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FACULDADE ARI DE SÁ

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CRISTINE SAMPAIO GOMES ARAÚJO

JOYCE MAIARA BRITO LOPES

TRABALHO 05 - AVALIAÇÃO DOCENTE 2

FORTALEZA

2023
2

CRISTINE SAMPAIO GOMES ARAÚJO


JOYCE MAIARA BRITO LOPES

TRABALHO 05 - AVALIAÇÃO DOCENTE 2

Avaliação Docente 2 apresentada à disciplina


Hidráulica Aplicada do Semestre 4 do Curso
de Engenharia Civil da Faculdade Ari de Sá.
Orientador: Prof. Lídio Giordanni

FORTALEZA

2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
2. RESOLUÇÃO......................................................................................................................6
4

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar a solução para a problemática a seguir:

● Considere a rede abaixo:

Determine, para essa rede:


a) O diâmetro de todos os trechos.
b) As velocidades de cada trecho.
c) A pressão disponível em cada nó.
d) A altura mínima do nível de água do reservatório para atender a pressão
mínima na rede.
Dados:
● P = 7200 hab.
● q = 200 l/hab.dia
● C = 140 m0,367/s
● Pmín. = 10 mca
● Pmáx. = 50 mca
● Jmáx. = 10 m/km
Considere a tabela abaixo para avaliação de velocidades e vazões máximas nos
trechos:
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2. RESOLUÇÃO
a) Para tratar o problema, inicia-se com a definição dos parâmetros, onde são
identificados todos os dados fornecidos. Em seguida, é feito o cálculo da vazão
de distribuição Qd, que é dada por:
𝑘1 𝑥 𝑘2 𝑥 𝑃 𝑥 𝑞
𝑄𝑑 = 3600 𝑥 ℎ
[𝑙/𝑠]

Sabendo que P = 7200 hab e q = 200 l/hab.dia, também adotando k1 = 1,20, k2 = 1,50,
e h = 24 h, tem-se:
1,20 𝑥 1,50 𝑥 7200 𝑥 200
𝑄𝑑 = 3600 𝑥 24
= 30 𝑙/𝑠

Após isso, é calculada a vazão em marcha, para que se possa adotar uma vazão para
cada nó da rede. A vazão em marcha qm é dada por:
𝑄𝑑
𝑞𝑚 = 𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
[𝑙/(𝑠 · 𝑚)]

Ao fazer a somatória das extensões de cada trecho, obtem-se Ltotal = 2.800 m. Sabendo
que Qd = 30 L/s, tem-se:
30
𝑞𝑚 = 2.800
≈ 0, 011 𝑙/(𝑠 · 𝑚)

De posse desse dado, pode-se calcular a vazão em cada nó. Considerando que Q =
L.qm [l/s], e que L é dado pela média do somatório de cada extensão de montante e de
jusante de cada trecho, incluindo as derivações, tem-se que:

QNó A = ( 𝐿𝐴−𝐵+𝐿𝐴−𝐷
2 ) × 𝑞 = 4, 82 𝑙/𝑠
𝑚

QNó B = ( 𝐿𝐴−𝐵+𝐿𝐵−𝐶+𝐿𝐵−𝐸
2 ) × 𝑞 = 6, 43 𝑙/𝑠
𝑚

=( ) × 𝑞 = 6, 43 𝑙/𝑠
𝐿𝐵−𝐶+𝐿𝐷−𝐶+𝐿𝐶−𝐹
QNó C 2 𝑚

QNó D = ( 𝐿𝐴−𝐷+𝐿𝐷−𝐶
2 ) × 𝑞 = 4, 82 𝑙/𝑠
𝑚

=( ) × 𝑞 = 3, 75 𝑙/𝑠
𝐿𝐵−𝐸+𝐿𝐸−𝐹
QNó E 2 𝑚

=( ) × 𝑞 = 3, 75 𝑙/𝑠
𝐿𝐸−𝐹+𝐿𝐶−𝐹
QNó F 2 𝑚

A partir disso, pode-se efetuar o cálculo das vazões em cada trecho, embasado na
seguinte lógica: Nos trechos A-B e A-D, a vazão é a média da diferença entre a vazão
de montante de A e a vazão do Nó A, considerando que a vazão é dividida igualmente
entre os trechos. No caso do trecho A-D, considerando o sentido horário como
positivo e o anti-horário como negativo, tem-se que sua vazão é de mesmo valor do
trecho A-B, porém com sentido inverso, isto é, negativo. Aplicando essa metodologia
em todos os pontos, lembrando da aplicação do sentido da vazão, obtem-se as vazões
por trecho conforme tabela abaixo.
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ANEL TRECHO Q [l/s]


- R-A 30,00
A-B 12,59
A-D -12,59
1
D-C -7,77
B-C 3,08
C-B -3,08
B-E 3,08
2
E-F 0,67
C-F -4,42

Logo depois de encontrar as vazões, pode-se encontrar os diâmetros, que são adotados
conforme a tabela para avaliação de velocidades e vazões máximas nos trechos. Os
diâmetros obtidos estão conforme demonstrado abaixo.
ANEL TRECHO Q [l/s] D [m]
- R-A 30,00 0,200
A-B 12,59 0,150
A-D -12,59 0,150
1
D-C -7,77 0,150
B-C 3,08 0,075
C-B -3,08 0,075
B-E 3,08 0,075
2
E-F 0,67 0,050
C-F -4,42 0,100

b) Em seguida, pode-se calcular as velocidades de cada trecho. Tem-se para a


velocidade:
𝑄 𝑄 4·𝑄
𝑣= 𝐴
= 2
𝐷
= 2 [𝑚/𝑠]
π π·𝐷
4

Aplicando a fórmula acima, obtem-se os seguintes valores de velocidade em cada


trecho:
ANEL TRECHO Q [l/s] D [m] v [m/s]
- R-A 30,00 0,200 0,95
A-B 12,59 0,150 0,71
A-D -12,59 0,150 0,71
1
D-C -7,77 0,150 0,44
B-C 3,08 0,075 0,70
C-B -3,08 0,075 0,70
B-E 3,08 0,075 0,70
2
E-F 0,67 0,050 0,34
C-F -4,42 0,100 0,56
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Após calcular as velocidades, pode-se calcular as perdas de cargas unitárias (J = 10,65


x [Q1,85 / (C1,85 x D4,87)], em m/m) e a total (ΔH = J x L, em m) para fins de conferência
com as condições máximas admitidas, no caso Jmáx = 0,01 m/m e ΔQ = 0 l/s.
Sabendo que n = 2 anéis, tem-se para ΔQ:
ΣΔ𝐻
∆𝑄 =− Δ𝐻
𝑛·Σ 𝑄

Ao finalizar os cálculos e perceber-se que as condições não foram atendidas, inicia-se


o processo de iterações. Foram necessárias 7 iterações para que ΔQ ficasse dentro da
margem de erro exigida de 0,001 l/s.
c) Então, é realizada outra planilha com as cotas piezométricas (CP) e
geométricas (Z) de cada nó, afim de calcular a pressão em tais pontos.
É dado que a CP é a diferença entre a CP do nó e a perda de carga da CP do próximo
nó. Também tem-se que a pressão é a diferença das cotas piezométricas. A partir disso,
levando em conta as condições de pressões mínimas e máximas admissíveis, obteve-se
os seguintes valores de pressão:
R A B C D E F
Cota Geométrica 110,00 105,00 103,00 98,00 101,00 100,00 96,00
Cota Piezométrica 120,00 119,12 117,33 116,97 118,40 117,32 117,06
Pressão (m) 10,00 14,12 14,33 18,97 17,40 17,32 21,06

d) A partir da tabela acima, tem-se que a altura mínima que o nível do


reservatório precisa atender é de 120 m.

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