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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB

INSTITUTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 EXPERIMENTAL

RELATÓRIO 3 - O Pêndulo Simples

Matrícula Nome Completo

18/0104896 Letícia Fernandes Rios

18/0017781 Giovanna Soares Costa

17/0102807 Ezequiel dos Santos Doreia

PROF. MARIA APARECIDA GODOY SOLER PAJANIAN


Turma: T05

Brasília, 2023
1. Introdução Teórica

Os movimentos oscilatórios estão constantemente presentes na natureza, como


o movimento orbital de um planeta ao redor do Sol, o movimento de rotação de um
CD em um computador, o movimento de vai e vem de um pistão em uma engrenagem
de um automóvel, a vibração de uma corda em uma guitarra, o movimento vibratório
de uma ponte ou edifício, entre outros exemplos (UFPB, s.d.). Este tipo de movimento
é caracterizado por uma oscilação (movimento que se alterna periodicamente
mantendo a trajetória para ambos os sentidos) que ocorre quando um corpo é retirado
da sua posição de equilíbrio.
Historicamente, o pêndulo simples apresentado na Figura 1, representa o início
do estudo das oscilações. Dessa maneira, este relatório apresentará a descrição
matemática do movimento de um pêndulo, no qual é possível estabelecer a correlação
com diversas variáveis como: ângulo de oscilação, tempo, massa, comprimento onde a
massa se encontra, entre outras variáveis, além de análises práticas realizadas a partir
de experimentos realizados em laboratório.

Figura 1: Movimento oscilatório de um pêndulo simples. Fonte: (MELO, s.d.)

Com isso, um pêndulo simples é um sistema mecânico composto por uma


partícula de massa 𝑚 ligada por um fio flexível de comprimento 𝐿 a um ponto fixo.
Quando a massa é afastada de sua posição de equilíbrio e é solta, o pêndulo realiza
movimentos oscilatórios em torno deste ponto de equilíbrio, de modo que a direção do
fio faça um ângulo θ com a vertical. Ao desconsiderar a resistência do ar, as únicas
forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão (τ) e o peso da massa (𝑃), conforme
pode ser observado na Figura 2. Além disso, a massa fica sujeita à força restauradora
causada pela gravidade, sendo assim, a força restauradora é responsável por fazer com
que o pêndulo retorne para sua posição de equilíbrio. Pela posição para qual o corpo é
direcionado no pêndulo, entende-se que a força restauradora é a componente
horizontal da força peso (tangencial à trajetória).

Figura 2: Decomposição das forças presentes no pêndulo simples. Fonte própria

A distância percorrida pela partícula de massa 𝑚 pode ser descrita por 𝐿θ,
sendo θ medido em radianos. Com isso, conforme a segunda Lei de Newton é possível
expressar a seguinte equação de movimento:

2
𝑑 (𝐿θ)
𝐹=𝑚*𝑎=𝑚* 2 =− 𝑚 𝑔 𝑠𝑖𝑛θ (1)
𝑑𝑡

Entretanto, esta solução não fornece uma resolução de maneira analítica por se
tratar de uma função elíptica. Mas, é possível obter uma aproximação para ângulos
pequenos, ou seja, pequenas oscilações, fazendo a seguinte aproximação:

𝑠𝑖𝑛θ = θ (2)

Assim, a equação de movimento simplificada está descrita na expressão abaixo.


Essa equação agora possui uma solução exata, por se tratar de uma equação
diferencial com elemento constante (𝑔/𝐿 θ).

2
𝑑θ 𝑔θ
2 = − (3)
𝑑𝑡 𝐿
Se no instante 𝑡 = 0𝑠 o pêndulo estiver deslocado da posição de equilíbrio de
um ângulo θ0, então é possível verificar que a solução para essa equação é dada por:

θ(𝑡) = θ0 𝑐𝑜𝑠(𝑤𝑡 + φ) (4)

Onde φ se refere a um ângulo arbitrário que serve para ajustar a posição do


−1
tempo 𝑡 = 0, e 𝑤 se refere a frequência angular em 𝑟𝑎𝑑. 𝑠 dada por:

2π 𝑔
𝑤= = (5)
𝑇 𝐿

Além disso, no limite de pequenas amplitudes (θ0 pequeno), o período de um


pêndulo simples não depende da amplitude e é definido como sendo:

𝐿
𝑇 = 2π (6)
𝑔

A partir destas informações, é importante compreender que à medida que o


ângulo de oscilação aumenta, o período deixa de ser constante e passa a depender da
própria amplitude de oscilação. A condição para se ter um período independente da
posição é a de que a força restauradora seja sempre proporcional ao afastamento da
posição de equilíbrio (UNB Instituto de Física, 2023).
Sendo assim, este relatório envolve a caracterização de um movimento
oscilatório a partir de um pêndulo real a fim de realizar análises da correlação das
variáveis: comprimento (𝐿), amplitude (θ0) e período da oscilação (𝑇).

2. Objetivos

O experimento em questão visa analisar e caracterizar o movimento oscilatório


de um pêndulo real e as possíveis condições em que ele pode ser considerado um
pêndulo simples. Além disso, será verificada a correlação entre as variáveis: período
do pêndulo (𝑇) e a amplitude (θ0), como também a correlação entre a distância do
centro de massa da massa acoplada ao pêndulo ao eixo de sustentação do pêndulo (𝐿)
e o período (𝑇).

3. Materiais

Para o experimento foram utilizados os seguintes materiais:


● Pêndulo Físico com uma massa acoplada;
● Sensor de movimento rotativo PASCO PASPORT;
● Software de aquisição de dados PASCO Capstone;
● Computador;
● Balança de precisão;
● Trena Milimetrada.

Descritos os materiais utilizados, a Tabela 1 apresenta o erro instrumental de


cada material utilizado no experimento.

Tabela 1: Erro Instrumental dos equipamentos de medição


Materiais Erro Instrumental

Trena Milimetrada ± 0. 05 𝑐𝑚

Balança de precisão ± 0. 01 𝑔

O pêndulo utilizado neste experimento pode ser observado na Figura 3 abaixo:

Figura 3: Pêndulo utilizado no experimento (UNB, Instituto de Física, 2023)


4. Procedimentos experimentais

Antes de iniciar o experimento, foi realizado alguns testes no programa PASCO


Capstone a fim de compreender de forma íntegra o ajuste da curva utilizando a
equação: 𝐴 * 𝑐𝑜𝑠((2 * 𝑝𝑖/𝑇) * 𝑡 + 𝑝ℎ𝑖) + 𝐶. Ao alterar os valores das variáveis a
partir da curva experimental, foi observado que a curva definida pelo usuário (curva
mais fina) convergiu com a curva coletada experimentalmente. Um exemplo desse
ajuste pode ser visualizado na Figura 4 abaixo:

Figura 4: Curva experimental e curva real ajustada. Fonte: (Coletada do programa


PASCO Capstone)

A partir dessa compreensão, o experimento realizado em sala de aula foi


executado em duas etapas. O objetivo da primeira etapa visa correlacionar a medida
de período (𝑇) em função da amplitude (θ0) a fim de observar que o período do
pêndulo aumenta com a amplitude de oscilação. Já o objetivo da segunda etapa, é
mostrar o efeito da distância (𝐿), do peso ao eixo de sustentação no período de
oscilação.
Sendo assim, os seguintes procedimentos foram necessários a fim de realizar as
análises para cada uma das etapas descritas acima:

● ETAPA 1

Primeiramente foi colocado uma massa de (344. 43 ± 0. 01)𝑔 na extremidade


inferior da haste e em seguida foi aplicada uma força para dar início ao processo de
oscilação de modo que o pêndulo oscilasse numa amplitude próxima aos 45°, ou seja,
0.7854 radianos.
Com isso, foi iniciado uma aquisição de dados através do programa PASCO
Capstone. O ajuste dos dados foi realizado utilizando a equação
𝐴 * 𝑐𝑜𝑠((2 * 𝑝𝑖/𝑇) * 𝑡 + 𝑝ℎ𝑖) + 𝐶, conforme mencionado anteriormente, e assim
os valores ajustados de amplitude e período foram registrados. Repetiu-se esse
procedimento 10 vezes com o pêndulo ainda oscilando, sem nenhuma alteração
externa na força a fim de observar a amplitude do pêndulo diminui ao longo do tempo.
Em seguida, um gráfico do período em função do seno ao quadrado da metade
2
da amplitude (𝑇 𝑣𝑠 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2)) será realizado e comparado com a expressão (7)
abaixo:

2
𝑇(θ0) = 𝑇0 (1 + 1/4 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2) + ...) (7)

Por fim, uma regressão linear dos dados será realizada para verificar se o
coeficiente angular da reta é igual a 𝑇0/4, como predito na expressão acima.
O gráfico e análises detalhadas serão realizados no tópico 5 deste relatório.

● ETAPA 2

Para a segunda e última etapa, a massa de (344. 43 ± 0. 01)𝑔 foi mantida na


extremidade inferior da haste do pêndulo. Para essa etapa, primeiramente, foi medido
a distância entre o centro de massa do peso e o eixo de sustentação utilizando a trena
milimetrada. Dessa maneira, o comprimento inicial entre a massa e o eixo (𝐿) é de ().
Em seguida, foi aplicada uma força para dar início ao processo de oscilação de
modo que o pêndulo oscilasse numa amplitude próxima aos 10°, ou seja, 0,174533
radianos. Com isso, uma aquisição de dados através do programa PASCO Capstone
foi realizada, como também o ajuste dos dados. A partir do ajuste correto da curva, o
valor do período de oscilação foi registrado. Esse procedimento de captura e ajuste
dos dados será repetido elevando o peso na haste em cerca de 5 cm até que o peso
fique o mais próximo possível do eixo de giro do pêndulo.
Por fim, um gráfico do período (𝑇) em função de 𝐿 será realizado a fim de
verificar que o resultado não obedece a expressão descrita em (6). As análises desta
etapa estão presentes no tópico 5 deste relatório.
5. Análises e Resultados

● ETAPA 1

Conforme mencionado no tópico 4, uma massa de (344. 43 ± 0. 01)𝑔 foi


inserida na haste do pêndulo e uma força foi aplicada a fim de iniciar o processo de
oscilação com uma amplitude próxima de 45°.
Ao longo da oscilação, sem que haja nenhuma alteração da força após o início
do movimento oscilatório, uma série de aquisições de dados foram realizadas
utilizando o programa PASCO Capstone obtendo os valores de amplitude e período
ajustados pelo software. Estes valores podem ser observados na Tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Valores de Amplitude e Período ajustados pelo software PASCO Capstone


em cada aquisição de dados
Série Amplitude (rad) Período (seg)

1 0. 951 ± 8. 5 * 10
−4
2. 06 ± 2. 1 * 10
−4

2 0. 678 ± 3. 8 * 10
−4
2. 00 ± 1. 2 * 10
−4

3 0. 641 ± 3. 3 * 10
−4
1. 99 ± 1. 1 * 10
−4

4 0. 535 ± 2. 2 * 10
−4
1. 98 ± 8. 1 * 10
−5

5 0. 458 ± 1. 7 * 10
−4
1. 97 ± 7. 4 * 10
−5

6 0. 370 ± 1. 2 * 10
−4
1. 96 ± 6. 7 * 10
−5

7 0. 317 ± 9. 7 * 10
−5
1. 95 ± 6. 3 * 10
−5

8 0. 239 ± 6. 7 * 10
−5
1. 95 ± 5. 6 * 10
−5

9 0. 201 ± 1. 7 * 10
−4
1. 95 ± 1. 6 * 10
−4

10 0. 089 ± 9. 6 * 10
−5
1. 94 ± 2. 6 * 10
−4

Para facilitar a realização do gráfico do período em função do seno ao


2
quadrado da metade da amplitude (𝑇 𝑣𝑠 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2)), a Tabela 3 abaixo exibe também
2
os valores arredondados de 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2) calculado para uma amplitude em graus, para
cada aquisição de dados coletada:
2
Tabela 3: Valores de 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2), Amplitude e Período ajustados pelo software
PASCO Capstone em cada aquisição de dados
Série Amplitude Amplitude Período 2
𝑠𝑖𝑛 (θ0/2)
(rad) (graus) (seg)

1 0. 951 54. 488286 2. 06 0. 22

2 0. 678 38. 846539 2. 00 0. 11

3 0. 641 36. 726595 1. 99 0. 09

4 0. 535 30. 653242 1. 98 0. 07

5 0. 458 26, 241467 1. 97 0. 05

6 0. 370 21, 19944 1. 96 0. 03

7 0. 317 18, 162762 1. 95 0. 02

8 0. 239 13, 693691 1. 95 0. 01

9 0. 201 11, 516452 1. 95 0. 01

10 0. 089 5, 0993244 1. 94 0. 002

2
A partir destes dados, o gráfico 𝑇 𝑥 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2) pode ser observado na Figura 5
abaixo:
Figura 5: Gráfico do período em função do seno ao quadrado da metade da amplitude
2
(𝑇 𝑣𝑠 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2))

É possível observar na Figura acima uma regressão linear, a fim de verificar se


o coeficiente angular da reta é igual a 𝑇0/4, como predito na expressão descrita em
(7). Dessa forma, para calcular o valor do coeficiente angular, escolhemos os
seguintes pares ordenados: (0.09 ; 1.99) e (0.11 ; 2.00):

∆𝑦 𝑦2 − 𝑦1 2.00 − 1.99
Coeficiente angular: 𝑚 = = = = 0. 5
∆𝑥 𝑥2 − 𝑥1 0.11 − 0.09

Assim, o valor do coeficiente angular é igual a 0.5. A partir do período igual a


2.00 segundos podemos verificar que 𝑇0/4 = 0. 5. Com isso, pode-se concluir que o
coeficiente angular da reta é igual a 𝑇0/4, conforme previsto na expressão descrita em
(7). Além disso, podemos concluir também a dependência do período com a
amplitude, no qual verificamos que o período aumenta com o ângulo de oscilação, ou
seja, com a amplitude de oscilação.
● ETAPA 2

Para a segunda e última etapa, a massa de (344. 43 ± 0. 01)𝑔 foi mantida na


haste do pêndulo e uma força foi aplicada para dar início ao processo de oscilação de
modo que o pêndulo oscilasse numa amplitude próxima aos 10°.
Com isso, foi coletado o valor do período de oscilação ajustado através do
programa PASCO Capstone, para aquele determinado comprimento inicial entre a
massa e o eixo (𝐿 = (91 ± 0. 05) 𝑐𝑚). E a cada 5 cm, aproximadamente, o valor do
período ajustado foi registrado, até que o peso fique o mais próximo possível do eixo
de giro do pêndulo. Os valores do período para cada comprimento podem ser
observados na Tabela 4 abaixo:

Tabela 4: Valores do Período ajustado pelo software PASCO Capstone em cada


variação da distância do peso na haste
Altura do peso (± 0.05) cm Período (± 0.05) seg

91.00 1.88

86.00 1.83

81.00 1.77

76.00 1.72

71.00 1.66

66.00 1.60

61.00 1.54

56.00 1.48

51.00 1.41

46.00 1.35

41.00 1.28

36.00 1.22

31.00 1.15

26.00 1.10

21.00 1.10

16.00 1.03
11.00 0.92

6.00 0.81

Para facilitar a realização do gráfico do período (𝑇) em função de 𝐿, a Tabela


5 abaixo exibe também os valores de 𝐿 para cada aquisição de dados coletada:

Tabela 5: Valores do Período ajustado pelo software PASCO Capstone e 𝐿 em cada


variação da distância do peso na haste
Altura do peso (± 0.05) cm 𝐿 Período (± 0.05) seg

91.00 9.54 1.88

86.00 9.27 1.83

81.00 9.00 1.77

76.00 8.72 1.72

71.00 8.43 1.66

66.00 8.12 1.60

61.00 7.81 1.54

56.00 7.48 1.48

51.00 7.14 1.41

46.00 6.78 1.35

41.00 6.40 1.28

36.00 6.00 1.22

31.00 5.57 1.15

26.00 5.09 1.10

21.00 4.58 1.10

16.00 4.00 1.03

11.00 3.32 0.92

6.00 2.45 0.81


A partir destes dados, o gráfico 𝑇 𝑥 𝐿 pode ser observado na Figura 6 abaixo:

Figura 6: Gráfico do período (𝑇) em função de 𝐿

É possível verificar a partir dos resultados do gráfico do período (𝑇) em função


de 𝐿, que a expressão do período descrita em (6) não é obedecida. Esse fato pode ser
validado através da substituição do valor de 𝐿 na equação (6) pelo valor coletado
durante o experimento, presente na Tabela 5.

𝐿 91
Para 𝐿 = 91: 𝑇 = 2π = 2π = 19. 15 𝑠
𝑔 9.8

𝐿 66
Para 𝐿 = 66: 𝑇 = 2π = 2π = 16. 31 𝑠
𝑔 9.8
𝐿 41
Para 𝐿 = 41: 𝑇 = 2π = 2π = 12. 85 𝑠
𝑔 9.8

𝐿 16
Para 𝐿 = 16: 𝑇 = 2π = 2π = 8. 03 𝑠
𝑔 9.8

Nota-se, a partir da exemplificação de alguns comprimentos coletados, que o


resultado do período ao aplicar a fórmula, não corresponde ao valor do período
coletado durante o experimento na sala de aula. Isso porque, o período é proporcional
à raiz quadrada do comprimento.

6. Conclusão

Para analisar e caracterizar o movimento oscilatório de um pêndulo real e suas


possíveis condições em que ele pode ser considerado um pêndulo simples, este
relatório consistiu em experimentações divididas em duas etapas, onde na primeira
etapa visou-se correlacionar a medida de período (𝑇) em função da amplitude (θ0) e a
segunda e última etapa visou-se correlacionar a distância (𝐿), do peso ao eixo de
sustentação em função do período de oscilação.
Dessa maneira, a partir dos dados coletados expostos na Tabela 3, foi possível
2
obter o gráfico 𝑇 𝑥 𝑠𝑖𝑛 (θ0/2) evidenciado na Figura 5. Com isso, primeiramente
podemos analisar que a influência do ângulo de oscilação no período é pequena e que
à medida que o ângulo diminui ela se torna cada vez menos relevante. Essa inferência
vai ao encontro da teoria expressa na equação (7), onde o valor do período em relação
à amplitude é aproximado por uma série de Taylor. O fato de o Seno estar elevado ao
quadrado nesta equação (7), faz com que a taxa de decrescimento aumente conforme a
amplitude (θ0) diminui, justificando os resultados encontrados. Dessa maneira,
podemos concluir também que o período aumenta com o ângulo de oscilação, ou seja,
com a amplitude de oscilação.
Em seguida, a partir dos dados coletados expostos na Tabela 5 e o gráfico
𝑇 𝑥 𝐿 observado na Figura 6, foi possível observar que a diminuição da distância 𝐿
também causa uma diminuição no período de oscilação do pêndulo, porém seu efeito é
diferente do analisado anteriormente. Além disso, verificou-se que a expressão do
período descrita em (6) não é obedecida pelos resultados do gráfico presente na Figura
6, isso porque o período é proporcional à raiz quadrada do comprimento. Por fim, é
importante ressaltar também que há um erro sistemático nessa medição. Ao diminuir a
distância entre o peso e o eixo de sustentação uma parte do fio acaba sobrando
embaixo. O peso desse fio se torna cada vez mais relevante quando a massa se
aproxima do eixo. Por isso os últimos valores medidos de 𝐿 e 𝑇 tem erros percentuais
cada vez maiores.

7. Referências Bibliográficas

Halliday, Walker e Resnick, Fundamentos de Física - 2, Editora LTC;

MELO, Pâmela. Movimento Harmônico Simples (MHS), (s.d.). Online. Disponível


em: <https://www.preparaenem.com/fisica/mhs.htm> Acesso em: 25/09/2023;

UFPB. Oscilação, (s.d.). Online Disponível em: <http://www.fisica.ufpb.br/~edmundo


/Fisica2/Unidade-II-Oscilacao.pdf> Acesso em: 25/09/2023;

UNB, Instituto de Física. Movimento Ondulatório: Onda na Corda, 2023. Material


interno referente ao roteiro do experimento 3 da disciplina de Física 2 Experimental.

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