UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA
CLÁSSICA 1 – T01

GRUPO 8

KAIO COELHO CARNEIRO

HEBERT SOUZA REGO
RAFAEL SALES BARBOSA

Colisões na prática: análise e comprovação

da Conservação de Momento Linear

BRASÍLIA, DF
12/12/2022
Objetivo
• Verificar se há conservação do momento linear em uma colisão bidimensional
não frontal entre duas esferas.

Dados Experimentais
Massa das esferas:

Massa da esfera de aço Massa da esfera de plástico

11,3 6,7

Tabela 1: Massa de cada esfera em gramas

Massa da esfera de aço Massa da esfera de plástico

0,0113 0,0067

Tabela 2: Massa de cada esfera em quilogramas

Imagem 1: Pesagem, na balança, das massas das esferas de aço e de plástico,

respectivamente

1
 𝑅1𝑥 𝑅1𝑦 𝑅1𝑥 ′ 𝑅1𝑦 ′ 𝑅2𝑥 𝑅2𝑦
0,50 45,20 -2,85 17,55 7,15 44,85
0,54 45,30 -3,15 16,75 7,45 45,65
0,60 45,68 -3,10 16,55 5,15 47,65
0,63 45,72 -3,65 17,15 8,25 45,65
0,68 45,40 -3,55 17,00 8,20 45,15
0,73 45,91 -3,85 16,95 6,65 46,65
0,78 46,10 -3,80 16,35 7,65 46,95
0,81 45,75 -4,00 16,35 8,00 46,85
0,86 46,00 -4,15 16,55 8,30 47,15
0,90 46,30 -4,55 16,65 6,35 48,65

Tabela 3: Coordenadas x e y de cada ponto de impacto registrado no papel jornal em

centímetros

Análise dos dados

A seguir, temos uma tabela que expressa os resultados dos cálculos feitos para valores
médios, os desvios padrões e os desvios padrões da média de cada uma das componentes
dos vetores alcance. A Tabela 4 é uma junção da Tabela 3 com os resultados obtidos.

Existe um erro instrumental de 0,05 nas medidas de r, lembrando que estamos trabalhando
em centímetros.

𝑟1𝑥 𝑟1𝑦 𝑟1𝑥 ′ 𝑟1𝑦 ′ 𝑟2𝑥 ′ 𝑟2𝑦 ′

0,50 45,20 -2,85 17,55 7,15 44,85
0,54 45,30 -3,15 16,75 7,45 45,65
0,60 45,68 -3,10 16,55 5,15 47,65
0,63 45,72 -3,65 17,15 8,25 45,65
0,68 45,40 -3,55 17,00 8,20 45,15
0,73 45,91 -3,85 16,95 6,65 46,65
0,78 46,10 -3,80 16,35 7,65 46,95
0,81 45,75 -4,00 16,35 8,00 46,85
0,86 46,00 -4,15 16,55 8,30 47,15
0,90 46,30 -4,55 16,65 6,35 48,65
𝑅𝑚é𝑑𝑖𝑜 0,70 45,74 -3,67 16,79 7,32 46,52
∆𝑅 0,14 0,36 0,52 0,38 1,02 1,19
Desvio Padrão da
∆𝑅 0,04 0,11 0,16 0,12 0,32 0,38
média (𝛿 = )
√𝑛
Erro total (𝛿 +
0,05) 0,09 0,16 0,21 0,17 0,37 0,43

Tabela 4: Valores médios (𝑅𝑚é𝑑𝑖𝑜 ), os desvios padrões (∆𝑅) e desvio padrão da média (𝛿)
de cada uma das componentes dos vetores alcance

2
A seguir, temos uma tabela que expressa os resultados dos cálculos feitos para valores
médios e os erros experimentais das componentes dos momentos antes e depois da
colisão.

As componentes 𝑟1𝑥 , 𝑟1𝑦 , ..., 𝑟2𝑦 ′ são os valores da linha 12 da Tabela 4.

O cálculo de cada erro experimental de cada componente dos momentos antes e depois
da colisão será feito através de:

2
∆𝑚𝑖 2 ∆𝑟𝑖𝑗
√
∆(𝑚𝑖 ∙ 𝑟𝑖𝑗 ) = |𝑚𝑖 ∙ 𝑟𝑖𝑗 | ∙ ( ) +( )
𝑚𝑖 𝑟𝑖𝑗

ou

∆(𝑚𝑖 ∙ 𝑟𝑖𝑗 ) = √𝑟𝑖𝑗 2 ∙ ∆𝑚𝑖 2 + 𝑚𝑖 2 ∙ ∆𝑟𝑖𝑗 2

Onde 𝑖 = 1 𝑜𝑢 𝑖 = 2 e 𝑗 = 𝑥 𝑜𝑢 𝑗 = 𝑦. O valor ∆𝑚𝑖 = 0,0001 e ∆𝑟𝑖𝑗 é o desvio padrão

da média associado.
𝑚
Os valores de 𝑚𝑖 ∙ 𝑟𝑖𝑗 estão em 𝑘𝑔 ∙ 𝑠 .

𝑚1 ∙ 𝑟1𝑥 = 0,0079 ∆(𝑚1 ∙ 𝑟1𝑥 ) = 0,0011

𝑚1 ∙ 𝑟1𝑦 = 0,5168 ∆(𝑚1 ∙ 𝑟1𝑦 ) = 0,0049

𝑚1 ∙ 𝑟1𝑥 ′ = −0,0414 ∆(𝑚1 ∙ 𝑟1𝑥 ′) = 0,0025

𝑚1 ∙ 𝑟1𝑦 ′ = 0,1897 ∆(𝑚1 ∙ 𝑟1𝑦 ′) = 0,0026

𝑚2 ∙ 𝑟2𝑥 ′ = 0,0827 ∆(𝑚2 ∙ 𝑟2𝑥 ′) = 0,0026

𝑚2 ∙ 𝑟2𝑦 ′ = 0,3696 ∆(𝑚2 ∙ 𝑟2𝑦 ′) = 0,0055

Tabela 5: Valores médios e os erros experimentais das componentes dos momentos

antes e depois da colisão

Verificando algebricamente cada uma das equações escalares correspondentes à equação

𝑚1 𝑟1 = 𝑚1 𝑟1 ′ + 𝑚2 𝑟2 ′ da lei de conservação do momento linear nas direções
perpendiculares x e y obtemos o seguinte:

𝑚1 𝑟1 𝑚1 𝑟1 ′ + 𝑚2 𝑟2 ′

𝑥 0,0079 0,0076

3
 𝑦 0,5168 0,5014

Tabela 6: Verificação algébrica de cada uma das equações escalares correspondentes à

equação (5)

Para os erros, obtemos:

∆(𝑚1 𝑟1 ) ∆(𝑚1 𝑟1 ′) + ∆(𝑚2 𝑟2 ′) = 𝛿𝑞

𝑥 0,0011 0,0036

𝑦 0,0049 0,0060

Tabela 7: Erros de cada uma das equações escalares correspondentes à equação (5)

Onde,
𝛿𝑞 = ∆(𝑚1 𝑟1 ′) + ∆(𝑚2 𝑟2 ′) = √∆(𝑚1 𝑟1 ′)2 + ∆(𝑚2 𝑟2 ′)2

Poia estamos tratando da incerteza de uma soma, que é a raiz da soma dos quadrados das
incertezas individuais.

Definitivamente,

𝑚1 𝑟1 ± ∆(𝑚1 𝑟1 ) (𝑚1 𝑟1 ′ + 𝑚2 𝑟2 ′) ± 𝛿𝑞

𝑥 𝑐𝑚 𝑐𝑚
(0,0079 ± 0,0011) 𝑘𝑔 ∙ (0,0076 ± 0,0036) 𝑘𝑔 ∙
𝑠 𝑠
𝑦 𝑐𝑚 𝑐𝑚
(0,5168 ± 0,0049) 𝑘𝑔 ∙ (0,5014 ± 0,0060) 𝑘𝑔 ∙
𝑠 𝑠
Tabela 8: Verificação algébrica de cada uma das equações escalares correspondentes à
equação (5) com os erros correspondentes

Observamos que a verificação foi bem sucedida, uma vez que, mesmo os valores não
sendo exatamente iguais, existe um intervalo de convergência, mostrando que existe a
Conservação do Momento Linear, neste caso, feita componente a componente.

4
A seguir, mostramos os resultados obtidos geometricamente.

A escala escolhida é do tipo 8:1, ou seja, a cada 8 quadradinhos, estamos falando 1 𝑐𝑚

na vida real.

Imagem 2: Diagrama que mostra os vetores 𝑚𝑟 com as respectivas barras (ou regiões)
de erros

Imagem 3: Soma vetorial (regra do paralelogramo) dos vetores 𝑚𝑟

Observamos que a verificação foi bem sucedida, uma vez que, mesmo os vetores não
sendo representados precisamente, existe um intervalo de convergência pelas barras de
erros, mostrando que existe a Conservação do Momento Linear, neste caso, feita
geometricamente.

5
Conclusão
O Momento Linear ou a Quantidade de Movimento de um corpo é uma grandeza vetorial
que relaciona a massa de um corpo com seu vetor velocidade. A montagem em questão
foi analisada num plano bidimensional. As medidas foram feitas levando em conta que
os objetos executam um movimento semelhante a um lançamento vertical. Como já dito,
foi possível provar a Conservação do Momento Linear ou Conservação da Quantidade de
Movimento tanto algebricamente quanto geometricamente. As incertezas envolvidas
foram pequenas, comprovando a validade teórica e validade dos procedimentos
experimentais envolvidos em todo o processo.