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DEPARTAMENTO DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL 1
SÃO LUIS – MA
2022
Introdução
A lei de Hooke estabelece que, quando uma mola é deformada por alguma força
externa, uma força elástica restauradora passa a ser exercida na mesma direção e no
sentido oposto à força externa. Essa força elástica, por sua vez, é variável e depende
do tamanho da deformação que é sofrida pela mola.[1]
De acordo com a lei de Hooke, quando uma força é aplicada sobre uma mola, ela é
capaz de deformar a mola, consequentemente, a mola produz uma força contrária à
força externa, chamada de força elástica. Essa força torna-se maior de acordo com a
deformação da mola.
Essa é a equação matemática usada para determinar o sentido e calcular o módulo
da força elástica que é produzida por molas caso elas estejam comprimidas ou
esticadas:
(1) Fel = -K•X
Fel – força elástica (N)
Materiais e métodos
Software com a sistematização complementa e personalizável de um sistema com
molas, nele eram apresentadas: Pinça para controlar a força aplicada; Molas em
série ou paralelo; Controle para a deformação da mola; Ajuste para a rigidez da
mola; Alteradores de espessura da mola e quadros que mostravam de forma
automática todas as informações gráficas e numéricas do sistema.
Dentro do software, foram feitas uma série de observações de acordo com o
material de pré laboratório para analisar o comportamento do sistema de molas.
Primeiramente:
1. Colocou-se dois sistemas de molas A e B, independentes um do outro e com
constantes elásticas k1=100N e k2=1000N respectivamente, em seguida aplicou-
se a mesma força para puxar cada mola e observou-se suas deformidades.
2. Procurou-se calcular o valor da constante elástica necessária para, com uma
força de 100N puxando uma mola, causar uma deformidade de 0,2 metros. Para
isso, utilizou-se a equação 1 e verificou-se o resultado no software.
3. Procurou-se calcular o valor da constante elástica necessária para, dessa vez
com uma força de 82N puxando uma mola, causar uma deformidade de 0,205
metros. Para isso, utilizou-se a equação 1 e verificou-se o resultado no software.
4. Colocou-se duas molas de constante elástica k = 600N em paralelo e, usando a
equação 4, determinou-se e verificou-se a constante resultante do sistema.
5. Colocou-se duas molas de constante elástica k = 200N em paralelo, e aplicou-se
uma força de 100N as puxando, em seguida, utilizando a equação 5, verificou-se
qual o valor da deformação das molas.
6. Colocou-se duas molas de constante elástica k1 = 600N e k2 = 200N em série, e
determinou-se e verificou-se o valor da constante resultante do sistema formado
por elas utilizando a equação 6.
7. Colocou-se duas molas de constante elástica k1 = 200N e k2 = 600N em série e
aplicou-se uma força de 100N as puxando, em seguida, determinou-se e
verificou-se o valor da deformação do sistema formado por elas utilizando a
equação 7.
Resultados e discussões
1. Verificou-se que a deformidade da mola A foi 10 vezes maior que a da mola B
2. Utilizando a equação 1, temos:
Fel = K • X
100N = K • 0,2m
K = 100N / 0,2m
K = 500 N/m
Esse é o valor que a constante elástica que a mola precisa ter para, com uma
força de 100N a puxando, ter essa deformidade.
3. Utilizando novamente a equação 1, temos:
82N = K • 0,205m
K = 400N/m
Esse é o valor que a constante elástica que a mola precisa ter para, com uma
força de 82N a puxando, ter essa deformidade.
4. Utilizando a equação 2 temos:
Keq = K1 + K2
Keq = 600N/m + 600N/m
Keq = 1200 N/m
Devido as limitações apresentadas pelo software, de possuir um limite para a
constante elástica de 1000 N/m, não foi possível verificar se esse valor está
correto.
5. Utilizando a equação 3, temos:
F = Ke • X
Para molas em paralelo, a Keq = K1 + K2, logo:
100N = (200+200)N/m • X
X = 100N/400N/m
X = 0,250m
Essa é a distância em que a mola se deformará.
6. Utilizando a equação 4, temos:
1/ Keq = 1/K1 + 1/K2
1/Keq = 1/600 + 1/200
Keq = 150N/m
7. Utilizando a equação 5, temos:
F = Keq • X
Para molas em série, 1/Keq = 1/K1 + 1/K2, então primeiramente:
1/Ke = 1/600 + 1/200 = 150N/m, com isso, substituindo na equação 4:
100N = 150N/m • X
X = 0,667 m
Essa é a distância que a mola se deformará.
Conclusões
Em suma, foi possível compreender muito bem os fundamentos que regem a
Lei de Hooke, sendo possível explicar todas as relações entre força aplicada,
força da mola, constante da mola e deslocamento utilizando uma única fórmula.
Também foi possível entender como a maneira como as mola são associadas,
seja em série ou paralelo, afetam a constante e as forças da mola, além de
também prever como a energia potencial armazenada afeta a constante da
mola e o seu deslocamento. Com todos os objetivos concluídos o experimento
foi finalizado com sucesso.
Referências
[1] Brasilescola, Lei de Hooke, Disponível em:
https://www.google.com/amp/s/brasilescola.uol.com.br/amp/fisica/lei-de-
hooke.htm. Acesso em 29 de novembro de 2022.
[2] Físicavestibular, Associação de Molas, Disponível em:
https://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/mhs/associacao-de-
molas/. Acesso em 29de novembro de 2022.
[3] Phet, Software utilizado, Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/hookes-law/latest/hookes-law_pt_BR.html.