Você está na página 1de 10

Laboratório de Física II / Licenciatura em Física – Turma 4206 C

RELATÓRIO 5: MOLAS

Bianca Figueiredo de Souza Pinto, 221024018


Luigi muzareli da Cruz, 221021418
Karen Fernanda Pagnoni, 221020331

Prof.ª Giovana Collombaro Cardoso


Bauru
26/11/2022
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

➢ Conceito de Molas

De forma simples, para um corpo permanecer ou entrar em equilíbrio, o momento


linear e o momento angular em relação ao centro de massa devem ser constantes
(HALLIDAY e RESNICK, 2008). Isso implica que, através da relação da segunda Lei de
Newton para translações, as somas vetoriais das forças externas resultantes que agem sobre o
corpo e a soma vetorial dos torques externos resultantes que agem sobre o corpo, devem ser
nulas.

A força elástica é a reação de um corpo flexível a uma outra força aplicada sobre ela
para deformá-lo (esticá-lo ou comprimi-lo). Consequentemente, após a força parar de ser
aplicada, ele retorna ao seu comprimento original. A força elástica está relacionada com a lei
de Hooke, que é a razão entre a força elástica aplicada sobre um corpo e a deformação sofrida
devido a essa aplicação.

A Lei de Hooke é uma lei da física que determina a deformação sofrida por um corpo
elástico através de uma força. A teoria afirma que a distensão de um objeto elástico é
diretamente proporcional à força aplicada sobre ele. A lei é dada por:

𝐹𝑒𝑙 = − 𝐾𝑥 (01)

A Lei de Hooke expressa a relação de proporcionalidade entre força e deformação de


uma mola. A medida que define essa proporção é a dureza da mola, conhecida pelo nome de
constante elástica. É possível perceber a presença de um sinal negativo, que indica que a
força elástica apresenta sempre sentido oposto à deformação da mola. Se a mola estiver sendo
esticada, por exemplo, a deformação x será positiva, portanto a força elástica F será negativa.

➢ Associação de Molas.

Uma associação de molas é nada mais do que molas colocadas juntas para realizar
determinada tarefa. Quando as molas são colocadas de forma contínua, uma seguida da outra
é observada como uma associação em série. A soma de cada mola resulta na deformação
total, desta maneira, a força elástica é a mesma em cada mola. Quando relacionada a Lei de
Hooke, temos a seguinte equação (02):
𝐾1· 𝐾2 (02)
𝐾𝑒𝑞 = 𝐾1+ 𝐾2

Quando molas são dispostas paralelamente, a associação é paralela. De acordo com a


forma da associação, teremos uma ou outra dureza equivalente. Nessa associação a constante
elástica equivalente é dada pela soma das constantes elásticas das molas associadas, como
representado na equação (03) abaixo:

𝐾𝑒𝑞 = 𝐾1 + 𝐾2 (03)

➢ Movimento Harmônico Simples.

O Movimento Harmônico Simples (MHS) é um movimento periódico que acontece


exclusivamente em sistemas conservativos, ou seja, não há perda de energia. Ao analisarmos
o movimento harmônico simples, seu período é o menor tempo necessário para um corpo (ou
partícula) completar uma volta. Assim, o período independe da amplitude, ou seja, pode-se
dizer que ele depende apenas da massa m da partícula e da constante elástica da mola, como
representado nas fórmulas:

𝑚 (04)
𝑇 = 2π 𝐾

2 4π
2
(05)
𝑇 = 𝑘
𝑚

Tendo em vista todas as informações e embasamentos teóricos explicitados, o


experimento tratará do aspecto prático do estudo estático e do estudo dinâmico das molas.

2. OBJETIVOS

Para a primeira parte do experimento, estudar o comportamento estático de uma mola,


assim analisando a relação entre a força elástica (ou deformadora) e a própria deformação da
mola. Para a segunda parte do experimento, estudar o comportamento dinâmico de uma
mola,assim analisando como de fato ocorre um movimento harmônico simples como um
sistema massa-mola se comporta.
3. MATERIAIS E MÉTODOS

MATERIAIS
❖ 1 Escala Milimetrada (Régua);
❖ 1 Estrutura vertical com suporte capaz de pendurar objetos;
❖ 1 Cronômetro (UNILAB);
❖ 3 Molas (vermelha, preta e amarela);
❖ 1 Porta Massa;
❖ 5 massas de 50g (cada).

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O experimento foi dividido em duas partes: estudo estático e estudo dinâmico. O


estudo estático teve como intuito medir a deformação usando a escala milimetrada, a partir do
equilíbrio de forças. Já o estudo dinâmico teve como objetivo medir a constante elástica a
partir do tempo de oscilação da mola com diferentes massas. O estudo envolvendo as
situações estáticas foi divido em: molas individuais, associação em paralelo e associação em
série, as quais são descritas a posteriori.

➢ Estudo Estático.
Molas Individuais
A mola foi ligada a um porta-massa e fixado na estrutura vertical que está conectada à
escala milimetrada (Régua) para que ambos fiquem verticalmente paralelos. Após isso, foi
adicionada uma massa de 50 gramas (g) no porta-massas somente para ajustar a escala na
posição 100 mm. Em seguida, foi adicionada uma segunda massa de 50 g ao conjunto inicial
e assim foi anotado o valor da deformação. Esse experimento foi repetido até ter um total de
150g (as três massas), ao final. O procedimento foi realizado para as três molas, cujos valores
de deformação em função da massa foram anotados na Tabela 1.

Associação em Paralelo
Foram utilizadas duas molas fixadas de forma paralelas entre si e ortogonais a uma
barra metálica, onde o porta-massa foi conectado. Desta forma, foi adicionada duas massas de
50g (totalizando 100 gramas) ao porta-massa, ajustado a escala em 100 mm. Em seguida,
adicionou-se mais uma massa de 50g ao conjunto inicial e em seguida foi anotada a
deformação O procedimento foi realizado mais duas vezes, até ter um total de 150g (as três
massas), ao final. Os dados encontrados são mostrados na tabela 2.

Associação em Série
Neste experimento foram utilizadas duas molas interligadas verticalmente junto do
porta-massas na extremidade inferior. Foi realizado o mesmo procedimento experimental
adicionando uma massa de 50g para ajustar a escala em 100 mm e, em seguida, adicionado
50 g ao conjunto. Desta maneira foi anotada a deformação e repetido o processo de adição de
massas mais duas vezes, até ter adicionado um total de 150g (as três massas), ao final. Os
dados obtidos estão representados na tabela 3.

➢ Estudo Dinâmico.
Para essa situação, foi adicionado à mola uma massa de 50g para a calibragem da
posição inicial. Em seguida, acrescentado 50 g ao conjunto e aplicada uma força no sentido
contrário ao da força elástica com deslocamento de 2 cm e observada uma oscilação de
período T que foi registrada no cronômetro. Esse procedimento foi repetido três vezes. Em
seguida, foi adicionada uma segunda massa de 50g e assim repetindo o procedimento
anterior, ajustando os 2 mm na escala milimetrada. Esse processo de adição de massa e
medições de período foi feito até ter um total de 150g ao conjunto inicial. Os dados do
período de oscilação da mola estão anotados na tabela 4.

Com os valores obtidos, serão comparados seus valores entre si (em que foi variada a
massa), obter o valor da gravidade e calcular o erro percentual a partir da equação:

(06)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

É notório saber que muitos fenômenos físicos são explicados pelos princípios do
movimento ondulatório. Nesse sentido, o presente trabalho teve por finalidade calcular a
constante elástica em diferentes situações de equilíbrio.
➢ Molas individuais.

Os dados obtidos com a realização, mediante o uso dos equipamentos do item “Molas
Individuais” do Procedimento constam na Tabela 1. Os valores da constante elástica foram
calculados pela Equação (01) em função do deslocamento provocado pela deformação destas
ocasionadas pela adição de massa ao porta-massas.

Tabela 1 - Valores experimentais obtidos para as molas vermelha,amarela e preta.


deslocamento (m)
massa (kg) força (N) vermelha amarela preta
0,050 0,490 0,030 0,029 0,019
0,100 0,981 0,054 0,052 0,043
0,150 1,471 0,073 0,072 0,061
constante k (N/m) 22,7 22,8 23,2

Para a melhor visualização dos dados obtidos e apresentados na Tabela 1, construiu-se


gráficos de dispersão para cada mola os quais constam abaixo nas Figuras 1, 2 e 3.

Figura 1
Figura 2

Figura 3
➢ Associação em Paralelo
Para o estudo da Associação em Paralelo, usando os materiais do laboratório, do qual
se obteve os dados que constam na Tabela 2. Juntamente com a comparação teórica e
utilizando a equação (06) para determinar o desvio.

Tabela 2 - Valores experimentais obtidos para as molas vermelha e preta associadas em paralelo.
massa(kg) força(N) deslocamento k (N/m) K teórico desvio(%)
0,050 0,490 0,012
0,100 0,981 0,024
0,150 1,471 0,037 39,2 45,9 14,50%

Para a discussão dos dados obtidos, construiu-se um gráfico que consta na Figura 4 a
seguir.

Figura 4

Gráfico da força elástica x deformação em paralelo da mola vermelha e preta Ao


observar a Figura 4 acima, nota-se que a deformação gerada pela adição de massa no
porta-massas ocasionou um aumento proporcional na força elástica.
➢ Associação em Série

Para o estudo de equilíbrio em situações de associações em série realizou-se, usando


os equipamentos, o item “Associação em Série” do Procedimento Experimental, do qual
obteve-se dados suficientes para o cálculo das constante elástica da associação em série das
três molas utilizadas no experimento. Tais valores de deslocamento (deformação das molas),
suas respectivas constantes e desvios podem ser visualizados abaixo na Tabela 3.

Tabela 3 - Valores experimentais obtidos para as molas vermelha e preta associadas em série.
massa(kg) força(N) deslocamento k (N/m) K teórico desvio(%)
0,050 0,490 0,043
0,100 0,981 0,090
0,150 1,471 0,137 10,4 11,47 9,30%

Para a discussão dos dados obtidos, construiu-se um gráfico que consta na Figura 4 a
seguir.
➢ Estudo Dinâmico

Já no estudo sobre MHS, foi realizado o experimento envolvendo os princípios de


ondulatória e efetuado o procedimento. Os dados de deformação das molas no movimento
oscilatório foram organizados na Tabela 4, a seguir. A constante elástica foi calculada
mediante o uso da equação (05).

Tabela 4: Valores obtidos para a mola preta a partir do método dinâmico.


massa (kg) t10(s) t10 médio(s) T (s) T² méd. (s2)
3,11 0,311
2,73 0,273
0,05 3,13 0,313 0,299 0,089
4,13 0,413
4,50 0,450
0,1 4,13 0,413 0,425 0,180
4,71 0,417
5,11 0,511
0,15 5,11 0,511 0,479 0,229

- Constante elástica: k = 28,2 (N/m)

5. CONCLUSÕES

Diante desta experimentação e discussão, no experimento estático podemos analisar


que a deformação da mola é diretamente proporcional à sua massa e a sua força restauradora
é dada por 𝐹𝑒𝑙 =− 𝐾𝑥 . Através dos experimentos, tendo em vista os baixos valores de erro

percentual, foi possível observar com clareza a aplicação das fórmulas.

6. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D., RESNICK, R. E WALKER, J.,Fundamentos de Física, Vol. 1, 8a Ed.,


Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda, Rio de Janeiro, 2009.

Você também pode gostar