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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET


PROFESSOR: RIDVAN NUNES
DISCIPLINA: FISICO-QUÍMICA
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA

EVELLYN SOPHIA BARROS BARBOSA


MATEUS MELO DUTRA CABRAL
ROGERIO MELO GOMES

RELATÓRIO I
DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE UNIVERSAL DE UM GÁS IDEAL

SÃO LUÍS - MA
11/10/202
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................4
OBJETIVO.......................................................................................................................4
PARTE EXPERIMENTAL.............................................................................................4
MATERIAIS E REAGENTES..........................................................................................4
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL….........................................................................5
RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................5
CONCLUSÃO..................................................................................................................7
REFERÊNCIAS...............................................................................................................7
INTRODUÇÃO

Em 1662, o pensador irlandês Robert Boyle foi o primeiro a descrever


quantitativamente a relação entre o volume de um gás e sua pressão. Ele descobriu
que, a uma temperatura constante, o volume de uma quantidade fixa de gás contido
em um recipiente diminui à medida que a pressão do gás aumenta. A lei de Boyle
afirma que, a temperatura constante, o volume ocupado por uma quantidade fixa de
gás é inversamente proporcional à pressão efetuada (USP, 2018). A lei de Boyle
pode ser expressa matematicamente da seguinte forma:

PV = constante

Um gás hipotético que segue perfeitamente à lei de Boyle respeitando


todas as condições, é denominado de gás ideal. Os gases reais se aproximam do
comportamento dos gases ideais a baixa pressão, e diferentes gases reais têm
diferentes graus de idealidade. Em 1787, o químico francês Jacques Alexander
Charles estudou o efeito das mudanças de temperatura no volume de uma
determinada quantidade de gás mantido a pressão constante. Constatando que, ao
aquecer um gás, de forma que a pressão continue constante, o gás se expande
(USP, 2018).
É válido ressaltar que a primeira pessoa a unificar a lei de Boyle e a lei de
Gay-Lussac, foi o engenheiro francês Benoit-Paul Emile Clapeyron, e mais tarde o
alemão Rudolf Clausius utilizou dados de experimentos do químico francês Henri
Victor Regnault, realizando uma correção associada com a temperatura (valor mais
preciso de temperatura absoluta passou de 267 K para 273 K) na equação
originalmente proposta por Clapeyron, o químico alemão August F. Horstmann, que
foi quem pôs o volume molar na equação proposta por Clausius e Clapeyron, e
apareceu em sua forma atual em 1873: PV = nRT. Uma equação matemática bem
conhecida que descreve o comportamento de um gás ideal em função da pressão,
número de moles, temperatura e volume (SANTOS, 2012).
Os gases reais não obedecem pontualmente à lei dos gases perfeitos, com
exceção no limite de p -› 0. Os desvios são relativamente importantes em altas
pressões e baixas temperaturas, especialmente quando os gases estão prestes a se
condensar em líquidos. Os gases reais apresentam desvios da lei dos gases
perfeitos devido às interações entre as moléculas. As forças repulsivas entre as 3
moléculas favorecem para a expansão e as forças atrativas contribuem para a
compressão (ATKINS; PAULA, 2012).
As forças repulsivas só são significativas quando as moléculas estão quase
tocando uma a outra. Por serem interações de curto alcance, as repulsões tornamse
significativas apenas quando a distância média entre as moléculas é pequena. Este
é o caso de alta pressão, onde um grande número de moléculas ocupa um pequeno
volume. As forças intermoleculares atrativas, por outro lado, têm um alcance
relativamente longo e são eficazes em distâncias de vários diâmetros moleculares
(ATKINS; PAULA, 2012).
No século XVIII, o estudo dos gases concedeu avanços muito relevantes,
resultando a primeira revolução industrial com as máquinas a vapor que trouxeram a
garantia de um novo elemento energético no meio industrial, proporcionando
inovação e praticidade no modo de vida do homem (SANTOS, 2012). Logo, os
gases são muitos utilizados no cotidiano tanto para usos pessoais como para fins
científicos, dessa forma, este relatório tem o objetivo de por meio da equação dos
gases ideais e reais calcular a constante universal dos gases (R).
OBJETIVO

Essa prática teve como objetivo por meio da equação dos gases ideais e reais calcular a
constante universal dos gases (R).

PARTE EXPERIMENTAL

MATERIAIS E REAGENTES

VIDRARIAS MATERIAIS REAGENTES


Funil de separação Suporte universal Solução 1,0 mol L‐³ de
HCl
Erlenmeyer Termômetro Fita de magnésio
Proveta(250mL) Bacia de vidro Água
Kit hospitalar
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

● Pese na balança analítica medidas da fita de magnésio entre 0,0400 g a


0,0720 g.
● Adicione água da bacia de vidro e encha de água a proveta (evite o
máximo as bolhas de ar).
● O suporte universal servirá para manter a proveta na horizontal.
● Conecte o tubo hospitalar entre o funil de separação e a proveta.
● Adicione cerca de 50mL da solução de HCl no funil de separação.
● Coloque a fita de magnésio no erlenmeyer.
● Abra a torneira conectada no funil de separação e espere a reação
acontecer.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para conseguir determinar a massa molar de um gás, no nosso caso o do


hidrogênio, é necessário pensar em um aparato de forma a captar todo o
gás gerado pela reação do metal com o ácido clorídrico. Além do mais, o volume
desprendido tem que ser medido, afinal de contas, este é um experimento
quantitativo.
A tabela a seguir mostra os valores que obtivemos no laboratório.

Tabela 1: tabela contendo resultados da pratica 1.


Amostra W/g V/ml Temp (C°)

1 0,058 100 26

2 0,071 110 26

3 0,087 120 26

Para calcular o numero de mols temos:

0,058
N 1= =0,0023
24,305 g /mol

0,071
N 2= =0,0029
24,305 g /mol

0,087
N 3= =0,0035
24,305 g/mol

Devemos ter em mente que a expansão desse gás deve ser feita a pressão
constante, por isso deve-se acompanhar a variação do nível da bureta com o tubo
nivelador durante toda reação.
O número de mols(n) obtido no gráfico do H2 é igual ao do Mg. A reação
acontecerá e formará Mg + 2 HCl —> MgCl2 + H2. Ou seja, para formar 1 mol de
cloreto de magnésio precisamos de 1 mol de magnésio e 2 mols de ácido clorídrico.

A temperatura ambiente aferida durante a aula experimental foi de 26ºC, sabendo


dessa informação pode-se encontrar o valor da pressão do vapor de água, o qual tem
a pressão igual á 18,5 mmHg. Dessa forma, para encontrar a pressão do gás
hidrogênio a fórmula matemática:

Patm=P ( gás ) + P ( vapor de H 2 O )


750 mmHg=−25 ,2+ P ( H 2 )
P ( H 2 )=734 , 4 mmHg

Usando as equações dos gases ideais e reais calcula-se o valor da


constante dos gases:

PV =NRT (eq .1−gases ideais)


RT a
P= − 2 (eq . 2−gases reais )
( V −b) V

Sabe-se que: a = 0,244 atm.L2.mol-2 b = 0,0327 L.mol-1. Considera as médias dos volumes,
temperatura, número de mols e pressão medidos e calculados.

Calcula-se a constante dos gases ideais:

734 , 4 mmHg x 0,110 L


R=
0,0029 mol x 299 K
−1 −1
R=93 ,16 mmHg. l .mo l . K

Os valores encontrados para R na literatura são:

Tabela 2: tabela com valores de R.

Admitindo que houve erro para encontrar o valor de R, temos que o erro relativo é:

|62 , 36−93 ,16|


E %= x 100
93 , 16
E %=33 %
CONCLUSÃO

Desse modo, conclui-se que o experimento realizado não cumpriu em realizar


seu objetivo, seja devido a erros mecânicos que possam ter ocorrido durante a
realização dos procedimentos, seja devido a erros na própria escolha da metodologia
empregada, o valor encontrado para a constante universal dos gases utilizando as
duas equações estudadas foi muito disperso do valor esperado. De fato, até a
relação de proporcionalidade entre as variáveis da equação geral dos gases estava
invertida, como demonstrado nos gráficos presentes no tópico de Resultados e
Discussões

REFERÊNCIAS

JENSEN, W. B. The Universal Gas Constant, J. Chem. Educ., 2003, 80, 731-732.

DOS SANTOS,Pablo Eduardo Costa.SANTOS João Thiers MENDONÇA.


SARMENTO, Victor Hugo Vitorino. SILVA,Erivanildo Lopes da. SILVA,Geraldo
Humberto.Determinação da Constante Universal dos Gases: uma proposta de
abordagem alternativa.2012,UFS, Itabaiana, SE, Brasil.

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