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Relatório Prática 3: Movimento Harmônico Simples e Energia do MHS

Anthony Luan de Souza Nascimento


Daniel Diniz da Silva
Macyel Rodrigues Galvão da Silva
Victor Vieira Sampaio

Discentes de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Piauí- UFPI

Departamento de Física – Centro de Ciências da Natureza – UFPI


victorsampaio44@ufpi.edu.br

Quando tratamos de vibrações e oscilações, falamos de tipos de movimentos com características que se repetem
ao longo do tempo, como por exemplo, o movimento das cordas de um violão. Quando falamos de energia dentro
de um sistema MHS, um ponto fundamental é que existe a ação de uma força restauradora, como em uma mola
estirando e comprimindo. Neste experimento investigou-se as caracterisiticas e o funcionamento do movimento
hârmonio simples e energia do MHS, assim como foi calculado a constante da mola, o periodo, frequência e
velocidade angular. Uma análise detalhada dos dados teóricos e experimentais permitira obter as informações
necessárias sobre o movimento e a conservação de energia. Conseguimos também provar a partir das equações
que a frequência do oscilador harmônico depende, portanto, da massa da partícula e da constante elástica.

Palavras chave: Movimento Harmônico Simples; Energia; MHS.

𝑘
𝜔 = √ (3)
1. Introdução 𝑚

Antes de prosseguir, devemos entender o sentido das E, portanto, a constante 𝜔 depende da massa e da
palavras harmônico e simples. Em geral, as constante elástica da mola. Agora a seguir, veremos
vibrações de sistemas, como átomos e moléculas, que essa constante está também relacionada ao
são muito complicadas do ponto de vista físico, período do movimento.
portanto, matemático. Entretanto, esses movimentos
podem ser descritos e analisados, admitindo que eles 2𝜋 𝑘
𝑇= = 2𝜋√ (4)
resultam da superposição de oscilações harmônicas 𝜔 𝑚
representadas por funções seno ou cosseno. A força
restauradora responsável pelas oscilações de uma 1 𝜔 𝑘 1
partícula é dada pela Lei de Hooke, 𝑓= = =√ (5)
𝑇 2𝜋 𝑚 2𝜋

𝑭(𝒙) = −𝒌𝒙 (1) Com essas fórmulas, a frequência do oscilador


harmônico depende, portanto, da massa da partícula
onde k é a constante de Hooke e o x o deslocamento e da constante elástica k [2].
da partícula, em relação a sua posição de repouso.
Esta força caracteriza um oscilador harmônico Vamos ser otimistas e supor que nosso sistema
simples e o movimento da partícula é chamado oscilante não dissipa energia, ou, com outras
Movimento Harmônico Simples (MHS) [1]. palavras, que o sistema não está submetido a forças
dissipativas, como por exemplo, o atrito. Neste caso
A partir da força, juntamente com a segunda Lei de ideal, a energia mecânica total E do sistema
Newton, consegue montar a equação do MHS, junto permanece constante e ela é igual a soma das
com as funções seno e cosseno, chegando à função energias cinética K e potencial U. Agora pense, de
novo, no seu sistema oscilante. Nos extremos das
𝒙(𝒕) = 𝒙𝒎 𝐜𝐨𝐬 (𝝎𝒕 + 𝝋) (2) oscilações, a velocidade é nula e, consequentemente,
sua energia cinética K também. No ponto de
onde, xm é a amplitude, 𝝎 é a frequência angular e 𝝋 equilíbrio, onde x = 0, e a vez da energia potencial U
a fase [1]. (x) se anular. Em qualquer outro ponto, o sistema
possui tanto energia cinética quanto energia
Analisando agora a constante 𝜔, obtendo que a potencial e podemos dizer que, ao oscilar, há troca
função cosseno é uma solução se 𝜔 for dado por: permanente interna de energia cinética e potencial
[1].

1
A partir da massa m, com velocidade v, pode ter a 2.3 Segunda Parte: Cálculo da constante da mola
energia cinética Ec:
Escolheu-se 6 massas diferentes variando de 50g à
1 300g e calculou-se o peso em Newton (usando o
𝐸𝑐 = 𝑚𝑣 2 (6) valor de g = 9,8m/s². Depois abriu-se a pasta Physics
2
with Vernier do Logger pro o arquivo “17b Energy
A mola pode manter uma energia potencial elástica in SHM”. Feito isso começou a coleta de dados,
(Epe), definida como: sempre repousando a mola e adicionando uma massa
de 50, onde todos os resultados foram anotados em
1
𝐸𝑃𝐸 = 𝑘𝑦 2 (7) uma tabela.
2

onde k é a constante elástica da mola e y é a extensão


ou compressão da mola medida a partir de sua 2.4 Terceira Parte: Energia do Movimento
posição de equilíbrio [3]. harmônico simples
Suspendeu-se uma massa de 100g e abriu-se a pasta
O sistema massa-mola também tem energia Physics with Vernier do Logger pro o arquivo “17c
potencial gravitacional, dada pela seguinte Energy in SHM”. Adotou-se a constante elástica da
expressão: mola obtida na segunda parte da prática e com o peso
preso a mola e em repouso, iniciou-se as medidas,
𝐸𝑃𝐺 = 𝑚𝑔𝑦 (8) erguendo poucos centímetros a mola e depois
liberando-a para análise das energias. Os resultados
foram anotados em uma tabela.
2. Procedimento Experimental
2.1 Materiais

Neste trabalho os seguintes materiais foram


utilizados:
• Computador com Windows;
• Trena para medição;
• Tripés;
• Detector de movimento Vernier;
• Massas de 50g à 300g; Figura 1: Energia do movimento harmônico simples

• Mola; Fonte: Autor próprio

• Castanhas;
• Barras de aço; 3 Resultados e discussões
3.1 Primeira parte

2.2 Primeira Parte: Movimento Harmônico De início, utilizando a massa de 300g e as formulas
Simples (2) e (5) para calcular as frequências e as constantes
Prendeu-se a mola a uma barra horizontal conectada de fase, obtemos os seguintes resultados obtidos na
a um anel e segurou-se a massa a partir do final da tabela N°1. Logo em seguida com uma massa de 200
mola. Depois colocou-se o detector de movimento g realizou-se o mesmo processo obtendo os
abaixo da massa a uma distância que pudesse obter resultados da tabela N°2, comparando as tabelas,
um gráfico livre de interferências junto com a cesta nota-se uma relação da massa com o período e com
de proteção sobre o detector. Já no computador, a frequência, apresentando variações ao se mudar a
conectado com o detector, abriu-se a pasta Physics massa. Em relação a frequência podemos verificar na
with Vernier do Logger pro o arquivo “15 Simples formula (5) que a amplitude não interfere no valor da
Harmonic Motion”. A partir daí realizou-se as frequência.
medidas e os valores obtidos foram anotados em uma
tabela.

2
Tabela 1: Primeira Parte

Tabela 2: Segunda Parte

Com os dados coletados pelo software, foi possível


traçar os gráficos (1) e (2) onde o tempo está em
função da velocidade e da posição respectivamente,
sendo a relação com o tempo crescente em ambos os
casos.

Gráfico 2: Posição x Tempo

Com os dados obtidos no software, podemos notar


uma pequena variação entre os valores
experimentais e os valores da função senoidal,
apresentando uma grande diferença na constante de
Gráfico 1: Velocidade x Tempo fase, isso se dá pela falta de calibragem de
equipamentos e erros na realização do procedimento
prático.

Ao se analisar a amplitude (A), temos que ao se


duplicar a amplitude o período não muda pois se
apresenta relação direta na formula (4), já a energia

3
total quadriplica e a velocidade total e a aceleração variações ocasionadas pelo erro na realização da
duplicam. prática.

3.2 Segunda Parte Conclusão


Com 6 diferentes massas realizou-se o gráfico do Com o fim da pratica conseguimos entender mais
peso aplicado contra a distância apresentado no sobre o Movimento Harmônico Simples e energia do
gráfico (3). MHS, em relação a suas principais características
teóricas e práticas, aprendemos assim as principais
equações que descrevem o movimento onde
chegamos a uma relação direta entre o período,
frequência e velocidade angular que dependem da
massa. Já na parte da energia do MHS, percebemos
que o sistema possui energia cinética, potencial
gravitacional e elástica, onde a cinética é
inversamente proporcional à potencial. Os
resultados obtidos foram bem positivos e dentro da
margem de erro relacionado ao teórico. Assim
podemos dizer que os objetivos foram realizados.
Gráfico 3: Deslocamento x Força

O sinal negativo no ajuste linear está associado ao Referencias


sentido da força elástica, que é sempre o contrário da
variação do deslocamento da mola, se a variação for [1] Marechal BM, Paiva TC. Fisica 2B. 2a ed.
negativa o sinal da força será positivo, assim a Vol. 1. Rio de Janeiro: CECIERJ; 2010. 223 p.
constante da mola vai ser igual a 6,965 N/m, assim a [2] Gil da Costa Marques. Dinâmica do Movimento
lei de Hooke é válida para forças menores que um dos Corpos [Internet]. São Paulo: Univesp;
valor limite que depende da elasticidade da mola, Movimento Harmônico Simples (MHS); [acessado
caso o ponto limite seja ultrapassado as deformações em 29/08/2022]; p. 28. Disponível
são irreversíveis ficando definitivamente deformada. em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0002/impressos/
plc0002_11.pdf
3.3 Terceira Parte [3] Apostila de Física experimental II - elaborada
pela Profa. Maria Leticia Vega - 2022
Com a massa de 200g podemos ver no gráfico (4)
uma análise das energias cinética e potencial, onde a
energia mecânica durante todo o processo se mantem
constante independente do tempo, assim parte da
energia mecânica ao decorrer do processo se
armazena no elemento elástico (energia potencial) e
parte se armazena no elemento de inércia (energia
cinética). Assim quando massa atinge a amplitude
máxima toda a energia está na forma de energia
potencial e quando a mola está na posição 0 toda a
energia está na forma cinética.

Gráfico 4: Energia Cinética e Energia Potencial

Assim o gráfico (4) mostra um comportamento


próximo ao apresentado na literatura onde as
energias cinéticas e potenciais são inversamente
proporcionais mostrando somente pequenas

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