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Física 2 Experimental - 10/2023 - Turma 08

Experimento - Pêndulo Simples


06/10/2023

Grupo 04
- Participantes:
• Ana Clara Soares - (231024890)
• Ana Helena Neves de Assis Braga - (231024907)
• Kamila Vitória Vieira Lacerda - (231024999)

Introdução:

Primeiramente, define-se o pêndulo simples como um sistema mecânico que consiste em uma
massa puntiforme, um corpo com dimensões insignificantes, presa a um fio de massa desprezível e
inextensível capaz de oscilar em torno de uma posição fixa. O uso do pêndulo é muito empregado
durante o estudo do movimento harmônico simples e para determinar a aceleração da gravidade. O
pêndulo simples é uma aproximação em que não existem forças de atrito, sendo que o movimento
oscilatório surge apenas em decorrência das ações das forças peso e tração por um fio. Essas duas
forças não se cancelam nesse caso, pois só ocorre nos casos de equilíbrio. Assim surge uma força
centrípeta, força que descreve um movimento em trajetória circular, que oscila em torno de um ponto
de equilíbrio. Dessa forma, para definir o movimento harmônico simples, utiliza-se as equações
horárias desse movimento e das Leis de Newton, definindo a resultante da força peso e da força de
tração como a força centrípeta. Além disso, a força restauradora do movimento pendular é a
componente horizontal do peso.
Ademais, na oscilação do pêndulo simples, a energia mecânica permanece constante, mas a
cada oscilação completa, ocorre uma mudança entre as energias cinética e potencial gravitacional. Por
exemplo, se um corpo está em equilíbrio no ponto A e é levado a um ponto B, adquire energia potencial
e possui quase nenhuma energia cinética. Soltando esse corpo, em um sistema pendular, o corpo vai
até uma outra posição C, adquirindo energia cinética e perdendo energia potencial. Essa mudança de
energia entre as diferentes posições do pêndulo em função de uma oscilação apresenta-se como uma
onda. O movimento pendular ocorre com a mesma velocidade e aceleração à medida que o corpo passa
pelas posições na trajetória que realiza. Além disso, como citado acima, os principais cálculos
realizados com o pêndulo envolvem o período e a força restauradora:

• Período: É o cálculo do movimento periódico que se repete nos mesmos intervalos de tempo.
Com essa fórmula, é possível encontrar o menor intervalo de tempo para que o movimento
ocorra. É utilizada em pequenas oscilações, com ângulo menor que 10°. Representa o período
que não depende da amplitude.

(01)
T = Período (em segundos);
L = Comprimento do fio (metros);
g = Aceleração da gravidade (m/s²).

• Força Restauradora: É a força responsável por fazer o pêndulo retornar à sua posição de
equilíbrio, pois a gravidade o direciona para baixo. A força restauradora é a componente
horizontal da força peso. Sua equação é dada da seguinte forma:

(02)
Fx = Força restauradora (newtons);
K = Constante de proporcionalidade;
X = Deslocamento da posição de equilíbrio (metros).

Outro importante ponto a ser considerado é que o período aumenta com o ângulo de oscilação.
Essa dependência do período com a amplitude leva em consideração as energias ou a série de Taylor
do seno do ângulo. Dessa forma, uma solução aproximada para o período do pêndulo é a equação:

(03)

(04)
Nessas equações, o ângulo θ0 é o de lançamento do pêndulo (ângulo máximo).

Figura 01 - Representação da variação das energias cinética e potencial em um pêndulo em


movimento

¹ Fonte: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/01/energias-pendulo-simples.jpg
Figura 02 – Diagrama representando as forças e ângulos encontrados em um pêndulo em movimento

² Fonte: data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAPoAAADKCAMAAAC7SK2iAAAAgVBMVEX///8AAA

Figura 03 - Pêndulo utilizado no experimento

Fonte: Autoral

Objetivo:

De acordo com a explicação ministrada sobre o funcionamento do pêndulo simples e sua


aplicabilidade na física e nos fenômenos cotidianos, o objetivo do presente relatório é analisar e
determinar de forma experimental o movimento oscilatório de um pêndulo e as condições para que
seja denominado pêndulo simples. Dessa forma, busca-se descrever de forma matemática as variáveis
relevantes de um sistema oscilante com a análise dos dados obtidos no experimento realizado em sala.
Materiais:

Dentre os materiais utilizados para a realização do experimento no laboratório e para a análise


de dados e confecção do presente relatório, é possível citar:

• Balança digital (0,1g de precisão);


• Pêndulo físico com uma massa acoplada a um sensor de ângulo;
• Sensor de movimento rotativo PASCO;
• Trena de 5m (com 0,05cm de precisão);
• Software de aquisição de dados PASCO Capstone;
• Computador;
• Planilhas Excel;
• SciDavis.

Procedimentos:

O experimento foi divido em duas partes, cada uma delas visando a análise da interferência
de aspectos diferentes no período do pêndulo.

Figura 04 – Esquema do Pêndulo

Fonte: Autoral
Na primeira parte, com o objetivo de mostrar o efeito da amplitude no período de oscilação,
foi colocada uma massa na haste de (344,2 ± 0,1) g. Então, o pêndulo foi colocado para oscilar até
atingir uma amplitude próxima de 45º, aproximadamente 0,802 rad. Os dados foram coletados e o
mesmo procedimento foi realizado até a amplitude de 5º, aproximadamente 0,087 rad, ser alcançada.
Durante a aquisição dos dados o pêndulo não foi parado nenhuma vez.
Na segunda parte, pretendia-se mostrar o efeito da distância L, do peso ao eixo, no período de
oscilação. Para tal, foi medida a distância entre o centro de massa do peso e o eixo de sustentação
obtendo-se o valor de (95,00 ± 0,05) cm. O pêndulo foi colocado para oscilar e assim que atingiu uma
amplitude de aproximadamente 10º, ou 0,175 em rad, foi iniciada a coleta dos dados. Após isso o peso
foi deslocado cerca de 5 cm para cima e novos dados foram coletados. O mesmo procedimento foi
repetido até que o peso ficasse o mais próximo possível do eixo de giro do pêndulo.
Todos os dados foram ajustados utilizando o software PASCO Capstone. A partir do ajuste de
curva com a função sin(x), foram coletados a amplitude A, frequência angular ω, a fase 𝜑 e a constante
C.

Resultados e Análise:

Foram obtidos os seguintes dados a partir do Software de aquisição de dados PASCO com o
primeiro procedimento:

Tabela 01- Dados obtidos através do 1º procedimento

Para esta análise, optou-se por estudar os dados com variação de 5 graus. O período de
oscilação foi encontrado utilizando-se a relação:
2𝜋
ω= 𝑇,
(05)
em que ω representa a frequência angular. Seu erro é igual ao erro da frequência.

𝜃
A partir dos dados obtidos foram feitos a tabela e o gráfico de T em função do sin2 (2 ):

Tabela 02- Gráfico T vs sin²(θ/2)


Gráfico 01- Período (T) em função de sin²(θ/2)

Para verificar o que foi previsto pela equação 04, em que o coeficiente angular da reta deve ser
igual a
𝑇0
4
,
(06)

realiza-se a regressão linear:


Y = A*X+B
(07)
Y – Representa o período T;
A – Representa o coeficiente angular da reta;
X – Representa o sin²(θ/2);
B – Representa o ponto de corte.

Na teoria, o coeficiente angular deveria ser igual a 0,489 ± 0,001, com T0 obtido através da
equação 01, utilizando os valores L = (95,00 ± 0,05) cm e g = 980 cm/s². O valor do coeficiente obtido
através da regressão é de 0,526 ± 0,001. Apesar de serem números bem próximos, não se interceptam
dentro da margem de erro criada pelas incertezas de ambos. Como essa equação é uma solução
aproximada para o período do pêndulo, pode-se considerar que o valor do coeficiente angular
encontrado obedece a relação 06.
No segundo procedimento foram obtidos os seguintes dados, deslocando a massa a cada 5
centímetros na haste:

Tabela 03- Valores obtidos através do 2º procedimento

O período de oscilação foi adquirido novamente através da equação 05. O erro do período é
igual ao erro da frequência angular. Já o erro da raiz do comprimento foi calculado a partir da
propagação de erros de um expoente³, transformando a raiz em L1/2.
A partir dos dados obtidos, foi feita uma tabela do período (T) e da raiz do comprimento (√L):

Tabela 04 - Gráfico T vs √L
Por meio da tabela, foi feito o gráfico do período (T) em função da raiz do
comprimento (√L):

Gráfico 02 - Período vs √L

Analisando-se o gráfico, observa-se que o resultado não obedece à equação 01. Essa equação
estabelece que o período deve crescer proporcionalmente a raiz do comprimento, expressando uma
função linear. Também determina que o período não depende da amplitude. Porém, é nítido ao observar
o gráfico resultante que o período não cresce linearmente em função da raiz do comprimento. Quando
L é pequeno, o período é inversamente proporcional, decrescendo, e depois se estabiliza,
permanecendo constante. Ao atingir um determinado comprimento, representado pelo L = 5 no gráfico,
o período principia um crescimento linear. Desse modo, constata-se que há um erro sistemático na
medição, pois a aquisição de dados deveria iniciar-se com a massa a uma determinada distância L do
eixo de rotação, visto que quando L é pequeno influencia diretamente no período de oscilação.
O motivo do gráfico não ter obtido o formato esperado é que nos cálculos feitos a massa da corda foi desprezada.
Quanto mais próximo do ponto de rotação o peso era colocado, mais a massa da corda importava, ou seja, não seria
desprezível.
Conclusão:

-Principais Resultados

Dados Obtidos com o procedimento 1.................................................................................................6


Gráfico do procedimento 1...................................................................................................................7
Determinação do Coeficiente Angular.................................................................................................7
Dados Obtidos com o procedimento 2.................................................................................................8
Gráfico do Procedimento 2..................................................................................................................9
Análise do Gráfico do Procedimento 2................................................................................................9

De acordo com os dados e informações que foram apresentados no presente relatório, foi possível
representar e investigar o movimento oscilatório de um pêndulo simples. No procedimento 1, observa-
se experimentalmente que o período de oscilação aumenta de acordo com a amplitude, visto que o
coeficiente angular encontrado 0,526 ± 0,001 obedece a equação 04, que representa esta dependência.
Já no procedimento 2, investiga-se o efeito que a distância L da massa ao eixo de rotação exerce sobre
o período, revelando um erro sistemático na medição, visto que não obedece a equação 01.

Referências Bibliográficas:

¹Disponível em: < https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/01/energias-


pendulo-simples.jpg>
Acesso em: 09 out.2023.

²Disponível em:
<data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAPoAAADKCAMAAAC7SK2iAA
AAgVBMVEX///8AAA >
Acesso em: 09 out.2023.

³ TAYLOR, John R. Introdução à análise de erros: o estudo de incertezas em medições físicas.


[Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2009. E-book. ISBN 9788540701373. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540701373/. Acesso em: 12 out. 2023.

Disponível em: HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física: 2 - Gravitação, Ondas
e Termodinâmica. Rio de Janeiro, Brasil: LTC.
Acesso em: 09 out.2023.

Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm>


Acesso em: 10 out.2023.

Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/pendulo-simples/>


Acesso em: 11 out.2023.

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