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ATIVIDADE PRÁTICA DE QUEDA-LIVRE E MRUV


Wesley Da Rocha Silva
Centro Universitário Uninter
Pap – João Palmeiro 1329. – CEP: 97670 - 000 – São Borja – RS - Brasil
www.silvarocha.com@gmail.com

Resumo: Experimentos práticos de queda-livre e movimento retilíneo


uniformemente variado, realizados em ambiente virtual e físico.

Palavras-chaves: Queda-Livre, Eletroímã, MRUV.

INTRODUÇÃO
Fenômenos físicos de movimento de um corpo a ponto de determinar a velocidade
dele, a queda-livre refere-se a um objeto em queda sob a influência exclusiva da
gravidade, sem qualquer resistência significativa do ar ou outras forças externas.
A queda-livre é um exemplo clássico de movimento uniformemente acelerado, oque
significa que a velocidade do objeto em queda aumenta uniformemente com o tempo.
A relação entre queda-livre e MRUV (Movimento Retilíneos Uniformemente Variado)
está no fato de que, em uma queda livre na superfície da Terra, a aceleração é
constante e igual à aceleração devido a gravidade. Portanto, a queda livre pode ser
descrita como um caso especial de MRUV, onde a aceleração é constante igual a
gravidade.
“Quando um corpo se encontra em movimento de queda livre, ele fica sujeito
somente a uma única força, a força peso. A força peso que atua em um corpo em
queda livra atua no mesmo sentido do movimento, portanto esse movimento é do tipo
MRUV (movimento retilíneo uniformemente variado)” (BRASILESCOLA, 2023).
O experimento de Galileu Galilei para o estudo da queda livre é um dos marcos
fundamentais na história da física experimental e ajudou a estabelecer as bases para
a compreensão da queda dos corpos na Terra. Esse experimento, que ele teria
realizado na Torre de Pisa, é uma parte importante do legado de Galileu, embora haja
alguma controvérsia sobre sua realização exata. No entanto, a descrição geral do
experimento é amplamente aceita.
O experimento consiste em uma bola de peso relativamente pequeno e uma bola
de peso maior, ambas feitas do mesmo material, como ferro ou bronze. A ideia era
testar a crença comum da época de que objetos mais pesados caem mais
rapidamente do que objetos mais leves. Galileu propôs que, na ausência de
resistência do ar, todos os objetos cairiam com a mesma aceleração,
independentemente de seu peso.
Agora imagine uma gota de água caindo de uma nuvem a 2km de distância do solo
em condições normais ela teria diversos fatores que alterariam sua velocidade final
ao chegar ao solo, então iremos remover todos esses fatores e nos concentraremos
em uma única gota em queda-livre, temos a altura inicial da gota e temos também a
força da aceleração gravitacional da Terra que é de aproximadamente 9,81m/s2 então
qual seria a velocidade final dessa gota. Sabemos que a velocidade final de um objeto
é igual a raiz quadrada de duas vezes a aceleração da gravidade vezes a altura da
queda ou seja 𝑣𝑓 = √2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ , aplicando os valores temos 𝑣𝑓 = √2 ⋅ 9,81 ⋅ 2000 ≈
√39220 ≈ 198,04𝑚/𝑠, chegamos a um valor aproximado de 198,04m/s. Note que para
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esse experimento mental removemos o atrito com o ar e quaisquer outras intempéries


possíveis que alterariam o valor final.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para o cálculo do MRUV temos três equações fundamentais a primeira descreve a
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posição do objeto em função do tempo “ ℎ(𝑡) = ℎ0 + 𝑣0 − 2 𝑔𝑡 2 ”, a segunda a
velocidade do objeto em função do tempo “ 𝑣(𝑡) = 𝑣0 − 𝑔𝑡 ” a terceira descreve a
velocidade do objeto em função da altura “𝑣(ℎ) = √𝑣02 − 2𝑔(ℎ − ℎ0 ) ”, em que ℎ(𝑡) se
refere à altura do objeto no tempo 𝑡, ℎ0 se refere a altura inicial do objeto, 𝑣0 se refere
a velocidade inicial do objeto, 𝑣(𝑡) se refere a velocidade do objeto no tempo 𝑡, 𝑔 é a
aceleração devido a gravidade.
Fórmulas utilizadas para preencher os dados das tabelas: tempo médio 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 =
𝑡1 +𝑡2 +𝑡3 +𝑡4 +𝑡5 2∙∆𝑦
, tempo médio ao quadrado 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ², aceleração gravitacional 𝑔 = 𝑡 ,
5 ²
𝑚é𝑑𝑖𝑜
velocidade que o objeto passa pelo sensor 𝑣 = 𝑔 ∙ 𝑡.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para a realização desse experimento utilizaremos 5 itens, são eles, cronometro,
caderno e lápis que servirão para anotar os resultados dos experimentos, uma
borracha escolar que será utilizada como objeto a ser analisado no experimento, uma
trena para a marcação das medidas em uma parede, e um computador com acesso a
internet para a utilização do Laboratório Virtual da Algetec de Queda-Livre.
Iniciaremos os processos experimentais pelo laboratório virtual, acessando o
laboratório nos depararemos com a tela da figura1, note que os cabos estão
desconectados, utilizaremos a caixa de interação no canto superior esquerdo, ela será
utilizada para a mudança de câmeras, isso facilita algumas ações para a realização
desse experimento. Para a ativação do sistema teremos de conectar os cabos de
alimentação, para isso selecionaremos a opção Cronômetro na caixa de seleção a
esquerda, certifique-se de que os cabos sejam conectados da mesma forma que na
figura2, voltando a visualização da Bancada figura1, analisando essa tela notamos
que a duas tomadas onde devemos conectar a fonte de alimentação que esta
posicionada em frente a essas tomadas, ao realizar essa conexão surgira no canto
superior direito uma tela digital do sensor com dois únicos botões um para ligar o
sistema e outro para resetar a informação de leitura do sensor, pressionando o botão
de ligar teremos uma tela igual a figura3. Para ligar o eletro imã acionamos o
interruptor posicionado a esquerda do cronometro, note que ao acionar acende-se um
led vermelho que demonstra que o eletro imã está ligado, com isso posicionaremos a
esfera de metal no eletro imã, as esferas estão posicionadas a esquerda do interruptor,
posicionando o cursor do mouse sobre a esfera e pressionando o click direito o mouse
teremos a opção posicionar no plano vertical selecionando com click esquerdo a
esfera será transferida para o eletro imã, para verificar basta selecionar a opção
Eletroímã na caixa de seleção do canto superior esquerdo, posicionando o cursor do
mouse sobre a esfera teremos as informações de massa e diâmetro.
Como utilizaremos duas esferas de diâmetro e massa distinta precisaremos de
tratamentos distintos para cada uma, as medições serão realizadas em cinco pontos
diferentes do plano vertical seriam esses, 100mm, 200mm, 300mm, 400mm, 500mm,
para cada esfera teremos que contrapor a medida do diâmetro da esfera para a
medição seja executada na distancia exata do ponto zero da esfera para isso
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posicionamos o sensor a exatos 100mm + Diâmetro da esfera utilizada ou seja se a


esfera tem um diâmetro de 12mm o sensor deve ser posicionado para primeira media
exatamente a 112mm da esfera.
Para posicionarmos o sensor no plano vertical temos que selecionar a opção Plano
Vertical no caixa de seleção a esquerda, note que nessa tela se habilitara uma
pequena tela a direita que indica o local onde o sensor está indicando ao clicar e
segura o click no sensor posicionado no plano vertical é possível posicionar o sensor
na posição desejada.
Com a trena marcaremos uma parede nas medidas de, 1.00m, 1.50m, 2.00m,
2.50m, utilizaremos a borracha como objeto a ser a analisado. Posicionando a
borracha na mediada iniciar e iniciando o cronometro quando soltarmos a borracha e
parando quando a borracha tocar o chão.

Fig. 1: Acesso inicial do Laboratório.


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Fig. 2: Cabos conectados da forma correta.

Fig. 3: Tela de como deve ficar o laboratório.

ANÁLISE E RESULTADOS

Com a esfera de 12mm posicionada no eletroímã é possível realizar as medições


onde anotaremos na tabela abaixo.
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Tabela 1: Tabela dos dados gerados da medição da esfera de 12mm

As medições nos permitem obter informações importantes como o tempo médio,


tempo médio ao quadrado, aceleração gravitacional, e a velocidade do objeto, para
isso utilizaremos as fórmulas respectivas para obtermos esses valores.
Analisando a tabela podemos montar dois gráficos um para posição em função do
tempo médio (𝑦 x 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) e da velocidade em função do tempo médio (𝑦 x 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ).

Gráfico 1: Gráfico de função quadrática.


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Gráfico 2: Gráfico de função linear crescente.

Agora com a esfera de 24mm posicionada no eletroímã é possível realizar as


medições onde anotaremos na tabela abaixo.

Tabela 2: Tabela dos dados gerados da medição da esfera de 24mm

Analisando a tabela podemos montar dois gráficos um para posição em função do


tempo médio (𝑦 x 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) e da velocidade em função do tempo médio (𝑦 x 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ).
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Gráfico 3: Gráfico de função quadrática.

Gráfico 4: Gráfico de função linear crescente.

Note que o tempo de queda livre das esferas tem alterações mínimas, porém
sempre próximos, esse aspecto se dá porque a aceleração da gravidade é constante.
Agora utilizando a borracha faremos as medições igual que os experimento
realizados no laboratório virtual, realizando todas as medições obteremos a tabela a
seguir.
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Tabela 3: Tabela dos dados gerados da medição da borracha escolar.

Analisando a tabela podemos montar dois gráficos um para posição em função do


tempo médio (𝑦 x 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) e da velocidade em função do tempo médio (𝑦 x 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 ),
notamos também que a borracha teve uma aceleração gravitacional média de
9,636460916m/s²

Gráfico 5: Gráfico de função quadrática.

Gráfico 6: Gráfico de função linear crescente.


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CONCLUSÃO
O comportamento dos objetos nos três são distintos do virtual paro prático pois
deve-se levar em consideração que uma simulação não leva em conta outras variáveis
que possam interferir na medição, no entanto a aceleração gravitacional dos
experimentos ficou muito próximas, como o experimento pratico sem equipamentos
específicos torna a medição imprecisas resultando em variações aceitáveis da
aceleração.
As características dos gráficos gerados sedam pelas propriedades físicas em que
os gráficos quadráticos têm sua função quadrática pois a posição do objeto varia de
acordo com o quadrado do tempo, já as que tem como função linear crescente adotam
essa função pois a aceleração gravitacional é contante sobre o objeto.

REFERÊNCIAS

W. Rocha Silva, “Tabela1”, 03/09/2023.


W. Rocha Silva, “Tabela2”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Tabela3”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Grafico1”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Grafico2”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Grafico3”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Grafico4”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Grafico5”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Grafico6”, 03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Figura1”, https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/,acessado
03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Figura2”, https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/,acessado
03/09/2023.
W. Rocha Silva, “Figura3”, https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/,acessado
03/09/2023.
BRASIL ESCOLA, “Funções horárias que descrevem o movimento de queda livre”,
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/funcoes-horarias-que-descrevem-movimento-
queda-livre.html, acessado em 01/09/2023.

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