Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE QUÍMICA

FÍSICO QUIMICA EXPERIMENTAL

LAÍSA DE PAULA FERNANDES - MATRÍCULA: 11711QMI218

MARIA FERNANDA - MATRÍCULA: 11811QMI215

MARIA EDUARDA DO SANTO ANTONIO - MATRÍCULA: 12011QID016

MIRIAM MELO - MATRÍCULA: 12111QMI226

EXPERIMENTO 4

Determinação do calor de neutralização

UBERLÂNDIA

Setembro/2023.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................1

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................2

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:......................................................................................3

4. CONCLUSÃO:....................................................................................................................7

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:....................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

As reações de neutralização ocorrem quando uma solução de um ácido é misturada a


uma solução de uma base, sendo que o produto não apresenta características ácidas ou
básicas. Pode-se observar melhor essa concepção, observando a equação 1 abaixo, que
mistura o HCl, ácido forte, com o NaOH, base forte.

HCl(aq) + NaOH(aq) --> H2O(l) + NaCl(aq) (1)

Observa-se que os produtos formados são água, e o NaCl, um sal. Entende-se por sal
aquela substância onde seu cátion é proveniente de uma base, tal como o Na + que veio do
NaOH; e o ânion proveniente de ácido, como o Cl - do HCl. Nesse sentido, a reação de
neutralização é entendida como a reação capaz de formar sal e água.
À medida em que uma reação química ocorre, as mesmas são acompanhadas por
mudanças de energia. À uma pressão constante, esse fato é melhor evidenciado, pois se torna
mais fácil medir a entalpia, H, do sistema (equação 2). Dessa forma, a variação de entalpia, é
entendida como a troca de calor entre o sistema e a vizinhança.

ΔH=qp (2)

De acordo com a termodinâmica, calor é energia que transita do corpo mais quente para
o mais frio, portanto, quando ocorre de uma reação liberar calor para o ambiente são
denominadas como exotérmicas, apresentam valor de ΔH negativo, já as que absorvem
energia são endotérmicas, apresentam positivo de ΔH.
No caso de uma reação de neutralização, o calor oriundo é chamado de calor de
neutralização. Nesse tipo de reação têm-se a liberação de íons H+, vindos do ácido que
formam H3O+, além de ter íons OH- resultante da base, ao serem liberados, esses íons reagem
e formam a água, portanto, o calor de neutralização é o calor envolvido para formar um mol
de água produzido por um ácido e base forte (Equação 3).

HA (aq) + BOH (aq) --> B+(aq) + A-(aq) + H2O(l) (3)

1
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Materiais:

● 1 frasco de Dewar de 500mL;


● 2 provetas graduadas de 50mL;
● Termômetro digital;
● Termômetro de mercúrio;
● Densímetro;
● Ácido clorídrico 1M;
● Hidróxido de sódio 1M;
● Água destilada.

Método utilizado:

1. Montou-se o esquema experimental de acordo com a figura 1:

2. Colocou-se no calorímetro 150mL de água destilada á temperatura ambiente e


agitou-se moderadamente. Observou-se e anotou-se a temperatura no momento em que o
calorímetro atingiu o equilíbrio térmico, assim, que a temperatura ficou constante;.
3. Mediu-se a temperatura de 50mL de água gelada e introduziu-se no
calorímetro;
4. Abriu e fechou-se a tampa rapidamente ao introduzir a água gelada. Agitou-se
a mistura e anotou-se a temperatura no momento em que a temperatura ficou constante;
5. Esse procedimento repetiu-se mais duas vezes, anotou-se as observações;

2
6. Mediu-se a densidade das soluções do ácido e da base;
7. Colocou-se no calorímetro 150mL de solução de hidróxido de sódio 1Me
agitou-se moderadamente. Observou-se e anotou-se a temperatura no momento em que a
temperatura ficou constante;
8. Mediu-se a temperatura de 50mL de solução de ácido clorídrico 1M e
introduziu-se no calorímetro;
9. Abriu e fechou-se a tampa rapidamente ao introduzir o ácido. Agitou-se a
mistura e anotou-se a temperatura no momento em que a temperatura ficou constante;
10. Esse procedimento repetiu-se mais duas vezes, anotou-se as observações;

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Realizado o procedimento experimental, obtiveram-se os seguintes dados de


temperatura para a água (Tabela 1) e para a reação de neutralização (Tabela 2), apresentados
em duplicata, e determinou-se o calor de neutralização como mostrado abaixo.

reagente T 1( °C) T 2 (° C)

Água ambiente 24,9 24,5

Água fria 8,3 9,3

equilíbrio 18,8 18,1

3
Tabela 1. Temperaturas para a água.

A princípio, partindo de tais dados, foi feita a determinação da capacidade calorífica do


calorímetro utilizado, através da Equação 1:

m× c (T e −T a)+m ×c (T e −T g)+Cp(T e −T ambiente )=0 (Equação 1)

Onde T e corresponde à temperatura do equilíbrio; T a corresponde à temperatura da água


quente, que é igual à T ambiente; e T g corresponde à temperatura da água fria. Para cada um dos
testes, os resultados obtidos foram:

T 1 ⇒Cp=74,07 J /° C

T 2 ⇒Cp=55,78 J /° C

Cp médio =64,92 J /° C

reagente T 1( °C) T 2 (°C)

ácido 24,3 24,9

base 26,1 25,9

Equilíbrio 30,5 31,5

Tabela 2. Temperaturas para a reação de neutralização.

4
Considerando a densidade do ácido como d HCl=1,60 g/mL e a densidade da base como
d NaOH =1,40 g/mL; e seus respectivos volumes como V HCl=80 e V NaOH =120 mL; obteve-se os
seguintes valores de massa (m), utilizando a Equação 2:

m
d=
V

(Equação 2)

Resultados das massas do NaOH e HCl:

mHCl =128 g

mNaOH =168 g

Em um rearranjo da Equação 1 apropriado para a reação de neutralização, têm-se a


Equação 3:

q neut +m HCl × C H O (T n−T ac )+ mNaOH × C H O (T n−T b)+Cp(T n−T b )=0


2 2
(Equação 3)

Onde T n corresponde à temperatura do equilíbrio; T ac corresponde à temperatura do


ácido HCl; T b corresponde à temperatura da base; Cp foi determinado através da Equação 1; e
C H O=4,184 J / g °C . Sabendo que a concentração de HCl e NaOH é igual a 1 mol/L, para
2

cada um dos testes, os resultados obtidos para o calor de neutralização foram:

T 1 ⇒ qneut =−7013,0516 J

T 2 ⇒ qneut =−7783,3184 J

q médio =−7398,185 J
5
Temos que:

HCl+ NaOH → NaCl+ H 2 O

0,05 0,15 0,05 0,05

mol mol mol mol

Sendo 0,05 mol de HCl o agente limitante, tido como n na Equação 4, e aplicando o
valor médio de q neut na equação, obteve-se, por fim, que:

q
Δ H m=
n

(Equação 4)

−1
Δ H m=147.963,7 J × mol

Foi possível observar que T e −T a≪(−6) produzem resultados muito discrepantes – o


que nos levou a repetir o procedimento experimental uma vez e, ainda assim, forneceu valores
um pouco elevados, influenciando, assim, todos os cálculos subsequentes.

4. CONCLUSÃO:

Nosso valor de variação de entalpia molar teve um erro relevante em relação ao valor
experimental. Esse erro pode ser causado por falhas no procedimento, tais como má
calibração dos termômetros ou mau manuseio em relação ao tempo para abrir o frasco de

6
Dewar, colocar a segunda solução, fechar e agitar. Ainda assim, os resultados não estiveram
dentro da margem esperada aproximadamente Δ H m=−¿ 55,9 KJ/mol.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

1. BROWN, T. L, LEMAY, BURSTERn Química: A ciência central, 9ª ed., 2005

2. ATKINS, Peter; PAULA, Julio de. Físico-Química. Vol. 1. Local: LTC, 2008,

3. http://engenhariaquimica.webnode.com.pt/galeria-de-fotos/

4. www.demec.ufmg.br/disciplinas/ema890/aula11.pdf

5. CHANG, Raymond. Físico Química para as ciências químicas e biológicas. 3ªed.São

7
Paulo: McGraw-Hill, v. 1. p. 232-235, 2008.

6. QF431 - Físico-Química, Prof. Dr. Ricardo Aparício. Acesso ao link:


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5570120/mod_resource/content/1/Notas%20de
%20Aula%20-%20UNICAMP%20-%20QF431_1s2010.pdf

7. Aula 09, Univap. Acesso ao link:


https://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2_EXP7_Eletrolitos.pdf

Você também pode gostar