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Licenciatura em Engenharia Biomédica

Ano letivo: 2022/2023

TRABALHO 3:
“Estudo do pêndulo simples”

27/04/2023
Unidade curricular: Física Geral

Ana Silva 1221193 Mariana Ramada 1221310

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Objetivos
o Observação da periodicidade do movimento;
o Verificação da relação entre o período de oscilação e a amplitude, para o caso de
pequenas oscilações;
o Verificação da relação entre o período de oscilação e a massa oscilante;
o Verificação da relação entre o período de oscilação e o comprimento do pêndulo;

Introdução Teórica
Um pêndulo simples é constituído por uma massa, m, que se situa na extremidade
de um fio de comprimento l e massa desprezável, sendo o sistema suspenso pela outra
extremidade do fio, como se observa na figura.
A posição de equilíbrio corresponde à vertical. Quando o sistema é afastado dessa
posição, o sistema oscila em torno dela. Isto ocorre pelo facto de existirem duas forças,
o peso e a tensão do fio, as quais levam a que a massa descreva um arco de raio l. Com
isto, obtém-se um movimento oscilatório que, no caso geral, não é harmónico.
Através da segunda lei de Newton e ao usar coordenadas angulares, Fig. 1 – Pêndulo simples
uma vez que o movimento se processa num arco de circunferência, obtemos a
seguinte equação:
.

Como , obtemos, para a componente tangencial:

Por outro lado, como se trata de pequenas oscilações obtém-se


pois nesta aproximação têm-se que sin Ɵ ≈ Ɵ.
Deste modo, a equação acima descrita é a equação de um movimento
Fig. 2 – Forças aplicadas
no pêndulo simples.
harmónico simples, cuja frequência angular é dada por: .

Procedimento Experimental
Parte I- Variação da amplitude de oscilação:
1. Escolhemos um comprimento para o pêndulo e uma massa;
2. Medimos a massa do objeto escolhido assim como comprimento do pêndulo (desde o
ponto de suspensão ao centro de massa da massa suspensa);
3. Afastámos o pêndulo da sua posição de equilíbrio cerca de 5 graus;
4. Libertámos o pêndulo dessa posição e medimos o tempo que este demora a fazer 30
oscilações;
5. Repetimos o procedimento anterior para amplitudes de oscilação de 10 e 14 graus.
Parte II- Variação da massa:
1. Escolhemos outra massa, de valor consideravelmente diferente do anterior;
2. Usámos a balança para determinar o valor da massa;
3. Suspendemos o pêndulo e medimos o seu comprimento;
4. Afastámo-lo da sua posição de equilíbrio com uma amplitude de oscilação de 15 graus.
5. Libertámos o pêndulo dessa posição e medimos o tempo que este demora a fazer 30
oscilações;
6. Repetimos este procedimento para mais uma outra massa.
Parte III- Variação do comprimento do pêndulo
1. Usámos uma das massas usadas anteriormente e determinámos o tempo que o pêndulo
demora a executar 30 oscilações para, 5 comprimento diferentes do pêndulo.

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Dados

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Tratamento de dados

1.

2. A partir dos dados da primeira parte podemos observar que com o aumento da
amplitude de oscilação, o período permaneceu quase constante, sofrendo apenas
variações mínimas. São, portanto, para amplitudes reduzidas, duas grandezas
independentes.

3. T = 2π√(L/g), onde T é o período, L é o comprimento do pêndulo e g é a aceleração


gravítica, é a expressão matemática que nos dá o valor do período. Tal como era
previsível através das variáveis envolvidas nesta fórmula, concluímos que o período é
independente da massa, uma vez que, apesar desta ter variado, o valor do período
manteve-se. Deste modo, o comprimento do pêndulo e a aceleração da gravidade são
os principais fatores que determinam o período.

4.

5.

6. Dado que o valor obtido pelo declive do gráfico para a aceleração gravítica (9,92m/s^2)
se aproxima do seu valor real (aproximadamente 9,81m/s^2), podemos afirmar que a
expressão obtida anteriormente para o período de oscilação do pêndulo é valida, tendo-
se obtido um erro relativo de apenas 1,12%. (Erro Relativo (%) = [(9,92 - 9,81) / 9,81] *
100 ≈ 1,12%)

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Conclusão
Esta atividade laboratorial tinha como objetivo verificar a dependência do período de oscilação
de um pêndulo simples quanto à amplitude, à massa e ao comprimento do fio. Ao realizar
cuidadosamente uma série de procedimentos, pudemos analisar os resultados e obter
importantes conclusões sobre o que mencionamos anteriormente.
No que se refere ao comprimento do fio, verificamos que um aumento no comprimento
resulta num período de oscilação também maior. Esse resultado é esperado de acordo com a
relação diretamente proporcional entre o período e a raiz quadrada do comprimento do fio,
conforme previsto pela equação teórica.
Já em relação à massa, verificamos que apesar desta ter variado, o valor do período manteve-
se, podendo-se, portanto, concluir que o valor do período é independente da massa, mais uma
vez como já era previsto pela equação teórica.
Deste modo concluímos que, através da realização desta atividade laboratorial, adquirimos
uma compreensão mais profunda dos fatores que afetam o período de oscilação de um pêndulo
simples. Através de análises teóricas e experimentais, constatamos a precisão dos resultados
obtidos pelo estudo do pêndulo e a sua aplicabilidade em diferentes contextos como é o caso
da determinação da aceleração da gravidade. Além disso, fortalecemos a nossa habilidade de
realizar procedimentos cuidadosos, adquirir dados precisos e analisar resultados através de
métodos práticos para verificar as relações teóricas. Estes conhecimentos são essenciais para o
estudo da física e para a aplicação prática em diversas áreas, como é o caso da nossa –
Engenharia Biomédica.

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