Visamos comparar as vazões, uma obtida na prática atual através do ponto de operação
da bomba e outra a vazão a mais alta obtida na prática CURVA CARATERÍSTICA DA
BOMBA CENTRÍFUGA.
1. Introdução
O conhecimento da vazão de trabalho da bomba se aplica diretamente ao transporte
de fluidos de um ponto ao outro via tubulações. Para a utilização dos conceitos podemos
comparar a curva característica do sistema com a curva característica da bomba. Ambas
são descritas em função da quantidade de energia por unidade de peso que uma bomba
deve providenciar para que o fluido escoe a uma certa vazão.
2. Objetivos
O objetivo desta prática é comparar a vazão da bomba obtida através do ponto de
operação, com a maior vazão obtida na prática CURVA CARATERÍSTICA DA BOMBA
CENTRÍFUGA. Afim de comparar os resultados teóricos e experimentais
3. Metodologia
O experimento foi realizado através do registro de diferentes vazões (𝑄)̇, que dessa
forma podemos calcular as perdas de cargas pelo sistema hidráulico. Partimos
primeiramente do cálculo da velocidade:
𝑄̇
𝑣𝐵 =
𝐴𝑇𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜
Com a velocidade calculada pudemos então calcular o número de Reynolds que estará
presente no cálculo do fator de atrito:
𝜌𝑣𝐷
𝑅𝑒 =
𝜇
𝜀 5,74 −2
𝑓 = 0,25 [𝑙𝑜𝑔 ( + )]
3,7𝐷 𝑅𝑒 0,9
Sendo assim, podemos então calcular as perdas de carga do sistema, as perdas de
cargas são distribuídas de maneira distintas, perdas de cargas ao longo da tubulação reta
(ℎ𝑑 ) e perdas de carga em determinadas localidades do sistema, ditas perdas de cargas
localizadas (ℎ𝑙 ):
𝐿 𝑣𝐵2
ℎ𝑑 = 𝑓
𝐷 2
𝐿𝑒 𝑣𝐵2
ℎ𝑙 = 𝑓
𝐷 2
E a perda de carga total é dada pela soma de ℎ𝑇 = ℎ𝑙 + ℎ𝑑
O balanço de energia é dado por:
𝑣𝐵2 − 𝑣𝐴2 𝑃𝐵 − 𝑃𝐴 ℎ𝑇
+ (𝑧𝐵 − 𝑧𝐴 ) + + −𝐻 =0
2𝑔 𝜌𝑔 𝑔
Podemos simplificar alguns termos, levando em consideração que 𝑃𝐵 = 𝑃𝐴 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 e
que 𝑣𝐴 parte do repouso e isolando o head (H) chegamos em:
𝑣𝐵2 ℎ𝑇
𝐻= + (∆𝑧) +
2𝑔 𝑔
Esses cálculos são realizados para cada ponto de vazão registrado, plotando assim um
gráfico comparativo entre head da bomba em função da vazão, no mesmo gráfico
plotamos a curva da prática de curva característica da bomba centrífuga.
4. Resultados
Definimos previamente alguns dados e algumas constantes utilizadas para a
realização de cálculo
D 0,0405 m
εaço 0,000046 m
εPVC 0,000001 m
Laço 3,84 m
LPVC 8,49 m
Δz 0,383 m
ρágua 1000 kg/m³
μágua 0,001 Pa.s
g 9,81 m/s²
A 0,00123 m²
Na prática também foi utilizado o número de acidentes do sistema de acordo com seus
materiais e suas rugosidades (ε) de 0,000046 e 0,000001 m para o aço e o PVC
respectivamente:
Aço PVC Le/D
Válvula gaveta 1 - 8
T- Saída lateral 1 1 60
T- Entrada lateral 1 - 80
Junção 2 3 16
Válvula esfera 2 - 3
Bocal de entrada - 1 15
Cotovelo 90° - 8 30
𝑄̇ (𝐿/min) 𝐻(𝑚𝑑𝑒𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎𝑑𝑒á𝑔𝑢𝑎)
184,99 5,579961
172,88 4,968796
157,32 4,236502
144,44 3,675754
125,74 2,935574
109,14 2,352756
87,06 1,68757
55,06 0,952755
FONTE: Os autores, 2022
FONTE: Os Autores, 2022
Utilizando as equações obtidas pelo gráfico podemos estimar que a vazão ótima
está em torno de Q=220 L/min. E a vazão na prática da curva da bomba era no valor
de Q=184,99 L/min. Dessa maneira calculamos um desvio próximo a 19%
5. Conclusões
Podemos levar em consideração que os resultados obtidos estão de acordo com o
esperado já que não possui um desvio tão elevado. Tal erro pode estar atrelado a
erros experimentais do tipo, o cálculo realizado da perda de carga consideramos
que a válvula gaveta está sempre aberta, ou que o tubo de Venturi apesar de ter
um estrangulamento suave, ainda assim gera uma perda de carga para tubulações
pequenas como a nossa.