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Relatório de atividade experimental de física

(figuras 1 e 2: representações da força de atrito e da lei de Hooke, respectivamente)

Tema: Análise da força de atrito dinâmico e a determinação da constante


elástica de uma mola

Integrantes: , Lucas dos Santos Dutra (11), Sabrina Fernandes Gallo (17) e
Vitor Silva de Lima Santos (20)

Série:1°A

Data de entrega: 24/06/2022


Objetivo

No primeiro experimento foi medido a força normal quando um bloco era puxado em
velocidade constante através de um dinamômetro, para posteriormente identificar se a força
de atrito era equivalente à força normal, conforme a primeira lei de Newton. Foram feitas
medições em três blocos de diferentes pesos, em cada bloco foram feitas 3 medições e
calculada a média aritmética das mesmas para chegar em uma força normal levando em
consideração incertezas experimentais. A partir desses valores foi calculado o coeficiente
de atrito cinético, que nos deu um valor médio de 0,40, podendo verificar que o mesmo não
depende do peso do bloco, e sim apenas da superfície de contato, uma vez que a força de
atrito é proporcional à normal.

No segundo experimento foram medidas, através de um dinamômetro, o valor da


força exercida por uma mola através de sua deformação. O objetivo nesse experimento era
investigar se a mola se comportaria como o previsto pela lei de Hooke, ou seja, a
deformação elástica de uma mola é proporcional à intensidade da força elástica aplicada.
Foram feitas 6 medições com pesos diferentes para verificar a proporção da deformidade
com a força aplicada que foi notada nas medições. Foi feito uma análise gráfica da força
elástica versus a deformação e pode-se concluir que a mola se comportou como previsto
pela lei de Hooke em alguns casos. Considerando as incertezas experimentais, chegou-se à
conclusão de que a mola obedece a lei de Hooke, em certos casos, portanto não é possível
chegar a um valor fixo de k, porém os resultados que chegamos foram (k ≈ 0,65 ; k ≈ 0,37 ;
k ≈ 0,25 ; k ≈ 0,22 ; k ≈ 0,22; k ≈ 0,21).

Introdução teórica

A teoria da força de atrito aparece em função das irregularidades existentes nas


superfícies de contato dos corpos. A sua direção é a mesma do movimento, porém o seu
sentido é sempre contrário à tendência de movimento. É importante ressaltar que a força de
atrito não depende da área de contato entre a superfície do corpo e a superfície que ele se
encontra, sendo esta força proporcional à força normal.

A força de atrito atua de duas formas: uma antes de ocorrer o movimento, conhecido
como atrito estático, e outra durante o movimento, chamado de atrito dinâmico ou cinético.
A força de atrito estática acontece quando a força externa aplicada sobre um objeto não é
suficiente para movê-lo, fazendo com que permaneça em repouso. A força de atrito estático
tem o mesmo valor da força externa aplicada, até chegar ao limite da força de atrito de
destaque. A partir desse ponto, ocorre o movimento do corpo. Conforme a força aplicada
aumenta fazendo o objeto se mover, passa a agir a força de atrito dinâmico. Por ser mais
difícil de vencer o atrito para iniciar o movimento do objeto do que mantê-lo em estado de
movimento, a força de atrito dinâmico deve ser sempre menor que a força aplicada sobre o
corpo. Concluímos então que o coeficiente de atrito estático é maior que o coeficiente de
atrito dinâmico.
(figura 3: representação de atrito entre superfícies)

A força elástica surge a partir da deformação de uma mola, ou de outros corpos com
propriedades elásticas. A lei de Hooke determina que, quando uma mola é deformada por
alguma força externa, uma força elástica restauradora passa a ser exercida. Essa força
elástica é variável, dependendo do tamanho da deformação sofrida pela mola. Portanto, a
lei de Hooke é usada, estabelecendo o sentido e calculando o módulo da força elástica
produzida por molas se elas estiverem comprimidas ou esticadas. A constante elástica (k)
mede a rigidez da mola, ou seja, a força necessária para fazer com que a mola sofra uma
deformação (quantos newtons são necessários para deformar um metro ou um centímetro
da mola). Quanto maior a constante elástica mais difícil será a ocorrência de deformação,
sendo necessária a aplicação de uma força maior.

Pense, em um cenário com uma mola suspensa e presa no teto, com uma de suas
extremidades livres. Quando ela está em repouso tem um comprimento inicial de L0. A
extremidade da mola, adiciona-se um corpo com massa m, que faz a mola deslocar-se uma
distância x. Com o peso do corpo, a força para alterar a mola aumenta conforme seu
tamanho também aumenta, mostrando que a força aplicada é diretamente proporcional à
deformação da mola, e é necessária uma constante de proporcionalidade, que chamamos
de constante elástica indicada pela letra k.

A força elástica, portanto, é o produto da constante elástica da mola (k) pela


deformação sofrida por ela (x). Pela terceira lei de Newton, a intensidade da força elástica
será a mesma que a intensidade da força aplicada.

Fel = -k.x

Em que:

Fel: Força elástica (N);

x: Deformação da mola (m ou cm);

k: Constante elástica (N/m ou N/cm)


(figura 4: representação da lei de Hooke)

Procedimento experimental

Foram feitos dois experimentos para análise da força de atrito primeiramente, e da


força elástica no segundo experimento.
No primeiro experimento foram utilizados blocos de madeira, dinamômetros e pesos
de 100g e 200g. O primeiro passo foi calcular a massa de um dos blocos de madeira com o
dinamômetro para estimar sua massa. (Equivalente a 180g). Posteriormente, o bloco foi
puxado pelo dinamômetro a velocidade constante, para que, de acordo com a primeira lei
de Newton a força do dinamômetro, fosse equivalente à força de atrito, e registramos os
resultados. Importante ressaltar que as medidas foram tomadas três vezes por serem
medidas experimentais, que estão sujeitas a essa incerteza. Após essas primeiras medidas,
foram adicionadas 100g ao bloco, e foi feito o mesmo procedimento, assim como na adição
de 200g.

N= força normal
F= força dinamômetro
Fa/Fat= força de atrito
P= força peso

(figura 5: Forças atuantes no experimento)

(figuras 6 e 7: representações do
experimento 1)
No segundo experimento foi utilizado um suporte, uma mola, uma régua e blocos
com diferentes pesos. Primeiramente foi medido o L0 = 7 cm (equivalente ao tamanho da
mola sem deformações devido a blocos). Posteriormente foram adicionados blocos e foi
calculado a deformação em relação ao aumento do peso, essa medida foi calculada por Lf -
L0, resultando na deformação. Foram feitas 7 medições, a primeira apenas com a mola sem
deformação e as seguintes com blocos de tamanhos diferentes, 100g, 150g, 190g, 250g,
300g e 350g.

(figuras 8 e 9: materiais do experimento 2)


Análise dos resultados

Experimento 1: Cálculo do coeficiente de atrito cinético

a) só o bloco

g = 9,8m/s²
P = 0,18 kg → N = 0,18 * 9,8 = 1,76N
<Fat> = 0,76N
μc = Fat/N → 0,76/1,76 = 0,43

b) bloco + 100g

g = 9,8m/s²
P = 0,28 kg → N = 0,28 * 9,8 = 2,74N
<Fat> = 1,03N
μc = Fat/N → 1,03/2,74 = 0,38

c) bloco + 200g

g = 9,8m/s²
P = 0,38 kg → N = 0,38 * 9,8 = 3,72N
<Fat> = 1,51N
μc = Fat/N → 1,51/3,72 = 0,40

μa = 0,43 μb = 0,38 μc = 0,40

<μ> = 0,43+0,38+0,40/3 = 0,40


<μ> = 0,40

Considerando as incertezas experimentais onde os valores podem variar entre 0,1 e


0,05, podemos considerar o coeficiente de atrito cinético constante, como mostram os
dados a seguir:
μa - <μ> = 0,43 - 0,40 = 0,03
μb - <μ> = 0,38 - 0,40 = - 0,02
μc - <μ> = 0,40 - 0,40 = 0
Experimento 2: Tabela 1: medidas de deformação, massa e força

L - Lo = x (cm) m(g) F(N)

7 0 0

8,5-7= 1,5 100 0,98

11-7=4 150 1,47

14,5-7=7,5 190 1,86

18-7= 11 250 2,45

20,5-7=13,5 300 2,94

23-7= 16 350 3,43

Para conhecer a constante k graficamente, devemos calcular Fel (Força elástica) dividida
pela x (deformação) e determinar os pontos, como os vistos no gráfico, ou aplicando a
função acima.
Conclusão

No primeiro experimento podemos observar que a força de atrito depende de dois


fatores, pelo tipo dos materiais que estão em contato, quanto mais “lisos” ou “polidos”
estiverem os objetos em contato, menor será a força de atrito, que é uma propriedade
definida pelo coeficiente de atrito, e pela força normal, ou seja, pela reação normal à
superfície sobre a qual o corpo está apoiado. Quanto maior for a força normal, maior será a
força de atrito. Portanto, podemos concluir que a força de atrito e o coeficiente de atrito
dependem da reação normal da superfície.

No segundo experimento podemos verificar uma relação de proporcionalidade entre


a força elástica e a deformação da mola dentro das incertezas experimentais, pois podemos
verificar no gráfico que os pontos encontram-se distribuídos na sua maior parte de forma
homogênea. Devido a essa distribuição dentro do gráfico não ser totalmente homogênea,
concluímos que a mola utilizada não serve para ser um dinamômetro porque a mesma não
mantém o coeficiente dentro do valor e respeita a lei de Hooke em alguns casos apenas.

Os experimentos em si nos trazem certas limitações para podermos concluir o que


foi testado de maneira mais fidedigna, no primeiro experimento, por exemplo, poderíamos
fazê-lo em mais de uma superfície para analisarmos diferentes tipos de cenário, uma vez
que sabemos que o coeficiente de atrito depende das superfícies de contato. No segundo
experimento poderíamos ter usado mais de um tipo de mola para avaliarmos melhor tanto a
constante elástica k e se a mola respeita a lei de Hooke, ou seja, a proporcionalidade entre
a força elástica e a deformação da mesma. Desta forma, acreditamos que os experimentos
seriam mais completos.
Referências Bibliográficas

http://osfundamentosdafisica.blogspot.com/2013/09/cursos-do-blog-mecanica_9.html
<Acessado em 23/06/2022>

http://mejcfisica.blogspot.com/2015/06/forca-elastica.html <Acessado em 21/06/2022>

https://pt.dreamstime.com/ilustra%C3%A7%C3%A3o-stock-lei-de-hooke-for%C3%A7a-%C3
%A9-proporcional-%C3%A0-extens%C3%A3o-image67559441 <Acessado em 21/06/2022>

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-de-hooke.htm <Acessado em 21/06/2022>

https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fe.php <Acessado em
20/06/2022>

https://www.todoestudo.com.br/fisica/forca-elastica <Acessado em 20/06/2022>

http://www.fq.pt/forcas/forcas-de-atrito <Acessado em 20/06/2022>

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