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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE – CCTS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LUCAS MICAEL DE LIMA GOUVEIA


NATHAN SILVA CUNHA

EXPERIMENTO DE OSCILADOR MASSA-MOLA

ARARUNA - PB
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................
2 OBJETIVOS...........................................................................................................
2.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................
4 METODOLOGIA..................................................................................................
4.1 MATERIAIS UTILIZADOS.................................................................................

4.2 PROCEDIMENTOS..............................................................................................

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................
6 CONCLUSÃO........................................................................................................
REFERÊNCIAS......................................................................................................................
ANEXOS 11
INTRODUÇÃO

Diversos fenômenos físicos na natureza podem ser representados por sistemas


mecânicos oscilantes harmônicos. De acordo com Resnick e Halliday, um oscilador
harmônico é um sistema dinâmico que executa movimentos periódicos, seguindo a
mesma trajetória para frente e para trás (Resnick; Halliday, 1984). Esses fenômenos
aparecem em várias áreas da física, como na mecânica, onde encontramos pêndulos e
sistemas massa-mola; na mecânica ondulatória, temos as vibrações de instrumentos
musicais e diapasões; e no eletromagnetismo, as oscilações da corrente em circuitos
elétricos. Na vida real, esses sistemas estão sujeitos a forças amortecedoras, o que causa
uma diminuição gradual das amplitudes e da energia mecânica ao longo do tempo.
Segundo Landau e Lifchitz, em situações reais, esses movimentos cessam após um
tempo finito devido a forças dissipativas de energia (Landau e Lifchitz, 2004).
O sistema massa-mola é um exemplo de oscilador harmônico simples, composto
por uma massa m presa a uma extremidade de uma mola de constante elástica K.
Quando comprimida ou esticada, a mola exerce uma força no bloco, puxando-o sempre
de volta para a posição de equilíbrio (Nussenzveig, 2002). A lei de Hooke, que descreve
a relação linear entre a força aplicada em um sistema e sua elongação (deformação), é
frequentemente verificada em experimentos de Física Geral e Experimental 2. O
equipamento comumente usado nesses experimentos consiste em uma mola espiral e
massas aferidas.
Embora a medição de uma grandeza física por meio de instrumentos de medida e
métodos reprodutíveis seja uma tentativa de obter a melhor aproximação possível para o
valor real, existem vários fatores intrínsecos ao processo de medição que podem
interferir nos resultados. Erros do operador, erros instrumentais e erros aleatórios são
exemplos desses fatores.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

O objetivo principal do experimento foi determinar a força restauradora que


varia de acordo com a elongação da mola e compreender o funcionamento de um
oscilador massa-mola. O experimento visou analisar o comportamento estático e
dinâmico da mola ao ser submetida a uma força, especialmente quando há uma pequena
deformação, e verificar se o movimento pode ser descrito pela Lei de Hooke. Observou-
se que a elongação da mola aumenta proporcionalmente à massa aplicada, embora a
mola retorne à sua forma inicial com uma deformação mínima.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Determinar o período de oscilação de um sistema massa-mola;


 Analisar o comportamento estático e dinâmico de um sistema massa-mola
suspenso;

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Existem dois tipos básicos de sistemas massa-mola que podem ser descritos: o
horizontal e o vertical. No experimento realizado, foi utilizado um oscilador de massa-
mola vertical, que consiste em uma mola de constante K presa verticalmente a um
suporte, e um bloco de massa m suspenso na outra extremidade da mola. Esse sistema
se aproxima das condições ideais de um oscilador massa-mola, e foi estudado em um
ambiente que não apresenta resistência ao movimento do sistema.
O oscilador de massa-mola é formado por um corpo de massa M e uma mola de
constante K. Quando a mola é comprimida ou esticada e, em seguida, liberada, o corpo
começa a realizar um movimento unidimensional de vai e vem, que é direcionado pela
força restauradora. Durante o movimento, o corpo sofre uma deformação x.

F el=−kx

Quando um objeto é submetido a uma força elástica, seu movimento é


denominado como movimento harmônico simples, que apresenta a característica de ser
periódico. Isso acontece porque a partícula retorna a uma determinada posição em
intervalos de tempo iguais, desde que não haja atrito. Esse intervalo de tempo é
conhecido como período. Por exemplo, ao observar o movimento da partícula, é
possível notar que ela passa pelo centro em uma mesma direção em intervalos regulares,
que correspondem ao período de tempo. O período está relacionado com a massa e a
constante elástica, e é determinado pela seguinte fórmula:

m
T =2 π √
k

A variável "m" representa a massa da partícula, e é possível determinar o valor


da constante elástica "k" a partir do período do movimento harmônico simples. Devido
à natureza elástica da força, a partícula se afasta da posição de origem até atingir uma
determinada distância máxima, chamada de amplitude, para depois retornar. Observa-se
que a velocidade é baixa nos pontos em que o deslocamento é maior, e vice-versa. Por
exemplo, na origem (quando o deslocamento é igual a zero, ou x = 0), a velocidade é
máxima, enquanto que quando a partícula alcança sua amplitude, sua velocidade é nula,
ou seja, ela momentaneamente para.
METODOLOGIA

MATERIAIS UTILIZADOS

 Suporte vertical
 Massas
 Mola
 Régua milimetrada
 Cronômetro

PROCEDIMENTOS

Montar o equipamento conforme a figura abaixo:


Para realizar o experimento, é necessário suspender um suporte para massas em uma
mola flexível que se alongue facilmente, pendurando a mola em um suporte vertical.
Em seguida, deve-se medir e registrar o comprimento inicial da mola, denotado por L
(cm). Após pendurar o suporte para massas na mola, é necessário selecionar cinco
cargas de pesos distintos, conforme indicado na Tabela 1. Para cada carga adicionada ao
suporte, deve-se medir o comprimento da mola L e o consequente alongamento x em
centímetros. Após obter os valores de L e x para cada carga adicionada ao suporte na
mola, é preciso representar esses dados em um plano coordenado e construir o gráfico
de F em função de x. A partir desse gráfico, é possível verificar se a mola obedece à Lei
de Hooke, ou seja, se a função é linear. Se a função for linear, é possível determinar a
constante elástica da mola.
A partir da equação (2) e com o valor da constante elástica (k) obtido para a mola, é
possível determinar o período de oscilação teórico T 0 para o sistema massa-mola. Em
seguida, deve-se retornar o sistema à sua configuração inicial com dois anéis no suporte
para massas preso à mola e medir o tempo necessário para que ocorram 10 oscilações.
Esse procedimento deve ser repetido mais duas vezes e os valores devem ser registrados
na tabela 3. O período de oscilação médio T media obtido experimentalmente pode ser
calculado a partir desses valores. É importante comparar esse valor com o estimado
teoricamente e discutir os possíveis erros que podem ter influenciado nas medições.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para inicio, temos que segundo Isaac Newton, F = mg, para os devidos afins de
cálculos, o parâmetro que mede a aceleração da grávidade foi usado prlo valor
considerado: g= 9,81 m/s2.
Para a massa, as arruelas foram medidas juntas, que nos deu um peso de 58g, como
foram utilizadas 10 para o experimento, cada uma tinha sua massa equivalente: Meq =
5,8g.

Tabela 1 Dados do Experimento

Nº Meq X (cm) F (N)


(Kg)
2 0,011 3,9 0,11
4 0,023 7,5 0,23
6 0,034 11,3 0,33
8 0,046 15 0,45
10 0,058 18,6 0,57

Com os valores da Tabela 1, podemos usar da manipulação de fórmulas para


calcular a nossa constante K, que é a constante elástica da mola usada no devido
experimênto.
F
Para o cálculo da nossa constante, podemos usar: K=
x
Com isso, foi obtido os seguintes resultados da constante elástica:

Tabela 2 Constante elástica

K
Nº (N/cm)
2 0,0277
4 0,0301
6 0,0295
8 0,0301
10 0,0306
Média: 0,0296

Com isso, temos que nossa constante elástica é dada por: K = 0,0296 N/cm
A partir desses resultados também foi obtido o gráfico da Força: F(N), pelo respectivo
elongamento da nossa mola:
0.60

0.50

0.40
FORÇA (N)

0.30

0.20

0.10

0.00
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
ELONGAMENTO X

Fonte: Própria

Bom, gráficamente pode-se dizer que os resultados obtidos experimentalmente


são de fato aceitáveis, pois obedecendo ao que diz a Lei de Hooke, o sentido deve ser
linear descrito por uma reta.
Com todos os parâmetros e resultados já obtidos no experimento, podemos agora
calcular o T0, este que seria o periodo que teoricamente deveria acontecer as oscilações
a partir da constante elástica estabelecida, sendo a mesma K = 0,0296 N/cm, temos que
para cada massa:

T =2 π
√ m
k
T 1=2 π
√ 0,011
0,0296
=3 , 83 s

T 2=2 π
√ 0,023
0,0296
=5 ,54 s

T 3=2 π
√ 0,034
0,0296
=6 , 73 s

T 4=2 π
√ 0,046
0,0296
=7 , 83 s

T 5=2 π
√ 0,058
0,0296
=8 , 79 s

Com isso obtemos os seguintes resultados:


Tabela 3 Resultados do periodo de oscilações

Desvio Padrão
Nº T0 (s) T1(s) T2 (s) T3 (s) T (s) (±)
2 3,83 4,23 4,18 4,16 4,19 0,03
4 5,54 5,73 5,7 5,79 5,74 0,04
6 6,73 6,97 6,91 6,9 6,93 0,03
8 7,83 8,11 8,03 8,06 8,07 0,03
10 8,79 8,96 8,92 8,83 8,90 0,05

Temos com isso que o tempo medido experimentalmente foi um pouco maior
que o esperado teóricamente, mas com o desvio padrão calculado para as medições,
temos que nosso resultado pode se aproximar do estabelecido teoricamente.

CONCLUSÃO

Podemos concluir que o experimento realizado com o sistema massa-mola


permitiu a determinação da constante k da mola, confirmando a teoria que estabelece a
relação entre o período de oscilação, a massa e a constante da mola. O resultado obtido
no laboratório está em concordância com os conceitos estudados em Física
Experimental II. É satisfatório notar que os valores experimentais apresentaram uma
diferença de erro em relação aos cálculos teóricos e gráficos, o que reforça a precisão
do experimento. Podemos observar que a Lei de Hooke descreve o comportamento
estático de uma mola para pequenas deformações, enquanto o período da oscilação é
independente da amplitude. Quando um sistema em equilíbrio estável é afastado dessa
posição, ele passa a realizar um movimento periódico e oscilatório em torno da sua
posição de equilíbrio, chamado Movimento Harmônico Simples (MHS). Caso não
existisse força, o sistema dissiparia e a mola, sem a adição das massas, retornaria à sua
forma e comprimento inicial.

REFERENCIAS
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; E. WALKER, J. Fundamentos da Física:
Mecânica. V. 1. 4a.Ed.- Rio de Janeiro: Livros Tecnicos e Cientificos.pp.138-139,
1996.

ANEXOS

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