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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB

INSTITUTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 EXPERIMENTAL

RELATÓRIO 6 - Gases Ideais

Matrícula Nome Completo

18/0104896 Letícia Fernandes Rios

18/0017781 Giovanna Soares Costa

17/0102807 Ezequiel dos Santos Doreia

PROF. MARIA APARECIDA GODOY SOLER PAJANIAN


Turma: T05

Brasília, 2023
1. Introdução Teórica

Os gases ideais são condições onde as moléculas do gás movem-se


desordenadamente e apresentam velocidades variáveis, cuja média está relacionada
com a temperatura do gás. As moléculas não interagem entre si, exceto durante as
colisões. As moléculas chocam-se de forma elástica entre si e com as paredes do
recipiente, assim não há perda de energia durante as colisões. As moléculas
apresentam volume desprezíveis em comparação com o volume ocupado pelo gás.
Para caracterizar teoricamente e matematicamente os impulsos desses tipo de
condições foram criadas Leis, sendo as mais importantes para o desenvolvimento das
Leis de Boyle-Mariotte, Lei de Gay-Lussac e Lei de Amonton.
A Lei de Boyle, conhecida como Lei dos Gases traz uma comprovação teórica
do fenômeno e também os impulsos para concepção da matéria em seu menor estado,
visando um entendimento macroscópico do mundo através dos seus constituintes. A
equação (1), conhecida como equação de Clapeyron, descreve o comportamento dos
gases ideais:
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 (1)

Em que 𝑅 é a constante dos gases ideais, 𝑃 é a pressão absoluta, 𝑛 é o número


de mols e 𝑇 é a temperatura absoluta. O valor da constante 𝑅 está descrito abaixo:

𝑅 = 8. 31 𝑚𝑜𝑙 𝑥 𝐾 (2)

Neste contexto, existe uma derivação da lei dos gases ideais pela equação de
Clapeyron (1). A Lei de Gay - Lussac remete a uma transformação a pressão
constante, onde o volume de uma dada amostra de gás ideal varia linearmente com a
sua temperatura Kelvin.

𝑉 = 𝑘𝑇 (3)

Sendo 𝑉 o volume, 𝑇 a temperatura e 𝑘 uma constante. A transformação da


pressão constante é conhecida como isobárica.
Já a Lei de Boyle - Mariotte remete a uma transformação a temperatura
constante, no qual a pressão de uma dada amostra de gás ideal varia com o inverso do
seu volume.

𝑃𝑉 = 𝑘 (4)

Sendo 𝑃 a pressão, 𝑉 o volume e 𝑘 uma constante. A transformação da


temperatura constante é chamada isotérmica.
Por fim, a Lei de Amonton diz que o volume de uma quantidade de gás
depende da pressão à qual o gás está submetido, e também sua temperatura. Com
volume constante e quantidade de matéria igual, o quociente e temperatura é
constante.

𝑃/𝑇 = 𝑘 (5)

Sendo 𝑃 a pressão, 𝑇 a temperatura e 𝑘 uma constante.


Sendo assim, este relatório envolve a verificação da correlação das variáveis
pressão, volume e temperatura, a partir da análise da Lei de Boyle-Mariotte que
envolve a dependência entre pressão e volume de um gás à temperatura constante,
como também verificar a Lei de Gay-Lussac que envolve a dependência entre volume
e temperatura à pressão constante.

2. Objetivos

A partir da teoria descrita acima, o experimento em questão visa verificar e


analisar a dependência entre a pressão (𝑃) e o volume de um gás (𝑉) a temperatura
constante (𝑇), como também observar a dependência entre volume e temperatura a
pressão constante. Além disso, a partir dos dados coletados experimentalmente
deve-se determinar a pressão ambiente e estimar a temperatura do zero absoluto.

3. Materiais

Para o experimento foram utilizados os seguintes materiais:

● Recipiente de medida com controle de temperatura contendo um determinado


volume de ar que pode ser variado com auxílio de uma coluna de mercúrio;
● Reservatório de armazenamento de mercúrio cuja posição vertical pode ser
variada;
● Régua graduada para medida da coluna de mercúrio;
● Aquecedor com circulador de água para alterar a temperatura do volume de ar;
● Termômetro.

Descritos os materiais utilizados, a Tabela 1 apresenta o erro instrumental de


cada material utilizado no experimento.
Tabela 1: Erro Instrumental dos equipamentos de medição
Materiais Erro Instrumental

Régua graduada ± 0. 05 𝑐𝑚

Termômetro ± 0. 05 °𝐶

Dessa maneira, os itens do sistema utilizados para esse experimento pode ser
observado na Figura abaixo:

Figura 1: Itens que compõem o sistema para a realização do experimento.


Fonte própria.

4. Procedimentos experimentais

O experimento, realizado em sala de aula, foi dividido em duas etapas, sendo


que a primeira etapa consiste em verificar a dependência entre a pressão e o volume à
temperatura constante. Já a segunda etapa verifica a dependência entre o volume e a
temperatura à pressão constante.
Sendo assim, os seguintes procedimentos foram necessários a fim de realizar as
análises para cada um dos objetivos descritos acima:

● ETAPA 1: Dependência entre a pressão e o volume à temperatura


constante: Lei de Boyle-Mariotte

Primeiro foi verificado se a rolha estava desacoplada, em seguida o botão de


ajuste de temperatura foi ajustado para uma temperatura inferior para que a água
circulasse sem que a temperatura variasse, mantendo assim o sistema em temperatura
ambiente. Para determinação do volume de gás à pressão ambiente no recipiente de
medida, o reservatório foi posicionado de forma que o nível de mercúrio se iguale ao
do recipiente. Utilizando uma régua o comprimento da coluna de ar foi medido,
considerando a distância do nível do mercúrio até a parte inferior da faixa marrom,
acrescida de 1 cm. Este comprimento representa o volume de gás à pressão ambiente
no recipiente.
A posição do reservatório foi variado de forma vertical e foram escolhidas 10
posições que permitisse uma máxima variação, definindo uma posição de referência.
Uma tabela foi criada para anotar as posições do nível de mercúrio do reservatório e
dentro do recipiente de medida, as variações escolhidas foram anotadas na tabela.
Ao analisar os dados da tabela, é possível calcular o acréscimo de pressão (∆P)
para cada ponto, obtendo a diferença entre os níveis de mercúrio no reservatório e no
recipiente de medida. Associando esse ∆P com o inverso do volume (1/V) e
representando-os em um gráfico, é viável realizar um ajuste linear para determinar o
coeficiente angular e o ponto de corte. Esses parâmetros oferecem insights sobre a
compressibilidade do gás e a relação entre a pressão e o volume.
A interpretação do coeficiente angular revela se há uma relação direta entre ∆P
e 1/V, indicando como a pressão varia com o volume. Já o ponto de corte fornece a
pressão absoluta em condições de volume infinitamente grandes. Essa análise gráfica
é fundamental para compreender o comportamento do gás sob diferentes volumes e
pressões, contribuindo para a compreensão das leis dos gases e dos princípios
fundamentais da física dos fluidos.

● ETAPA 2: Dependência entre o volume e a temperatura à pressão


constante: Lei de Gay-Lussac

No primeiro estágio do experimento, foi criada uma tabela com duas colunas
para registrar a temperatura em graus Celsius e o volume de gás no recipiente de
medida, proporcional ao comprimento. O uso de gelo inicialmente não foi utilizado a
fim de evitar que o vapor d'água no ar dentro da coluna atinja o ponto de orvalho, o
que poderia complicar a variação do número de mols de gás no experimento. Em
seguida, posicionou-se o reservatório para igualar os níveis de mercúrio no recipiente,
estimando o volume de gás à pressão ambiente. Durante o aquecimento subsequente,
que impulsiona a coluna de mercúrio devido ao aumento de pressão no gás, o
reservatório foi movido para manter uma pressão constante, o que permitiu a coleta de
pontos experimentais.
No processo de coleta, foi desnivelado as colunas de mercúrio antes de
aumentar a temperatura, para que o mercúrio não adira ao vidro e prejudique a
precisão das medidas. Com os dados coletados, é possível construir um gráfico V × T,
realizando um ajuste linear e obtendo a equação da reta ajustada. Finalmente, com a
análise do gráfico, é possível determinar a temperatura na qual o volume extrapolado
seria zero, oferecendo insights sobre o comportamento do gás em condições extremas.
Esses passos são cruciais para compreender a relação entre temperatura e volume no
contexto do experimento.

5. Análises e Resultados

● ETAPA 1: Dependência entre a pressão e o volume à temperatura


constante: Lei de Boyle-Mariotte

Inicialmente, no momento em que os níveis de mercúrio estavam iguais nos


dois recipientes, o volume obtido foi de 14.6 centímetros. Nesta primeira etapa, a
temperatura se mantém constante, dessa forma, as únicas variações observadas serão
no que diz respeito à pressão e ao volume quando é realizada a variação da altura do
reservatório de mercúrio.
Sendo assim, conforme mencionado anteriormente, foram realizadas 10
variações da posição vertical do reservatório conforme uma posição de referência
definida pelo grupo durante o experimento, e a partir disso, foram coletados os dados
referentes ao comprimento da coluna com ar no recipiente de medida e o acréscimo de
pressão ∆𝑃 observado a partir da diferença entre os níveis de mercúrio do reservatório
e no recipiente de medida.

Tabela 2: Valores coletados durante a experimentação no sistema à temperatura


constante
Comprimento da coluna com ar no Acréscimo de pressão ∆𝑃
recipiente de medida (cm) (cm de Hg)

13.6 ± 0.05 5 ± 0.05


13 ± 0.05 10 ± 0.05

12.3 ± 0.05 15 ± 0.05

11.5 ± 0.05 20 ± 0.05

10.8 ± 0.05 25 ± 0.05

10.4 ± 0.05 30 ± 0.05

16.5 ± 0.05 -10 ± 0.05

17.6 ± 0.05 -15 ± 0.05

18.8 ± 0.05 -20 ± 0.05

20.1 ± 0.05 -25 ± 0.05

A partir dos dados coletados, é possível calcular o valor do volume de gás (𝑉)
presente no recipiente de medida a partir do comprimento da coluna de ar acrescida de
1 cm, já que a área no interior do tubo é constante. Este cálculo será necessário para
obter um gráfico de ∆𝑃 𝑥 1/𝑉 a fim de observar o significado físico dos valores
encontrados. Sendo assim, os valores coletados e calculados neste experimento podem
ser observados na Tabela 3 a seguir:

Tabela 3: Valores coletados e calculados durante a experimentação no sistema à


temperatura constante
Comprimento da coluna Acréscimo de Volume Inverso do
com ar no recipiente de pressão ∆𝑃 𝑉 Volume
medida (cm) (cm de Hg) (cm) 1/𝑉 (1/cm)

12.6 ± 0.05 5 ± 0.05 13.6 ± 0.05 0.074

12 ± 0.05 10 ± 0.05 13 ± 0.05 0.077

11.3 ± 0.05 15 ± 0.05 12.3 ± 0.05 0.081

10.5 ± 0.05 20 ± 0.05 11.5 ± 0.05 0.087

9.8 ± 0.05 25 ± 0.05 10.8 ± 0.05 0.093

9.4 ± 0.05 30 ± 0.05 10.4 ± 0.05 0.096

15.5 ± 0.05 -10 ± 0.05 16.5 ± 0.05 0.061

16.6 ± 0.05 -15 ± 0.05 17.6 ± 0.05 0.057


17.8 ± 0.05 -20 ± 0.05 18.8 ± 0.05 0.053

19.1 ± 0.05 -25 ± 0.05 20.1 ± 0.05 0.050

Com isso, a partir dos valores observados na Tabela 3, foi possível plotar um
gráfico de ∆𝑃 𝑥 1/𝑉, que pode ser visto na Figura 2 abaixo:

Figura 2: Gráfico ∆𝑃 𝑥 1/𝑉 - Relação da variação da pressão e o volume

A equação reduzida da reta é 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛, em que 𝑥 e 𝑦 são,


respectivamente, a variável independente e a variável dependente; 𝑚 é o coeficiente
angular, e 𝑛 é o coeficiente linear (OLIVEIRA, s.d.).
Sendo assim, após um ajuste linear dos dados obtidos, é possível determinar o
coeficiente linear da reta, ou seja, o ponto onde a reta intercepta o eixo y (ponto de
corte). Para isso, primeiro devemos encontrar o valor do coeficiente angular (𝑚) a
partir da escolha dos seguintes pares ordenados: (0.069 ; 0) e (0.087 ; 20):

∆𝑦 𝑦2 − 𝑦1 20 − 0
Coeficiente angular: 𝑚 = = = = 1111. 11
∆𝑥 𝑥2 − 𝑥1 0.087 − 0.069

A partir disso, é necessário um ponto do gráfico ∆𝑃 𝑥 1/𝑉 para determinar uma


equação para essa reta. Esse ponto será o (0.069 ; 0):

𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛

0 = 1111. 11 𝑥 0. 069 + 𝑛

𝑛= − 76. 67

Dessa maneira, a equação reduzida da reta presente no gráfico ∆𝑃 𝑥 1/𝑉 é:

1111.11
∆𝑃 = − 76. 67
𝑉

Por meio dessa equação é possível determinar com facilidade e pouco erro a
variação da pressão identificando o volume que o gás ocupa.
Considerando, ainda, que a pressão absoluta corresponde à soma da pressão
ambiente com a variação de pressão do gás e a equação de Claupeyron, temos que:

𝑛𝑅𝑇
∆𝑃 = − 𝑃𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑉

A partir da comparação das equações é possível observar o significado do


coeficiente linear, que corresponde ao valor de “𝑛𝑅𝑇”, além disso é possível verificar
a pressão ambiente do local em que foi realizado o experimento.
Além disso, é importante mencionar sobre a relevância do ponto (0.069 ; 0)
escolhido, pois ele caracteriza em que volume a variação da pressão é igual a zero, ou
seja, quando a pressão é igual à pressão ambiente.
Por fim, a partir da análise gráfica juntamente com as informações da Tabela 2,
é possível observar que à medida que se aumenta a variação de pressão (∆𝑃) entre os
reservatórios, o volume do gás no recipiente de medida diminui.
Dessa forma, os comportamentos observados nessa etapa vão de acordo com o
esperado conforme enunciado pela Lei de Boyle-Mariotte, também conhecida como
transformação isotérmica, no qual informa que sob temperatura constante, o volume
ocupado por determinada massa fixa de gás é inversamente proporcional à sua
pressão. Sendo assim, se a pressão de um gás dobrar, isso significa que seu volume
reduzirá pela metade.

● ETAPA 2: Dependência entre o volume e a temperatura à pressão


constante: Lei de Gay-Lussac

Nesta segunda etapa, conforme mencionado anteriormente, foram realizadas 8


variações de temperatura utilizando o aquecedor com circulador de água, sem que a
temperatura excedesse 70°C. A partir disso, nota-se que o aquecimento provoca um
aumento de pressão no gás, que impulsiona a coluna de mercúrio, aumentando o seu
volume. Com isso, foram coletados os dados referentes ao volume de gás no
recipiente de medida em centímetros juntamente com a temperatura em graus Celsius
registrada pelo termômetro.

Tabela 4: Valores coletados durante a experimentação no sistema à pressão constante


Volume 𝑉 (cm) Temperatura 𝑇 (°C)

14.8 ± 0.05 (Inicial) 30 ± 0.05

15.1 ± 0.05 39 ± 0.05

15.5 ± 0.05 43 ± 0.05

15.7 ± 0.05 48 ± 0.05

15.9 ± 0.05 53 ± 0.05

16.1 ± 0.05 58 ± 0.05

16.3 ± 0.05 63 ± 0.05

16.5 ± 0.05 68 ± 0.05

É importante mencionar que ao aquecer o gás, para que a pressão se mantenha


constante, foi necessário a cada variação de temperatura, mudar a posição do
reservatório de forma que os níveis de mercúrio fossem desiguais em pelo menos 5
cm, para que não houvesse imprecisão nas medidas. No momento da estabilização da
temperatura, os níveis de mercúrio do reservatório e do recipiente de medida foram
igualados, garantindo que a pressão do gás fosse igual à pressão ambiente.
Sendo assim, é possível plotar o gráfico 𝑉 𝑥 𝑇 a partir dos dados coletados
presentes na Tabela 4:
Figura 3: Gráfico 𝑉 𝑥 𝑇 - Relação da variação de volume e temperatura

Após um ajuste linear dos dados obtidos, é possível obter a equação da reta
ajustada, da seguinte forma:
Primeiramente devemos encontrar o valor do coeficiente angular (𝑚) a partir
da escolha dos seguintes pares ordenados: (58 ; 16.1) e (53 ; 15.9):

∆𝑦 𝑦2 − 𝑦1 16.1 − 15.9
Coeficiente angular: 𝑚 = = = = 0. 04
∆𝑥 𝑥2 − 𝑥1 58 − 53

A partir disso, é necessário um ponto do gráfico 𝑉 𝑥 𝑇 para determinar uma


equação para essa reta. Esse ponto será o (58 ; 16.1):

𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑛

16. 1 = 0. 04 𝑥 58 + 𝑛
𝑛 = 13. 78

Dessa maneira, a equação reduzida da reta presente no gráfico 𝑉 𝑥 𝑇 é:

𝑉 = 0. 04 𝑇 + 13. 78

Por meio da equação da reta ajustada acima podemos determinar a temperatura


na qual o volume 𝑉 extrapolado seria zero:

𝑉 = 0. 04 𝑇 + 13. 78

0 = 0. 04 𝑇 + 13. 78

𝑇= − 344. 5 °𝐶

O valor de temperatura encontrado acima, corresponde a um valor próximo da


temperatura em que o grau de agitação das moléculas do gás se aproxima de zero, sua
diferença ocorre devido aos erros de medida obtidos durante a experimentação.
Por fim, a partir da análise gráfica juntamente com as informações da Tabela 3,
é possível observar que à medida que se aumenta o volume do gás, a temperatura
também aumenta.
Dessa forma, os comportamentos observados nessa etapa vão de acordo com o
esperado conforme enunciado pela Lei de Gay-Lussac, no qual informa que sob
pressão constante, o volume e temperatura de um gás sempre serão diretamente
proporcionais. Assim, ao aumentar o volume, aumenta-se a temperatura, da mesma
forma que, ao diminuir o volume, diminui-se a temperatura.
Com isso, conclui-se a partir dos dados coletados e do gráfico presente na
Figura 3 que o comportamento das medidas foi próximo do esperado, baseado na Lei
de Gay-Lussac.

6. Conclusão

Com base nos experimentos realizados, as conclusões extraídas corroboram as


leis dos gases estudados. Na Etapa 1, onde a dependência entre pressão e volume à
temperatura constante foi investigada de acordo com a Lei de Boyle-Mariotte, os
resultados evidenciaram uma relação inversamente proporcional entre o volume e a
pressão, conforme esperado pela teoria. O ajuste linear dos dados permitiu a obtenção
de uma equação que descreve a variação da pressão em função do inverso do volume,
demonstrando consistência com a lei mencionada.
Já na Etapa 2, ao explorar a dependência entre volume e temperatura à pressão
constante, conforme previsto pela Lei de Gay-Lussac, os resultados refletiram uma
relação diretamente proporcional entre volume e temperatura. O ajuste linear dos
dados proporcionou uma equação que relaciona essas variáveis, corroborando a
previsão teórica. Além disso, a determinação da temperatura na qual o volume
extrapolado seria zero, embora apresente um valor que pode estar sujeito a erros
experimentais, oferece uma indicação da temperatura na qual o grau de agitação
molecular se aproxima de zero.
Em ambas as etapas, a análise gráfica fortaleceu a compreensão das leis dos
gases, proporcionando uma visualização clara das relações estudadas. A consistência
entre os dados experimentais e as leis dos gases reforça a validade desses princípios
fundamentais da termodinâmica. Vale ressaltar a importância dos cuidados
experimentais, como a manutenção da pressão constante na Etapa 1 e a precaução
contra imprecisões nas medidas durante o aquecimento na Etapa 2. No geral, os
resultados experimentais demonstram a adequação das leis dos gases para descrever o
comportamento físico dos gases em diferentes condições de temperatura e pressão.

7. Referências Bibliográficas

Halliday, Walker e Resnick, Fundamentos de Física - 2, Editora LTC;

OLIVEIRA, Raul. Equação reduzida da reta, (s.d). Online. Disponível em: <
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-reduzida-reta.htm> Acesso em:
14/11/2023;

UNB, Instituto de Física. Gases Ideais, 2023. Material interno referente ao roteiro do
experimento 7 da disciplina de Física 2 Experimental.

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