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Preparatório ONC 2ª Fase

Aula 1- O estudo dos Gases Ideais


Professora Luiza Lanza
@_EOBA
O que é um gás ideal?
• São gases que obedecem à Lei de Clapeyron (equação geral dos
gases):

PV = nRT
Gases ideais
• Um gás é definido como uma substância que se expande
espontaneamente para preencher completamente seu recipiente de
maneira uniforme.
• A partir variáveis de estado, i.e., pressão (P), volume (V) e
temperatura (T) é possível descrever completamente o comportamento
de um gás ideal.
• Características dos gases ideais:
1) A energia potencial do sistema é zero;
2) As partículas têm dimensões desprezíveis;
3) As partículas estão em MRU e as colisões são perfeitamente elásticas.
Volume
• Volume:
Volume é o espaço ocupado pela matéria. O volume de um gás, por definição,
ocupa todo o espaço disponível.
A unidade de medida de volume do SI é o metro cúbico (m³), apesar de
comumente utilizarmos o litro (L) ao medir volumes.
1cm³ = 1mL ou 0,001L
1dm³ = 1L
1m³ = 1000L 1 cm  1 dm (:10)
1 cm²  1dm² (:10² = 100)
1 cm³  1 dm³ (:10³= 1000)
Pressão
• A pressão é a força por unidade de área. No SI, A força é dada em
Pascal (Pa), tal que Pa = N/m².
Apesar disso, é comum utilizar-se outras medidas de pressão, como
milímetros de mercúrio (mmHg) ou atmosferas (atm).
Em um gás, a pressão mede a frequência com que as partículas se
chocam nas paredes do recipiente.
1 Pa = 1Nm⁻² 1 atm = 1,01325×10⁵ Pa
1 mmHg = 1,33322×10² Pa 1 mmHg = 1 Torr
1 atm = 760 mmHg ou 1 atm = 760 Torr
Medindo a pressão atmosférica: barômetro de mercúrio
Manômetro de extremidade fechada Manômetro de extremidade aberta
Temperatura
• A temperatura é definida pelo grau de agitação médio ou energia
cinética média das partículas de um sistema.
A escala de temperatura do SI é a escala Kelvin (K), também
denominada escala absoluta. Outra escala muito adotada é a escala
Celsius (ºC). Note: a escala Kelvin lê-se x Kelvin, e não x graus Kelvin.
0º C = -273,15 K → adote -273 K
Δ ºC = Δ K ⇒ t [ºC] +273 = T [K]
Nota: o 0 K é uma temperatura teórica, fisicamente impossível, pelo
princípio da incerteza de W. Heisenberg: onde p = mv.
Transformações gasosas
• Lei de Boyle:
O produto da pressão pelo volume de um gás é constante (k). O valor de
k é dado em função da massa e temperatura do gás.
Transformações isotérmicas:
Gráficos das transformações isotérmicas

Atividade: traçar um gráfico, indicando o eixo das abcissas e das ordenadas, que represente uma
transformação isotérmica de um gás ideal, de tal forma que o gráfico seja uma reta inclinada.
Transformações isobáricas
• Lei de Charles e Gay-Lussac:
Pela Lei da Dilatação Volumétrica, têm-se que

Onde t = temperatura [ºC]; V e V₀ são os volumes final e o volume do


gás à 0°C e α é uma constante que vale 1/273,15 para todos os gases.
• Como α é constante para todos os gases:

Define-se =
=
Transformações gasosas
• Lei de Boyle: transformações isotérmicas (T constante);

• Lei de Gay-Lussac: transformações isovolumétricas, isométricas ou


isocóricas (V constante);

• Lei de Charles: transformações isobáricas (P constante).


Lei universal dos gases
• Lei de Boyle:
• Lei de Charles e Gay-Lussac:

Conclusão 1:

Conclusão 2:

R é a constante universal dos gases


(UERJ) Um mol de gás ideal, à pressão de 16,6 atm, ocupa uma caixa cúbica cujo
volume é de 0,001 m³. Qual a temperatura do gás e a força que o gás exerce sobre a
tampa quadrada da caixa? (Considere 1,0 atm = 1,0x105 Pa, R = 8,3 J/mol K)

A)100 K e 8,3×10³ N
B) 100 K e 16,6×10³ N
C) 166 K e 8,3×10³ N
D)200K e 16,6×10³ N
E) 200K e 8,3×10³ N
(UERJ) Um mol de gás ideal, à pressão de 16,6 atm, ocupa uma caixa cúbica cujo
volume é de 0,001 m³. Qual a temperatura do gás e a força que o gás exerce sobre a
tampa quadrada da caixa? (Considere 1,0 atm = 1,0×105 Pa, R = 8,3 J/mol K)
16,6 atm = 16,6×10⁵ Pa
Pa = N/m²

16,6×10⁵×0,001 = 1×8,3×T ⇒

A força que o gás nas paredes do recipiente é igual a sua pressão, ou seja, 16,6×10 ⁵
N/m². O volume de um cubo é L³, portanto . Logo, a área da tampa é 0,1m×0,1m =
0,01m². A força que o gás exerce na tampa do recipiente é 16,6×10 ⁵ N/ m²×0,01m² =
0,166×10⁵ N = 16,6×10³ N
Volume de um mol...
• Qual o volume ocupado por 1 mol de um gás, na CNTP?
Dados: R = 0,08205 atm.L.mol⁻¹.ºK⁻¹.

• Resolução:
Pela equação geral dos gases, tem-se

Para n = 1; CNTP: P = 1 atm; T = 273 K (0 ºC). Logo


Densidade de um gás
• A densidade é a razão entre a massa de um gás e o volume que ele
ocupa.

Mas, para calcular a massa de um gás à partir da sua massa molar,


multiplicamos essa última pelo número de moles do gás.
Logo,
Lei geral dos gases aplicada

Como R é constante para todos os gases, para dois gases 1 e 2, tem-se:


Uma mistura de óxido nítrico e monóxido de carbono, ambos com comportamento
ideal, apresenta massa específica igual a 1,50 kg m -3 , quando se encontra sob
pressão de 0,90 atm a temperatura de 127,0 ºC. Assinale a alternativa que apresenta
o valor aproximado da massa molar média dessa mistura gasosa.

A)23 g mol-1
B) 32 g mol-1
C) 55 g mol-1
D)72 g mol-1
E) 89 g mol-1
(OMQ- 2016) Empiricamente, foi determinado que um mol de um gás perfeito
ocupa o volume de 22,4 L, à temperatura de 0º C e pressão de 1 atm. Por outro lado,
para a temperatura de 27º C, na mesma condição de pressão, dois mols desse gás
ocuparão um volume de 49,2 L. Considere que o xenônio tenha o comportamento de
um gás ideal. Para uma amostra de 13,1 g desse gás, sob ação de uma pressão de 1
atm, qual o valor necessário para se ajustar a temperatura do sistema para que o
xenônio ocupe um volume de 1,0 L?
Dados: MXe = 131 g/mol; R = 0,082 atm∙L/(mol∙K)

t [ºC] = T [K] -273 °C


Pressão parcial de um gás
• Lei das pressões parciais de Dalton:
Suponha-se que há dois gases perfeitos A e B contidos um volume V à
temperatura T. Como cada gás se comporta como gás perfeito, as
pressões desses gases podem ser escritas como:
e
Se misturarmos estes gases nas mesmas condições de volume e
temperatura, a pressão que cada gás exerce é a mesma que que exerceria
se estivesse sozinho, e é proporcional ao números de mols do gás. PA e
PB são chamadas pressões parciais dos gases.
• Dessa forma, a pressão total de uma mistura gasosa é dada pelo somatório
das pressões parciais de cada gás que compõe a mistura:
Relação entre a pressão parcial de um gás e a pressão total do sistema gasoso:
Tem-se um recipiente com N2 puro e outro com He puro. Volumes e pressões iniciais
são assinaladas no esquema a seguir:

Abrindo a torneira que separa os gases e mantendo-se a temperatura, a pressão


interna (em atm) se estabiliza no valor de:

A)6,00 B) 4,50
C) 3,00 D) 2,60
Solução:
Para o N2: PV = nN2RT ⇒ 1∙3 = nN2RT ⇒ nN2 = 3/RT (I)
Para o He: PV = nN2RT ⇒ 5∙2 = nHeRT ⇒ nHe = 10/RT (II)
Somando I e II: nN2 + nHe =
Número de mols inicial de N2:
Obrigada por assistir!

Fontes bibliográficas:
“Química Geral- Vol. 1”- RUSSEL, Jonh Blair
“Química: um curso universitário”- MAHAN, Bruce H.

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