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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS

FÍSICA I

TRABALHO LABORATORIAL N° 4

LABORATÓRIO VIRTUAL

PÊNDULO SIMPLES

Discentes:

Elecia Faife
Zinedine Ismael
Docente:

Dr. Bernardino Mucavele

Maputo, junho de 2023


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.2. Objectivos......................................................................................................................... 1
Objectivo geral ................................................................................................................................ 1
1.2.1. Objectivos específicos .................................................................................................. 1
2. Revisão de Literatura ................................................................................................................. 1
2.1. Pêndulo simples .................................................................................................................. 1
2.2. Como funciona o pêndulo simples ........................................................................................... 2
2.3. Transformações de energia no pêndulo simples ...................................................................... 3
3. Material e métodos ..................................................................................................................... 4
3.1. Legenda descritiva da função dos componentes usados na experiência .................................. 5
3.2. Procedimento Experimental ..................................................................................................... 5
3.2.1. Determinação da aceleração de gravidade ............................................................................ 5
4. Resultados experimentais........................................................................................................... 6
4.1. Representação de cálculos .................................................................................................. 7
5. Análise dos resultados e conclusões ........................................................................................... 8
6. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 10
Anexo A – Recolha de dados ........................................................................................................ 11
Anexo B – Recolha de dados ........................................................................................................ 12
1. Introdução

Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua
movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade.
Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes o descrevem como um
objeto de fácil previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns
deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e
invertidos. Mas o modelo mais simples, e que tem maior utilização é o Pêndulo Simples.

1.2.Objectivos

Objectivo geral
• Entender a relação entre o período de oscilações e o comprimento da corda, aceleração
de gravidade e da amplitude do movimento.
1.2.1. Objectivos específicos
• Determinação do valor da aceleração de gravidade;
• Determinar a aceleração de gravidade mediante o estudo do movimento de
um pêndulo.

2. Revisão de Literatura
2.1. Pêndulo simples
“Um pêndulo simples é composto por um fio, inextensível e de
massa desprezível, fixo em uma das extremidades. Na extremidade
móvel é presa uma massa como indicada na figura 1. Quando se
afasta a massa da sua posição de equilíbrio, há uma força
restauradora gerada pela gravidade fazendo com que esta retorne à
sua posição original. O pêndulo oscilará num plano vertical e dado
o movimento harmônico e periódico, pode-se determinar o período
da oscilação.” (Lopes, 2012)

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Figura 1 – Ilustração do pêndulo simples.

“Um pêndulo simples é definido como uma partícula de massa 𝑚 presa, num ponto 𝑂, por um
fio de comprimento 𝑙 e massa desprezível (Fig. 1). Se a partícula for afastada lateralmente até a posição
𝐴, onde o fio faz um ângulo 𝜃 com a vertical 𝑂𝐶, e, em seguida, abandonada, o pêndulo oscilará entre
𝐴 e a posição simétrica 𝐴′”. (Alonso e Finn, 1972, P.348).

2.2. Como funciona o pêndulo simples


O pêndulo simples é uma aproximação em que não existem forças dissipativas, ou seja,
forças de atrito ou de arraste, atuando sobre quaisquer componentes do sistema. Nesses pêndulos,
o movimento oscilatório surge em decorrência da ação das forças peso e tração, exercida por um
fio. Observe:

Figura 2: A força resultante entre a tração (T) e o peso (P) é uma força centrípeta.

Como as forças peso e tração não se cancelam nesse contexto, já que isso só acontece na
posição de equilíbrio, surge, dessa forma, uma força resultante de natureza centrípeta, fazendo o
pêndulo oscilar em torno de um ponto de equilíbrio.

A partir das equações horárias do movimento harmônico simples e das leis de Newton, é
possível determinar um conjunto de equações exclusivas para os pêndulos simples, para isso,

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dizemos que a resultante entre a força peso e a força de tração é uma força centrípeta. Além disso,
a força restauradora do movimento pendular é a componente horizontal do peso:

Figura 3: Px – componente horizontal da força peso (N); Py – componente vertical da força peso (N)

A partir das equações horárias do movimento harmônico simples e das leis de Newton, é
possível determinar um conjunto de equações exclusivas para os pêndulos simples, para isso,
dizemos que a resultante entre a força peso e a força de tração é uma força centrípeta. Além disso,
a força restauradora do movimento pendular é a componente horizontal do peso:

Figura 4: Px – componente horizontal da força peso (N); Py – componente vertical da força peso (N)

2.3. Transformações de energia no pêndulo simples

Durante a oscilação do pêndulo simples, a energia mecânica permanece constante,


no entanto, a cada oscilação completa, ocorre o intercâmbio entre as energias
cinéticas e potencial gravitacional. A transferência de energia entre as diferentes posições do

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pêndulo em função do tempo de uma oscilação apresenta-se como uma onda senoidal, como
é mostrado na figura a seguir:

Figura 5: Energias cinética e potencial variando em função da posição e do tempo.

Na figura acima, mostramos três posições especiais do pêndulo. Nas posições 1 e 3, há


energia potencial gravitacional máxima e energia cinética mínima, na posição 2, há energia
cinética máxima e energia potencial gravitacional mínima.

Figura 6: O pêndulo simples move-se mais rapidamente nos arredores da posição de equilíbrio.

3. Material e métodos
Para a realização experiência, fez-se o uso da seguinte ferramenta:

Figura 7: Laboratório Virtual Intro

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3.1. Legenda descritiva da função dos componentes usados na experiência
A - Régua graduada.
B - Pêndulo simples com goniómetro graduado.
C - Controlos de variação do comprimento e da massa do pêndulo.
D - Controlos de variação da gravidade e do atrito.
E - Controlos da régua graduada, cronómetro e período de oscilação.
F - Selecção de um ou dois pêndulos.
G – Botão de stop.
H - Controlos de play, pause e modo normal ou lento.
I - Outros laboratórios virtuais.
J - Reinicialização.

3.2. Procedimento Experimental


3.2.1. Determinação da aceleração de gravidade

Para realizar a experiência, o grupo procedeu da seguinte maneira:

1o Cliclou-se no botão pause;


2 o Selecionou o cronómetro e cliclou-se play no mesmo;
3 o Calibrou o pêndulo para um comprimento da corda de 𝐿1=1,00 𝑚 e massa do corpo de 𝑚=1,2
𝑘𝑔;
4 o Ajustou o pêndulo para um ângulo de 15°;
5 o Ciclou-se no botão play;
6 o Para reduzir o erro na medição, o grupo mediu o tempo que o pêndulo leva a realizar 10
oscilações completas;
7 o Repetiu o anterior procedimento 4 vezes;
8 o Reiniciou e repetiu o procedimento anterior, com a diminuição progressiva do comprimento do
pêndulo para os seguintes valores: 𝐿2=0,80 𝑚; 𝐿3=0,60 𝑚; 𝐿4=0,40 𝑚; 𝑒 𝐿5=0,20 𝑚 em cada
experiência.

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4. Resultados experimentais
Tabela 1 – Determinação da aceleração de gravidade: L = 1.00 m
Nr t(s) T(s) g(m/s2) | ḡ - gi| Erro
Relativo
1 20.05 2.02 9.68 0.04
2 20.19 2.01 9.77 0.05
3 20.34 2.02 9.67 0.05
0.41%
4 20.07 2.01 9.77 0.05
5 20.25 2.01 9.77 0.05
Média ḡ = 9.72 ∆ḡ = 0.04

Tabela 2 – Determinação da aceleração de gravidade: L = 0.80 m


Nr t(s) T(s) g(m/s2) | ḡ - gi| Erro
Relativo
1 18.07 1.81 9.64 0.06
2 18.02 1.81 9.64 0.06
3 18.01 1.80 9.74 0.04
0.41%
4 18.17 1.80 9.74 0.04
5 18.02 1.80 9.74 0.04
Média ḡ = 9.70 ∆ḡ = 0.04

Tabela 3 – Determinação da aceleração de gravidade: L = 0.60 m


Nr t(s) T(s) g(m/s2) | ḡ - gi| Erro
Relativo
1 15.70 1.55 9.85 0.07
2 15.80 1.55 9.85 0.07
3 15.56 1.56 9.73 0.05
0.61%
4 15.72 1.56 9.73 0.05
5 15.64 1.56 9.73 0.05
Média ḡ = 9.78 ∆ḡ = 0.06

Tabela 4 – Determinação da aceleração de gravidade: L = 0.40m


Nr t(s) T(s) g(m/s2) | ḡ - gi| Erro
Relativo
1 12.57 1.27 9.79 0.12
2 12.77 1.28 9.64 0.03
3 12.04 1.29 9.49 0.18
1.03%
4 12.92 1.27 9.79 0.12
5 12.70 1.28 9.64 0.03
Média ḡ = 9.67 ∆ḡ = 0.10

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Tabela 5 – Determinação da aceleração de gravidade: L = 0.20 m
Nr t(s) T(s) g(m/s2) | ḡ - gi| Erro
Relativo
1 9.01 0.90 9.74 0.05
2 9.26 0.91 9.53 0.16
3 9.06 0.90 9.74 0.05
0.72%
4 9.98 0.90 9.74 0.05
5 9.26 0.90 9.74 0.05
Média ḡ = 9.69 ∆ḡ = 0.07

4.1. Representação de cálculos


Primeiramente para a obtenção do período, expresso por T(s) nas tabelas, aplicou-se a
fórmula:
𝒕
𝑻 = (1)
𝒏
Onde:
T – é o período expresso em segundos.
t – é o tempo decorrido expresso em segundos.
n – é o número de oscilações, que é a constante 10 em todas as tabelas.

O valor da aceleração da gravidade nas tabelas foi obtido através da dedução na fórmula:
𝐿
𝑇 = 2𝜋√ (2)
𝑔

Passando o 2 𝜋 e a raiz para o membro esquerdo ter-se-á:


𝑇2 𝐿
= (3)
(2𝜋)2 𝑔

Isolando o g de modo a encontrar o valor da aceleração da gravidade passar-se-ia a ter:


(𝟐𝝅)𝟐 𝑳
𝒈= (4)
𝑻𝟐

Onde:
g – valor da aceleração da gravidade;
L – comprimento da corda;
T – período expresso em segundos.

Para o cálculo de erro:


𝑬𝒓 = (∆ḡ/ ḡ) *100 (5)
Onde:
Er – erro relativo;
∆ḡ - desvio médio;
ḡ - média.

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Gráfico 1 – Comprimento (L) em função do Período (T2).

L X T²
4,50
4,00 y = 2,9023x - 1,9501
3,50
3,00
PERIODO (S)

2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
0 0,5 1 1,5 2 2,5
COMPRIMENTO (M)

Tabela 6 – Tabela comprimento (L) em função do período (T2)

T(s) L(m) T*L T² ∑T ∑L ∑ T*L ∑ T²


2.01 1.00 2.01 4.04 Somatório
1.80 0.80 1.44 3.24
1.56 0.60 0.94 2.43
7.55 3.00 5.08 12.16
1.28 0.40 0.51 1.64
0.90 0.20 0.18 0.81

5. Análise dos resultados e conclusões


a) O período da oscilação de um pêndulo simples é independente do ângulo em que ele é
solto (para ângulos “pequenos”) e de massa de corpos que forma o pêndulo. Por outro lado, ele
depende do comprimento L do fio e do valor da aceleração g da gravidade.

b) De acordo com a terceira lei do pêndulo simples (lei dos comprimentos): O período do
pêndulo simples é directamente proporcional à raiz quadrada do comprimento do pêndulo.
c) A aproximação para ângulos pequenos é uma simplificação útil das leis
da trigonometria que é apenas aproximadamente verdadeira para ângulos não-nulos, mas correcta
no limite em que o ângulo se aproxima de zero. Ela envolve a linearização das funções
trigonométricas de forma que, quando o ângulo x é medido radianos.

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“Se as oscilações ocorrerem em ângulos pequenos (𝜃max <=10o), tem-se que sen 𝜃 ≅ 𝜃.”
(NUSSENZVEIG, 2002; PERUZZO, 2012b).

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6. Referências bibliográficas
➢ Lopes, M. P. (2012). Relatório I. Brasília.

➢ NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica 2: Fluidos - oscilações e ondas -


calor. 4ª Edição rev. São Paulo Editora: Edgard Blücher, 2002.

➢ Alonso & Finn, Física. (2000). Um Curso Universitário Volume I – Mecânica.

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Anexo A – Recolha de dados

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Anexo B – Recolha de dados

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