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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

Gabriella de Barros Noronha


Jardane Freitas de Souza
Santiago Augusto de Souza Monteiro

Coeficiente de atrito estático e dinâmico

Trabalho realizado para a


obtenção de nota referente
às atividades práticas
exercidas em laboratório.

Prof. Dr. José Luiz.

MANAUS - AM
2022
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

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1 OBJETIVOS.

O objetivo desse relatório é determinar o coeficiente de atrito estático entre duas


superfícies.
A experiência consiste em diversas medições dos coeficientes de atrito estático e
cinético mediante a variação da superfície de contato e da massa do corpo de prova.

2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

Em Física, o atrito é a componente horizontal da força de contato que atua sempre que
dois corpos entram em choque ou há tendência ao movimento. As forças de atrito são
sempre paralelas às superfícies em contacto, tendo sentido oposto ao da velocidade se o
corpo estiver em movimento, ou sentido oposto ao sentido em que o corpo tende a
movimentar-se se este ainda continuar em repouso.

Apesar de sempre paralelo às superfícies em interação, o atrito entre estas superfícies


depende da força normal, a componente vertical da força de contato; quanto maior for a
força normal maior será o atrito. Passar um dedo pelo tampo de uma mesa pode ser
usado como exemplo prático: ao pressionar-se com força o dedo sobre o tampo, o atrito
aumenta e é mais difícil manter o dedo a movimentar-se pela superfície. Entretanto, ao
contrário do que se poderia imaginar, mantidas as demais variáveis constantes, a força
de atrito não depende da área de contato entre as superfícies, apenas da natureza destas
superfícies e da força normal que tende a fazer uma superfície "penetrar" na outra.

A energia dissipada pelo atrito é, geralmente, convertida em energia térmica e/ou


quebra de ligações entre moléculas.

Sendo esta uma força que se opõe ao movimento ou à tendência de um corpo para se
mover, pode-se manifestar de duas formas:

 Força de atrito estática: que é a força que se opõe a uma outra força
aplicada sobre um corpo e que anula esta última força até o corpo começar a
entrar em movimento (a força aplicada superou a força de atrito estática
máxima).
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 Força de atrito cinética: aparece quando a força aplicada sobre o corpo excede en
intensidade as forças de atrito cinético. Sendo esta a força que se opõe a qualquer
movimento, quer seja entre duas superfícies ou entre uma superfície e um meio líquido
ou gasoso.
A intensidade da força de atrito (cinético) é agora:

o onde é o coeficiente de atrito cinético.

De notar que a força de atrito estática é geralmente superior à força de atrito cinético,
sendo que esta última depende do módulo da velocidade com que o corpo se desloca.
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3 PARTE EXPERIMENTAL

MATERIAIS UTILIZADOS:

✔ Plano inclinado

✔ Corpo de prova

✔ Transferidor

✔ Balança

✔ Dinamômetro

✔ 5 roscas de metal idênticas


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Imagem 1. Material utilizado no procedimento. Imagem 2. Material utilizado no procedimento.

Imagem 3. Material utilizado no procedimento. Imagem 4. Material utilizado no procedimento.

PROCEDIMENTO.

Experimento A: Determinação do coeficiente de atrito estático:

Etapa 1: Posicionamos o corpo de prova com o lado menor com a esponja sobre
o plano horizontal.

Imagem 5. Posicionamento do corpo de prova


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Etapa 2: Aumentamos de modo contínuo, o ângulo de inclinação que o plano faz


com o plano horizontal.

Imagem 6. Aumentando o ângulo de inclinação

Etapa 3: Na tentativa de precisão utilizamos uma régua e fomos observando no


transferidor o valor máximo do ângulo à situação do bloco se encontrar na iminência de
descer. Após a verificação da angulação registramos em uma tabela a medida do ângulo.

Etapa 4: Este processo da Etapa 3 foi repetido 12 vezes, gerando 12 medições de


tempo diferentes, as quais foram postas em uma tabela com 12 medidas.

Etapa 5: O mesmo procedimento das etapas anteriores foi realizado, porém dessa
vez com o corpo de prova com o lado menor sem esponja. Registramos em uma tabela
novamente 12 medidas de angulações distintas.

Etapa 6: Viramos o bloco colocando o lado maior voltado para baixo. Refizemos
todo o procedimento já citado com o bloco nesta posição. Analisando a dependência do
coeficiente de atrito com relação a rugosidade e com relação à área de contato 12 vezes.

Imagem 7. Bloco com o lado maior voltado para baixo.


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Etapa 7: Após a etapa 6 colocamos sobre o bloco, ainda com o lado maior
voltado para baixo, 2 pesos com 5g cada utilizando uma incerteza de ±0,1g. Refizemos
todo o procedimento já citado, mas dessa vez com 2 pesos no corpo de prova.
Analisando a dependência do coeficiente de atrito com relação a rugosidade e com
relação à área de contato 12 vezes.

Imagem 7. Bloco com o lado maior com 2 pesos.

Etapa 8: Após a realização da Etapa 7, com o bloco ainda posicionado com o


lado maior voltado para baixo, acrescentamos mais um peso de 5g totalizando 3 pesos
de 5g utilizando uma incerteza de ±0,1g no corpo de prova. Refizemos todo o
procedimento já citado com o bloco nesta posição. Analisando a dependência do
coeficiente de atrito com relação a rugosidade e com relação à área de contato 12 vezes.

Imagem 8. Bloco com o lado maior com 3 pesos. Imagem 9. Bloco com o lado maior com 3 pesos.

Etapa 9: Registramos diversas medidas da angulação do plano de inclinação e


chegamos na ultima tabela do experimento A. Outra vez ainda com o lado maior
voltado para baixo, adicionamos mais um peso de 5g totalizando 4 pesos de 5g
utilizando uma incerteza de ±0,1g no corpo de prova. . Refizemos todo o
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procedimento já citado, mas dessa vez com 4 pesos no corpo de prova. Analisando a
dependência do coeficiente de atrito com relação a rugosidade e com relação à área de
contato 12 vezes.

. Imagem 10. Bloco com o lado maior com 4 pesos.

Experimento B: Determinação do coeficiente de atrito dinâmico:

Etapa 10: Para realizar o experimento B e chegar no nosso objetivo de


determinar o coeficiente de atrito dinâmico, retiramos todos os utensílios da mesa que
não eram necessários para o experimento e com isso não atrapalhar na hora da medição.

Etapa 11: Pegamos os materiais necessários para o experimento e estes foram: O


bloco com o lado maior em contato com a superfície horizontal(mesa) e um
dinamômetro.

Imagem 11. Dinamômetro Imagem 12. Material: bloco


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Etapa 12: Conectamos o dinamômetro com o bloco e fomos puxando lentamente


ate o momento de iniciar uma velocidade constante.

Imagem 13. Experimento B

Etapa 13: No primeiro procedimento tivemos um pouco de dificuldade pra


manter algo constante, mas conseguimos o primeiro valor da força indicada no
dinamômetro que corresponde à força de atrito.

Etapa 14: Repetimos o mesmo procedimento descritos nas etapas acima 12


vezes. Logo conseguimos 12 Forças através do experimento com o dinamômetro e o
bloco.

Etapa 15: Após a verificação de diversas medidas da angulação do plano de


inclinação do experimento A, realizamos a média das tabelas conforme planejado.

Fórmula da média:

〈α 〉 = ∑ Xi
n

Etapa 16: Com a média das medidas dos ângulos verificados, executamos o
desvio padrão amostral das amostras de todas as tabelas já comentados acima.

Fórmula do desvio padrão amostral:


n

∑ ❑ ( α i− 〈 α ❑ 〉 ) 2
i=1
σ α=
n∗(n−1)
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Etapa 17: Com os resultados da média de angulação e do desvio padrão amostral,


realizamos a determinação do coeficiente de atrito estático μe, sendo realizado primeiro
a incerteza do coeficiente estático para assim concluir o valor. Essa foi a nossa última
etapa do trabalho realizada

Fórmula do coeficiente de atrito estático:

μe=Tag¿ +/- σ α ), μe=Tag ( ⟨ α ⟩ )


−¿
μe
+¿− ¿
2
μe=μe ¿

μe
+¿=tag¿ ¿
+ σ α)

−¿=¿¿
μe tag ¿ - σ α )

4 RESULTADOS E CONCLUSÕES

4.1 EXPERIMENTO A

Para as medições do experimento A, determinaram-se medidas do ângulo de inclinação


α, do plano e incerteza vinculada ao desvioMed Ângulo αde média σ α . Os resultados
padrão amostral
do experimento A com 12 tabelas para medições 1dos ângulos 26°
do plano inclinado foram:
2 28°
3 31°
Tabela 1: Lado menor com esponja 4 24° Tabela
2: Lado menor sem esponja
5 30°
6 27°
7 31°
8 28°
9 33°
10 30°
11 31°
12 31°
- ⟨ α ⟩=29 , 1° ± 02 , 4 °μe = 0,55°±
0,11°
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Med Ângulo α
1 36°
2 37°
3 37°
4 37°
5 37°
6 37°
7 38°
8 38°
9 37°
10 37°
11 38°
12 38°
- ⟨ α ⟩=¿ 37,2°±00, μe = 0,75°±
6º 0,03°

Tabela 3: Lado maior sem esponja Tabela 4: Lado maior com 2 pesos

Med Ângulo α Med Ângulo α

1 41° 1 39°

2 39° 2 41°

3 37° 3 41°

4 34° 4 38°

5 38° 5 36°

6 36° 6 42°

7 39° 7 36°

8 38° 8 39°

9 39° 9 39°

10 41° 10 40°

11 40° 11 36°

12 37° 12 40°

- ⟨ α ⟩=¿ 38,2°±01, μe = 0,79°± - ⟨ α ⟩=¿ 38,9°±01, μe = 0,80°±


9º 0,11° 9º 0,11°
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Tabela 5: Lado maior com 3 pesos Tabela 6: Lado maior com 4 pesos

Med Ângulo α Med Ângulo α

1 41° 1 42°

2 40° 2 37°

3 38° 3 35°

4 38° 4 39°

5 39° 5 39°

6 39° 6 37°

7 39° 7 40°

8 39° 8 41°

9 39° 9 40°

10 39° 10 40°

11 40° 11 37°

12 42° 12 35°

- ⟨ α ⟩=¿ 39,4°±01, μe = 0,81°± - ⟨ α ⟩=¿ 38,5°±02, μe = 0,79°±


2º 0,07° 1º 0,12°

Para obter-se o desvio padrão amostral, determinou-se os valores de angulação


obtidos no experimento, juntamente com a média realizada das 12 tabelas.

Os resultados da fórmula da média e das incertezas (desvio padrão amostral) nas


tabelas de 1 a 12 foram:

Fórmula da média: Fórmula do desvio padrão amostral:


n

∑ ❑ ( α i− 〈 α ❑ 〉 ) 2
i=1
σ α=
n∗(n−1)

Tabela 1: Lado menor com esponja Tabela 2: Lado menor sem a


esponja
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Resultando em: Resultando em:

⟨ α ⟩ = 37,2° ± 00,6º ⟨ α ⟩= 29,1° ± 02,4º

Tabela 3: Lado maior sem a esponja Tabela 4: Lado maior com 2 pesos

Resultando em: Resultando em:

⟨ α ⟩= 38,2° ± 01,9º ⟨ α ⟩= 38,9° ± 01,9º

Tabela 5: Lado maior com 3 pesos Tabela 6: Lado maior com 4 pesos

Resultando em: Resultando em:

⟨ α ⟩= 39,4° ± 01,2º ⟨ α ⟩= 38,5° ± 02,1º

Para encontrar o valor do μe medimos o valor do ângulo de inclinação do plano α.


Primeiramente calculando sua incerteza para após realizar o valor desejado.

Fórmulas usadas:

μe=Tag¿ +/- σ α ), μe=Tag ( ⟨ α ⟩ )


−¿
μe
+¿− ¿
2
μe=μe ¿

μe
+¿=tag¿ ¿
+ σ α)

−¿=¿¿
μe tag ¿ - σ α )

Tabela 1: Lado menor com esponja Tabela 2: Lado menor sem a esponja
+¿ ¿ +¿ ¿
μe = 0,77° μe = 0,61°
−¿¿ −¿¿
μe = 0,74° μe = 0,50°

μe = 0,75° ± 0,03° μe = 0,55°± 0 , 11°


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Tabela 3: Lado maior sem a esponja Tabela 4: Lado maior com 2 pesos
+¿ ¿ +¿ ¿
μe = 0,84° μe = 0,86°
−¿¿ −¿¿
μe = 0,73° μe = 0,75°

μe = 0,79° ± 0,11° μe = 0,80° ± 0 , 11°

Tabela 5: Lado maior com 3 pesos Tabela 6: Lado maior com 4 pesos
+¿ ¿ +¿ ¿
μe = 0,85° μe = 0,85°
−¿¿ −¿¿
μe = 0,78° μe = 0,73°

μe = 0,81° ± 0 , 07 ° μe = 0,79° ± 0 , 12°

5 REFERÊNCIAS.
Coeficiente de atrito disponível em https://pt.slideshare.net/JooRaimundo1/atritos-esttico-
e-cintico

https://pt.slideshare.net/JooRaimundo1/atritos-esttico-e-cintico
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