentração de uma solução.
C = 1000.d.T
4) DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES
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Apostila de físico-química
Quando realizamos uma diluição, a massa (m1) e a quantidade de matéria em mol (n1)
do soluto não mudam. Mas, visto que é acrescentado mais solvente, o volume (V2, V),
a massa (m2, m) e a quantidade em mol (n2, n) do solvente e da solução são alterados.
ou
C = m1
V
Desse modo, para a solução inicial e para a solução final (depois da diluição), temos:
Visto que a massa do soluto (m1) não mudou, podemos igualar as duas expressões,
chegando a uma fórmula que pode ser usada em várias questões envolvendo diluição
de soluções:
Ci . Vi = Cf .Vf
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Apostila de físico-química
“Um químico quer preparar uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4(aq)) que tenha
concentração de 98g/L para realizar um experimento. Mas ele possui apenas 4 litros
de solução desse ácido a 196 g/L. Levando em conta que ele usará 2 litros da solução
de ácido sulfúrico no experimento em questão, como ele deverá proceder para
preparar essa solução?”
Resolução:
A concentração inicial possui concentração maior (196 g/L) do que a solução de que o
químico precisa (98 g/L). Dessa forma, ele precisa pegar um determinado volume da
solução inicial e diluir até atingir a concentração desejada. Mas que volume seria
esse?
Para descobrir basta usar a expressão: Ci . Vi = Cf .Vf.
196 g/L . Vi = 98 g/L . 2 L
Vi = 196 g
196 g/L
Vi = 1 L
Portanto, é preciso pegar 1L da solução inicial e diluí-lo até completar dois litros,
obtendo-se, dessa forma, uma solução a 98 g/L.
Esse exemplo mostra algo que é muito comum em laboratórios de química, as
soluções compradas geralmente vêm em concentrações grandes e determinadas.
Assim, muitas vezes é preciso diluí-las para se chegar à concentração que se deseja.
Se precisarmos realizar o contrário, isto é, se quisermos obter uma solução de
concentração maior, então, basta evaporar parte do solvente, aquecendo a solução.
No caso da diluição, os químicos costumam fazer o seguinte:
1º) Calcula-se o volume necessário da solução inicial;
2º) Esse volume é coletado por sucção com uma pipeta, que é um instrumento
de precisão e com uma pera;
3º) Transfere-se esse volume da solução inicial para um balão volumétrico do
volume final que se deseja obter;
4º) Acrescenta-se água (diluição) até atingir o volume desejado.
Além da concentração comum, a relação usada também pode ser feita para outros
tipos de concentração, como em quantidade de matéria (mol/L), em título e em fração
molar:
Mi . vi = Mf . vf Ti . vi = Tf .vf xi . ni = xf .nf
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4.b) Titulação
Método de análise volumétrica que consiste em determinar a concentração de ácido
ou de base através de um volume gasto de uma das soluções com molaridade
conhecida.
Este método é muito utilizado em laboratórios químicos e é utilizado as seguintes
vidrarias e reagentes:
5) TERMOQUÍMICA
A fonte primária de energia do nosso planeta é o sol, que nos aquece, ilumina e
transfere energia, acumulando-a de várias formas, principalmente nos vegetais verdes,
através da reação de fotossíntese.
A energia solar, por exemplo, armazenada pela cana vai aparecer nas ligações
contidas nas ligações químicas entre átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio que
formam, por exemplo, a molécula de álcool (etanol).
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Apostila de físico-química
Nesta equação nos mostra a liberação de calor (68,5 Kcal por mol de água formado).
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Apostila de físico-química
* Reação Endotérmica
* Reação Exotérmica
Representação Gráfica
ΔH = Hprod – Hreag
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6) ELETROQUÍMICA
É o estudo das reações de oxirredução que produzem ou são produzidas pela corrente
elétrica, ou seja, é uma reação onde há transferência de elétrons (é). São exemplos de
reações de oxirredução: A combustão, a corrosão, a fotossíntese, o funcionamento
das pilhas e baterias, o metabolismo dos alimentos e etc.
Considere a reação:
Redução
NOX: É o número que mede a carga real ou aparente de uma espécie química.
A espécie química que sofre OXIDAÇÃO é aquela que “perde” elétrons NOX
AUMENTA.
A espécie química que sofre REDUÇÃO é aquela que “ganha” elétrons NOX
DIMINUI.
Células eletrolíticas
Onde a energia elétrica é convertida em energia química.
Podemos simplificar:
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Apostila de físico-química
Os metais são elementos que tem alta tendência a doar elétrons, ou seja, possuem
alta eletropositividade, e formam cátions. São elementos que sofrem oxidação e
provocam a redução de outra espécie química envolvida numa reação.
Um metal é mais reativo que outro, quando sua tendência de doar elétrons, isto
é, sua eletropositividade e maior.
Já o inverso...
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Apostila de físico-química
Dessa maneira, com o passar do tempo, a barra de zinco irá diminuir até ser
completamente corroída, enquanto que a de cobre irá aumentar de tamanho. Outro
fenômeno que ocorre nesta pilha é a migração de ânions sulfato do compartimento catódico
para o anódico, através da parede porosa. Essa corrente iônica, também chamada de
circuito interno da pilha, é necessária para manter as duas soluções neutras, uma vez que
com o passar do tempo aumenta a quantidade de cargas positivas (Zn+2) no anodo e diminui
no catodo.
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Apostila de físico-química
A passagem de elétrons pelo circuito externo gera corrente elétrica, eletricidade. Desse
modo, energia química foi transformada em energia elétrica, podendo ser utilizada para os
mais diversos fins, como acender uma lâmpada, fazer funcionar um motor, etc. As pilhas
comuns que encontramos no mercado e as baterias de automóveis são exemplos de células
galvânicas.
Ponte salina
A função da ponte salina é permitir a migração de íons de uma solução para outra, de
modo que o número de íons positivos (cátions) e íons negativos (ânions) na solução
de cada eletrodo permaneçam em equilíbrio.
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Apostila de físico-química
Com o uso da ponte salina, a pilha terá, desse modo, seu funcionamento prolongado
por mais tempo.
No circuito interno, os ânions migram para o anodo e os cátions migram para o catodo.
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Apostila de físico-química
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Apostila de físico-química
Toda pilha possui um potencial, ou seja, produz uma voltagem e é medido na pilha.
• É dado por: ΔE= Emaior – Emenor
• Sendo Emaior e Emenor são os potenciais padrões de redução de cada semi-
equação.
Quando: ΔE > 0 - reação é espontânea.
ΔE < 0 – não é espontânea.
Quanto maior o ΔE (positivo), maior será a eficiência da pilha.
A ddp de uma pilha no estado padrão pode ser medida por um voltímetro, ou pode ser
calculada pela expressão:
ΔEº= Eºred (catodo) – Eºred (anodo) ou
ΔEº= Eºred (maior) – Eºred (menor)
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A grande maioria dos metais se oxida na presença de ar, esse fenômeno pode ser
explicado pelo fato de esses metais possuírem menor potencial de redução do que o
oxigênio.
•
• O2 + 2H2O + 4ē + 4OH- Eº= +1,23 (maior)
• Cátion + elétrons Meº Eº< +1,23
Em vários metais, a corrosão não é tão intensa devido à formação de uma película
protetora.
• Oxidação:
Feº Fe²⁺ + 2ē
• Redução:
½O₂ + H₂O + 2ē 2OH⁻
+
Feº + ½O₂ + H₂O Fe²⁺ + 2OH⁻
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7.f) Galvanização
A galvanização consiste no recobrimento do metal a ser protegido com outro metal,
que promova o seu isolamento do contato com o ar atmosférico.
A galvanização do ferro é feita com zinco. A peça de ferro é mergulhada em zinco
fundido para que este seja recoberto com uma fina camada.
O zinco tem maior potencial de oxidação que o ferro, ao entrar em contato com o ar
úmido o zinco se oxida e forma o óxido de zinco. O óxido de zinco tem uma boa
aderência e baixa porosidade, pois isso esse óxido dificulta ainda mais o contato do
ferro com o ar atmosférico.
Uma placa recoberta de estanho constitui a popular lata de estanho. Como o estanho
é um metal que sofre oxidação muito lenta, é utilizado como proteção para o ferro.
Latas usadas para guardar alimentos costumam apresentar uma camada protetora de
polímeros especiais, para evitar que o ácido cítrico dos elementos ataque o estanho.
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Apostila de físico-química
Observe então que o eletrodo de sacrifício terá de possuir menor potencial de redução
que o ferro.
Condutor elétrico
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BRADY, J.E. e HUMISTON, G.E. Química Geral. 2ed, Rio de Janeiro: Livros Técnicos
e Científicos, 1986.
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