Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS A.C. SIMÕES


INSTITUTO DE FÍSICA
CENTRO DE TECNOLOGIA

DIMENSÕES INTEIRAS E FRACIONARIAS

LARA DANNA MARQUES BORNE


THAMIRES MARIA DA SILVA SANTOS
MATEUS HENRIQUE AMANCIO SANTOS
MATHEUS NUNES ALVES

MACEIÓ/AL
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE ALAGOAS
CAMPUS A.C. SIMÕES
INSTITUTO DE FÍSICA
CENTRO DE TECNOLOGIA

DIMENSÕES INTEIRAS E FRACIONARIAS

Relatório do experimento de Dimensões


Inteiras e Fracionárias, realizado sob a
orientação do professor Noelio Oliveira
Dantas como requisito avaliativo da disciplina
de Laboratório de Física 1.

MACEIÓ/AL
SUMÁRIO
4
1 INTRODUÇÃO TEÓRICA ...............................................................................................6
2 OBJETIVOS .........................................................................................................................6

3 MATERIAL E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS ...................................................... 6

3.1 MATERIAL ..................................................................................................................6

3.2 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS ............................................................................ 7


4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................8
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 11

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
5
Naturalmente, existem os objetos com dimensões inteiras, como as figuras
geométricas estudadas na geometria plana e espacial: retas (dimensão 1); triângulos e
quadrados (dimensão 2); cilindros e esferas (dimensão 3), como também existem os objetos
com dimensões fractais, ou seja, que não tem uma dimensão exata: Uma gota d’água ou a
folha de uma planta.
Apesar de termos levado alguns séculos para reconhecer que o Universo tem quatro
dimensões e está cheio de objetos com dimensões de várias espécies e números, foram
suficientes apenas cinquenta anos para se aceitar a existência de objetos de dimensões
racionadas (fractais). Isso vale tanto para objetos grandes como as galáxias ou pequenos como
o cérebro humano. Embora a ideia de uma dimensão não inteira seja, à primeira vista,
estranha, os objetos fractais são muito mais fáceis de serem encontrados na natureza. Uma
árvore ou uma nuvem, por exemplo, são objetos fractais, já que não apresentam dimensões
perfeitamente definidas. Dessa forma, tais objetos estão mais presentes em nossas vidas do
que possamos imaginar.
A equação descrita abaixo (Eq. 1) é utilizada para se determinar a dimensão de um
objeto, inclusive a dos objetos fractais:
1
D=KM (Eq. 1)
d
Com D representando o diâmetro do objeto analisado, K sendo uma constante, M a
massa do objeto e da dimensão, que é o que se deseja encontrar. A dimensão de um objeto
fractal representa o seu nível de irregularidade.

2. OBJETIVOS:

Medir a dimensão dos corpos com formas geométricas irregulares.

3.MATERIAL E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS

3.1 MATERIAL

 Régua milimetrada
 Paquímetro
 Duas Folhas de papel.

6
3.2 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS

1. Uma das folhas foi guardada e a outra foi dividida em “metades”, num total de cinco
partes, como sugere a figura a seguir (Figura 1):

FIGURA 1: Representação das folhas de papel.

2. Em seguida, foram construídas seis bolas de papel amassado: cinco delas provenientes
da folha que foi dividida em partes e a última, construída a partir da outra folha, que
foi guardada.
3. Foi atribuída à menor fração da folha que foi dividida massa 1 e, às seguintes, massas
2, 4, 8, sucessivamente, até a última fração.
4. Foram efetuadas sete medidas do diâmetro, em pontos diferentes, de cada uma das
bolas de papel.
5. Foi calculada uma média dos valores medidos para cada bola e esta média foi
comparada com cada um dos valores em particular, a fim de se determinar os desvios
(incertezas).
6. Logo depois, foi calculada a média dos desvios de cada uma das bolas.

7
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

Depois de seguir os procedimentos citados, obtivemos, através de medições com o


paquímetro, os valores mostrados na tabela (tabela 1) abaixo:

M1 M2 M4 M8 M16 M32

D ΔD D ΔD D ΔD D ΔD D ΔD D ΔD
1 0,94 0,03 1,13 0,05 1,92 0,04 2,26 0,02 2,76 0,01 4,73 0,01
2 0,96 0,01 1,2 0,02 1,96 0 2,24 0,04 2,74 0,01 4,69 0,03
3 0,96 0,01 1,2 0,02 1,96 0 2,28 0 2,74 0,01 4,73 0,01
4 0,94 0,03 1,16 0,02 1,98 0,02 2,29 0,01 2,76 0,01 4,71 0,01
5 0,95 0,02 1,21 0,03 1,99 0,03 2,32 0,04 2,73 0,02 4,79 0,07
6 1,01 0,04 1,21 0,03 1,97 0,01 2,26 0,02 2,8 0,05 4,7 0,02
7 1,01 0,04 1,19 0,01 1,93 0,03 2,34 0,06 2,76 0,01 4,71 0,01
<D> <ΔD> <D> <ΔD> <D> <ΔD> <D> <ΔD> <D> <ΔD> <D> <ΔD>
0,97 0,03 1,18 0,03 1,96 0,02 2,28 0,03 2,75 0,02 4,72 0,02

TABELA 1: Exibe os resultados obtidos com as medições.

Onde:
D = Diâmetro;
ΔD = Desvio;
<D> = Média dos diâmetros;
<ΔD> = Média dos desvios.
Com os dados obtidos, foi construído um gráfico Diâmetro x Massa (anexo 1) em uma
folha log-log , gráfico este utilizado para calcular a dimensão das bolas de papel. Sabia-se que
as dimensões desses objetos deveriam estar entre 2 e 3.
Aplicando as propriedades de logaritmo na (Eq.1), tem-se:

1
D=MK
d

(
logD= logMK
1
d )
1
logD= logM +logK
d

y=ax+ b

Comparando-se as duas últimas equações acima, vemos que o coeficiente angular 𝑎 =


1 1
e, portanto, d = . Estudando o gráfico, identificou-se que tgα=a, ou seja, para encontrar a
d a
dimensão, restava apenas calcular a tangente dos ângulos α 1 e α 2 do gráfico.
8
A tangente de um ângulo é obtida pela equação (Eq.2) seguinte:

cateto oposto
tg α = (Eq.2)
cateto adjacente

Dessa forma, foram calculados os coeficientes angulares α1 e α2:

Δy 1
tg α 1=
Δx 1
6,0
tg α 1= =0,39
15,5
Δy 2
tg α 2=
Δx 2
9,3
tg α 2= =0,60
15,5

Em seguida, calculou-se a média aritmética dos ângulos:

0,39+ 0,60
tg α = =0,495
2

1
Já sabendo que d =
a
, bastou substituir o valor acima encontrado em a , lembrando que
tg α ¿ a . Logo:
1
d=
a
1
d=
0,495
d = 2,02

Assim, encontrou-se o valor correspondente à dimensão, valor este que estava dentro
do esperado: 2<d<3.

5.CONCLUSÕES

9
Neste relato aqui feito, pudemos explicar, mesmo sem possuir muita experiência e
conhecimento no assunto, um pouco do que conseguimos absorver desta aula prática. Para
isso, mantivemos uma linha de raciocínio, com instruções do professor Noelio, não saindo do
objetivo do relatório e buscando ser o mais preciso possível no seu desenvolvimento. Os
resultados saíram de acordo com o esperado, já que as bolas de papel não possuíam uma
dimensão perfeitamente definida. Realmente, tratava-se de objetos cuja dimensão estava entre
2 e 3, já que não eram esferas perfeitas e, ao mesmo tempo, não possuíam apenas duas
dimensões.

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

10
1. http://super.abril.com.br/superarquivo/1992/conteudo_113148.shtml
2. http://www.fisica.ufmg.br/~alcides/trabalho.html
3. Dantas, Noelio. Física Experimental 1. Maceió: Roteiro para o experimento de
dimensões inteiras facionarias, 2021.

11

Você também pode gostar