Você está na página 1de 10

Universidade Federal do Maranhão

Campus: Cidade Universitária


CCET (Centro de Ciências Exatas e Tecnologias)

RELATÓRIO 08

Força de atrito.

Disciplina: Física 1
Curso: Engenharia Química
Prof. João Victor Barbosa Moura

EDUARDO SANTOS FIGUEIREDO (2022005482).

11/2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3

2 OBJETIVOS...............................................................................................................4

3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................5

3.1 Materiais..............................................................................................................5

3.2 Métodos...............................................................................................................5

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................6

5 CONCLUSÃO.............................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO
A força de atrito é uma força de contato (assim como a força normal) que
impede o movimento dos corpos, mais precisamente, é uma força de sentido
contrário ao deslizamento dos corpos. Pode ser classificado como cinético ou
estático. É afetado pela força normal e material dos corpos de fricção (ou seja, não
depende da área de contato entre as superfícies). Graças à sua existência, é
possível a circulação de carros, pessoas e objetos (YOUNG; FREEDMAN, 2008).
A força de atrito estático depende do coeficiente de atrito estático, e para
valores constantes da força normal, seu valor é maior que a força de atrito cinética.
A Fat estática atua até o momento em que as forças que atuam na direção do
movimento vençam o seu valor, gerando aceleração no objeto, a partir desse
momento a Fat que atua é a cinética, o fato de o seu valor ser menor em movimento
explica alguns fenômenos. O estudo desses dois tipos de forças e seus fenômenos
é responsável por alguns benefícios para os seres humanos, como por exemplo, os
freios ABS presentes em carros um pouco mais modernos, trazendo maior
segurança para o piloto e os passageiros em casos de necessidades (YOUNG;
FREEDMAN, 2008).
Outra observação importante é na analise da força de atrito e da força normal.
Considerando uma superfície plana e paralela a direção horizontal, sabe-se que a
força normal será igual ao peso de um corpo caso só essas duas forças atuem sobre
este corpo e não haja movimento no sentido delas. Neste caso, o porquê de objetos
mais pesados serem mais “difíceis” de serem movidos é explicado pela força de
atrito, já que ela varia proporcionalmente à força normal, ou seja, para que a força
de atrito seja superada, e o objeto seja movido a força mínima necessária será
maior. Equação do estudo da força de atrito (F at) abaixo (GERSON, 2014).
Força de atrito estática ou cinética (dependendo do μ).

3
2 OBJETIVOS
Essa prática experimental tem por objetivo observar o comportamento do
atrito entre diferentes superfícies e massas.
Analisar as diferenças físicas entre o atrito cinético e o estático, e discutir
suas aplicações.

4
3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
Dinamômetro;
Bloco de madeira com ganchos;
Rampa com transferidor;
Balança.

3.2 Métodos
Primeiro, o dinamômetro foi ajustado para medir forças na horizontal e os
blocos foram pesados (78g – bloco menor; 98g – bloco maior). O bloco de madeira
menor foi posicionado na rampa (completamente na horizontal) e o dinamômetro foi
preso ao bloco através do gancho também na horizontal, pequenas forças foram
aplicadas até que começasse a haver movimento no bloco; o objetivo era saber a
menor força necessária para que isto acontecesse.
No experimento 2, a menor superfície do bloco foi colocada em contato com a
rampa (afim de diminuir o contato entre as superfícies) e o procedimento foi repetido
igual ao anterior para observar se haveria diferença entre as forças mínimas. No
experimento 3, o bloco foi novamente posicionado com a maior superfície para
baixo, e um bloco maior de madeira foi colocado em cima dele (para aumentar o
peso do sistema), o procedimento foi repetido analogamente aos anteriores. No
experimento 4, o processo foi idêntico, mas dessa vez a superfície de borracha do
bloco foi posicionada para baixo, com intuito de observar as diferenças do
comportamento do atrito com diferentes superfícies.
O experimento 5 foi semelhante ao experimento 1, mas o bloco foi mantido
em movimento por 30cm para observação do atrito cinético. Por fim no 6º
experimento, o bloco foi colocado com a face maior para baixo na rampa horizontal,
e o ângulo dela foi aumentado gradualmente até que se percebesse o inicio do
movimento do bloco, o mesmo foi feito com a superfície de borracha do bloco.

5
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na primeira parte do procedimento, foi constatado que a menor força aplicada
que iniciou o movimento do bloco foi de 0,2 Newtons, esta será a força de atrito
estático considerada, pois a soma das forças na horizontal (Força F aplicada na
direção do movimento do bloco, e Força de atrito contraria a força F) é zero, uma
vez que não há movimento. Sendo assim, sabendo que a força de atrito pode ser
calculada como Fat= Normal (N) x Coeficiente de atrito estático (μ E). Vale ressaltar
que esta forma de calcular o μE será utilizada nos outros experimentos.

Sabendo que a Normal=Peso (pois não há movimento na direção vertical) temos


que: N= Massa (Kg) x Gravidade (m/s2); N= 0,078 x 9,8 = 0,7644 (Newtons).
Então, a força de atrito é: 0,2 = 0,7644 x μE;
Portanto: μE= 0,2616
No experimento 2, a análise do procedimento foi análoga à primeira. Porém a
área de contato entre a superfície do bloco e a rampa era menor. A força mínima
desta vez foi de 0,26 Newtons. Sabendo que o peso do bloco se manteve constante
e, portanto, a força Normal também, o cálculo para obter o coeficiente de atrito
estático pode ser analisado da mesma forma que o anterior:
Fat= Normal (N) x Coeficiente de atrito estático (μE);
0,26 = 0,7644 x μE;
μE= 0,3401
Considerando um erro de 5%, é possível concluir que os coeficientes de atrito
obtidos nos experimentos 1 e 2 são os mesmos. Esta conclusão é uma prova
definitiva de que a força de atrito e o coeficiente de atrito independem da área de
contato entre as superfícies. A força de atrito depende apenas da força de
compressão entre as superfícies e da natureza (material) delas.
Na terceira etapa, foi verificada a informação anterior, então é esperado que a
força de atrito fosse maior neste caso, uma vez que o peso exercido pela soma das
massas dos blocos 1 e 2 sobre a superfície da rampa foi maior. Novamente o valor
da força normal é igual ao peso, já que não ocorre movimento da direção vertical,
sendo assim, para calcular o valor da normal dessa vez será utilizada a soma das
massas dos dois blocos:

6
Força Normal = Força Peso  N= (0,078 + 0,099) x 9,8  N= (0,177) x 9,8
=1,7646N
A força máxima que mantinha os blocos parados dessa vez foi de 0,57N.
Como era esperado, a força de atrito estático foi maior, já que ela depende da força
de compressão das duas superfícies e o aumento do peso resultante sobre a rampa
foi maior por conta do aumento de massa. Considerando novamente um erro de 5%,
os coeficientes de atrito se mantiveram os mesmos, provando que este fenômeno só
depende da natureza das superfícies. Sendo assim, o μ E foi calculado da seguinte
maneira:
Fat= Normal (N) x Coeficiente de atrito estático (μE);
0,57= 1,7646 x μE
μE= 0,3230
Na quarta etapa (exp 4), o coeficiente de atrito estático foi analisado para a
superfície de borracha do bloco, era esperado que a força de atrito (e
consequentemente o μE) fossem maiores, uma vez que a superfície da borracha é
mais rugosa. De fato a força mínima necessária foi maior (53N), sabendo que a
força normal é a mesma do experimento 1, já que não houve alteração na massa, o
coeficiente de atrito obtido foi de:
Fat= Normal (N) x Coeficiente de atrito estático (μE);
0,53= 0,7644 x μE
μE= 0,6933
No experimento 5, desta vez o coeficiente de atrito cinético foi o objeto de
estudo, o que se esperava era que a força constante aplicada no bloco enquanto ele
percorria a distância de 30cm fosse menor que as forças mínimas encontradas
anteriormente, isso porque o coeficiente de atrito cinético tem valor menor que o
estático, isso explica o porquê de ao empurrar um objeto pesado se perceberá uma
maior facilidade de movê-lo depois de já ter entrado em movimento; de fato isso
ocorreu pois a força durante esse percurso foi de 0,11N. Vale ressaltar que a Força
Normal utilizada será a mesma do experimento 1, já que os pesos são iguais; a
maneira de calcula o coeficiente de atrito cinético é a seguinte:
Fat= Normal (N) x Coeficiente de atrito cinético (μc);
0,11= 0,7644 x μc
μc= 0,1439 (de fato o valor foi consideravelmente menor que o μ e do exp 1).

7
Por fim, no experimento 6 foi analisado o coeficiente de atrito de uma outra
forma, sabe-se que o pode ser obtido calculando a tangente do ângulo crítico
(ângulo mínimo necessário para haver movimento) entre a superfície que se apoiava
o bloco e o eixo horizontal; portanto μ c= tg(θ). Para a superfície de madeira do bloco,
foi determinado que este ângulo era de 20º, e para a parte emborrachada o ângulo
foi de 38º. Sendo assim, μc pode ser obtido da seguinte forma:
Madeira: Borracha:
μe= tg(20º) = 0,3640 μe = tg(38º) = 0,7812
Como era esperado, os valores foram relativamente próximos, considerando
ainda todos os erros operacionais, e os erros do equipamento (como a não
uniformidade no atrito da rampa). Considerando um erro de 5%, pode-se de dizer
que os coeficientes foram iguais, como é pré-determinado pelos conceitos
estudados na dinâmica a esse respeito.

8
5 CONCLUSÃO
Portanto conclui-se que o coeficiente de atrito é um fenômeno físico que
depende somente da natureza (material) das superfícies, e a força de atrito depende
do coeficiente e também da força de compressão entre as superfícies, expressada
numericamente pelo valor da força normal, portanto, F at= N x μe. Também foi
possível concluir que o coeficiente de atrito cinético é menor que o estático, e
constante depois de certo tempo.

9
REFERENCIAS

Almeida, Gerson. Mecânica Teórica I. 2014, 2º ed, n. 1 [Acessado 02 de outubro de 2022], pp. 9-10.
Editora da Universidade Estadual do Ceará. Disponível em: <l1nq.com/7vZmy>.

Young, Hugh; Freedman, Roger - Física I-Mecânica. 12ª Edição. Pearson Education Limited, 2008.
[Acessado em 16 de outubro de 2022]

Tipler, Paul; Mosca, Gene - Física (Volume 1)-Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. Livros
Técnicos e Científicos, 2009. [Acessado em 16 de outubro de 2022]

10

Você também pode gostar