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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE BOMBEAMENTO DE AGUA

(BOMBA AFOGADA)

Daniel Radunz Desordi

Francisco Humberto Willers Junior

Gustavo Henrique Lorenzoni

Panambi, 27 de junho de 2023.

Sumário

1
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
2. SISTEMA............................................................................................................................... 4
3. MATERIAIS UTILIZADOS ...................................................................................................... 5
4. FUNCIONAMENTO ......................................................................................................... 6
5. CÁLCULOS ......................................................................................................................
6
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 15

1. INTRODUÇÃO

2
Visando aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula durante o semestre na
disciplina de máquinas de fluxo, através de uma aula prática, analisamos um sistema de
bombeamento, utilizando materiais como; bomba de aspiração (sistema afogada),
tubulações de PVC de 25 e 32 mm de diâmetro; caixa de agua de 300 litros (reservatório);
rotâmetro e demais curvas, reduções, suportes da bancada entre outros. O objetivo do
trabalho proposto é encontrar um modo em que os cálculos efetuados em aula sejam mais
visíveis e práticos, nos proporcionando uma visão ampla, para comparar dos valores
adquiridos teoricamente e os valores adquiridos praticamente no sistema.

2. SISTEMA

3
Figura 1: Sistema montado em bancada.

3. MATERIAIS UTILIZADOS

-Bomba modelo BC-91S SC 1CV MONO 60HZ, MARCA SCHNEIDER;


-Motor elétrico Weg 1CV;

4
-Manômetro (1x);
-Vacuômetro (1x);
-Registro globo de Ø25 mm (3x);
-Registro globo de Ø32 mm (3x);
-Tubulação Pvc Ø25 mm;
-Tubulação Pvc Ø32 mm;
-Curva 90º Ø32 mm raio curto (7x);
- Curva 90º Ø25 mm raio curto (5x);

-Tê Ø25 mm (5x);


Tê Ø32 mm (3x);
-Entrada de normal;
-Saída de canalização;

-Reservatório de 300l;

4. FUNCIONAMENTO
O sistema funciona com uma Bomba acoplada a um motor Weg de 1CV que quando
acionado suga a agua do reservatório, passando por um registro globo, posteriormente por

5
um manômetro, bomba de aspiração, vacuômetro, rotâmetro e circulando de acordo com as
posições dos registros até retornar novamente para o reservatório inicial.

5. MEMORIAL DE CÁLCULO
Primeiramente foi necessário obter as dimensões de cada componente do sistema,
que foram medidos com paquímetro e trena métrica. O objetivo deste ensaio prático é de
realizar todos os cálculos vistos no decorrer das aulas de máquinas de fluxo, também como
objetivo achar o ponto de operação da bomba. Para termos valores mais precisos alguns
instrumentos estão instalados no sistema
O vacuômetro nada mais é que, um manômetro (medidor de pressões) que se
destina a medir pressões muito baixas, próximas da ausência completa de ar\gás ou de
qualquer fluido, ou seja do vácuo.

Figura 2: Vacuômetro.

O manômetro ou manómetro é um instrumento utilizado para medir a pressão de fluidos


contidos em recipientes fechados, possuindo uma conexão com o sistema e um ponteiro
(quando mecânico) ou display (quando eletrônico). Normalmente são dispositivos de baixo
custo aplicados em sistemas de fluidos, líquidos e gases.

6
Figura 3: Manômetro.

O rotâmetro ou medidor de vazão é um dispositivo muito utilizado na


mecânica dos fluidos para medir a vazão de um gás ou líquido em um tubo, ou
seja, o volume que passa por unidade de tempo em um determinado espaço.

Funciona da seguinte forma: O gás ou o líquido se desloca no rotâmetro


partido de sua base até o topo, elevando o cone de medição interno e,

7
consequentemente, aumentando a passagem do fluido. Quanto maior a
vazão, mais alto o cone de medição é elevado, o que nos permite fácil leitura
da escala métrica.

Figura 4: Rotâmetro

Para realizar os cálculos também foi necessário obter algumas informações da bomba
e do motor.

8
Figura 5: Dados de placa da bomba.

Figura 6: Dados de placa motor. Fonte: WEG.

Os cálculos foram propostos foram realizados no Microsoft Excel. Os mesmos serão


apresentados a seguir.
PASSO 1:

9
D1= 0,032 m β1= 20

D2= 0,025 m β2= 20

d1= Dint rot= 0,012 m

d2= Dext rot= 0,098 m

N= 3450 Lpae rot= 0,005 m

he= 2,5 m Lpas rot= 0,005 m

Ԑ= 0,75 Visc= 1,00E-05 m/s²

g= 9,81 m/s² Rig= 0,00001 m


π
3,14
Figura 7: Características do rotor.

PASSO 2:

Q(m^3/h) Q(m^3/s) U2 Hex Ԑ H Ncv n

10
1 0,000277778 18 31,01910634 0,1818182 5,639837517 0,01566622 0,75

2 0,000555556 18 30,12444131 0,1528903 4,605733583 0,02558741 0,75

3 0,000833333 18 30,2970954 0,1381519 4,185602592 0,03488002 0,75

4 0,001111111 18 29,38695289 0,1285649 3,778129757 0,04197922 0,75

5 0,001388889 18 28,47681037 0,1215891 3,462471064 0,04808988 0,75

6 0,001666667 18 27,56666786 0,1161715 3,202460425 0,05337434 0,75

7 0,001944444 18 26,65652535 0,1117797 2,979657451 0,05793778 0,75

8 0,002222222 18 25,74638284 0,1081097 2,783434696 0,0618541 0,75

9 0,0025 18 24,83624032 0,1049728 2,607129097 0,06517823 0,75

10 0,002777778 18 23,92609781 0,1022439 2,446297009 0,06795269 0,75

Figura 8: Dimensionamento do Rotor.

Formula achar a velocidade periférica na saída U2:


π . D2 . W
U 2=
60
Figura 9: Formula para encontrar as velocidades para cada vazão específica.

0,8
ε =1−(1− 1
)
( Qx ) 4

Figura 10: Equação Walter Jekat.

U2 Qx . cotg . β 2
¿ .(U 2− )
g π . D2 . B 2

1000. Q . H
H=ε . H e N cv =
75. η
Figura 11: Formula para encontrar as alturas e potencias.

3 PASSO:
Calculo perdas de carga na tubulação de Ø 32mm:

11
Lista de materiais Qtd. Comp. Equivalentes a perdas Total
localizadas.
-Tubulaçã o 11,55 1 11,55

-Entrada normal 1 0,9 0,9

-Tê saída bilateral 3 2,3 6,9

-Curva 90º raio curto 7 1,1 7,7

-Rotâ metro 1 0 0

-Registro globo aberto 3 11,3 33,9

Comprimento equivalente 60,95 m


(Leq)

Figura 12: Perdas de carga tubulação 32mm.


4 PASSO:
Calculo perdas de carga na tubulação de Ø 25 mm:
Lista de materiais Qtd. Comp. Equivalentes a perdas Total
localizadas.
-Tubulaçã o 8,6 1 8,6

-Saída de canalizaçã o 1 0,7 0,7

-Tê saída bilateral 5 1,7 8,5

-Curva 90º raio curto 5 0,8 4

-Registro globo aberto 3 8,2 24,6

Comprimento equivalente 46,40 m


(Leq)

Figura 13: Perdas de carga tubulação 25mm.


5 PASSO:

Perda de carga na tubulação de 32mm


Leq=

12
comp (L) 11,55 11,55
curvas 90º 7 7,7
Tee saida 3 6,9
Reg.globo.Abe. 3 33,9
Entr. Normal 1 0,9
Leq total 60,95

rugor(e) 0,00001 m
vis cin (v) 0,000001 m/s²

Q(m^3/
h) Q(m^3/s) V1(Q) Red1(Q) f1(Q) J32
0,00027777
1 8 0,345563517 11058,03255 0,015077074 0,174782352
0,00055555
2 6 0,691127035 22116,06511 0,015072549 0,698919559
0,00083333
3 3 1,036690552 33174,09766 0,015070952 1,572402373
0,00111111
4 1 1,382254069 44232,13022 0,015070125 2,795228573
0,00138888
5 9 1,727817587 55290,16277 0,015069615 4,367397062
0,00166666
6 7 2,073381104 66348,19533 0,015069269 6,288907174
0,00194444
7 4 2,418944621 77406,22788 0,015069017 8,559758461
0,00222222
8 2 2,764508139 88464,26044 0,015068826 11,1799506
9 0,0025 3,110071656 99522,29299 0,015068675 14,14948334
0,00277777
10 8 3,455635173 110580,3255 0,015068553 17,46835649

Figura 14: Cálculos para velocidade tubo 32mm, determinação do número de


Reynoud, fator de atrito e perda HTML.

13
6 PASSO:

Perda de carga na tubulação de 25mm


Leq=

comp (L) 8,65 8,6


curvas 90º 5 4
Tee saida 5 8,5
Reg.globo.Abe. 3 24,6
Saida canal. 1 0,7
Leq total 46,4

rugo (e) 0,00001 m


vis cin (v) 0,000001 m/s²

Q(m^3/
h) Q(m^3/s) V2(Q) Red2(Q) f2(Q) J25
0,00027777
1 8 0,566171267 14154,28167 0,01590137 0,008644062
0,00055555
2 6 1,132342534 28308,56334 0,015897445 0,069152497
0,00083333
3 3 1,6985138 42462,84501 0,01589606 0,233389677
0,00111111
4 1 2,264685067 56617,12668 0,015895342 0,553219974
0,00138888
5 9 2,830856334 70771,40835 0,0158949 1,080507762
0,00166666
6 7 3,397027601 84925,69002 0,0158946 1,867117413
0,00194444
7 4 3,963198868 99079,97169 0,015894382 2,964913299
0,00222222
8 2 4,529370134 113234,2534 0,015894215 4,425759794
9 0,0025 5,095541401 127388,535 0,015894085 6,301521269
0,00277777
10 8 5,661712668 141542,8167 0,015893979 8,644062097

Figura 15: Cálculos para velocidade tubo 25mm, determinação do número de


Reynoud, fator de atrito e perda HTML.

14
Para determinar essas variáveis foram utilizadas as seguintes equações:

Figura 16: Formulas.

7 PASSO:
Neste passo vamos confirmar os valores para as perdas totais de carga.

He = 2,50
Hlt=J25+J32+He → Hlt= 109,85m

Hlt Hlt=J25+J32+He
1 2,683426414
2 3,268072056
3 4,30579205
4 5,848448548
5 7,947904824
6 10,65602459
7 14,02467176

15
8 18,10571039
9 22,95100461
10 28,61241859

Figura 17: Valores de HLT.

35

30

25
Perda de carga (m)

20

15

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Vazão (m³/h)

Figura18: Ponto de operação da bomba.

6. CONCLUSÃO
Após a análise dos resultados obtidos, comprando o os resultados obtidos
teoricamente com o experimento pratico, concluímos que para o melhor rendimento da
bomba, o sistema de melhor conceito a ser utilizado é através da variação de rotação se
quiser obter altura manométrica ou vazão desejada para determina aplicação. Dessa forma a
nossa bomba sofrerá menor desgaste, aliviará a pressão anterior do sistema evitando
possíveis vazamentos, diminuirá a turbulência do fluído juntamente também a cavitação.

16
Notamos também que o cálculo determinado anteriormente obteve um resultado
bem próximo da vazão visualizada em bancada. No gráfico da Figura18, podemos observar
que o resultado foi de aproximadamente 3,0m³/h. Entre o teste em bancada e o cálculo
obtém-se uma tolerância, neste caso o resultado no software está dentro do tolerado.

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