Você está na página 1de 9

Licenciatura em Engenharia biomédica

Unidade curricular: Física Geral

Trabalho 2- Estudo de um movimento


oscilatório amortecido

Ana Guimarães 1221327


Luana Rocha 1220987
Mafalda Faria 1221237

Data de realização:
13/04/2023

1
1. Objetivos

 Determinação da constante elástica da mola a partir da Lei de Hooke;


 Determinação da constante de amortecimento para vários amortecimentos;
 Determinação do período de oscilação;
 Determinação da constante elástica da mola a partir do período.

2. Introdução teórica

No trabalho anterior idealizamos um sistema hormónico simples, cuja amplitude era


constante ao longo do tempo, isto é, uma oscilação contínua que não iria parar,
contudo este caso não se aplica á vida real.
Posto isto, um movimento diz-se oscilatório, pelo facto de oscilar. Este movimento é
também designado de harmónico dado poder ser descrito por uma onda sinusoidal
que varia com o passar do tempo. No entanto, se existir uma força que se oponha a
este movimento, força de atrito (no nosso caso, em particular, foi a resistência do ar),
o movimento passa a ser movimento Oscilatório Amortecido. Assim, com a experiência
deste relatório aplicamos uma força de atrito que contraria o movimento, criando um
movimento um oscilador harmónico amortecido. Assim, aplicado ao nosso corpo, para
além da força elástica, há uma força de atrito do tipo viscoso:

Fa = -λ.v

Onde: Fa – é a força de atrito


v – é a velocidade do corpo
 – é a constante de proporcionalidade entre a força de atrito e a velocidade

A partir da segunda Lei De Newton e da equação diferencial de 2º grau obtida desta


concluímos que a amplitude de um oscilador amortecido em função do tempo é então
dada por:

𝒙(𝒕) = 𝑨0e−γt 𝒔𝒆𝒏 (𝝎𝒕 + ∅)

Onde: A0 – amplitude inicial do movimento


 – coeficiente de amortecimento
 – frequência angular
 – fase inicial do movimento

2
3. Material Necessário
 Conjunto de barras e ligações para montagem do suporte do sistema
massa-mola
 2 Molas
 Conjunto de massas e respetivo suporte
 Papel e/ou cartão
 Cronómetro
 Balança
 Régua ou fita métrica

4. Procedimento experimental

Parte I – Caracterização da mola


1. Usar a balança para determinar a massa do suporte.
2. Suspender o suporte da mola e determinar o valor da sua elongação.
3. Acrescentar uma massa, aproximadamente igual a 20 gramas, ao suporte e
voltar a determinar a massa total do conjunto.
4. Suspender novamente o conjunto da mola e determinar a nova elongação.
5. Repetir os passos 3 e 4 mais oito vezes.

Parte II – Estudo do MOA


1. Escolher uma massa entre 80 e 200 gramas.
2. Usando a balança determinar o valor da massa que irá usar.
3. Suspender a massa da mola de forma que o sistema esteja em equilíbrio e
registar esta posição.
4. Afastar a massa da sua posição de equilíbrio e registar o valor desta posição
inicial.
5. Libertar o sistema ao mesmo tempo que inicia a medição dos tempos, com a
ajuda do cronómetro.
6. Registar a posição da massa de 10 em 10 oscilações completas, bem como o
tempo correspondente.
7. Colocar papel ou cartão no sistema de forma a alterar a força de atrito e
repetir o procedimento anterior. Repetindo duas vezes para dois cartões
diferentes, ou seja, dois atritos diferentes.

3
5. Tratamento dos dados

1. A deformação da mola é um dado obtido diretamente da experiência. O valor do


peso suspenso é equivalente ao da força aplicada e é dado pela multiplicação da
massa (em kg) suspensa na mola e a aceleração gravítica (9,81 m/s2).

2. De seguida,
representamos a força aplicada em função de x, na forma de gráfico, para as duas
molas.
3. Obtivemos o valor da constante elástica de cada uma das molas a partir dos
gráficos.

4
4. Calculámos o período de oscilação e a respetiva ampliação para cada ensaio.

5. Representação gráfica da amplitude em função do tempo.

5
6. Representação gráfica de ln(A/A0) em função do tempo.

6
9.
Temos que:

( ) +Υ
2
2π 2π k
ꞷ= = √ ꞷ2−Υ 2  ꞷ2 = 2
e que ꞷ2 =
T T m

( )
2

Logo k = m x + Υ2
T

Mola 1:
Valor calculado anteriormente: 4,3361 N/m
Ensaio 1: k = 0,12947 x (2π / 1,1)2 - 0,082 = 4,1422 N/m
Ensaio 2: k = 0,1322 x (2π / 1,1)2 - 0,47 = 3,8433 N/m
Ensaio 3: k = 0,13379 x (2π / 1,1)2 - 0,869 = 3,6302 N/m
Média: 3,8719 N/m

7
Mola 2:
Valor calculado anteriormente: 2,9326 N/m
Ensaio 1: k = 0,12947 x (2π / 1,4)2 - 0,1 = 2,5078 N/m
Ensaio 2: k = 0,1322 x (2π / 1,4)2 - 0,245 = 2,4178 N/m
Ensaio 3: k = 0,13379 x (2π / 1,4)2 - 0,937 = 1,7578 N/m
Média: 2,2278 N/m

Apesar dos valores serem relativamente próximos, ainda se encontram um pouco


distantes. Isto pode ser devido à falta de precisão na medição do tempo que a mola
demorava a fazer 10 oscilações completas, uma vez que era difícil parar o cronómetro
na posição de máxima amplitude.

8
6. Conclusão
Os principais objetivos deste trabalho experimental eram a determinação da constante
elástica de duas molas diferentes, através de métodos distintos de forma a que se
pudesse fazer uma avaliação crítica no final do trabalho comparando os valores
obtidos. Além da constante elástica foi também determinado o período e algumas
grandezas que o pudessem influenciar como o atrito e o coeficiente de
amortecimento. Esta última grandeza foi estudada através da interpretação dos
gráficos ln(A/Ao) em função do tempo, uma vez que este corresponde ao declive dos
mesmos.
Posto isto, a parte II do procedimento da atividade consistia em colocar uma mola em
suspensão num suporte e prender a esta uma massa e repetir, para essa mesma
massa, vários ensaios onde a posição inicial era alterada. Este processo foi também
efetuado mais duas vezes quando suspendido um cartão menor ou um cartão maior,
que fez com que o atrito aumentasse. A partir deste procedimento foi-nos possível
averiguar a influência do atrito na amplitude das oscilações da mola. Após a recolha e
análise dos dados foi possível verificar que o aumento do atrito leva a uma exponencial
diminuição da amplitude das oscilações. Se o atrito não tivesse sido aplicado, a
amplitude das oscilações seria praticamente a mesma, como verificamos na parte I
desta atividade e também na atividade anterior. Podemos então concluir que o
aumento do atrito leva a uma perda de energia, o que resulta na diminuição da
amplitude das oscilações, como já verificámos anteriormente.
Nos gráficos da amplitude em função do tempo era de esperar que conseguíssemos
obter uma função exponencial, no entanto devido a possíveis erros de leitura que
diminuíram a precisão, uma vez que se tornava bastante complicado parar o tempo
sempre exatamente no momento em que as massas alcançavam a posição máxima,
não foram conseguidos os gráficos que era de desejar.

Você também pode gostar