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Exame Final Nacional de Física e Química A

Prova 715 | 1.a Fase | Ensino Secundário | 2020


11.º Ano de Escolaridade 9 Páginas

RESOLUÇÃO – VERSÃO 1

Esta versão de resolução não é uma resolução oficial do IAVE, I.P., nem de qualquer instituição, podendo conter
erros.

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GRUPO I
1. (A) Como referido, «o módulo da velocidade da esfera aumentou proporcionalmente com o tempo decorrido»,
ou seja, quanto maior o tempo decorrido, maior o módulo da velocidade da esfera.

Além disso, o vetor P está representado. Deste modo, a decomposição do vetor P em Px e P y não deve
ser representada – opções (B) e (D) incorretas. Concluindo, na opção (C), o vetor da força de atrito
representado é maior que o vetor Px , ou seja, as forças representadas conduziriam ao movimento
uniformemente retardado (figura abaixo), o que não é o caso.

Opção (C) representada

2.
2.1. (B) Sabe-se que WF = − ΔEpg e que a variação da posição inicial do corpo varia a altura do corpo. Deste modo,
g
o trabalho realizado pela força gravítica depende da posição inicial, mas não depende da intensidade da
resultante das forças de atrito que atuam na esfera, pois
WF = − ΔEpg ⇔ WF = − (mgΔh).
g g

2.2.
 Cálculo do tempo de A ao quadrado (t2A ):

1 2 1 1 2L
x = x 0 + v0 t + atA ⟺ L = 0 + 0t + at2A ⟺ L = at2A ⟺ t2A =
2 2 2 a

 Cálculo do tempo de B ao quadrado ( t2B ):

1 1 1 1 1 1 1
x = x 0 + v0 t + at2B ⟺ L = L + 0t + at2B ⟺ L = L+ at2B ⟺ L − L = at2B
2 4 2 4 2 4 2

3L
3L 1 2 3L 3L 3L
⟺ 2
= atB ⟺ atB = 2 × = ⟺ tB = 2 =
2
4 2 4 2 a 2a
 Cálculo do quociente entre os tempos:

2L
t2A a 4 tA 4
2 = 3L = ⇔ =
tB 3 tB 3
2a

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3.
3.1. 4,40 cm 3. Na observação de uma medida em uma bureta, deve-se observar o centro do inferior do indicador,
como na figura.

Deste modo,
6,00 − 1,60 = 4,40 cm3

1,60 cm3 6,00 cm3

3.2. 6,00 cm3


3.2.1. (D)
1,60 cm3
p=
m ⟺ p = 1 g cm−3 H O
V 2

1,0 g H2O mH2 O


= ⟺ m = 1,6 g H2 O
1,0 cm H2 O 1,6 cm3 H2O
3

m 1,6 2
n= ⟺n= = 8,88 × 10 mol H2 O
M 18,01

N 2 N
n= ⟺ 8,88 × 10 = ⟺ N = 5,3 × 1022 moléculas de H2 O
NA 6,02 × 1023

3.2.2.
 Determinação da equação apropriada à tabela:

1 2 1 1
x = x0 + v 0 t + at ⟺ x = 0 + 0t + at2 = at2
2 2 2
Assim, conclui-se que
1
x= at2
2
Substituindo as incógnitas da expressão pelas incógnitas da tabela,
1 2
d= at
2
Deste modo, relacionando esta equação à equação da regressão linear , sabendo que o declive da reta é
a aceleração
1
y = mx + b ⟺ d = at2
2

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 Transformação do volume em segundos de cada valor da tabela:

1,6 cm3 3,20 cm3


= ⟺x =2 s
1s xs

1,6 cm3 3,90 cm3


= ⟺ x = 2,43 s
1s xs

1,6 cm3 4,55 cm3


= ⟺ x = 2,84 s
1s xs

1,6 cm3 5,00 cm3


= ⟺ x = 3,12 s
1s xs

1,6 cm3 5,60 cm3


= ⟺ x = 3,5 s
1s xs
 Construção da tabela a partir da distância e dos tempos calculados:

d/m t2/s

3,00 3,52

2,50 3,122

2,00 2,842

1,50 2,432

1,00 2,002

 Determinação da equação da reta:

A partir da tabela, deve-se fazer a regressão linear com d a representar a variável dependente e
t 2 a representar a variável independente, obtendo a seguinte expressão

y = 0,2453x + 0,0353
⟺ d = 0,2453 t 2 + 0,0353

Deste modo, o declive é 0,2453. Logo, como a aceleração é o declive da reta,

a 2
0,2453 = ⟺ a = 0,49 m s
2

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GRUPO II

1.1. (C) WF = − ΔEpg, logo é simétrico. Como houve aumento da velocidade, Fg > Far.
g

1.2. Nos primeiros 0,1 m percorridos pela gota A, a resultante das forças não é nula, uma vez que a velocidade varia.
Nos últimos 0,1 m percorridos pela gota A, a resultante das forças é nula, uma vez que a velocidade é constante.
A intensidade da resultante das forças é maior nos primeiros 0,1 m percorridos pela gota A.

1.3.
1.3.1.

 Cálculo da variação da energia potencial gravítica do sistema gota B + Terra:

3 3 5
ΔEpg = − mgΔh ⟺ ΔEpg = − 4,2 × 10 × 10 × 10 × 2,0 = − 8,40 × 10 J

 Cálculo da variação da energia cinética da gota B:

1 1
ΔEc = mΔv2 = × m × v2f − v2i
2 2
1 3 3
⟺ ΔEc = × 4,2×10 × 10 × 5,02 − 02 = 5,25 × 10 5
J
2

 Cálculo da energia dissipada nos 2,0 m considerados:

5 5
Edissipada = |ΔEm | = Ec − Epg = 5,25 × 10 − 8,40 × 10 =
5 5
= −3,15 × 10 = 3,15 × 10 J

1.3.2. (B) Como

2,4 kJ E 2
= ⟺ E = 1,0 × 10 kJ
1,0 g 4,2 × 10 3 g

Nas opções há somente valores em Joule, logo transforma-se kJ em J

1 kJ = 1000 J = 103 J ⟹ 1,0 × 10 2


× 103 = 10 J

2. (D) Considerando que este item menciona a capacidade térmica mássica, compara-se as temperaturas a partir
da fórmula

E
E = m c ΔT ⟺ ΔT =
mc
A partir do enunciado,

mar
mágua = e cágua = 4car
2
E E 1 E 1 E
ΔTágua = m = = × ⟺ ΔTágua = ×
ar
× 4car 2 × car × mar 2 mar × car 2 mar × car
2
1
⟺ ΔTágua = × ΔTar
2
Logo, a variação de temperatura para a água é duas vezes menor que a variação de temperatura para o ar.

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GRUPO III

1.1. (C)
om = B A cos a

Ao longo da superfície da espira existem diferentes valores do fluxo magnético, devido às diferentes
angulações do campo magnético criado pelo íman. No entanto, o fluxo não varia, pois não há movimento
da espira fora do eixo z, mantendo-se na posição e com a mesma angulação com a normal ao longo da
superfície, logo os fluxos magnéticos são constantes nos diferentes pontos ao longo da superfície delimitada
pela espira.

Como

|Δ om |
|ei | =
Δt
A força eletromotriz depende da variação do fluxo do campo magnético. Como não há variação do fluxo do
campo magnético em um intervalo de tempo qualquer, esta é nula.

1.2. (B) O campo magnético é tanto mais intenso quanto maior for a densidade de linhas de campo magnético na
vizinhança deste ponto. Deste modo, conclui-se que a densidade de linhas de campo magnético é menor
no ponto C, logo o campo magnético será menor neste ponto, mas não nulo.

2. (B) A velocidade de um sinal eletromagnético no vácuo é de 3 × 108 m s 1 . No ar, esta velocidade é


aproximadamente a mesma, pois o índice de refração no ar é n = 1,000.

v = l × f ⟺ 3,00 × 108 = l × 800 × 103 ⟺ l = 375 m = 3,75 × 102 m

3.
 Cálculo da corrente elétrica fornecida pelo gerador (I):

U = e − Ri × I ⟺ 8,74 = 9,20 − 2,0 × I ⟺ I = 0,230 A


 Cálculo da corrente elétrica que percorre o condutor A:

Como os condutores estão em paralelo

UA = UB
⟺ 3RB × IA = RB × IB
⟺ 3IA = IB

Sabe-se que

I A + IB = I
2
⟺ IA + 3IA = 0,230 A ⟺ IA = 5,75 × 10 A

 Cálculo da potência dissipada no condutor A:

2
PA = U × I ⟺ P = 8,74 × 5,75 × 10 = 0,50 W

GRUPO IV

1. (A) 12, 13 e 14 representam o número de massa. Ou seja, o número de protões e o número de neutrões somados
no núcleo do átomo. Um isótopo representa um átomo com o mesmo número atómico, mas com diferente
número de massa, ou seja, diferentes números de neutrões. Deste modo, o número de protões é igual, mas o
número de massa é diferente. Além disso, a massa isotópica relativa e a massa atómica relativa também são
diferentes.

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2. (C) Em relação ao carbono, o átomo de oxigénio está mais à direita no período do que o átomo de carbono. Deste
modo, o raio atómico é menor e a carga nuclear é maior, o que promove também um aumento do número de
eletrões que são assim mais atraídos pelo núcleo, pela atração da nuvem eletrónica.

3. (D)
A geometria molecular da molécula de CO2 é

C
Existem 4 pares de eletrões de valência ligantes, ou seja, 8 eletrões ligantes e 4 pares de eletrões não ligante,
ou seja, 8 eletrões.

4.
4.1. (A) O número de oxidação do carbono no metano pode ser calculado por
x + 4 × (+1) = 0 ⟺ x = − 4
O número de oxidação do carbono no dióxido de carbono pode ser calculado por
x + 2 × ( − 2) = 0 ⟺ x = + 4
Logo, a variação será
+ 4 − ( − 4) = +8
4.2.
 Cálculo da quantidade de O2 disponível para cada mole de CH4 :

Por estequiometria, 1 mol CH4 : 2 mol O2 . Como há 5% de excesso de O2 , existem, por cada mole de
CH4 ,
2 × 1,05 = 2,100 mol O2

 Cálculo da quantidade de O2 que reage com cada mole de CH4:

1 mol CH4 0,984 mol CH4


= ⟺ n = 1,968 mol O2
2 mol O2 n
 Cálculo da quantidade que não reagiu de O2 , por cada mole de CH4 :

nnão reagiu = 2,100 − 1,968 = 0,132 = 0,13 mol O2

5.
4 4
5.1. (C) Em 1965, a fração molar era 3,20 × 10 . Logo, 3,20 × 10 mol CO2 para 1 mol no total de ar. Assim, a
ppm VCO2 será

VCO2 Vm CO × nCO2
ppm VCO2 = × 106 = 2
× 106 =
Var Vmar × nar
n CO2
= × 106 = 3,20 × 10 4
× 106 = 3,20 × 102 ppm
nar

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5.2.
 Indicação da fração molar de CO2 em 1999 e em 2015:

4
xCO2 1999 = 3,68 × 10
4
xCO2 2015 = 4,00 × 10

 Cálculo da variação da fração molar entre 1999 e 2015 (item não contido nos critérios de classificação):

4 4 4
4,00 × 10 − 3,68 × 10 = 0,32 × 10
4
Com esta determinação, significa que há 0,32 × 10 mol de CO2 para 1 mol de ar.

 Cálculo de uma quantidade de CO2 por dm 3 de ar seco:

4
0,32 × 10 mol CO2 n 6 3
3
= 3
⟺ n = 1,43 × 10 mol dm de ar seco
22,4 dm ar seco 1 dm ar seco

 Cálculo da massa de CO2 a partir do conceito de massa molar:

6 5 3
m = n × M ⟺ m = 1,43 × 10 × (12,01 + 16,00 + 16,00) = 6,29 × 10 g dm

 Cálculo da taxa temporal média entre 1999 e 2015:

6,29 × 10−5
Taxa temporal média = = 3,9 × 10 −6 g dm−3 a−1
2015 − 1999

6. (A) De acordo com o princípio de Le Châtelier, a reação direta, quando endotérmica, é favorecida, logo a
formação de produtos é também favorecida. O Kc diz a respeito da constante de equilíbrio da reação e não
tem relação com a rapidez da reação – opção (B) incorreta. Não há informações suficientes sobre a
quantidade de matéria formada – opção (C) incorreta. O Kc é positivo, logo significa que há denominadores
diferentes do que 0, ou seja, os reagentes não se esgotam – opção (D) incorreta.

GRUPO V
1.
[ HCO3 ] H3 O
KA =
[H2 CO3 ]

Numa reação onde HA (aq) + H2 O (l) ?A (aq) + H3 O , KA é igual a

[ A ]e × H3 O e
KA =
[HA] e

2. (C) Define-se por par conjugado ácido-base o conjunto de duas partículas que diferem entre si em 1 H+ . Logo,
quando adicionado um ião H+ à base HCO3 (aq), este transforma-se em H2 CO3 (aq).
Consequentemente, este processo ocorre com o CO23 (aq), que é a base conjugada do ácido carbónico,
H2 CO3 (aq).

3. Há o aumento da concentração do ião H3 O+ ( aq) nas águas dos oceanos e o favorecimento da reação (2) no
sentido inverso. Ocorre a diminuição da concentração do ião CO23 (aq) e o favorecimento da dissolução do
CaCO3, causando, consequentemente, a diminuição do pH das águas dos oceanos que contribui para a
dissolução das conchas.

FIM DA RESOLUÇÃO
Na página seguinte encontra-se a divisão da prova baseada nas aprendizagens essenciais.

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A prova pode ser dividida com base nas aprendizagens essenciais:

DOMÍNIO GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V

Elementos Químicos e
3.1.*, 3.2.1.* 1., 2.*, 3.
sua Organização

Propriedades e
Transformações da 5.1., 5.2.*
Matéria
1.1., 1.2.,
Energia e sua
1., 2.1.* 1.3.1*., 1.3.2., 3.*
conservação
2.*

Mecânica 2.2., 3.2.2.

Ondas e
1.1., 1.2., 2.,
eletromagnetismo

Equilíbrio Químico 4.2., 6.

Reações em sistemas
4.1. 1., 2., 3.
aquosos

* Itens obrigatórios.

Deste modo, é possível concluir que os itens obrigatórios abrangem todos os domínios existentes nas aprendizagens
essenciais para o 10.º ano de escolaridade.

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