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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS A.C. SIMÕES


INSTITUTO DE FÍSICA
CENTRO DE TECNOLOGIA

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME VARIADO (M.R.U.V.)

EMANUEL MELO SILVA


LARA DANNA MARQUES BORNE
MATEUS HENRIQUE AMANCIO SANTOS
MATHEUS NUNES ALVES
THAMIRES MARIA DA SILVA SANTOS

MACEIÓ/AL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS A.C. SIMÕES
INSTITUTO DE FÍSICA
CENTRO DE TECNOLOGIA

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME VARIADO (M.R.U.V.)

Relatório do experimento de Movimento


Retilíneo Uniforme Variado, realizado sob a
orientação do professor Noelio Oliveira Dantas
como requisito avaliativo da disciplina de
Laboratório de Física 1.

MACEIÓ/AL
1- INTRODUÇÃO TEÓRICA

O movimento retilíneo é a forma mais simples de deslocamento, visto que os


movimentos são ao longo de uma reta, quer seja horizontal, movimento de um carro, quer seja
vertical, queda ou lançamento de um objeto. Como tudo ocorre em uma dimensão, pode-se
dispensar o tratamento vetorial mais rebuscado e considerar termos de grandezas escalares.

No Movimento Retilíneo Uniforme, temos um deslocamento em linha reta e com


velocidade constante, ou seja, nesse tipo de movimento a aceleração é nula e, portanto,
distâncias iguais são percorridas para o mesmo intervalo de tempo. Assim, em um MRU, no
instante de tempo t0 = 0, o móvel encontra-se em x0 (posição inicial) e no instante de tempo, t,
o móvel está na posição x. Como a velocidade média para o movimento retilíneo uniforme é
idêntica a velocidade em qualquer tempo, tem-se a definição de velocidade escalar média (Eq.1)
abaixo:

ΔX
𝑉𝑚 = (Eq.1)
Δt

Onde ΔS é a variação do espaço e Δt o intervalo de tempo considerado. Desenvolvendo


a primeira equação, obtemos a equação horária do espaço (Eq.2) para o MRU:

𝑋 = 𝑋o + Vt (Eq.2)
Com S representando a posição final do móvel, So a posição inicial, V indicando a
velocidade e t o tempo.
O Movimento Retilíneo Uniforme Variado, por outro lado, descreve um deslocamento
em linha reta com velocidade variável. Em outras palavras, nesse tipo de movimento, a
velocidade varia uniformemente com o tempo, devido à existência de uma aceleração constante.
Dessa forma, consideremos Vo a velocidade inicial do móvel no instante de tempo to = 0 e V a
sua velocidade no instante de tempo t. Assim sendo, a aceleração média (Eq.3), que é igual à
aceleração em qualquer trecho do movimento, é dada por:

∆𝑉
𝑎m = (Eq.3)
∆𝑡

Desenvolvendo a equação descrita acima, obtemos a equação horária da velocidade


(Eq.4) para o MRUV:

𝑉 = 𝑉o + 𝑎𝑡 (Eq.4)
Para este tipo de movimento, temos ainda a equação horária do espaço (Eq.5):

𝑎𝑡 2
𝑋 = 𝑋o + 𝑉o𝑡 + (Eq.5)
2
E, por último, a equação de Torricelli (Eq.6):

𝑉 2 = 𝑉o2 + 2𝑎∆𝑋 (Eq.6)


2- OBJETIVO

Relatar, em detalhes, as práticas de Física sobre o tema: Movimento Retilíneo Uniforme


Variado. Os experimentos investigaram o movimento descrito por um corpo sob influência de
uma força resultante constante, para o MRUV.

3- MATERIAIS UTILIZADOS
• Trilho 120 cm;
• Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V;
• Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2);
• Eletroímã com bornes e haste;
• Fixador de eletroímã com manípulo;
• Chave liga-desliga;
• Y de final de curso com roldana raiada;
• Suporte para massas aferidas – 9 g;
• Massa aferida de 10 g com furo central de 2,5 mm de diâmetro;
• Massas aferidas de 20 g com furo central de 2,5 mm de diâmetro;
• Cabo de ligação conjugado;
• Unidade de fluxo de ar;
• Cabo de força tripolar 1,5 m;
• Mangueira aspirador 1,5 m;
• Pino para carrinho para fixá-lo no eletroímã;
• Carrinho para trilho de ar;
• Pino para carrinho para interrupção de sensor;
• Porcas borboletas;
• Arruelas lisas;
• Manípulo de latão 13 mm;
• Pino para carrinho com gancho.

4- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Foi montado o esquema utilizado para a realização do experimento, conforme
mostra a figura abaixo (Figura 1):

FIGURA 1: Esquema de montagem do arranjo experimental.


• Colocou-se o eletroímã no extremo do trilho e o sensor 2 (sensor que desliga o
cronômetro) foi posicionado com uma distância ∆x = 0,100 m do pino central do
carrinho;
• O Y de final de curso foi posicionado com roldana raiada na outra extremidade do
trilho;
• 4. Conectou-se o eletroímã à fonte de tensão variável, deixando em série a chave
liga-desliga, conforme o esquema da figura abaixo (Figura 2):

FIGURA 2: Esquema de ligação de medida de tempo: cronômetro, sensores e chave liga-desliga.

• Prendeu-se uma das extremidades do fio numa das extremidades do carrinho e a


outra extremidade do fio, foi presa no suporte para massas aferidas (9 g);
• O carrinho foi fixado no eletroímã e a tensão aplicada ao eletroímã foi devidamente
ajustada, para que o carrinho não ficasse muito fixo;
• O trilho de ar foi ajustado de maneira que o suporte de massas aferidas não tocasse
a superfície da mesa (ou outra qualquer) antes que o carrinho passasse pelo sensor
2;
• O sistema de fluxo de ar foi ligado e ajustado no penúltimo nível. O cronômetro
também foi ligado e ajustado na função F2;
• Colocou-se uma massa de 30 g no suporte de massas aferidas, sendo 1 (uma) massa
de 20 g e outra de 10 g;
• Desligou-se o eletroímã, liberando o carrinho. O tempo indicado pelo cronômetro foi
anotado na tabela 1;
• A cada três vezes que o procedimento anterior era efetuado, o sensor 2 era
reposicionado, aumentando a distância entre o carrinho e o sensor em 0,100 m, até
que a tabela 1 foi totalmente preenchida.

5- RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após seguir os passos mencionados no Procedimento Experimental, obtiveram-se os


valores exibidos na tabela (Tabela 1) abaixo:
TABELA 1: Exibe os dados referentes ao experimento de MRUV.

Vo V
Nº Xo (m) X (m) ∆X (m) t1 (s) t2 (s) t3 (s) tm (s) tm² (s²) a (m/s²) (m/s) (m/s)
1 0,400 0,100 0,367 0,366 0,367 0,367 0,135 0,741 0 0,272
2 0,500 0,200 0,522 0,521 0,519 0,521 0,271 0,738 0 0,384
3 0,600 0,300 0,644 0,643 0,640 0,642 0,412 0,728 0 0,467
0,3
4 0,700 0,400 0,742 0,738 0,739 0,740 0,549 0,729 0 0,541
5 0,800 0,500 0,829 0,828 0,827 0,828 0,686 0,729 0 0,604
6 0,900 0,600 0,909 0,906 0,906 0,907 0,823 0,729 0 0,662
<am> 0,732

Sendo a aceleração média (am(m/s²)) igual a 0,732 m/s²

Os valores mostrados nas colunas tm (tempo médio), a (aceleração), vo (velocidade


inicial) e v (velocidade final), foram calculados a partir dos valores de tempo colhidos no
procedimento experimental.

Logo, ao se observar a existência de uma aceleração constante (considerando-se as


margens de erro) no movimento do corpo analisado, pode-se concluir que este se trata de um
movimento uniforme variado, ou seja, um tipo de movimento onde o móvel varia sua
velocidade uniformemente com o tempo.

Com base nos dados coletados na tabela 1, foram construídos 3 gráficos com as relações
posição VS tempo, velocidade VS tempo e aceleração VS tempo. O gráfico 1 apresenta os dados
obtidos que caracterizem o movimento apresentado pelo carrinho na relação posição VS tempo.

GRÁFICO 1: Posição em função do tempo


TTTEMtempo.
Ao observar o gráfico 1, percebe-se que á medida que o sensor vai mudando
(acrescentando 0,100m a cada três testes) o ponto inicial do carrinho (x = 0,300 m) o tempo vai
aumentando, pois, a liberação do suporte de massas aferidas pelo desligamento do eletroímã
faz com que o carrinho se mova e o tempo gasto para ele passar pelo sensor torne-se ainda
maior. Tal afirmação leva em consideração a inclinação da reta, uma vez que ela varia conforme
a posição do sensor.

Posteriormente, ao fazer a análise do gráfico 2, o qual informa a respeito da velocidade


em relação ao tempo, pode-se constatar que quando a velocidade aumenta, o tempo também
aumenta, ou seja, a cada novo acréscimo de distanciamento do sensor a velocidade também é
elevada fazendo com que a inclinação da reta seja quase que constante em todos os instantes
analisados.
GRÁFICO 2: Velocidade em função do tempo.

Pelo gráfico acima se sabe que o coeficiente angular (Δy/Δt) é aproximadamente 0,7129
na qual é o responsável pela elevação gradual da velocidade.

Seguindo as observações dos gráficos, constata-se no gráfico 3 a ação da aceleração.


Enquanto o tempo(s) aumenta a aceleração(m/s²) continua quase que estática, com uma mínima
variação, ou quase zero. Essa ação da aceleração pode ser conferida na inclinação da reta
vermelha, uma vez que em todo o instante do experimento ela mantém uma constância em
relação ao tempo observado. Logo, pode-se aferir que aceleração é nula ou quase nula com base
na investigação.
GRÁFICO 3: Aceleração em função do tempo.

6- CONCLUSÕES

Ao fazer a análise do experimento, pudemos notar o que Newton afirmou em suas leis,
ressaltando que quando o somatório de forças sobre um determinado corpo for nulo este irá
permanecer em repouso ou em movimento uniforme. Constata-se, através dos resultados
obtidos, que há a mudança de velocidade, chamada de aceleração, de maneira a alterar a uma
taxa constante. Observamos que a velocidade e a aceleração têm estreita relação com as forças
que atuam sobre um corpo e que explicam o movimento. Observando os gráficos percebemos
que a aceleração é constante e que a velocidade sofreu variações iguais em intervalos de tempos
iguais.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. NAZARENO, José; TAVARES, Romero. Cursos de Física I. Data de acesso:


01/08/2021. Disponível em:
http://www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso1/mr31int.html.
2. Só Física: Movimento Uniforme. Data de acesso:01/08/2021. Disponível em:
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/mu.php
3. DIAS, W. Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.). Maceió: Instituto de Física,
2010.
4. DANTAS, N. Roteiro para Experimento de Movimento Retilíneo Uniforme
(M.R.U.) - Física Experimental 1. Maceió: Instituto de Física, 2021.

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