Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução
Como utilizado arduamente nas indústrias, as tubulações têm como finalidade o
transporte de fluidos entre os processos, visando a máxima eficiência durante o transporte.
Porém, se tratando de tubulações reais, com o passar do tempo, a tubulação vai sendo
desgastada, e com isso o atrito entre o fluido e a parede da tubulação vai aumentando
gradativamente com o tempo, aumentando assim a chamada de perda de carga, sendo essa
o efeito da diminuição da pressão ao longo do comprimento. (FOX et al., 2018)
Na prática, é possível separar a chamada perda de carga em duas partes, sendo a
primeira chamada de perda de carga distribuída, na qual ocorre devido ao atrito na seção
reta do tubo, e a segunda chamada de perda de carga localizada, na qual tem seus efeitos
devido a turbulência nos acessórios e equipamentos. Como a relação entre a vazão e a
perda de carga faz com que haja uma altura manométroca de operação (ÇENGEL et al.,
2015), se faz necessário o cálculo de tal altura, por meio do balanço energético entre
pontos previamente escolhidos, e com isso, pode ser obtido a perda de carga do sistema,
e posteriormente selecionar uma bomba que relacione custo mínimo com máxima
eficiência. (FONSECA, 2019)
2. Objetivos
O objetivo desta prática é sobrepor a curva do sistema com a curva característica da
bomba, e com a intersecção das duas curvas, obter o ponto de operação e compará-lo com
os resultados obtidos na Prática 1.
3. Metodologia
Considerando uma tubulação, em que uma bomba conectada ao tanque de
armazenamento promove o escoamento de água. Ao realizarmos o balanço de energia
entre dois pontos A e B, onde o primeiro tem velocidade de aproximadamente zero e que
as pressões em ambos os pontos são equivalentes a atmosférica, temos:
𝑣𝐵2 ℎ𝑇
𝐻 = + (𝑍𝐵 − 𝑍𝐴 ) +
2𝑔 𝑔
A perda de carga total ℎ 𝑇 pode ser separada por dois termos, as perdas distribuídas
ℎ𝐷 , associadas ao escoamento nos trechos retilíneos da tubulação, e as perdas localizadas
ℎ𝐿 , associadas aos acessórios presentes na tubulação. Assim:
ℎ 𝑇 = ℎ𝐷 + ℎ𝐿
𝑒 5,74 −2
𝑓 = 0,25 ∗ [log ( + )]
3,7𝐷 𝑅𝑒 0,9
As perdas localizadas em acessórios podem ser estimadas de diferentes formas.
Neste estudo, utilizaremos o conceito de comprimento equivalente Le, que é o valor de
comprimento de tubulação reta que geraria uma perda de carga equivalente ao acessório
em questão. Dessa forma, as perdas localizadas são calculadas como:
𝑓𝐿𝑒𝑣2
ℎ𝐿 −
2𝐷
Os valores de Le que interessam a este estudo estão apresentados na Tabela
abaixo:
Acessório Le/D
Junção 16
Válvula gaveta aberta 8
Válvula esfera aberta 3
Cotovelo 90º 30
T de saída lateral 60
T de entrada lateral 80
Bocal de entrada 15
4. Resultados
Tabela 1: Dados experimentais:
Diâmetro do tubo 0,0415 m
εaço 0,000046 m
εpvc 0,000001 m
Zb - Za 0,40 m
Laço 4,40 m
Lpvc 8,849 m
Densidade 997 kg/m3
Viscosidade 0,001026 Pa.s
Gravidade 9,81 m/s2
Temperatura ambiente 16,2 ºC
Vazão mássica experimental 3,074509803921569 kg/s
Vazão volumétrica experimental 0.0030837610871831 m3/s
Pela equação de Miller foi possível obter os valores do fator de atrito, tanto para a
tubulação de aço, quanto a de pvc.
Tabela 3: Fatores de atrito.
Vazão (L/min) faço fpvc
25 0,031258 0,0292508
50 0,0272468 0,024531
75 0,025514 0,0222911
100 0,0245108 0,0208888
125 0,0238458 0,0198944
150 0,0233687 0,0191367
175 0,0230078 0,0185317
200 0,0227242 0,0180325
225 0,0224949 0,0176103
250 0,0223053 0,0172464
275 0,0221457 0,0169281
300 0,0220094 0,0166462