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I.

INTRODUÇÃO

O presente relatório descreve a prática de laboratorial sobre o estudo das


oscilações mecânicas num sistema corpo–mola. O experimento baseou-se nas
associações de molas, na primeira usou-se a associação em série e a segunda em
paralelo onde em cada procedimento aplicou-se diferentes pesos para podermos calcular
o alongamento em cada peso, a força elástica e a sua constante elástica.

Um dos experimentos mais tradicionais empregados em aulas da disciplina de


física geral e experimental é aquela que verifica a relação linear entre a força aplicada
em um sistema e sua elongação (deformação), ou seja, a lei de Hooke. O equipamento
convencional muito empregado para a realização deste experimento constitui-se,
basicamente, de uma mola de aço e massas padrões aferidas. Assim, propomos
apresentar um estudo baseado numa montagem real que descreve suscitamente a Lei de
Hooke através de dados experimentais obtidos por meio de um gráfico linear que
ilustrará o comportamento da constante elástica do sistema na região empírica
trabalhada. Essa forma de apresentação se justifica na medida em que, havendo uma
menor flutuação da constante elástica para cada massa, haverá diretamente uma relação
linear entre a elongação e a respectiva força aplicada, para a verificação da lei de Hooke
durante essa avaliação, mostraremos a necessidade de se trabalhar numa faixa mais
conveniente de dado experimental (massas) para cada equipamento, a fim de que a lei
de Hooke possa ser adequadamente observada, conforme mencionamos. O objectivo
desse trabalho é verificar a lei de Hooke, e determinação da constante elástica de uma
mola. (BONJORNO, REGINA, et al., 1999)

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II OBJECTIVOS
Determinar a Constante Elástica da mola no equilíbrio mecânico, para diversas
configurações (mola simples, duas molas acopladas em série e duas molas acopladas em
paralelo).

Determinar a Constante Elástica da mola através da medição dos períodos das


oscilações do sistema Mola-Corpo.

III. PARTE EXPERIMENTAL

III.1. MATERIAIS

Duas molas Suporte


Corpo de diferentes massas 20, 60, 80 e 100 g Fita métrica
Garras metálicas Fio inestensível
Interface cobra 3 Régua (mm)
Computador

III.2. ESQUEMA DO EQUIPAMENTO

Figura 1. Montagem do equipamento.

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III.3 PROCEDIMENTO

Parte 1: Acoplamento de Molas. Determinação da constante através da


elongação da mola, no equilíbrio (Lei de Hook).

1, Acoplar duas molas flexíveis em série. Fazer os mesmos procedimentos


(de 1 à 3, da parte 1) com as massas descritas (ver na tabela 1).

2. Acoplar duas molas flexíveis em paralelo. Fazer os mesmos


procedimentos (de 1 à 3, da parte 1) com as massas descritas (ver na tabela 2).

Parte 2: Determinação da constante através do período das oscilações


harmónicas usando a Interface Cobra 3.

1. Verificar a ligação do sensor de movimento (barreira óptica), com a


interface Cobra 3, e desta com o PC. Assegurar-se que o sistema está montado
conforme a figura 1, sendo que o sensor de movimento deve inicialmente estar no meio
do fio que liga a mola aos pesos. Colocar um peso. A inclinação da mola é necessária
para aumentar o atrito na roldana do sensor de movimento.

2. Abrir o programa, configurar as medições de acordo com a figura 2.

Figura 2. Parâmetros de Medição.

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Figura 3. Resultado da medição típica

3. Desviar o corpo da posição de equilíbrio, puxando para baixo em pelo menos metade
da parte superior do fio. Soltar o corpo, e imediatamente dar o clique para iniciar
medições.

4. Após aproximadamente 7 segundos, dar o clique em parar medições. O programa vai


mostrar o gráfico das oscilações da velocidade e da aceleração. O resultando vai
aparecer conforma a figura 4.

Figura 4. Resultados da Medição.

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Figura 5. Análise da Curva.

5. Clicar em “curve analysis”, e na caixa de diálogo que abrir (Figura 5), seleccionar a
opção “Visulize Results”. O gráfico vai mostrar todos os máximos e mínimos, e o
instante de tempo em que os mesmos ocorreram. Escolher 2 máximos não consecutivos,
e calcular o período através da diferença dos tempos, divididas pelo número de ciclos do
intervalo escolhido.

6. Com o período obtido, e com o valor da massa, calcular a constante elástica da mola.

IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Todos os corpos sob ação de uma força de tração ou de compressão deformam-
se, uns mais, outros menos. Ao aplicarmos uma força em uma mola helicoidal, ao longo
de seu eixo, ela será alongada ou comprimida. Se, ao cessar a atuação da força externa,
a mola recuperar a sua forma e tamanho originais, diz-se que a deformação é elástica.
Em geral, existem limites de força a partir dos quais acontece uma deformação
permanente, sendo denominada região de deformação plástica. Dentro do limite elástico
há uma relação linear entre a força externa aplicada e a deformação. É o caso de uma
mola helicoidal pendurada por uma de suas extremidades enquanto que a outra sustenta
um corpo de massa m, provocando uma elongação x na mola. Na presente situação
considera-se que a massa da mola seja muito menor do que a massa presa a sua
extremidade, ou seja, a massa da mola será desprezável, comparada com m. Uma mola
ao sofrer deformações acumula energia potencial elástica. Esta energia possui uma força

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associada que é chamada força restauradora, ou força elástica, que é proporcional ao
deslocamento da posição de equilíbrio. (HALLIDAY, RESNICK, et al., 1996). Esta
força é dada por:

F  -kx (1)

Essa equação é descreve a lei de Hooke. No equilíbrio as únicas forças que


atuam são a força elástica, equação (1), e a força peso, equação (2) (RAMALHO,
NICOLAU e TOLEDO) .

P  m g (2)

Quando a massa é acoplada a mola, ela sofre uma deformação x, tal que as
únicas forças atuantes, equação (1) e (2), se igualam, resultando na seguinte relação:
m g  - k x (3). Se o corpo de massa m for deslocado de sua posição de equilíbrio, o
sistema massa mola irá sofrer uma oscilação.

V – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1: Acoplamento de duas molas flexíveis em série.

Nº 1 2 3 4 5 Média
m (kg) 0,020 0,040 0,060 0,080 0,010
y (m) 0,126 0,254 0,376 0,502 0,640
Fel=Fg ( N) 0,196 0,392 0,588 0,784 0,980
k (N/m) 1,556 1,543 1,563 1,561 1,531 1,551

Tabela 2: Acoplamento de duas molas flexíveis em paralelo.

Nº 1 2 3 4 5 Média

m (kg) 0,020 0,040 0,060 0,080 0,010


y (m) 0,034 0,060 0,093 0,120 0,163
FEL=FG ( N) 0,196 0,392 0,588 0,784 0,980
K (N/m) 5,764 6,533 6,322 6,533 6,012 6,233

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Tabela 3: determinação da constante através do período

Nº 1 2 3 Média
m (kg) 0,060 0,080 0,100
T (s) 0,925 1,025 1,150
K (N/m) 0,692 0,751 0,746 0,730

Figura 6. Representação gráfica da curva das molas em série.

Figura 7. Representação gráfica da curva das molas em paralelo.

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Figura8. Representação gráfica da curva de oscilções harmónicas.

Para a determinação da constante e do período das oscilações foram as


seguintes fórmulas:

Obs: A altura da mola apresentada nas tabelas é a média, repetida três vezes em cada
experimento.

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CONCLUSÃO

Neste relatório, apresentamos os resultados do estudo do comportamento de


um sistema massa-mola para a verificação da Lei de Hooke. De acordo com a Tabela 1
e Figura 2 o gráfico apresentado foi possível perceber que entre o deslocamento e a
massa existe uma relação linear e que essas grandezas são proporcionais. Alguns fatores
externos podem ter causado flutuação aos resultados, como o peso do suporte que
sustenta as massas a mola, que considera desprezível. Outro fator relevante é o tempo de
vida da mola usada, que por ser usada por vários estudantes, já podem ter alteração no
valor da constante elástica.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BONJORNO, J. et al. Física Fundamental. [S.l.]: FTD SA, v. Único, 1999.

 HALLIDAY et al. Gravitação, Ondas e termodinámica. 8ª. ed. [S.l.]: LTC, v.


2, 1996.

 RAMALHO; NICOLAU; TOLEDO. Os fundamentos da Física2. 9ª. ed. [S.l.]:


Moderna.

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