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Relatorios oscilações livres

Física Experimental
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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Oscilações Livres

José Lucas costa


José Rafael da Silva
Júlia Silvestre
Sérgio Roberto Chaves Leal Júnior
Departamento de Física - Universidade federal de Pernambuco
Cidade Universitária - Recife - PE - Brasil

Resumo. O seguinte trabalho tem como objetivo verificar a constante de deformação de uma mola
helicoidal por meio de dois métodos distintos, um através da avaliação do alongamento gerado por
uma mola ao ser submetida por um conjunto de pesos distintos e outro método pela avaliação do
tempo de oscilação de uma mola ao ser submetido ao mesmo conjunto de pesos do método anterior.

Palavras chave: Oscilações, Constante elástica, Molas, Arruelas

Estas equações demonstram que o movimento


Introdução simples harmônico é isócrono (o período e a frequência
são independentes da amplitude e da fase inicial do
O Movimento Harmônico Simples (MHS) é o
movimento). É possível também determinar outras
movimento periódico onde um corpo descreve uma
grandezas, como velocidade e aceleração, a partir da
trajetória e a partir de um certo tempo (denominado
relação entre o Movimento Harmônico Simples e o
período) começa a repetir essa trajetória. [1]
Movimento Circular [3]
Para qualquer MHS, quando o sistema é deslocado
O presente relatório objetivará a determinação da
de sua posição de equilíbrio, uma força restauradora
constante elástica utilizando dois métodos diferentes: a
tende a restaurar o sistema para esse equilíbrio [2]. A
determinação estática, utilizando a força aplicada à mola
equação para o MHS é obtida a partir da Lei de Hooke e
e sua alongação e a determinação dinâmica, medindo o
da 2ª lei de Newton.
período de oscilação do sistema massa-mola e aplicando
Um exemplo de oscilador harmônico simples é o de
a relação entre o período e a constante elástica.
um ponto material com massa M preso a uma mola de
constante elástica k, onde a equação que descreve a
Materiais utilizados:
deformação y é dada por:
- 1 Mola helicoidal
y(t) = A cos ( ω0 + ϕ)
- 10 arruelas
- 1 Clipe
Onde A (amplitude), ω0 (frequência angular) e ϕ
- 1 Régua
(constante da fase) são constantes.
- 1 Cronômetro
Analisando o sistema é observado que a força
- 1 Balança de precisão
resultante provém da diferença entre a força elástica da
mola em sua nova posição e a força gravitacional. O
movimento pode então ser comparado a um movimento Procedimento experimental
circular, onde a força resultante é a força centrípeta [2].
Parte 1 (Determinação estática)
Considerando um sistema massa-mola que obedeça à
- Medir sobre a bancada o comprimento (L) da
Lei de Hooke, supondo que a resultante das forças que
mola em repouso utilizando a régua.
atuam é a força restauradora da mola e tomando o raio
- Pesar na balança de precisão 5 Arruelas para
como se fosse o deslocamento Y sofrido pelo sistema,
determinar posteriormente sua massa unitária.
encontramos [1]:
- Prender a parte superior da mola á régua e a
FC= - mω²Y
inferior ao clipe
Fe = - kY
- Posicionar o conjunto de arruelas no clipe e
Logo,
medir a deformação causada por cada um dos
- mω²Y = - kY
conjuntos, sendo os conjuntos: 2, 4, 6, 8 e 10
ω=
arruelas.
T = 2Π

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- Realizar o procedimento tanto com a mola A Com esses dados, foi realizado um gráfico (gráfico 1
quanto com a mola B. em anexo) em papel milimetrado da força F (dyn)
- Com os dados obtidos construir um gráfico versus o alongamento X (cm) e a partir desses
relacionando o alongamento evidenciado nas resultados foi utilizado o método dos mínimos
molas com o peso das arruelas. quadrados para fazer o ajuste linear aos pontos obtidos
experimentalmente. A equação da reta que melhor
Parte 2 (Determinação dinâmica) definiu o processo foi Y = 23139,15X - 2307,70
- Montar o sistema massa-mola e colocá-lo para obtendo então a constante k da mola A = 23139,15
oscilar utilizando a mola B. dyn/cm. Não foi notado diferença significativa ao
- Medir com o uso do cronômetro o tempo de 3 comparar com o k calculado antes do método dos
oscilações. mínimos quadrados, aplicando a fórmula direta F = kX.
- Repetir a medição do tempo de 3 oscilações 5
vezes para cada conjunto de arruelas, sendo os Realizamos o mesmo procedimento para a mola B
conjuntos: 2, 4, 6, 8 e 10 arruelas. obtendo uma constante Kb=16898,31 dyn/cm e para a
- Realizar o procedimento tanto com a mola A junção da mola A + B obtendo uma constante
quanto com a mola B. Kab=10015,93 dyn/cm. Obtendo os gráficos 2 e 3 em
- Com os dados obtidos construir uma tabela anexo e os resultados tabelados abaixo:
com o período de oscilação médio, o desvio
padrão, o desvio padrão da média e o
resultados da medida tanto com o uso da mola
A quanto com o uso da mola B.
- Construir um gráfico no papel Log-Log de
Tm(s) em função de m(Kg).

Parte 3 (Determinação estática e dinâmica)


- Realizar novamente os procedimentos da parte
1 e da parte 2 deste relatório, sendo que com a
mola A e B unidas entre si.

Resultados e Discussão

Determinação Estática de K
Inicialmente, a mola A em estado de repouso teve Fica claro com a apresentação dos dados de que o
seu comprimento medido em 6,0 ± 0,05 cm. Ao colocar conjunto da mola A+B tem uma maior elasticidade que
o clip, houve um pequeno alongamento na mola de 0,1 a mola B que por sua vez tem uma elasticidade maior
cm e comprimento final foi 6,1 ± 0,05 cm. que a mola A, ou seja, (Kab < Kb <Ka).
Os dados obtidos e suas respectivas incertezas
foram organizados na tabela 1 a seguir. Para calcular o Determinação Dinâmica de K
módulo do peso dos corpos foi usado g = 9,78 m/s²: Nesta etapa do experimento, o experimentador
perturba a mola, colocando-a para oscilar; e foi
observado algumas oscilações para se ambientar quanto
ao comportamento oscilatório da mola. Um erro
aleatório sempre existirá, tendo em vista que haverá um
tempo de reação do observador para parar o cronômetro.
Para diminuir a influência do erro aleatório produzido
durante os ensaios, é necessário adquirir tratamento
estatístico. Foi repetido a medida de t 5 vezes de 3
oscilações da mola. O ponto da mola utilizada com
referência para o início da oscilação, foi o ponto de
O alongamento da mola não segue uma tendência
velocidade mínima, ou seja, o deslocamento máximo,
estatística, visto que é inversamente proporcional a sua
uma vez que é mais fácil a sua visualização.
constante elástica, dependente da natureza do material
Os dados obtidos e suas respectivas incertezas foram
de fabricação da mola e de suas dimensões; e da
organizados na tabela 4, 5 e 6 a seguir:
quantidade de arruelas que se prendia ao clipe.
Reprodutividade de medidas acarretaria em erros
sistemáticos.

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Com os dados pôde-se observar um maior tempo de
3 oscilações no sistema massa-mola A+B, sendo ele
maior que o tempo do sistema massa-mola B que foi
maior que o tempo do sistema massa-mola A.
Com esses valores, foram calculados o desvio Diferentemente do esperado o desvio padrão do sistema
padrão e os desvios padrão da média. E, com base nas de massa-mola B foi maior do que o desvio padrão do
propriedades estatísticas e na incerteza instrumental δ, o sistema massa-mola A+B, dado a maior divergência que
período de oscilação médio TM encontrado pelo método o conjunto de dados B tem a mais que o conjunto A.
de medir 3 oscilações consecutivas é expressa na tabela De maneira geral os últimos resultados de cada
7 abaixo. A expressão para a incerteza de TM para cada medição das 3 oscilações do sistema massa-mola
quantidade de arruelas é dada como função do erro apresentaram menores desvio padrão que está associado
estatístico apropriado (σTM) e da incerteza instrumental a tentativa de realizar a prática com cada vez mais
δ: precisão.
Com os dados, foi construído outro gráfico (gráfico
δ TM = (δ /3)2 + (σTM /3) 2 [s] 4 em anexo), desta vez um gráfico Log-Log, de Tm(s)
em função de m (kg), evidenciando um comportamento
O desvio padrão da média, σTM, é usado para linear através do método dos mínimos quadrados.
composição da incerteza, pois retrata a acurácia do Com base no logaritmo do conjunto de dados e
experimento e numa análise estatística a média do 𝑛
desvio padrão é o preterido. Os resultados obtidos para o levando em consideração a fórmula Tm = C𝑚
tempo de uma oscilação (TM=t/3) foram organizados calculou-se então os valores de C e n sendo eles: C =
nas tabelas tabela 7, 8 e 9 abaixo: 0,72 , n = 0,4. O valor de n portanto diferiu não
significamente de seu valor teórico, que seria de 0,5.
Utilizando o método gráfico, ajustes foram
feitos no valor de T e considerando a expressão T = 2π
(m/k)1/2, foi determinado o valor da constante k da mola,
onde o resultado foi de 4,97 N/m para a Mola A. Como
pode-se inferir, devido ao erro percentual do valor de n
determinado ser relativamente alto, acarretando assim,
numa diferença considerável no valor da constante k ao
comparar os dois métodos. Para as molas B e A+B
obteve-se: Kb = 4,57 N/m , Kab = 2,46 N/m.

Conclusão

Os resultados obtidos pelos dois métodos foram


bastante discordantes, havendo uma diferença

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considerável nos 3 conjuntos. Tal diferença pode ser
atribuída à dificuldade na medição do período devido ao
intervalo de tempo ser bastante pequeno para a reação
humana ser precisa.
Imagina-se que com um número maior de
arruelas e por consequência uma força maior aplicada à
mola seja mais seguro de fazer tais medições e portanto
os resultados possam se corresponder melhor.

Referências

[1] SILVA, Romero Tavares. Oscilações.


Disponível em:
<http://www.fisica.ufpb.br/~romero/pdf/16_oscilacoesVI
.pdf>. Acesso em 25 de abril de 2019
[2] WIKIPEDIA. Movimento harmônico
simples. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_harm%C3%
B4nico_simples>. Acesso em 25 de abril de 2019
[3]UFRJ. Oscilações. Disponível em
<http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/oscila/oscilacoes.html
>. Acesso em 25 de abril de 2019.

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