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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA
CLÁSSICA 1 – T01

GRUPO 8

KAIO COELHO CARNEIRO


HEBERT SOUZA REGO
RAFAEL SALES BARBOSA

DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE
RESTITUIÇÃO A PARTIR DE UMA ANÁLISE
EXPERIMENTAL

BRASÍLIA, DF
12/11/2022
Objetivos

• Verificar se a posição de retorno de um carrinho, que colide com uma mola na


base de um trilho de ar inclinado, decai exponencialmente com o número (ou a
ordem) da 2 colisão;
• Determinar o coeficiente de restituição para diferentes condições de colisão e
analisar a variação da energia mecânica em cada caso.

Dados Experimentais
Todas as medidas de distância e deslocamento estão em metros.

Posição no trilho onde ocorre a colisão: 𝑥𝑐 = 0,0079 𝑚

1 1 3
Nº da Tubo 4 V Tubo 2 V Tubo 4 V Tubo cheio
Tubo vazio
colisão de 𝐻2 𝑂 de 𝐻2 𝑂 de 𝐻2 𝑂 de água
0 1,1755 1,1755 1,1755 1,1755 1,1755
1 0,9445 0,9205 0,9205 0,9295 0,9445
2 0,7825 0,7335 0,7335 0,7525 0,7715
3 0,6585 0,5985 0,5985 0,6135 0,6445
4 0,5605 0,5015 0,5015 0,5115 0,5505
5 0,4835 0,4235 0,4235 0,4335 0,4735
6 0,4225 0,3595 0,3595 0,3705 0,4085
7 0,3705 0,3085 0,3085 0,3195 0,3585
8 0,3305 0,2655 0,2655 0,2775 0,3215
9 0,2965 0,2345 0,2345 0,2455 0,2875
10 0,2665 0,2105 0,2105 0,2195 0,2555
11 0,2425 0,1915 0,1915 0,1995 0,2315
12 0,2215 0,1745 0,1745 0,1825 0,2095

Tabela 1: Posição do carrinho, medida em metros, em função do número da colisão


para quantidades distintas de água no tubo de ensaio.

A Tabela 1 nos fornece os dados coletados das posições do carrinho para o trilho variando
o volume de água no tubo quatro vezes (aumentando-se 25% do volume do tubo com
água a cada vez). Devido a boa montagem do aparato experimental, não houve problemas
na coleta dos dados, tendo sido todo processo de coleta fluido e tranquilo.

A posição para o número da colisão 0 é sempre o mesmo, pois o carrinho partiu da mesma
posição em todas as cinco situações, como pode ser visto na Figura 1.

1
Figura 1: Posição inicial do carrinho em todas as situações

1 1 3
Tubo 4 V de Tubo 2 V de Tubo 4 V de Tubo cheio
Tubo vazio
𝐻2 𝑂 𝐻2 𝑂 𝐻2 𝑂 de água

Desvio
Padrão (𝜎) 0,2957 0,3106 0,3106 0,3095 0,2989

Erro
Instrumental 0,0005 𝑚
(Δ𝑥𝑖 )

Tabela 2: Desvio padrão das medidas e erro instrumental associados às medidas da


Tabela 1.

A Tabela 2 fornece o erro sistemático (desvio padrão) e o erro do instrumental de medida.


O erro sistemático é referente aos dados coletados das posições do carrinho para o trilho
variando o volume de água no tubo quatro vezes (aumentando-se 25% do volume do tubo
com água a cada vez) e o erro instrumental é de uma trena milimetrada.

O desvio padrão foi fornecido pelo próprio software Exel, usado na elaboração das
tabelas.

Não está muito claro na Figura 1, mas a posição 𝑥𝑐 = (0,0079 ± 0,0005) 𝑚.

2
Análise dos dados

(1)

𝑛 se refere ao número da colisão e Δ𝑥 à sua posição.

Distância do
Nº da colisão tubo vazio
(Δ𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 )
0 1,1676
1 0,9366
2 0,7746
3 0,6506
4 0,5526
5 0,4756
6 0,4146
7 0,3626
8 0,3226
9 0,2886
10 0,2586
11 0,2346
12 0,2136

Tabela 3: Distâncias (Δ𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 ) de acordo com o número n da colisão, para o


conjunto de dados com o tubo vazio.

Gráfico 1
1,2000
1,1200
1,0400
0,9600
0,8800
0,8000
Distância (m)

0,7200
0,6400
0,5600
0,4800
0,4000
0,3200
0,2400
0,1600
0,0800
0,0000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Nº da colisão

Gráfico 1: Distância (Δ𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 ) em função do número 𝑛 da colisão, para o


conjunto de dados com o tubo vazio.

3
Desvio padrão (𝜎) 0,2957

Erro instrumental (Δ𝑥𝑖 ) 0,0010


Tabela 4: Desvio padrão das medidas e o erro instrumental para o conjunto de dados
com o tubo vazio.

O novo erro instrumental é 0,0010, pois:

𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = Δ𝑥𝑖 = Δ𝑥𝑛 + Δ𝑥𝑐

𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = Δ𝑥𝑖 = 0,0005 + 0,0005

𝐸𝑟𝑟𝑜 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = Δ𝑥𝑖 = 0,0010

O Gráfico, que representa a distância ∆𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 versus o número n da colisão, para


o conjunto de dados com o tubo vazio, está com pontos apresentados com as barras de
erros. Essas barras de erros representam o erro total. Dado por:

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 + 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 0,2957 + 0,0010

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 + 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 0,2967

Portanto, o tamanho de cada barra é 0,5934, ou seja, 0,2967 para cima e 0,2967 para
baixo, representado comumente por ±0,2967.

A medida ∆𝑥 será dada por ∆𝑥 = (𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 ) ± 0,2967.

(2) O formato da curva do Gráfico 1 sugere que a posição decai exponencialmente com o
número da colisão.

Gráfico 2 Δx = 1,0226e-0,139n
1,2000
1,1200
1,0400
0,9600
0,8800
0,8000
Distância(m)

0,7200
0,6400
0,5600
0,4800
0,4000
0,3200
0,2400
0,1600
0,0800
0,0000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Nº da colisão

Gráfico 2: Gráfico 1 com a respectiva curva de tendência (em azul destacado) e


equação exponencial

4
Como pode ser visualizado no canto superior direito do Gráfico 2, A relação entre as
variáveis Δ𝑥 e 𝑛 pode ser representada por uma equação na forma Δ𝑥 = Δ𝑥0 𝑒 −𝛼𝑛 :

Δ𝑥(𝑛) = 1,0226𝑒 −0,139𝑛

Note que Δ𝑥0 = 1,0226𝑚 não é exatamente igual ao valor Δ𝑥0 = 1,1676𝑚 , mas de acordo
com erro total encontrado, está dentro do intervalo aceito (±0,2967).

Como sabemos, de maneira geral, a propagação de erros é fornecida pela equação:

𝜕𝑦 2
∆𝑦 = √∑𝑖 (𝜕𝑥 ) ∙ ∆𝑥𝑖 2
𝑖

Para ∆𝑥, teremos:

2
𝑑
∆𝑥 = √( (1,0226 𝑒 −0,139𝑛 )) ∙ (0,001)2
𝑑𝑛

∆𝑥 = √0,0202 ∙ 𝑒 −0,278𝑛 ∙ 10−6


−0,278𝑛
∆𝑥 = 0,1421 ∙ 𝑒 − 2 ∙ 10−3
0,278
Δ𝑥 = 0,0001421𝑒 − 2 𝑛

Note que ∆𝑥 ≠ ∆𝑥(𝑛).

Observa-se que o resultado esperado teoricamente e o resultado experimental obtido estão


em consonância.

(3)

Gráfico 3
0,12
0,06
Distância (em escala logarítmica)

0
-0,06 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-0,12
-0,18
-0,24
-0,3
-0,36
-0,42
-0,48
-0,54
-0,6
-0,66
-0,72
Nº da colisão (em escala linear)

5
Gráfico 3: Gráfico 1 em escala mono-log

O Gráfico 3 se refere à posição (ΔX) versus o número da colisão (n) em mono-log. O


gráfico tem ΔX (em escala logarítmica) versus n (em escala linear).

Não foram colocadas as barras de erros, pois já estão visíveis no Gráfico 1.

(4)

Gráfico 4 Δx = -0,0603n + 0,0097


0,12
0,06
0
Distância (em escala logarítmica)

-0,06 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-0,12
-0,18
-0,24
-0,3
-0,36
-0,42
-0,48
-0,54
-0,6
-0,66
-0,72
-0,78
Nº da colisão (em escala linear)

Gráfico 4: Gráfico 3 com a respectiva curva de tendência (em azul destacado) e


equação linear.

Como pode ser visualizado no Gráfico 4, o gráfico em escala mono-log é


aproximadamente uma reta. Isso significa que a mola não é capaz de reimpulsionar o
carrinho com a mesma eficiência e o coeficiente de restituição vai depender da distância
em que o carro é solto.

A melhor aproximação está disposta no canto superior direito do gráfico 4. É dada por:

Δ𝑥 ′ (𝑛) = −0,0603𝑛 + 0,0097

De maneira geral, a equação é dada por:


log10 ∆𝑥 = log10 ∆𝑥0 − 𝛼 ∙ 𝑛 ∙ log10 𝑒

Ou seja, ∆𝑥′(𝑛) = log10 ∆𝑥 , log10 ∆𝑥0 = 0,0097 e 𝛼 ∙ log10 𝑒 = −0,0603.

A propagação para ∆𝑥′(𝑛) será dada por:

2
𝑑
∆𝑥 = √(

(−0,0603𝑛 + 0,0097)) ∙ (0,001)2
𝑑𝑥

6
∆𝑥 ′ = √(−0.0603)2 ∙ (0,001)2

∆𝑥 ′ = 0,0603 ∙ 0,001

∆𝑥 ′ = 0,0000603 𝑚

Novamente, ∆𝑥′(𝑛) ≠ ∆𝑥′.

Como estamos considerando quatro algarismos significativos, podemos afirmar que


∆𝑥 ′ = 0,0006 𝑚.

(5) Como já foi apresentado, a reta que melhor representa os resultados é dada por:

∆𝑥′(𝑛) = −0,0603𝑛 + 0,0097

Para 𝑛 = 0,

∆𝑥 ′ (0) = −0,0603 ∙ 0 + 0,0097

∆𝑥 ′ (0) = (0,0097 ± 0,0006) 𝑚

Porém, ∆𝑥 ′ (0) = log10 ∆𝑥0 = 0,0097.

Dessa maneira,

∆𝑥0 = 100,0097

∆𝑥0 = (1,0226 ± 0,0001)

Pois,
0,278𝑛
∆𝑥 = 0,0001421 ∙ 𝑒 − 2

Ou seja, o valor de ∆𝑥 quando 𝑛 = 0 tem correspondência com o parâmetro ∆𝑥0.

A reta, de maneira geral, como já citado, é dada por:

log10 ∆𝑥 = log10 ∆𝑥0 − 𝛼 ∙ 𝑛 ∙ log10 𝑒

Portanto, o coeficiente angular da reta é −𝛼 ∙ log10 𝑒, ou seja, em comparação com


∆𝑥′(𝑛) = −0,0603𝑛 + 0,0097,

−𝛼 ∙ log10 𝑒 = −0,0603 → 𝛼 ∙ log10 𝑒 = 0,0603 → log10 𝑒 𝛼 = 0,0603

𝑒 𝛼 = 100,0603 → 𝑒 𝛼 = 1,1489 → 𝛼 = ln 1,1489

Portanto,

𝛼 = 0,139

Como visto, a equação obtida experimentalmente para relacionar ∆𝑥 e 𝑛 foi:

7
𝛥𝑥(𝑛) = 1,0226 ∙ 𝑒 −0,139𝑛

Que é do tipo:

𝛥𝑥 = 𝛥𝑥0 𝑒 −𝛼𝑛

Como demonstrado, através da equação mono-log, os parâmetros ∆𝑥0 e 𝛼 estão de


acordo com o esperado, mostrando a validade da relação teórica e experimental.

(6) Como fornecido, o coeficiente de restituição (ε) pode ser calculado neste experimento
por:

∆𝑥′
𝜀=√
∆𝑥

Onde ∆𝑥 ′ = ∆𝑥 (𝑛 ) e ∆𝑥 = ∆𝑥(𝑛 − 1).

Logo,

𝛥𝑥0 𝑒 −𝛼𝑛 𝑒 −𝛼𝑛


𝜀=√ → 𝜀 = √ → 𝜀 = √𝑒 −𝛼𝑛+𝛼(𝑛−1) → 𝜀 = √𝑒 𝛼(−𝑛+𝑛−1)
𝛥𝑥0 𝑒 −𝛼(𝑛−1) 𝑒 −𝛼(𝑛−1)

𝜀 = √𝑒 −𝛼
𝛼
∴ 𝜀 = 𝑒 −2

Acima, temos a relação entre o parâmetro 𝛼 com o coeficiente de restituição 𝜀 .

(7)

A melhor estimativa para o coeficiente de restituição será:

𝜀 =< 𝜀 > ±(𝜎+< Δ𝑥 >)

Onde < 𝜀 > é o valor médio dos coeficientes de restituição, 𝜎 é o desvio padrão dos
coeficientes de restituição e < Δ𝑥 >   = 0,0010 é o erro instrumental.

Coeficiente

de

restituição

𝜀1 0,8956

𝜀2 0,9094

𝜀3 0,9165

8
𝜀4 0,9216

𝜀5 0,9277

𝜀6 0,9337

𝜀7 0,9352

𝜀8 0,9432

𝜀9 0,9458

𝜀10 0,9466

𝜀11 0,9525

𝜀12 0,9542

Tabela 5: Coeficientes de restituição determinados pela relação


∆𝑥′
𝜀 = √ ∆𝑥 com base nos dados da Tabela 3.

Os valores < 𝜀 >   , 𝜎 serão:

• < 𝜀 >   = 0,9318


• 𝜎 = 0,0182

Portanto,

𝜀 = 0,9318 ± (0,0182 + 0,0010)

𝜀 = 0,9318 ± 0,0192

Notamos que o valor encontrado para 𝜀 está associado a uma colisão parcialmente
elástica. Dessa forma, a energia fornecida para o carrinho no momento da soltura não foi
totalmente reaproveitada, pois ele não foi capaz de retornar a sua posição inicial, ou seja,
parte da energia concedida foi dissipada e as velocidades de aproximação e afastamento
foram distintas, sendo que é possível deduzir que a velocidade relativa de aproximação
foi maior que a velocidade relativa de afastamento.
1
(8) A seguir, temos os gráficos em escala mono-log para os conjuntos de dados de V,
4
1 3
de V, 4 de V e tubo cheio.
2

9
Δx = -0,0699n + 0,0006
Gráfico 5
0,1600
0,0800

Distância (em escala logarítmica)


0,0000
-0,0800 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-0,1600
-0,2400
-0,3200
-0,4000
-0,4800
-0,5600
-0,6400
-0,7200
-0,8000
-0,8800
-0,9600
Nº da colisão (em escala linear)

Gráfico 5: Distância ∆𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 em função do número n da colisão, para o conjunto


1
de dados com o 4 de V em escala mono-log com a respectiva curva de tendência (em
azul destacado) e equação linear.

Δx = -0,0699n + 0,0006
Gráfico 6
0,1600
0,0800
Distância (em escala logarítmica)

0,0000
-0,0800 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-0,1600
-0,2400
-0,3200
-0,4000
-0,4800
-0,5600
-0,6400
-0,7200
-0,8000
-0,8800
-0,9600
Nº da colisão (em escala linear)

Gráfico 6: Distância ∆𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 em função do número n da colisão,


1
para o conjunto de dados com o 2 de V em escala mono-log com a respectiva curva
de tendência (em azul destacado) e equação linear.

10
Gráfico 7 Δx = -0,0684n + 0,0046

0,1600
0,0800
Distância (em escala logarítmica)
0,0000
-0,0800 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-0,1600
-0,2400
-0,3200
-0,4000
-0,4800
-0,5600
-0,6400
-0,7200
-0,8000
-0,8800
Nº da colisão (em escala linear)

Gráfico 7: Distância ∆𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 em função do número n da colisão, para o conjunto


3
de dados com o 4 de V em escala mono-log com a respectiva curva de tendência (em
azul destacado) e equação linear.

Gráfico 8 Δx = -0,0622n + 0,0089


0,1600
0,0800
Distância (em escala logarítmica)

0,0000
-0,0800 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
-0,1600
-0,2400
-0,3200
-0,4000
-0,4800
-0,5600
-0,6400
-0,7200
-0,8000
Nº da colisão (em escala linear)

Gráfico 8: Distância ∆𝑥 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑐 em função do número n da colisão, para o conjunto


de dados com o tubo cheio em escala mono-log com a respectiva curva de tendência
(em azul destacado) e equação linear.

Observa-se que os conjuntos de dados para os outros volumes de água, quando


representados em gráficos, também geram curvas cujo formato sugere um decaimento
exponencial.

Os gráficos em escala mono-log são aproximadamente retas. Isso significa que a mola
não é capaz de reimpulsionar o carrinho com a mesma eficiência e o coeficiente de
restituição vai depender da distância em que o carro é solto em ambas as configurações.

11
(9)

Seguindo o mesmo processo usado para a plotagem dos gráficos 4, 5, 6, 7 e 8, foram


encontrados os seguintes valores para o parâmetro 𝛼 para um tubo de ensaio sem
1 1 3
água, com 4 volume de água, com 2 volume de água, 4 de volume e cheio de água.
Denotaremos 𝛼 por 𝛼0 , 𝛼1 , 𝛼1 , 𝛼3 e 𝛼1 , para cada um dos volumes, respectivamente:
4 2 4

Valor do
parâmetro
𝛼
𝛼0 0,139
𝛼1 0,157
4
𝛼1 0,161
2
𝛼3 0,157
4
𝛼1 0,143

Tabela 6: Parâmetros 𝛼 relacionados aos distintas volumes de água no tubo de ensaio,


obtidos através da equação gerada pelo software Excel para o gráfico Deslocamento x
Número de Colisão.

Conhecidos os valores de 𝛼 , é imperativo determinar os valores dos coeficientes de


restituição associados a esses parâmetros para cada uma das situações. O coeficiente de
restituição pôde ser obtido através da equação já apresentada:
𝛼
𝜀 = 𝑒−2

O erro da medida naturalmente é dado através da soma entre o desvio padrão da medida
e o erro instrumental:

Desvio Padrão + Erro Instrumental = Erro absoluto na medida

Os erros nas medidas foram obtidos utilizando as equações já apresentadas ao longo deste
relatório. Os coeficientes de restituição estão apresentados na tabela a seguir:

Parâmetro 𝛼 Coeficiente de restituição associado 𝜀


𝛼0 0,9312 ± 0,0182
𝛼1 0,9241 ± 0,0221
4
𝛼1 0,9223 ± 0,0233
2
𝛼3 0,9241 ± 0,0221
4
𝛼1 0,9296 ± 0,0182

Tabela 7: Coeficientes de restituição associados aos diversos parâmetros 𝛼 , obtidos


através de análise gráfica.

12
Com isso, é possível encontrar a melhor estimativa para o coeficiente de restituição
através da média aritmética dos melhores valores encontrados. O erro, como sempre é
dado pela soma entre a parcela aleatória e a parcela instrumental. Portanto, tem-se que:

𝜀 = 0,9263 ± 0,01389

(10)

Finalizada a extensa análise de dados até aqui apresentada, é possível finalmente


relacionar o coeficiente de restituição aos distintos volumes de água envolvidos no
experimento. Para tal foram utilizados os dados já coletados e analisados até aqui e
utilizada a ferramenta de plotagem gráfica do software Excel. O resultado obtido foi o
seguinte:

Gráfico 9: Relação gráfica entre os coeficientes de restituição e os volumes de água a


eles associados.

É possível perceber uma relação no mínimo peculiar entre os coeficientes de restituição


e os volumes de água, isso devido ao fato dessa relação não se assemelhar, pelo menos
não imediatamente com nenhuma função conhecida ou difundida. É possível, porém,
perceber que o coeficiente possui seu valor mínimo quando o tubo de ensaio possui
metade de seu volume preenchido por água, e possui seu valor máximo quando o mesmo
tubo de ensaio está vazio.

Conclusão

O coeficiente de restituição é uma grandeza adimensional, a qual a partir da relação das


velocidades dos corpos envolvidos em uma colisão, caracteriza o seu tipo. Assim, neste
experimento foi observado que após encontrar o valor médio dos coeficientes de
13
restituição 𝜀  e o desvio padrão do coeficiente de restituição 𝜎 , é possível encontrar a
melhor estimativa para o coeficiente de restituição 𝜀 . Com isso o valor encontrado foi:
𝜀 = 0,9263 ± 0,01389 . Observa-se que existem erros relativos baixos, pois as medições
não foram perfeitas e alguns efeitos foram desconsiderados, como a resistência do ar.
Ademais, o valor encontrado fornece o tipo da colisão, como ela sendo parcialmente
elástica, indicando que a energia cinética do carrinho foi parcialmente conservada.

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