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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Ciência e Tecnologia Ambiental- DCTA


Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária

Atividade Avaliativa 1
Disciplina: Drenagem Pluvial Data: 01/09/2023
Professor: André Luiz Marques Rocha E-mail: andrerochacefetmg@gmail.com Entregar até: 15/09/ 2023
Curso: Enga Ambiental e Sanitária Valor: 2,5 pontos
Aluno(a):_________________________________________________________ Nota:
Obs 1: A atividade poderá ser desenvolvida em grupos de até 2 (duas) pessoas.

Atividade Avaliativa 1 – Método Racional, Sarjetas, Bocas Coletoras (Bocas de Lobo)

Orientações Gerais

Essa atividade pode ser realizada em dupla, e deverá ser entregue um único arquivo contendo as respostas
em um link disponibilizado no SIGAA, até o dia 31/03/2023. Ao enviar o arquivo, inserir o nome dos
integrantes da dupla.

As tabelas e formulários necessários para o desenvolvimento da atividade constam no final do arquivo. Ressalta-
se que é importante que o (a) aluno (a) se familiarize com as equações e tabelas disponibilizadas, pois elas serão
utilizadas durante a disciplina (exercícios, avaliações).

✓ Objetivos

• Calcular a vazão de Escoamento Superficial pelo Método Racional.


• Compreender as diferenças entre métodos de determinação de tempo de concentração.
• Entender o funcionamento e aplicar equações de dimensionamentos dos componentes hidráulicos (sarjetas,
bocas coletoras).

Questão 1. Calcular a Vazão Máxima de Escoamento Superficial (QES) na seção exutória da bacia localizada no
município de Juiz de Fora - MG. Considerar que a duração crítica da chuva que provoca o escoamento é igual
ao tempo de concentração da bacia.
Para o cálculo de tempo de concentração utilizar:
A. a Equação do Método do Número da Curva – SCS.
B. a Equação de Kirpich.
C. Qual dos métodos utilizados você acredita que seja mais interessante para aplicação em dimensionamento
de estruturas de microdrenagem? Justifique a sua resposta.
Dados Fornecidos:
Tempo de recorrência a ser considerado:10 anos
Área da Bacia (A): 0,46km2 (bacia com ocupação urbana);
Comprimento do curso d’água principal (L): 1740 m
Diferença de elevação entre a seção de deságüe e o ponto mais remoto da bacia: 231,6m;
Solo: Arenoso com poucos finos e baixo teor de argila (10%);
Condição de Umidade: AMCII.
Uso do Solo: Área urbana, em que: 25 % da área ocupada com gramados em condições ruins; 35% da área
ocupada por residências do tipo 1 com aproximadamente 65% de área impermeável e 40% de áreas
pavimentadas com sistemas de drenagem.

Parâmetros Equação IDF: k = 3000; a = 0,1730; b = 23,9650; c = 0,9600.

Coeficientes de Escoamento: Gramado = 0,3; Áreas residenciais = 0,7; Áreas pavimentadas = 0,9.
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Questão 2. As sarjetas em trecho urbano têm como objetivo conduzir as águas que se precipitam sobre a
plataforma da rodovia e áreas adjacentes ao ponto de captação que normalmente é uma boca de lobo. Em
linhas gerais, as sarjetas podem apresentar diversos tipos de seção (triangular, retangular, trapezoidal),
dependendo da capacidade de vazão necessária a ser transportada (DNIT, 2006).

A. Calcule a vazão máxima que escoa por uma sarjeta de seção triangular, em uma via coletora, cuja lâmina
d’água na sarjeta possui uma altura de 12 cm. Considerar a declividade longitudinal da via de 0,5% (0,005
m/m), a declividade transversal da via e da sarjeta de 3% (0,03 m/m), e os parâmetros normais de via pública
definidos pelo Plano Diretor Municipal e pelo Código de Trânsito Brasileiro. Utilizar o coeficiente de
rugosidade para o concreto da sarjeta igual a 0,015. Na Figura 1 é apresentado um esquema ilustrativo da
sarjeta.
Obs: Utilize a Equação de Manning para determinar a vazão na sarjeta.

Figura 1. Esquema ilustrativo de uma sarjeta simples.

Questão 3.
A. Utilizando a Equação de Manning, calcule a vazão máxima que escoa por uma sarjeta de seção triangular,
em uma via pública, conforme dados apresentados na Figura 2. Considerar a declividade longitudinal da via
de 0,40% (0,004 m/m). Utilizar o n concreto da sarjeta = 0, 016.

B. Para os mesmos dados fornecidos na alternativa “A”, calcule a vazão teórica que escoa pela sarjeta utilizando
a Equação de Izzard. Em seguida, calcule também a vazão real considerando interferências por detritos
presentes na sarjeta.

C. Utilizando a Equação de Izzard, calcule a velocidade de escoamento da água na sarjeta de concreto (Vs),
e verifique se “Vs” atende às recomendações do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes) em relação ao comportamento hidráulico na sarjeta (Vs mínima ≥ 0,75 m.s-1 e Vs máxima
≤ 3,5 m.s-1).

Figura 2. Corte esquemático de uma sarjeta simples.


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Questão 4. A vazão que escoa pela sarjeta é de 120L/s, com uma altura da lâmina d’água de 12 cm e largura
da sarjeta de 30 cm. A declividade longitudinal da rua é de 0,5% e a declividade transversal da rua é de 3,0%. O
coeficiente de rugosidade para o concreto da sarjeta igual a 0,016.
Deseja-se inserir uma boca coletora do “tipo guia” com “h = 0,15 m” para receber as águas pluviais vindas da
sarjeta.
A. Qual será o comprimento mínimo da abertura da guia para captar toda a água vinda da sarjeta?
B. Quantas bocas de lobo do tipo guia que devem ser inseridas no local para captar toda a água cinda da sarjeta,
considerando que a abertura na guia possui as dimensões L = 1,00 m e h = 0,15 m?

Questão 5. Calcule a capacidade de engolimento (esgotamento) de boca coletora do “tipo combinada”, inserida
para captar as águas advindas de uma sarjeta, com uma altura da lâmina d’água de 10 cm. Considere que a
abertura na guia (também chamada de cantoneira) possui as dimensões L = 0,90 m e h = 0,15 m, e que a grelha
se encontra encostada na guia. As dimensões da grelha são apresentadas na Figura 3.

Figura 3. Detalhes da boca coletora do tipo combinada

Fonte: SUDECAP, 2004. Obs: Unidades em centímetros.

Questão 6. Calcule a capacidade de engolimento (esgotamento) de boca coletora do “tipo combinada”, inserida
para captar as águas advindas de uma sarjeta, com uma altura da lâmina d’água de 30 cm. Considere que a
abertura na guia possui as dimensões L = 0,90 m e h = 0,15 m, e que a grelha se encontra afastada da guia. As
dimensões da grelha são apresentadas na Figura 4.
Para facilitar os cálculos, considere as dimensões da grelha: e = 4,0 cm; L1bl = 0,99 m; L2bl = 0,44m.

Figura 4. Detalhes da boca coletora do tipo grelha.

Fonte: Caderno de Encargos SUDECAP, 2008.


Obs: Unidades em centímetros.
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FORMULÁRIO
0 , 385 0,7
 L3   1000 
* (S )
−0,5
Q = 0,278 C * im * A tc = 57 *   tc = 3,42 * L0,8 *  − 9
 h   CN 
−0 , 5
 1000 
0, 7
h K .T a 1
t c = 3,42 * L * 
0 ,8
− 9 *  im = Tr =   R( n ) = 1 − (1 − p) n
 CN  L (t + b)c  p

A * Rh 2 / 3 * S 1/ 2 A Q*n
3/8
z
Q = Av = Rh = D = 1,55 1 / 2  Qs = 0,375   S 1 / 2 y 8 / 3
n Pm S  n

1/ 2
 y − ( y BL / 2) 
QBL = 1,7 * LBL * y 3/ 2
QBL = 3,01* LBL * y 3/ 2
*  
 y BL 

QBL = 1,7 * PBL * y 3 / 2 QBL = 2,91* Aorif * y1/ 2 Aorif = L1BL * (norif * e) PBL = 2 L1BL + 2 L2 BL

TABELAS
Tabela 1. Valores de CN para bacias com ocupação urbana para condições de umidade do solo antecedente AMC II.

Área Impermeável Grupo Hidrológico


Ocupação do Solo
(%)
A B C D
Áreas Urbanas
Condições ruins (gramados <50%) - 68 79 86 89
Condições normais (gramados de 50% a 75%) - 49 69 79 84
Condições excelentes (gramados > 75%) - 68 79 86 89
Áreas Residenciais (em função da parte impermeável)
Área residencial tipo 1 65 77 85 90 92
Área residencial tipo 2 38 61 75 83 87
Área residencial tipo 3 25 54 70 80 85
Áreas Impermeáveis
Estacionamentos pavimentados, telhados - 98 98 98 98
Estradas e ruas pavimentadas com sistema de drenagem - 98 98 98 98
Estradas e ruas pavimentadas sem sistema de drenagem - 83 89 92 93
Tabela 2. Correção do Número CN para condições de umidade
diferentes da média (AMC II)
Valores médios Valores corrigidos Valores corrigidos
AMC II AMC I AMC III
100 100 100
95 87 99
90 78 98
85 70 97
80 63 94
75 57 91
70 51 87
65 45 83
60 40 79
55 35 75
50 31 70
45 26 65
40 22 60
35 18 55
30 15 50
25 12 43
20 9 39
15 7 33

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