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PRÁTICA 6 e 7: Pêndulo Simples e Pêndulo Físico

Hébert Vieira da Silva dos Santos


Jean Carlos Palácio Santos
Lorenna Bertoldo Almeida Oliveira
Murilo Moreira Xavier

Engenharia Elétrica / 2014.2


Prof. Ms. Flávio Silva

Vitória da Conquista – BA
2015
1. INTRODUÇÃO

Com a utilização de um tripé, uma linha e um objeto pequeno fez-se um modesto


pendulo simples à qual foi submetido a oscilações e estimado através de cálculos o valor
do seu período assim como o da gravidade. Da mesma forma foi submetido um pêndulo
físico a pequenas oscilações e também calculado os valores do período e da gravidade.
Sendo o pêndulo simples formado por uma corda inextensível, massa desprezível, e um
corpo pontual de massa considerável, fazendo com que as equações sejam simples e
aplicáveis em MHS, o pêndulo físico possui uma estrutura rígida, considerando-se
assim o fator de inércia, o eixo de giro e o centro de gravidade. Portanto, espera-se que
os valores encontrados com o pêndulo físico sejam mais próximos dos valores reais,
pois em tal leva-se em conta a massa total do sistema.

2. MATERIAIS UTILIZADOS

Prática 6:
 Régua milimetrada;
 Balança digital;
 Tripé;
 Transferidor;
 Linha e uma esfera;
 Cronômetro;

Prática 7:

 Cilindro;
 Régua milimetrada;
 Paquímetro;
 Balança digital;
 Suporte do pêndulo físico;
 Cronômetro digital;

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Movimento Harmônico Simples: É o tipo de oscilação que ocorre quando a força


restauradora é diretamente proporcional ao deslocamento da posição de equilíbrio.
Em movimentos periódicos em geral a força restauradora depende do deslocamento,
contudo, em muitos sistemas a força restauradora é aproximadamente proporcional ao
deslocamento no caso de ser suficientemente pequeno.
Pêndulo Simples: É um modelo esquematizado por um corpo puntiforme suspenso
por um fio inextensível de massa desprezível. Quando o corpo puntiforme é puxado
lateralmente a partir de sua posição de equilíbrio e a seguir liberado, ele oscila em torno
da posição de equilíbrio.
A força sobre o corpo em um sistema de pêndulo simples pode ser representada em
termos do componente radial e do componente tangencial. A força restauradora é o
componente tangencial da força resultante.

F = -m.g.sen(Ө), (Eq. I)

Quando o ângulo ө é pequeno, sen(Ө) é aproximadamente igual a Ө em radianos


e podemos escrever a Eq. I como:

F = -m.g.Ө = -m.g.(X/L) ou F = -m.g.X /L, (Eq. II)

A força restauradora é então proporcional à coordenada para pequenos


deslocamentos. Para deslocamentos pequenos a posição pode ser expressa como:

X(t) = A.cos(ω.t + β), (Eq. III)

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Onde A é a amplitude da onda, β o ângulo inicial do sistema e ω a velocidade
angular.
A oscilação do corpo em um movimento harmônico simples pode ser expressa
pela equação:

a = -ω².A.cos(ω.t+ β), (Eq. IV)

Para pequenas oscilação, o período de um pêndulo simples para um dado valor


de g é determinado exclusivamente pelo seu comprimento:

T = 2.ᴨ.√( 2/g), (Eq. V)

Pêndulo Físico: É qualquer pêndulo real que usa um corpo cuja massa está
concentrada em um único ponto. Para pequenas oscilações, análise de um pêndulo física
é muito semelhante a do pêndulo simples, no entanto, leva-se em consideração o centro
de massa.
O momento de inércia do centro de massa de uma barra maciça é dado por:

Icm = M(R²/4) + ML²/12 , (Eq. VI)

Pelo Teorema dos eixos paralelos tem-se que o movimento de inércia em relação
a um eixo de rotação:

I = Icm + Mh² , (Eq. VII)

Neste tipo de pêndulo o período é determinado por:

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T = 2.ᴨ.√( I/ m.g.d), (Eq. VIII)

Onde d é o deslocamento de I o momento de inércia do corpo (barra) em relação a


um eixo passando em uma de suas extremidades.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Pêndulo simples:
Para a prática do pêndulo simples utilizou-se um fio de massa desprezível preso a
uma bolinha maciça de borracha de massa igual a: 0,0206Kg. O fio de 0,655m é medido
utilizando uma régua milimetrada e a bolinha presa a ele é pesada utilizando uma
balança digital.
A primeira parte do experimento consiste em fixar o fio em um suporte onde é
possível medir as oscilações do pêndulo liberando-o na angulação desejada, fazendo uso
de um transferidor.
A segunda parte do experimento foi aplicado um torque com o fio esticado na
bolinha até que o fio atingisse a angulação a ser medida. Em seguida a bolinha é
liberada a partir do repouso e medido o tempo de 10 oscilações com o auxílio de um
cronômetro, sendo que esse é disparado imediatamente após a bolinha ser liberada e
pausado quando a bolinha voltar ao seu ponto de partida após as 10 oscilações.
Esse mesmo procedimento foi realizado 5 vezes para uma melhor precisão em seus
resultados.
Pêndulo Físico:
Para o experimento abordado no relatório, fixou-se um braço de pêndulo maciço a
uma extremidade, deixando-o pendurado de maneira que fosse possível visualizar uma
tabela com determinadas inclinações em graus, permitindo desse modo medir as
oscilações do pêndulo físico de acordo com a angulação desejada.
A primeira parte da prática constitui-se em medir o peso do braço com massa igual a
0,2427Kg, utilizando a balança digital, sua altura medindo 0,1095m e diâmetro medindo
0,01225m, utilizando a régua milimetrada e o paquímetro respectivamente. A partir
desses dados, através da metade do diâmetro é possível calcular o raio, com isso
podemos determinar o centro de massa do braço cilíndrico do pêndulo. Em seguida o
braço foi levantado a partir de um torque até a inclinação de 10º e soltado a partir do

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repouso.
Diante disso, ainda é possível ser medido o momento de inércia para nosso cilindro,
utilizando seu momento de inércia e altura deste.
Na segunda parte do experimento é medido o tempo de 10 oscilações utilizando o
cronômetro, desse modo permitiu registrar o tempo necessário para que as oscilações
desejadas aconteçam, sendo que o mesmo é disparado imediatamente após o pêndulo
ser liberado e parado quando ele volta ao seu ponto de partida após as 10 oscilações.
Esse processo foi repetida 5 vezes para a obtenção de dados mais precisos. Segue
abaixo os dados coletados para cada pêndulo:

Medidas Tempo de 10 oscilações(s) Medidas Tempo de 10 oscilações(s)


1 16,06 1 8,06
2 16,04 2 8,1
3 16,10 3 8,07
4 16,03 4 8,12
5 16,10 5 8,07
Soma 80,33 Soma 40,42
Média 16,066 Média 8,084

Pêndulo Simples Pêndulo Físico

5. RESULTADOS E DISCURSÕES

No experimento realizado pôde-se compreender as características do movimento


harmônico simples através da análise de um pêndulo simples e de um pêndulo físico.
Com os dados coletados algumas informações podem ser comparadas para tornar nítido
a veracidade das equações que sustentam esse tipo de movimento.

Com o procedimento do pêndulo simples encontramos o período médio do


movimento T = 1,6 s considerando o tempo de 10 oscilações do pêndulo. Da Eq. V
podemos determinar a gravidade local, expressa por:

g = 4.ᴨ².L/T², (Eq. IX)

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Essa, por sua vez, teve valor aproximado a 10,02 m/s², valor não muito satisfatório
sabendo-se que o local de realização do experimento tem grande altitude e
consequentemente, gravidade menor ou igual a 9,81 m/s². No entanto, esse valor mais
elevado pode ser explicado pela impressão dos equipamentos, como o cronômetro
manual. Pela Eq. IX notamos que a gravidade não depende da massa do objeto, isto
ocorre porque a força restauradora, que é uma componente do peso da partícula, é
proporcional à massa.

No procedimento com o pêndulo físico, usando-se dos dados obtidos, a gravidade


também pode ser determinada. Visto que da equação obtemos:

g = 4.ᴨ².I/m.d.T², (Eq. X)

a gravidade calculada nesse procedimento foi igual a 9,75 m/s². Notamos que a
gravidade encontrada satisfaz as expectativas para o local de realização do experimento
e consequentemente reforça a previsão teórica de que este tipo de pêndulo tem maior
veracidade em relação ao pêndulo simples, porque leva em conta a massa da haste do
pêndulo.

6. CONCLUSÃO

Com a análise dos resultados obtidos percebeu-se que os valores tanto do período
como da gravidade foram mais próximos da realidade no experimento do pêndulo
físico, pois em tal foi levado em conta toda a massa do sistema afirmando as
expectativas anteriores. Assim também deve ser levado em conta a imprecisão dos
equipamentos utilizados, neste caso o cronômetro manual, demonstrando que há uma
margem de erro, mesmo sendo ínfima. Logo, o pêndulo físico é um sistema mais
complexo e de maior precisão nos resultados obtidos.

7. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David ; RESNICK, Robert ; WALKER, Jearl. Oscilações. In:_____.


Fundamentos da Física, volume 2: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 9ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2012. cap 15, p 88-106.

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