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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES

UNIDADE ACADÊMICA DE BIOLOGIA E QUÍMICA – UABQ

DISCIPLINA: Físico-Química Experimental

DOCENTE: Renato Santana

DISCENTE: Tatiana De Almeida Silva

CALOR DE NEUTRALIZAÇÃO

CUITÉ – PB
2018
TATIANA DE ALMEIDA SILVA

CALOR DE NEUTRALIZAÇÃO

Atividade endereçada ao professor Dr. Renato


Santana, como requisito parcial para aprovação na
disciplina de Físico-Química Experimental.

CUITÉ-PB
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3

2. METODOLOGIA ....................................................................................... 4

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 4

4. CONCLUSÃO ............................................................................................ 4

5. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 6
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1. INTRODUÇÃO

A Termodinâmica é uma área que tem seus estudos voltados para o calor e também
outros tipos de energia. E a Termoquímica é uma área da Termodinâmica que tem seus estudos
voltados para a variação de calor sendo que esta tem que está associada a uma transformação
quimica¹.
Diversas reações químicas que ocorrem de forma espontânea são exotérmicas, ou seja,
liberam calor, fazendo com que haja aumento na temperatura do sistema. Tais efeitos permitem
que sejam usados outros métodos de calorimetria que estão associados na medida de calor
liberado e verificação de temperatura. Além de reações como: queima de combustíveis, há
outros tipos de reações exotérmicas que são consideradas de suma importância, como as de
oxidações de metais e reações de neutralização de um ácido com uma base².
A entalpia de neutralização é definida como sendo o calor que é produzido mediante a
reação entre um ácido e uma base, em solução aquosa, com o objetivo de produzir um mol de
água. É sabido lembrar que esta pode ser calculada com o auxílio de uma titulação termométrica
em que o aumento da temperatura observado, a partir do momento em se adiciona a base ao
ácido alcança o valor máximo quando o ácido e a base estão nas mesmas quantidades de valores
estequiométrico permitindo determinar o ponto de equivalência³.
Sendo que o seu valor pode ser verificado através de uma técnica chamada de
calorimetria preferencialmente em condições adiabáticas, ou seja, sendo que as perdas de calor
para o meio exterior devem ser desprezíveis. Pois nessas condições, a entalpia de neutralização
tem que ser igual em valor absoluto ao calor da solução neutralizada, onde o sinal tem que está
contrário, ∆Hnº o = - m Cp ∆T = - V ρ Cp ∆T, onde m é a massa de solução neutralizada, Cp é
seu calor específico e ∆T a variação de temperatura². Entende-se que as fronteiras adiabáticas
são aquelas que não é permitido a transferência de energia em forma de calor4.
Calorimetria é uma área da física que estuda as trocas de energia que ocorrem entre e
sistemas, sendo que é necessário haja troca de calor. Por sua vez calor é a passagem de energia
térmica de um ambiente para outro, isto é, um determinado corpo está recebendo calor, porém
ele não possui calor. A calorimetria é uma subárea da termologia5.
Para determinar a precisão de medidas calorimétricas, é necessário fazê-las através de
instrumentos de medida de temperatura como termômetros, termopares, ou outros tipos de
sensores, ou através da perda de calor para o meio externo, que tem forte dependência com a
qualidade do isolamento durante as medições. Assim sendo, uma metodologia experimental
que realiza um ensaio desse tipo em um intervalo de tempo menor pode ser aceitável, visto que
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não haja tanta preocupação com o isolamento. Portanto, é bem provável que a condutividade
térmica do material onde a reação está acontecendo possa ter influência nos resultados.
Observa-se que recipientes a base de poliestireno (isolante), vidro e metal (bom condutor
térmico) apresentam desvios nas condições adiabáticas mínimos comparando com os de
poliestireno, que nos materiais de vidro são intermédios e máximos nos de metal².
O instrumento usado para determinar a capacidade calorífica de uma substância é
chamado de calorímetro. E estes são classificados conforme as trocas térmicas. São adiabáticos
quando não existe troca de calor com o meio, isotérmicos quando as trocas de calor com o meio
são intensas e isoperibólico quando as trocas de calor são pequenas e a temperatura do meio é
mantida constante4.
A prática teve como objetivo determinar experimentalmente a capacidade calorifica de
um calorímetro, e o calor de neutralização de um ácido forte.

2. METODOLOGIA

Primero foi realizado a calibração do calorímetro. Antes da calibração foi medida a


temperatura da água quente e da água gelada. Depois foi colocada 150 mL de água destilada
agitando levemente e depois foi acrescentada 100 mL de água destilada gelada no calorímetro,
agitando levemente, para determinar a temperatura de equilíbrio para a calibração do
calorímetro.
Depois de feita a calibração do calorímetro, foi realizado a determinação do calor
neutralização. Primeiro colocou 120 mL de hidróxido de sódio 0,2 M (NaOH), agitando
moderadamente para determinar temperatura inicial da neutralização, em seguida, adicionou 30
mL de ácido clorídrico 0,8 M (HCl) agitando, ainda, moderadamente até obter a temperatura
final da neutralização.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Primeiramente foi feito a calibração do calorímetro usando água destilada quente e água
destilada gelada, logo, obtemos os seguintes dados: Temperatura da água quente 302,3 K,
temperatura da água gelada 287,3 K, temperatura de equilíbrio 296,4 K, a temperatura de
equilíbrio é a temperatura que ambos os corpos (águas) tenham a mesma temperatura. O volume
total dessa calibração foi 250 mL. Portanto, com esses dados podemos calcular a capacidade
calorífica do calorímetro usando a formula abaixo.
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𝑇𝑒 − 𝑇𝑓
𝐶 = 𝜌𝑉𝑐 ( )
𝑇𝑞 − 𝑇𝑒

Onde 𝜌 é a densidade da água (1 g/mL), V é o volume total de água adicionada ao


calorímetro e o c é o “calor especifico” da água (1 cal/g.K).
Te é a temperatura de equilíbrio, Tf é a temperatura da água gelada e Tq é a temperatura
da água quente.
Assim, calcularmos a capacidade calorífica
296,4 𝐾 − 287,3𝐾
𝐶 = 1𝑔/𝑚𝐿 ∗ 250𝑚𝐿 ∗ 1𝑐𝑎𝑙/𝑔. 𝐾 ( )
302,3𝐾 − 296,4𝐾

Tendo a capacidade calorifica de 385,59 cal/K.


Na determinação do calor de neutralização, temos os seguintes dados: Capacidade
calorífica de 385,59 cal/K, temperatura inicial 301,9 K, temperatura final 303,7 K e a
concentração do ácido clorídrico (HCl) 0,8 mol/L.
Com a concentração de HCl e com o volume de 30 mL de HCl utilizado, temos o número
de mols de HCl na neutralização:
𝑛 = 0,03 L . 0,8 mol/L
𝑛 = 0,024 mols de HCl

O calor de neutralização do ácido é calculado a partir da equação:

𝐶. ∆𝑇
∆𝐻 = −
𝑛

Onde C é a capacidade calorífica do calorímetro, ∆T variação de temperatura no


calorímetro e n o número de mols neutralizados.
Onde primeiramente colocamos 120 mL de hidróxido de sódio a uma temperatura inicial
de 301,9 K e depois acrescentado 30 mL de ácido clorídrico obtendo uma temperatura final
303,7 K. Fazendo o cálculo com a formula anterior temos a variação de entalpia, ou seja, temos
o calor de neutralização do ácido.

385,59 𝑐𝑎𝑙/𝐾 . (303,7𝐾 − 301,9𝐾)


∆𝐻 = −
0,024 𝑚𝑜𝑙𝑠
∆𝐻 = −121 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Portanto, a partir da entalpia de neutralização obtido nessa reação, temos um processo
de neutralização exotérmico, ou seja, este processo libera calor.
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4. CONCLUSÃO

Portanto, o método utilizado foi significativo para obtenção dos resultados. Logo,
algumas reações podem ter uma mudança de temperatura onde algumas vão aumentar a sua
temperatura e outra vão diminuir, sendo exotérmica ou endotérmica, no qual podemos verificar
isso usando o calorímetro. Assim, a quantidade de calor que é liberada durante a reação está
relacionada com a quantidade de reagentes envolvidos na reação. Ainda é sabido lembrar que,
a entalpia de neutralização está associada com a quantidade de calor que é liberado durante a
reação de um ácido com uma base, ou seja, como ocorre no processo de formação da água, onde
1 mol de H+ reage com 1 mol de OH- para que sejam produzidos 1 mol de H2O.

5. REFERÊNCIAS

1. Determinação de Calor de Neutralização. Disponível em:


<http://www2.fc.unesp.br/lvq/calor_neutralizacao.pdf>. Acessado em: 20/11/2018.
2. FRADE, Jorge R.; PAIVA, Ana Teresa. Medição de entalpia de neutralização.
Universidade de Aveiro. Dep. Eng. Cerâmica e do Vidro Universidade de Aveiro, 2006.
3. FRANCISCO, Ana Paula et al. Determinação da Entalpia de Neutralização da
Reação NaOH(aq)+HCl (aq). Escola Secundária de Amares, 2006. Disponivel em: <
http://education.ti.com/sites/PORTUGAL/downloads/pdf/determin_calor_neutraliz.pdf>.
Acessado em: 18/11/2018.
4. ASSUMPÇÃO, M. H. M. T. et al. Construção de um Calorímetro de Baixo Custo
para a Determinação de Entalpia de Neutralização. Ecl. Quím., São Paulo, 35 - 2: 63 - 69,
2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/eq/v35n2/v35n2a07.pdf>. Acesso em:
19/11/2018.
5. PILLING, Sergio. Termoquímica. Universidade Vale do Paraiba, São José dos
Campos- SP. Disponível em:
<http://www1.univap.br/spilling/FQE1/FQE1_EXP1_Termoquimica.pdf>. Acesso em:
19/11/2018.

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